Genocídio de Ruanda



Em abril de 1994, o montanhoso e pequeno país na África Ocidental, Ruanda, com população menor que o estado de Alagoas, sofreu um dos maiores massacres da humanidade, que ficou conhecido como o Genocídio de Ruanda.
Durante 30 anos, o governo da maioria hútu perseguiu a minoria tútsi, sob a pressão do Ocidente, mas logo após a Primeira Guerra, Ruanda foi entregue à Bélgica, e os belgas manipularam a classe alta dos tútsis para reprimir o restante da população, os hútus, maioria no país, mediante trabalhos pesados e cobrança de impostos. Por meio da Igreja Católica, os belgas conseguiram que a classe alta da etnia tútsi comandasse o país, até que resultou numa revolta dos hútus contra a repressão.
Surge um confronto entre as duas etnias, que mesmo com a miscigenação, em 1994 aconteceu um horrível massacre, pode-se dizer que foi um dos mais graves atentados.
As tropas hútus, chamadas de Interahamwe, eram treinadas e equipadas pelo exército ruandês, com o objetivo de exterminar a população tútsi mais extrema. As mensagens sucediam nas diferenças que separavam ambos os grupos étnicos e chamavam a população hútu para participar da matança. Em seis de abril, desse mesmo ano 1994, o presidente hútu, Juvenal Habyarimana, foi assassinado, e até hoje ninguém sabe responder o porquê e nem quem foi o responsável por esse assassinato, que pode ter sido um dos fatores que desencadeou a revolta da etnia hútu, na matança dos tútsis.
Na medida em que o massacre se estendia, os apelos à confrontação e à caça aos tútsis tornaram-se mais explícitos, isso podemos ler nos livros, na história triste de Ruanda e nos filmes. A ONU mandava tropas para tentar conter a matança, contudo estas eram insuficientes e diante do desinteresse internacional, a ONU logo foi retirada de Ruanda. Isso repercutiu no mega assassinato em que os militares e os milicianos, ligados ao antigo regime, mataram cerca de 800 mil pessoas da etnia tútsi e hútus moderados, que foram mortos de forma desumana, a golpes de facões e machetes durante cem dias, enquanto a comunidade internacional ignorava o genocídio.

Autor: Aline Félix


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