PALAVRAS CONFUSAS, REDUNDANTE



Não mereço amor. Ou melhor, nem sei o que quer dizer.
Procuro um amor, mas não o encontro.
O amor me encontra, mas não o vejo/percebo, ou, não quero sentir.
Paixão, que dor sofrida, como dói.
Como és lindo, ah...
Já me apaixonei, sempre por quem não esta afim.
Sou forte! Mentira, sou fraco.
Reluto em não me entregar aos sentimentos sentidos pelo Homem.
Tolo, aqueles são mais fortes que eu, por isso...
Eu sofro.
Eu choro,
me isolo do mundo, um pouco menos, das outras pessoas.
Por que sou assim?
Abstive-me da vida coletiva; nossa! Como me faz falta.
Sou um palhaço, tão novo e tão velho!
Não sei conversar e muito menos iniciar um diálogo com outras pessoas que não estão num círculo de aprendizado, busca de saberes.
A intenção não é ofender ninguém, mas elucidar o quão antiquado sou.
Ah, e a tecnologia venho pra dificultar.
Em uma festa, a alegria contagiante e envolvente das pessoas que ali habitam, numa busca de novos rostos, novas amizades, trocando palavras no mais curto dicionário possível, mas vasto em comunicação. E eu? Olha lá no canto, viu? Sou eu! Acanhado; não duvide de minha capacidade, mas ao mesmo tempo, sei lá, vai que aparece alguém no mesmo estilo de vida que eu (difícil).
Ah! E a tecnologia, o que tem a ver?
Tudo, simplesmente.
Domino as palavras no teclado ABNT1 (antes esse do que o 2), em relação a relacionamentos. Sei ludibriar verbalmente, mas pessoalmente, as palavras me dominam.
Fico restrito a um "oi", "como vai?", "da onde és"... Vejam só ? quem numa festa falaria "da onde és"? (riam leitores, esta muito triste este texto).
Msn, Orkut, Twitter... Como é fácil conversar e convencer uma pessoa por meio destes meios!
Eu travo!
Seria muito mais fácil poder falar profissionalmente do que cotidianamente, penso eu.
Tão novo e tão velho.
O tempo passa, aceleramos a vida como se troca a música no média player.
Isso esta errado.
Quero viver mais,
me arriscar mais,
novas pessoas conhecer e se encantar.
Devo quebrar esse meu paradigma do "tão velho".
Sou novo, jovem, belo, pra não dizer outras coisas (se não riu ali, logo acima, ria agora, não é pra ser entediante o texto).
E...
O que descrevi, sou eu?
Não!
Nem sei.
Alguém ousa em me auxiliar?
Autor: Junior Miranda Scheuer


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