LEITURA, VIAGEM DA ALMA.



LEITURA, VIAGEM DA ALMA

Grande sonho este. Perpetuar na criança, ao longo de seu desenvolvimento o amor antes existente pela leitura. Como saber onde ele se perdeu? Como reencontrá-lo e fazê-lo desabrochar tão viçoso como no início de tudo?
Estranho procurar na criança tão pouco crescida, o brilho que antes irradiava seu olhar, ao se deparar com O Livro. Objeto de desejo que não conseguia largar; com o qual dormia abraçada e ao acordar, logo o procurava. O que nós, enquanto pais e professores, fazemos com essa criança, que de repente se distancia, sem que nos explique o motivo da ruptura de seu relacionamento com O Livro, antes vital para seu desenvolvimento e alegria? Mas, apesar de nossas perguntas, não obtemos respostas da criança. Assim, vamos caminhando como se tudo dessa forma tivesse que ser; sem nos debruçarmos nos questionamentos, intentando descobrir a razão de tão triste separação. E por vezes dizemos, a fim de nos conformarmos, que é coisa da idade; que está crescendo e os interesses mudam; que tem muita atividade e não consegue dar conta; que a televisão é a grande culpada... e assim vamos buscando justificativas variadas, para mascarar nossa culpa por essa situação. Mas, será mesmo que é assim? Que tem que ser assim? Que é algo natural no curso do desenvolvimento infantil? Que as ocupações do novo século sufocam nossa criança e não permitem mais o prazer? Me recuso a aceitar! Não consigo cruzar os braços e fingir que está tudo bem.Prefiro encarar minha insensibilidade em perceber, que eu sou culpada por isso! Quando, por minha conta e risco, a deixei sozinha na caminhada da leitura, simplesmente por ter ela alcançado a Emancipação da Leitura convencional. Como pude eu abandoná-la nessa caminhada de relações, quando ela mais precisava de meu incentivo? Mostrei pra ela com minha atitude, que a relação que tínhamos enquanto nos deliciavamos com um livro, era condicional e não visceral. Se assim fosse, jamais teria fim apenas por ela ter conquistado a autonomia da leitura, que com todo o seu brilho, tornar-se-ia em dissabor. Mas, ainda há tempo! Vamos! Busquemos o que está perdido. Nossa criança anseia por isso! Vamos agora, peguemos um livro e sem qualquer cobrança, de graça como tudo que ele nos dá, ofereçamos a nossa criança, um banquete de amor, em que ela é a convidada mais que especial. Não percamos tempo! Ele não voltará. Nossa criança está lá, ávida por ouvir um simples palavrear: Era uma vez...
Vamos!

Autor: Janira Gomes De Oliveira


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