SANGUE NEGRO DA FERIDA DA TERRA
O vazamento de óleo no golfo do México mostra com um prejuízo ambiental absurdo, que o homem não está preparado para manipular forças que ele desconhece.
Já tentaram muitas intervenções e nenhuma delas mostrou eficiência.
O ferimento feito no fundo do oceano continua aberto e o sangue negro está longe de ser estancado.
Enquanto a ambição desmedida fala mais alto, seres vivos vão pagando com a própria vida.
Os capitalistas não podem simplesmente brincar de Deus.
Os fracassos na contenção do derramamento mostram que não conseguiram sequer estimar a pressão do fluxo.
A ineficácia mostra que os cálculos foram errados e sabe-se lá qual o volume e a potência dessa bomba pressurizada.
O que parecia apenas fechar uma válvula saiu do controle após o acidente.
Desde que começou o aborto do filho negro do ventre da terra, comecei a pensar nos motivos que levam o homem a criar um campo minado embaixo de si.
Afinal como o homem pode querer retirar do veio da terra em tão pouco tempo, um produto que a natureza levou milhões de anos para transformá-lo em petróleo.
Uma gestação tão longa da natureza e uma cesariana tão breve do homem.
Essa tragédia anunciada poderia ter sido evitada e ainda pode ser minimizada, desde que os países ao invés de gastarem cifras absurdas com a exploração de outros planetas, investissem mais recursos na salvação de seu planeta.
Uma coisa é certa!
A resposta geológica só aparecerá com o passar dos anos e o planeta ficará pior.
As grandes nações não deveriam explorar outras galáxias, mas implorar pelo seu planeta.
Autor: Cesar Gonçalves
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