ÉPOCA DAS FERAS



O ser humano também é uma raça de animal. No princípio dos tempos éramos irracionais, caminhávamos com as quatro patas. Com o porte de um canídeo, robusto e ágil, corríamos atrás da caça como todo animal carnívoro. A lenda do lobisomem retrata bem essa condição. Em certas condições a fera que há no Homem, desperta sedenta de sangue. Quando digo Homem me refiro a homem e mulher. Tanto o homem quanto a mulher tem uma fera dentro de si. Alguns podem refrear seus instintos outros não conseguem. Homem que mata a ex-namorada, homem que mata criança, homem que mata o irmão, homem que mata o pai. Mulher que mata os filhos para ficar com o amante, mulher que mata os pais, mulher que mata a filha da rival. Essas notícias nós lemos nos jornais diariamente.

O Homem primitivo, adquirindo raciocínio, razão, alma, passou a se preocupar não só com a segurança e o bem individual, mas também com o bem da família, do grupo. Grupos, pessoas diferentes eram presumidos inimigos. Cada grupo tinha seu campo de caça e cada um o defendia com unhas e dentes, literalmente falando. Surgem indivíduos com tendência para a guerra, conquista e domínio. Os ferozes são distinguidos pelo aspecto físico, crânio redondo, testa saliente, estatura média. Silenciosos, insensíveis e maus, se tornam predadores, homicidas, psicopatas.

Não bastando os desastres naturais, as famílias se vêem ameaçadas por outros desastres, alguns causados pelo próprio homem, drogas, crimes ambientais, homicídios, assaltos, prostituição, corrupção, miséria, desemprego. A humanidade volta à Idade das Feras!

Como refrear a fera que há em nós? Crer que podemos reverter tudo isso, praticando uma religião, religar o que foi desligado, por que antes de ser fera éramos parte de um criador bondoso. Ele e só Ele pode nos dar a força que precisamos para alcançar a serenidade absoluta.

Quando você se irritar por qualquer coisa, antes de perder a razão, lembre-se de que a fera pode acordar dentro de você e que, ela mesma poderá devorá-lo.

Raciocine!

Antonio stegues batista
Autor: Antonio Stegues Batista


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