QUEM DISSE QUE O AMOR MORRE?
Não acredito nisso.Acredito que a capacidade de amar é inerente ao ser humano.
Quando criança, amamos nossos pais, nossos brinquedos, nossos amigos, um enorme sorvete e outras incontáveis coisas.
Na juventude nos apaixonamos por um professor, amamos loucamente o vocalista daquela "tal" banda, até que nos encontramos com o nosso primeiro amor, aquele garoto da rua de casa ou um colega de escola.É aí que tudo fica complicado, é quando surgem as nossas primeiras desilusões, sonhos de amor eterno desfeitos, dores desconhecidas, sofrimentos sem fim e rios de lagrimas.Nos tornamos poetisas, atrizes, malabaristas, sonhamos em ser lindas como as modelos, afloram nossos dons artísticos que usamos na tragicomédia que é esse momento da vida , tão difícil, porem tão doce, a adolescência.
O tempo vai passando, vamos amadurecendo e aprendendo á amar .Amamos de modo diferente cada pessoa, cada coisa, cada momento que surge em nossa vida, por isso não acredito que o amor morra.
Morre, no ser humano a vontade de continuar cuidando do "objeto amado", que é como uma planta, uma flor, que precisa de água, luz e outros cuidados para continuar vivendo e florescendo.Cada "flor de amor" posta de lado para ser substituída por outra acaba secando, tendo suas folhas sopradas pelo vento.Porem a "semente" do amor continua ali, na terra, sempre pronta para florescer novamente assim que a chuva e a luz do sol da vida trouxer um novo jardineiro e é nessa espera que aprendemos á ver a dor que nos causou o esquecimento do outro, de uma outra maneira, passamos á amar até a dor, pois ela é a prova viva da vida, da imortalidade do amor, pois nosso coração age como a ostra com relação ao grão de areia dentro dela,transforma-a em uma perola.
Acho que é por isso que todo ser humano, em especial a mulher, continua buscando ou esperando por um novo jardineiro.
Autor: Sandra Oliveira
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