Sobre "Hipostasia do simulacro"



domingo, 20 de junho de 2010

Sobre "Hipostasia do simulacro" ¹

A forma do ícone resguarda o princípio de identidade com a realidade, sua forma lógica à constatação empírica pelo Imaginário. O ícone é aimagem primária como representação da experiência - por meio dessas imagens temos uma sensação de "déjá vu", virtualidade que estimula o Sujeito à recognição, atualização da experiência por Mnemósina, simulação de reminiscência na unidade do tempo. Esse modo próprio de compor a narrativa, que fornece os elementos mínimos da recognição à forma própria do virtual no que se engendra conforme aquilo que conserva de semelhança formal com a representação mais arcaica da realidade é o que constitui efetivamente o discurso jornalístico como uma simulação: esfera hipnótica ou câmara virtual-mnemônica que nos permite revivenciar fatos quais não vivenciáramos. Estimula o centro nervoso a liberar suas intensidades no output mediante os significantes correlatos de uma experiência semelhante ou análoga. O telejornal é a nova instância da letra! Mas como simulacro, inscreve sua informação como experiência, experiência de uma realidade não-vivida! A modulação de que se compõe é tão somente a forma lógica dessa representação, diferenciada em suas peripécias combinatórias. Com seus simulacros de arranjo o jornal em seu discurso instaura-se como hiperrealidade, sua fascinação exerce uma restauração, uma reforma de acabamento no real à sua "representação", conforme semelhança à sua imagem.



FELLIPE KNOPP,
Ateu


Postado por THEORIKÓNDOXAS

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1- Abreviação do título de minha monografia de conclusão de curso de graduação em Comunicação social. FACHA, 2010. Rio de Janeiro.

Autor: Fellipe Knopp


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