Da teoria à imaginação.



Prefácio
Nessa projeção espacial, a água duma corredeira, aparentemente originária do rio Madeira, desce verticalmente em direção a margem inferior e esquerda do desenho movimentando uma turbina hidráulica, cujo trabalho inverte o rumo da correnteza ao mesmo tempo que deságua no plano de uma calha inclinada diagonalmente 45º em relação ao quadro, segue então entre as as margens e perfazendo um degrau coincide com o ponto em que reverte ao plano inclinado nivelando em paralelo com a margem esquerda do desenho e de novo recomeça movimentando a roda. O sistema é ininterrupto e continuo, mas tem um inconveniente, de vez em quando, deitar uma quantidade de água para compensar as perdas por evaporação.

Ambas as barragens pertencem ao mesmo perfil topográfico, mas a do braço direito onde corre o rio Solimões está para o desnível, mostrado um degrau à mais (alto ) do que a barragem da esquerda que esquematiza a hidrelétrica próxima a cidade de Porto Velho.

O projeto pertence Escher, M. C. (1994) e sua aplicação e modificação do governo federal.



Antes de me interessar pelo assuntos hídricos, verifiquei com mais detalhes, nos mapas, a localidade correspondente ao complexo hidrelétrico do Rio Madeira, acima mencionado e ainda fui além comparei o a situação geográfica de duas localizações bem distantes umas das outras, tendo como referencia o espelho d?agua rio que pretendem represar, e constatei que são no mesmo perfil topográfico isso é nível.

Verifiquei que a cidade de Porto Velho onde é a capital de Rondônia, apesar de separada em 2.000 km da capital do estado do Amazonas, encontram-se num perfil topográfico inferior a cidade cidade de Manaus, sendo que com referencia ao nível do mar, (consta na Wikipédia) que Manaus situa-se a 92 m de altitude num plano 10 m (em média) acima de Porto Velho com 85 m altitude do nível do mar mas localizado 1500 km depois e no extremo oeste do Brasil, como ambas situam-se a beira de rios que se comunicam, sugere dizer que o rio Amazonas, embora mais perto do oceano, pode ser o tributário do Rio Madeira, na época de cheia , bem ao contrário do que quer a natureza ou que dizem os livros escolares e mais suas aguas só não são capturadas porque são represadas na cabeceira do Madeira por algum acidente geográfico.

Uma outra parte que faz intrigante esse fenômeno é que todas as quedas d'águas existentes nos entroncamentos "que pretendem represar com as hidreletricas" inclusive na junção do Rio Santo Antonio com o Madeira, apesar de estrondosos são nada mais que cachoeiras periódicas muito comum em toda a região amazônica e sua existência esta condicionada ao calendário turístico da região isso é só existe na "seca" do rio Solimões, ou melhor se nível do Solimões encontra-se baixo as cachoeiras existem e quando não a situação inverte-se e as cachoeiras desaparecem, é nesse espelho d?agua que o rio Madeira se torna um lago ou um canal de comunicação entre o Rio Santo Antonio e o Solimões e não um tributário direto do Amazonas como determina a natureza e contam os livros de geografia.

