Amores
-Eu guardo isso há muito tempo. E já está na hora de liberar o que sinto. ? cochichou o rapaz tocando de leve o rosto da amada.
Ela estava ainda perplexa, não acreditava estar tão próxima daquele que um dia, a magoou tanto, assim como a amou tanto. Nem que depois de tanto tempo, estariam unidos, sentindo ainda, as mesmas sensações. Como se todo aquele amor infantil, apesar de sofrimentos e de brigas no meio, tivesse apenas se conservado. E se houve alguma mudança, foi a intensidade que aumentou.
Ainda deitados, ela puxou a camisa do rapaz, e ele rapidamente, terminou o serviço, jogando a camisa no chão. As mãos dele percorreram devagar os ombros nus da moça. Instintivamente, seus beijos ficaram mais urgentes, mais apaixonados, e de certa forma, mais dolorosos. Eram saudosos, como para descontar cada ano que eles se amaram e não puderam ficar juntos. E a cada beijo, todos os sentimentos, até os mais profundos possíveis eram emitidos do coração e lançados nos braços do outro.
-Ainda tem alguma dúvida que eu te amo? ? ela disse deitada no peito dele; os dois suados e cobertos por lençóis, mas ainda abraçados.
-Não. Eu te amo também. E me sinto ótimo de poder admitir isso para mim mesmo.
O casal se beijou lentamente dessa vez. Depois adormeceu.
Autor: Leila Pordeus Miranda
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