QUERIDO PALHAÇO
No domingo bem cedinho
Eu ligo a televisão e me sento no sofá
E o programa começa, mas,
Já não me faz gargalhar.
Cadê aquele baixinho safado como criança
Que não usava chapéu de perucas a voar,
Onde será que ele foi, será que ele vai voltar?
Eu penso comigo mesmo, não ele não vai mais voltar
Fez um contrato com Deus, imagina se quer voltar!
E eu na minha tristeza enterrado no sofá
Com olhos cheio de água
O coração apertado Quase sem poder falar,
Porque quando ele partiu levou consigo a criança
Que me ajudava sonhar.
Chorava com o seu sorriso e sorria com seu chorar
Aquele homem sapeca, não era por ser careca
Nem era por ser palhaço que eu assistia sem cansaço
O jeitão ele brincar.
Falava como criança porque criança ele era
Não precisava imitar, era um ator verdadeiro,
Completo, de coração,
Como aqueles seus amigos que ele deixou para traz,
São atores sem medidas são palhaços sem iguais
São fabricas de fazer ri como não houve jamais.
Eles mesmos confessaram que sem o baixinho careca
Eles já não riam mais.
Mais a vida é como um show e tem que continuar
Esta frase é muito boa pra quem sabe gargalhar,
Pra quem tem sua criança brincando dentro de si
pulando de Lá prá cá,
Mais pra quem perdeu a sua como eu, esta frase é muito má
Por isso sem o baixinho o show podia Pará
Porque sem o Zacarias já não sei mais gargalhar.
Bartolomeu.
Autor: Teixeira Pinto Bartolomeu
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