Nesse sentido, não sei se canais de navegação de águas estagnadas, possuiriam potencial energético apreciável para um país de dimensões tão gigantescas como o Brasil, contudo como foram os franceses os primeiros, dessa era, a explorar com modernas tecnologias o fluxo e refluxo das águas de marés "fenômeno similar acontecido diariamente no litoral da França" pelo que sei eles não dependiam tanto dessa energia e sim do desafio tecnológico do projeto, dai para transferirem essa tecnologia de hidroelétricas de pás variáveis aqui para o Brasil para funcionar somente durante uma inversão anual, é um passo muito grande e que envolve inúmeras dificuldades, fato esse que inviabiliza até mesmo pensar no assunto, mas já que foi decidido e precisamos mesmo de energia, pode ser que os KVA a mais dessa hidrelétrica atendesse o déficit energético das industrias voltadas ao refino de cana de açúcar e nesse caso, se a tecnologia fosse transferida da França para o Canal Madeira teríamos que re-considerar a nova situação geográfica e mesmo assim, estima-se que a usina, apesar de existir 2 marés para cada um dos 365 dias do ano, a inversão do fluxo só vai acontecer na época das vazantes (seca) já que durante os meses de refluxo (cheia) o fluxo estaria invertido ou estagnado, dai não haveria necessidade de usar o sistema bulbo na esperança de aproveitarem os refluxos que só acontecem uma vez ao ano ao contrario moinhos de marés que acontecem no 365 dias. Contudo, se a barragem pretendida fosse de apenas 30 m que é a média das enchentes "que não se sabe ao certo de que lado vem e para onde vaem", estima-se então que as águas dos Andes ficariam represadas no território boliviano ,como o previsto pela natureza , enquanto que se viesse do lado do Amazonas a barragem ficaria vazia e o madeira cheio até a cidade de Manaus, restaria então o trabalho de manter limpo o berço desse enorme reservatório limpo assim evitaria as sabotagens nas turbinas por detritos de arvores flutuantes e da própria lama e com certeza a solução seria desmatar toda a região alagada. Toda as toras de madeira antes que travassem os hélices deveriam ser queimadas o que seria uma perda irremediável , já pensou queimar um tronco de peroba rosa ?.

· Faria mais sentido então manter o projeto mas trocar a engenharia a favor da tecnologia dos portugueses de antes do descobrimento do Brasil e em vez dos bulbos, poderiam então usar seculares moinhos de Maré de Corroios em Seixal e mesmo que funcionassem num só sentido de giro, com certeza que poderiam ser usados como moenda de cana de açúcar para obtenção do etanol, mesmo assim não existe garantia alguma que o IBAMA permitiria plantar cana de açúcar na floresta amazônica.

· São tantas dificuldades insolúveis nesse projeto, que não ficou bem claro os motivos dos brasileiros levarem a leilão uma possibilidade tão remota como a energia elétrica extraída de água parada. Ou a outra possibilidade da descoberta de óleo em ambientes inatingíveis como a camada do pré sal , uma rocha de dureza igual ao diamante e cuja a temperatura nessa profundidade supera 300º (c) o que derreteria a liga de qualquer perfuratriz que atritasse nesse meio.

Além da estrondosa descoberta dos brasileiros sobre o funcionamento dos motores inventados pelo engenheiro Rodolfo Diesel alguma celebridade descobriu que podiam funcionar com óleo de soja em vez de óleo diesel (antes pensavam que por ser Motor a Diesel tinha que funcionar com óleo diesel) , o primeiro país que verdadeiramente se interessou pela origem inorgânica do petróleo foram os russos.

Em 1970, munidos de uma perfuratriz elétrica integrada a uma sonda, conseguiram perfurar um poço com 12 km de profundidade na península de Kola à noroeste da Sibéria. A intenção era chegarem aos 15 ou mais km de profundidade onde supunham que encontrariam algo diferente de rocha e que com certeza não estavam procurando água. Como nessas profundidades, a temperatura ambiente somada ao atrito do trabalho superavam o ponto de fusão da liga metálica que unia a ponta diamantada da ferramenta de corte com a broca tiveram que arquivar o projeto na marca de 12 km até descobrirem outra liga de metal duro e resistente para funcionar nas temperaturas solicitadas (eu conheço uma liga que pode trabalhar nessas profundidades).

Enfim, se o hipotético pré-sal pudesse ser encontrado à 200 milhas da costa brasileira, tudo indica então que a 201 ou 210 milhas as chances seriam as mesmas, e nesse caso as companhias multi-nacionais (americanos ingleses árabes e franceses) já estariam armando suas barracas na plataforma inter-continental (entre a Africa e o Brasil) sem pagar royalties a país algum e se não estão interessados nessas riquezas é porque não existe óleo algum é tudo outro um blefe temperado ao molho Madeira e movido com azeite de soja.

Se você tem uma opinião formada a respeito, ou melhor se você sabe dizer o que se esconde por atrás dessas transações comerciais que vende e compra o que não pode existir e ainda há quem compre, seja bem vindo.




Autor: Wilson Simão


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