Gisele Bündchen e o Parto Natural



A modelo Gisele Bündchen com o corpo impecável a apenas 4 meses após dar a luz, declarou recentemente em entrevista ao Fantástico que seu filho nasceu de parto natural na banheira de sua casa. Gisele como pessoa publica de grande proporção na mídia reacendeu a questão da mecanização da assistência ao parto. O que tem levado muitas mulheres a procurar meios alternativos para o nascimento de seus filhos.


Nas maternidades particulares brasileiras as taxas de cirurgias cesarianas superam 80% dos totais de nascimento, o recomendado pela Organização Mundial da Saúde é de no máximo 15%. Recentemente o Conselho Federal de Medicina iniciou uma pesquisa nacional com médicos ligados à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) para apurar as reais causas da falta de estimulo para prática do parto normal no país. Espera-se com a pesquisa descobrir o que leva aos altos índices de partos cirúrgicos.


O Ministério da Saúde lança periodicamente campanhas de incentivo ao parto normal, comerciais com artistas que vivenciaram a experiência da maternidade natural e também incentiva com bonificação os médicos. Apesar do esforço, o número de cesarianas eletivas cresce a cada dia, inclusive na rede publica.


Para Alberto Jorge Guimarães, obstetra ligado a Febrasgo, o Parto Natural é melhor opção para mãe e bebê. "É um evento fisiológico que, se assistido adequadamente de forma humanizada e respeitosa proporciona uma experiência prazerosa e feliz". Já perguntado sobre o parto residencial ou na água como foi o da modelo, explica: "Para as mulheres que buscam um parto humanizado é importante se informar sobre as várias possibilidades de nascimento e se ampararem por uma equipe familiarizada com este conceito. O parto na água é muito benéfico, pois além de proporcionar alívio da dor, a água em temperatura adequada ainda propicia uma transição suave para o bebê após o nascimento".


A Organização Mundial da Saúde recomenda que o parto seja preferencialmente em ambiente tranqüilo, que a mulher tenha direito a presença de um acompanhante de sua preferência e tenha acesso a métodos não farmacológicos de alivio da dor. Além disso, recomenda-se ainda que possa escolher a posição mais confortável para si durante todo trabalho de parto. Apesar das recomendações, na maioria das maternidades brasileiras as parturientes são privadas de se movimentar durante o trabalho de parto e da presença de um acompanhante.

Fonte da pesquisa para elaboração do texto:
Ministério da Saúde
http://portal.saude.gov.br/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=20911
http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/campanhas_publicitarias/campanha_detalhes.cfm?co_seq_campanha=1765
Recomendações da organização Mundial da saúde
http://www.who.int/reproductivehealth/publications/en/

Autor: Adriana Sanches


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