DEPRESSÃO EM UM ÂMBITO GERAL



DEPRESSÃO EM UM ÂMBITO GERAL


ANDERSON PHABLO SOUZA1
ARLINDINA MENDES GUIMARÃES NETA1
CLÉRIA ALVES QUEIROZ1
JOICE ALINE SCHMITZ FOLLMANN1
MAIANE MALAQUIAS MARTINS1
MARIA DA CONCEIÇÃO PARANAGUÁ1
MARYELLI CARLYNE OLIVEIRA DE ALMEIDA1
SARA RODRIGUES BARRETO DE FIGUEIRÊDO1
EMERSON MAFIA2


RESUMO
A depressão é um distúrbio doloroso, resultado da queda da auto-estima, manifestada por humor deprimido que duram semanas meses ou anos seguidos, sendo ela diagnosticada por quatro tipos: reativa, neurótica, menor ou distimia e bipolar. O diagnóstico é feito através de anamnese, onde é questionada a história de vida do paciente, observando as queixas mais freqüentes. Os sinais e sintomas mais freqüentes são fadiga, tristeza, sentimento de culpa, agitação, falta de atenção e tentativa de suicídio. O tratamento é complexo e flexível, levando em consideração o seu estado biológico, psicológico, e social no sentido de adequar para cada paciente uma melhor abordagem terapêutica diferenciada. A depressão acomete cerca de 3 a 6% da população. Apartir de um estudo geral sobre o assunto enfermeiro e profissionais da saúde pode desenvolver um papel fundamental para compreender e auxiliar no tratamento dessa patologia. O presente artigo é de caráter qualitativo/descritivo, sendo utilizados métodos bibliográficos. Com base nos dados pesquisados coclui-se que a depressão é uma doença que não se distingue entre homens e mulheres, sendo idosos os mais vulneráveis, podendo ser desenvolvida apartir de outras patologias, onde pacientes procuram o serviço de saúde por outras causas, e são diagnosticadas como depressivos.
PALAVRA-CHAVE: Tristeza, Estresse, Sentimentos, Humor Deprimido, Pacientes.
DEPRESSION IN A GENERAL
ABSTRACT
Depression is a painful disorder, resulting from loss of self-esteem, manifested by depressed mood lasting for weeks months or years in a row, she was diagnosed by four types: reactive, neurotic, less than or dysthymia and bipolar. Diagnosis is by history taking, where we question the life history of the patient, noting the most frequent complaints. The most frequent symptoms and signs are fatigue, sadness, guilt, restlessness, inattention and attempted suicide. Treatment is complex and flexible, taking into account their biological status, psychological, and social in the sense of matching each patient to better differentiated therapeutic approach. Depression affects approximately 3-6% of the population. Starting from a general study on the subject nurses and health professionals can develop a key role in helping to understand and treat this condition. This article is qualitative and descriptive, bibliographic methods being used. Based on the data surveyed coclui that depression is a disease that does not differ between men and women, and elderly the most vulnerable and can be developed starting from other diseases, where patients seek health services from other causes, and are diagnosed as depressed.
KEYWORD: Sadness, Stress, Feelings, Depressed Mood, Patients.

INTRODUÇÃO
A depressão é uma doença caracterizada por um distúrbio afetivo. Estima-se que atinge cerca de 3 a 6% da população Pedrosa (2007). Se não tratada, pode interferir no desenvolvimento das tarefas diárias levando o indivíduo ao isolamento social.
Com base no pressuposto acima, esta pesquisa é uma abordagem a cerca do transtorno no intuito de ampliar os conhecimentos técnico-científicos. Tendo como objetivo, conhecer os aspectos que envolvem o sofrimento psíquico e suas limitações. De modo a entender a patologia e a partir deste, intervir junto aos cuidados de Enfermagem, compreender a fisiopatologia, sinais e sintomas, diagnóstico e tratamento. Visto que, a depressão possui classificações e características específicas.
Em vista disso trata-se de uma pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo-científico, onde foram utilizados artigos científicos e livros da biblioteca Antônio Balbino de Carvalho Filho da Faculdade São Francisco de Barreiras (FASB).
Mediante isto, os profissionais de saúde atentam-se a proporcionar suporte educacional, preventivo no intuito de melhorar a qualidade de vida destes clientes/usuários.

