Conferência em Berlim
Para os Estados Unidos o que iria se tratar em Berlim era do seu interesse por se tratar de questões referentes ao mercado naval, e a sua ambição era crescer no comercio exterior. Contudo, na maioria dos outros aspectos, ele se encontrava de fora. A Rússia também se encontrava presente, mas seu interesse não era em relação ao mercado, estava como apoiadora da França contra a Inglaterra.
Dentro deste comentário Paul, incita a ideia discutidas por muitos de que os Estados e a Rússia seriam as duas grandes potencias mundiais do futuro. Já existia na Europa a preocupação que se implantassem uma nova ordem mundial. É citado no texto um depoimento do ministro britânico lorde Salisbury, aonde ele admitiu em 1898 que o mundo estava dividido em potencias "vivas" e "agonizantes".
A Rússia e os EUA pareciam encaminhadas a fazer parte das futuras ordens mundiais, pelos seus tamanhos e população. Para as potências que estavam em praxes há séculos, a preocupação era continuar se mantendo frente ao domínio, enquanto que para os recém chegados, como a Alemanha, Itália e Japão era se fundamentar a uma nova ordem política mundial, enquanto havia tempo.
Tudo levava a crer que as grandes forças econômicas e políticas seriam os países que mais se desenvolvessem em questões industriais e em ciências. Os tradicionais impérios chegaram ao seu fim e novos se formavam. Agora o mundo que outrora era multipolar se transformou cinqüenta e oito anos mais tarde em um mundo bipolar. As lutas se intensificaram, eram uma corrida industrial, tecnológicas e nos desenvolvimentos das ciências.
Para exemplificar melhor os níveis de desenvolvimento de todos as potencias, Paul Kennedy ilustras gráficos com dados referentes a pontos centrais onde é destacado o valor das populações, os níveis de industrialização, as produções, consumo de energia, quantos navios de guerras, enfim, cada dado deste é ilustrado para que o leitor melhor associe o desenvolvimento que vinha tendo as potencias.
Paul aborda na obra a situação histórica, econômica e política de cada país. Começa pelo Japão, que era um país ainda imperialista, governado pelos samurais, mas a necessidade de uma industrialização e de uma modernização foi abrangível. O Estado carecia desta mudança. O sistema judicial foi reformado, o educacional expandiu-se, tudo leva a um avanço, sendo defendido a ideia central de que um país rico e um exército forte era o caminho para o ingresso nas grandes potencias mundiais.
A Alemanha foi favorecida no avanço mundial por dois fatores, o primeiro, foi a situação geográfica que ela se encontrava, ela estava no centro da Europa, o segundo foi a rapidez com que a Alemanha se desenvolveu no setor indústria, estando a frente da França ou da Rússia. Seu crescimento na produção de carvão foi o diferencial na expansão industrial.
O império Austro- Húngaro, embora fosse considerado o mais fraco entre as demais potencias, Paul revelou que na integra não era bem assim o império teve um crescimento em vários setores, na industrialização, produzia carvão ate mesmo mais que a França e a Rússia, tinha um considerável consumo de energia e produção de aço.
A França tinha como inimigo a Alemanha, que ocupava poder econômico. Mesmo assim a França se destacava por ser o maior produtor de automóveis do mundo, tornando-a imensamente rica, em contrapartida o seu carvão e o seu aço era baixo e caro; sem contar que a França estava evitando um dilema com Alemanha, Por não ser suficientemente capaz de enfrentar uma guerra contra a Alemanha.
Paul Kennedy vai discorrendo sobre demais país participantes da nova ordem mundial, como a Grã-Bretanha a Rússia os Estados Unidos, quer por sinal vai ser um dos países que cresceu com todas estas fases de conflito, tirando vantagens necessárias para o seu total desenvolvimento.
Após descrever as situações dos países, o próximo tema que Paul tenta inteirar o leitor é como se deu a formação das alianças, e como se deu o plano para iniciar a guerra. Para isto ele nos leva a examinar a instável diplomacia das alianças, iniciando com o desaparecimento de do chanceler Bismark. Em 1890, pressões políticos obrigam o chanceler Bismark a renunciar, e o imperador Guilherme II assumiu o comando da Alemanha.
O período anterior a guerra é marcado por muitos acordos secretos entre as nações. A Alemanha uniu-se à Áustria e à Itália, formando a tríplice aliança. Por sua vez a França, principal inimiga da Alemanha, uniu-se a Inglaterra, Rússia.
Dentro destes acordos e pactos Paul vai destrinchando a tão violenta guerra, que jorrou sangue, marcando a historia mundial. Até chegar à guerra de fato, que foi acirrada de tensão e rivalidades entre as grandes potencia mundiais.
Esta guerra representava poder total através das forças bélicas e do total domínio da tecnologia. Este domínio fez dos homens como que robôs, deixando de lado todos os sentimentos que faz parte do ser humano.
[...] pode-se falar de uma verdadeira religião da pátria, inculcada pela escola laica (por volta de 1880, as crianças aprendiam a manejar armas, usando espingardas de madeira, desde a escola primaria) e ensinada também nas instituições religiosas. O nacionalismo é um "valor" partilhado tanto pela direita quanto pela esquerda (contestado apenas por uma pequena minoria desta ultima), o que explica o malogro total do internacionalismo de 1914. [...]
Uma historia do segredo? In: Phlippe Ariés e Georges Duby, dirs. Historia da Vida Privada. São Paulo, 1992. v.5. p. 208
A bipolaridade, ou a ordem bipolar, portanto fez referencia a divisão do mundo em dois blocos, onde o uso das armas nucleares eram reconhecidas como total poder do homem sobre outro homem.
Autor: Talita Barbosa Ramos
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