Lecionar História hoje: desafios, perspectivas e tendências.



Há muitos anos a pratica docente relacionada com a História vem sendo facilmente observada como uma pratica que remonta a séculos. Professor à frente, alunos sentados a diante, lousa, giz e verbalismo o ano todo. Professores falando, falando e falando por meses a fio e explicando de uma forma muitas vezes enfadonha e extremamente desestimuladora. Isso pode ser constatado em vários tipos de escola, desde o Ensino fundamental até o superior e mesmo a Pós Graduação.

Essas praticas de ensino são resquícios de uma passado que teima em persistir , como se fosse ruínas difíceis de serem exterminadas , pedras colocadas em alicerces fundos que assistem o tempo passar incólumes. O verbalismo é uma das praticas mais antigas, conservadoras e retrogradas que existem em uma sala de aula. Por que em muitos casos, os professores praticamente monopolizam a palavra oral? O aluno não tem o eu dizer também? Evidente que isso não ocorre em todas as escolas , e em todos os níveis de ensino, mas muito podemos encontrar , em todo o Brasil e em todos os países, em vários continentes.

Poderíamos desenvolver uma prática de ensino que rompa com os aspectos seculares e tradicionalistas, acrescentado qualidade e inovação afinados com as demandas existentes hoje dia, visando buscar um novo padrão de ensino e alçarmos novos horizontes pedagógicos? Sim, podemos. Porem, a questão não é O QUE devemos fazer, mas sim COMO devemos fazer? Mudaríamos tudo novamente, depois de tantos ajustes que ocorreram no ensino brasileiro, de tantas reformas?

A quantidade de criticas apenas se multiplicaria, pois seria mais um teórico propondo novas interpretações e leituras. Nós poderíamos trabalhar bem com o que já temos? Talvez, pois os resultados das pesquisas sobre a qualidade do ensino no Brasil mostram que as deficiências são imensas e ainda existem muitas crianças fora da rede escolar, apesar do grande , considerável e louvável acréscimo do numero de matrículas por todo o território nacional.

Sendo assim, o que fazer para mudarmos com velhos paradigmas? Os paradigmas atuais são suficientes? O modelo de escola publica, no Estado de São Paulo, é suficiente? Promove ensino de qualidade, compatível com as propostas governamentais?Se a resposta for sim, este breve e superficial artigo não possui o mínimo significado e a mínimo importância. Porem se a resposta for não, e acredito que seja este texto é um, entre muitos existentes, que buscam questionar a propor soluções.Propor soluções, este é o desafio mais contundente e relevante que possuímos no atual estágio do capitalismo globalizado.

Como fazer educação de qualidade? Como ensinar história de uma forma atraente, que desperte a cidadania nos alunos, que mova almas para cima, que abra mentalidades e motive corações? Decorando datas e fatos que não vai ser.Em meu ponto de vista, lecionar História deveria visar a formação para que o jovem tenha ferramentas necessárias para se relacionar no mundo globalizado.Parece simples , mas não é bem assim. Não basta apenas saber, é necessário conseguir realizar algo com o que se sabe. Não é suficiente ter informações, e sim conseguir fazer com que estas informações tenham significado e utilidade.

Nada contra Roma antiga ou Egito, alias gosto e admiro muito, mas porque estudamos dinastias antigas? Porque estudamos a História européia, a fundo, muitas vezes? Não que os livros e professores não lecionem História do Brasil, mas não deviríamos estudar Ásia e Oceania também? A europeização do ensino é uma imposição que há décadas está presente em nosso cotidiano escolar, é só abrir os livros de História e ver.
Desafio de lecionar História hoje: fazer com que ela seja realimente útil para os alunos.
Perspectivas: formar bem nossos professores, currículos de ensino superior e de pós-graduação que estejam realmente a altura das necessidades atuais.
Tendências: promover a liberdade de pensamento, a expressão da criatividade e o exercício da cidadania.

Concluo que os seres humanos devem olhar para o passado e encontrar oportunidades para a construção do aprendizado, ver-se no presente e sentir ânimo para encarar o próximo futuro, o que esta logo adiante. Há muito a ser realizado no Brasil, creio que a maior da população esteja empenhada em realizar o máximo de sua capacidade. A maioria trabalha para o bem, os demais, infelizmente, ainda não se conscientizaram disso...

Autor: Oswaldo Henrique Nicolielo Maia


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