REFERENCIAL TEÓRICO

Smeltzer e Bare (2005) definem depressão como resposta comum aos conflitos de saúde e constitui como um problema conseqüentemente não diagnosticado na população, deixando as pessoas deprimidas em razão de lesões ou doenças, pode está sofrendo por perdas passadas que compõe um novo problema. Onde os mesmos procuram o serviço de saúde por outras causas, onde são diagnosticadas manifestações físicas da depressão.
A depressão é diferente do sentimento de tristeza por ser mais duradoura e intensa apresentando desempenho prejudicado. Pessoas depressivas apresentam humor diminuído durante atividades que são prazerosas em um período de duas semanas. Outras pessoas se relacionam com o meio exterior escondendo o seu sofrimento, onde esconde seus sentimentos de tristezas por meses ou anos, ocasionando surpresa em seus familiares e pessoas de sua convivência (SMELTZER; BARE, 2005).
A depressão é considerada por alguns autores como uma algo inevitável do método de envelhecimento. No entanto em países desenvolvidos o pensamento dos idosos é contraditório, pois em estudos recentes estes acreditavam que o envelhecimento estava sendo melhor que o esperado. Foi avaliada a prevalência de depressão em idosos onde estes apresentaram diferentes resultados, por diferentes diagnósticos. Aproximadamente 10 a 15% dos idosos que vivem em sociedade apresentam sintomas depressivos enquanto 2 a 3% demonstram transtorno depressivo menor. Essa patologia na velhice não se distingue entre homens e mulheres (ALMEIDA; DRATCU; LARANJEIRA, 1996).
Para Pedroso e Oliveira (2007) a depressão é um distúrbio doloroso que resulta de queda da auto-estima, sendo manifestada por humor deprimido que duram semanas, meses ou anos seguidos. É uma doença freqüente na população que acomete em média 3 a 6% e para uma qualidade de vida do paciente é necessário um diagnóstico e tratamento adequado. Na maioria dos casos a depressão é secundária a um problema real, chamada de depressão reativa. O prognóstico varia de recorrência, recaída ou cronificação com risco de suicídios.
Nettina (2003, p. 1597) pontua que:
Um humor é uma emoção sustentada que, quando extrema, dissimula a visão do mundo por parte da pessoa. Os distúrbios do humor caracterizam-se por distúrbios nos sentimentos, raciocínio e comportamento. Estes distúrbios podem ocorrer em um contínuo, variando desde a depressão grave até a mania grave (hiperatividade). Uma doença depressiva é dolorosa e pode ser incapacitante do ponto de vista psicofisiológico.

