Mulher Objeto, Violência de Gênero!



Parece algo simples uma empresa colocar mulheres bonitas com corpos esculturais, dentro de roupas que fazem ressaltar ainda mais seus atributos femininos, nos quais a classe masculina se deleita.
Isso não teria nada de mais, se não fosse o apelativo, algo que notadamente denigre a imagem da mulher, tornando-a apenas um corpo, sem pensamentos, sem vontades e nem inteligência. Utilizam dessa forma de propaganda para vender roupas, ou alguma academia de ginástica, não, para vender pneus, carros, som automotivo, coisas do gênero e digo mais, estas pessoas que ali se prestam a este papel, o fazem por necessidade, sendo apenas o chamariz para que vendedores, do sexo masculino é claro, efetuem a venda e recebam a comissão por isso, não que essas moças não recebam pela exposição, mas o grande montante não vão para elas.
Se isto não fosse um problema sério de gênero, não seria, quase que na sua totalidade, os homens quem criam, projetam, constroem e vendem, servindo a mulher apenas como propaganda, como um outdoor inerte, como disse antes, a mulher é o chamariz, senão, vejamos, por que utilizar nos eventos mulheres bonitas nos estandes vestidas com roupas provocantes, que ficam ali sorrindo e distribuindo panfletos, quando lá dentro quem vende, explica, ensina é muita vez o homem.
Muito me entristece quando vejo parlamentares com pensamentos deturpados, sendo que deveriam eles mesmos tomar a frente para coibir este tipo de situação. Mas antes de ser parlamentar, são homens e em sendo homens, são quase que em sua maioria, machistas e o são de tal forma que não se satisfazem em o sê-lo somente pra si, precisam expor o que sentem, mostrando assim o quão macho é e com isso são exemplos para outros se portem da forma iníqua que se portam.
O mais triste e difícil de combater é o machismo feminino, que são as mulheres que deixaram arraigar em seu ser o machismo, fazendo a divisão do que DEVE a mulher fazer e o que PODE, se quiser, o homem fazer.
Lembro de uma história contada pela Dra Lindinalva em uma de suas inúmeras palestras sobre Violência de Gênero,que diz o seguinte: em uma família existiam duas crianças uma menina e um menino, os quais adoravam música, o pai deu um violão para o filho homem, para que ele pudesse pegar a estraga e ganhar o mundo sem depender de ninguém, com seu violão nas costa foi-se e para a menina deu-se um piano,grande bonito, Pesado, para que ela pudesse ficar sempre ali, sem sair do lugar, pois lugar de mulher é em casa e do homem o mundo.
Muitos acharão que estou maluco, exagerando, mas se prestarem a atenção são nessas coisinhas bobas, não tão bobas, simples, não tão simples, que começam os grandes problemas, esses sim são grandes, e é a sentença de MORTE para milhares de mulheres em todo o mundo.
Querem um exemplo, que para muitos não foi nada, um do jogador de futebol que certa vez disse que qualquer um bate em mulher, como se isso fosse normal e que em briga de marido e mulher ninguém deve meter a colher.
Creio eu que este cidadão está completamente errado em sua afirmação, se formos pensar da forma egoística deste jogador, deveremos deixar crimes e mais crimes acontecerem e ficarmos calados, como se nada tivesse acontecendo, é isso?
Posso dizer com firmeza que a grande maioria dos crimes ocorridos hoje em nossa sociedade, todos, podem ter nascido de uma violência de gênero, doméstica, que de tal forma maculou a mente da criança, por ter sofrido a violência ou até mesmo somente presenciado, e com isso veio a praticar algum delito, crime, alguma transgressão.
Logo não devemos ficar inertes às brincadeiras, que talvez não tenha o cunho de brincadeira, inconscientemente; devemos sim, falar, denunciar, e não deixar que essas barbaridades aconteçam.
Vamos ter um lar saudável, com todos os membros felizes e com igualdade de gênero, utopia, não, vontade de um mundo melhor.
Desejo a todos que até aqui chegaram, sejam homens ou mulheres, que tenham uma alma feminina, pois só assim o mundo se encherá de encantos e alegrias.
Eduardo Dalla Costa Rodrigues
@eduardo_dalla
Autor: Eduardo Dalla Costa Rodrigues


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