De acordo com Almeida; Dratcu; Laranjeira (1996) em idosos a etiologia de quadros é complicada. O desenvolvimento de quadros depressivos está relacionado com a redução dos níveis de serotonina e outras monoaminas e neuropeptídio cerebral, e também relacionado com a presença de dilatação ventricular discreta e lesões leves de maça branca, nestes pacientes há redução generalizada do metabolismo cortical, sendo mais marcante em regiões frontais. Pessoas com personalidade dependente e com fobias estão vulneráveis a depressão na velhice.
De acordo com Pedroso e Oliveira (2007) há quatro tipos de depressão, sendo elas: depressão reativa que são desordens de ajustamento com humor ansioso, neurótica caracterizada por depressão menor ou distimia, unipolar (depressão maior), bipolar definida por psicose maníaca depressiva e a depressão secundária.
Um distúrbio depressivo é doloroso e incapacitante do ponto de vista psicofisilógico. O sentimento de depressão é maior que o sentimento de tristeza, a depressão afeta o pensamento dos indivíduos sobre o futuro, alterando assim sua atitude sobre si mesma, uma pessoa com este distúrbio pode ficar tão angustiada que expressa desmotivação. Quando os sintomas tornam-se mais acentuados provocam interferência na vida social e emocional da pessoa esse então é um sinal de distúrbio do humor (NETTINA, 2003).
Nettina (2003, p. 1597) ressalta que: "as causas exatas dos distúrbios depressivos não foram estabelecidas, acreditando-se que os referidos distúrbios resultem de interações complexas entre diversos fatores".
Quanto aos fatores bioquímicos, a teoria das aminobiogênicas supõe que existe carência de norepinefrina e serotonina em pessoas com distúrbios depressivos. A teoria de Kindling refere que o estresse ambiental externo interfere nas respostas ao estresse fisiológico interno, as quais surgem a primeira manifestação depressiva. A disfunção neuroendócrina, do eixo hipotálamo-hipófise-supra-renal pode manifestar em algumas pessoas. Também o hipotireoidismo é gerador de depressão principalmente em algumas mulheres. Assim como na carência do sono foram evidenciados fatores de depressão. Já os fatores genéticos indicam que indivíduo com parentesco de primeiro grau de pessoas com distúrbio do humor tem de 1,5 a 3,0% de chance de apresentar essa patologia. A pesquisa em andamento revela que genes defeituosos no cromossoma quatro assim como nos 11, 18 e 21 podem está pertinente à depressão (NETTINA, 2003).
Almeida, Dratcu e Laranjeira (1996) pontuam que as lesões e substâncias cinzentas são mais comuns em parte do cérebro irrigada por artérias médias e posteriores. Já as lesões de substâncias brancas geralmente são mais difusas sendo causada por hipertensão arterial crônica.
Entre fatores medicamentosos, foi relatado pelo autor efeitos colateral, dentre estes cardiovasculares, medicamentos psicotrópicos, agentes antiinflamatórios, hormônios e antiulcerosos. Já os fatores psicossociais, como raiva e agressão, leva o indivíduo a sentimentos negativos, causando vergonha e culpa de si mesmo, logo uma depressão. Visto que o estresse social, perda de um membro da família, separação, falta de apoio social e até doenças respiratórias podem gerar um quadro depressivo (NETTINA, 2003).
Os sinais de depressão nos idosos são tristeza, fadiga, sentimentos de culpa e sentir-se inútil, distúrbio do sono, memória e concentração diminuída, falta de apetite, ocorrendo perda ou ganho de peso exagerado, agitação, falta de atenção e tentação ao suicídio (SMELTZER; BARE, 2005).
As características dos distúrbios depressivos ocorrem em sua maioria um período de duas semanas representando modificações nas funções prévias, e também comprometendo o funcionamento emocional e social, ocorrendo assim humor deprimido, anedonia, ganha ou perda de peso, insônia, ou hipersonia, aumento ou diminuição da atividade motora, perda de energia, sentimentos de inutilidade, e vontade de se matar, esse sinais e sintomas ocorre quase diariamente e na maior parte do tempo (NETTINA, 2003).
A melancolia é um tipo de depressão endógena, que tem como característica o retardo mental. Seus sintomas são humor polarizado para depressão, falta de interesse de realizar atividades, perde capacidade de sentir prazer em qualquer atividade que possa realizar, passa a ter um olhar diferente sobre si mesmo e o mundo, se acha triste e infeliz. Precisa-se estar atento quanto à característica dessa tristeza, pois é diferente da tristeza dos indivíduos normais, ocorrendo perda de libido, perda de peso, sono perturbado, e muita insônia. Em muitas pessoas ocorrem o processo de flutuação, sendo esses sintomas aumentados ao despertar do dia e diminuídos ao fim do dia, ocorre também pequeno retardo psicomotor, manifestado por agitação, inquietação, esfregar das mãos constantemente e inquietude (ALMEIDA; DRATCU; LARANJEIRA, 1996).
Almeida; Dratcu; Laranjeira (1996) relata que os sintomas da cognição são evidenciados por uma grande incapacidade de se concentrar e à perda de memória, principalmente nos idosos. Os delírios que ocorrem nos idosos são sentimentos de culpa e hipocondríacos. Poucos casos ocorrem alienações, mas quando há manifestação, os depressivos ouvem vozes que os acusam de coisas feitas no passado, sendo estas erradas. Nessas condições, há preocupação do indivíduo quanto ao seu futuro, se sentem incapazes de viver bem e felizes no futuro, frente isso 15% dos pacientes cometem suicídio. Muitos pesquisadores acreditam que é no quadro de recuperação que ocorre o suicídio, em especial naqueles que houve retardo psicomotor.
Quanto a outras formas de depressão, os sintomas diferem de caso para caso, em grande parte dos pacientes não são manifestados sentimentos de tristeza profunda, apenas os sentimentos menos graves. Este é conhecido como depressão atípica, reativa, neurótica, menor e disforia esteróide. Quando o quadro é crônico ocorrendo de menor intensidade são chamados de distemia. Ataques de pânico e fobia são freqüentes, sendo difícil de diferenciar, a duração destes episódios pode ser curta ou prolongada, o quadro pode ser crônico, ressaltando que os quadros atípicos são mais acentuados e se caracteriza por não apresentar sintomas de tristeza, por este motivo são chamados de depressão sem sintomas ou atípica (ALMEIDA; DRATCU; LARANJEIRA, 1996).
A depressão reativa é caracterizada pela desordem de ansiedade, causada com uma série de eventos que levam o indivíduo a ficar tenso devido a morte de algum amigo ou familiar, noivado, casamento, a gravidez, causa de aborto, as crises de adolescências, menopausa, uma nova experiência como o nascimento de um filho, brigas e separação, dificuldades financeiras ou sexuais, desavenças no emprego, promoção ou falta de sucesso, aposentadoria, bodas, comemorações familiares, invalidez seja na velhice ou por acidente (PEDROSO e OLIVEIRA, 2007).
De acordo com Pedroso e Oliveira:
A depressão neurótica: (depressão menor ou distimia) depressão crônica com duração de pelo menos dois anos em que o paciente apresenta, na maior parte do tempo de evolução, um humor deprimido, perda de interesse pelas atividades normais e da capacidade de experimentar prazer.

A depressão unipolar é tida como única e um dos poucos episódios de depressão grave que leva o suicídio como o maior fator de risco. Essa depressão pode ocorrer em qualquer idade sendo freqüentes na faixa etária de pessoas com 30 a 40 anos de idade, as manifestações são auto-limitadas que podem durar até seis meses. Essa doença tem origem espontânea, ocorrendo tensão, patologias orgânicas e ou psiquiátricas em paciente que tem predisposição genética á doença, essa predisposição pode causar uma deficiência de neurotransmissor, causando assim problemas no sistema nervoso central (ALMEIDA; DRATCU; LARANJEIRA, 1996).
Os pacientes revelam que se sentem em pior estado pelo período da manhã e aliviando assim ao decorrer do tempo, ou seja, ao final do dia. Já a depressão bipolar ocorre uns sintomas de desordem endógena, bioquímica e hereditária, e sem ter nenhuma relação com sentimentos de tensão, patologia orgânica ou problemas psiquiátricos. Essa depressão caracteriza por um ou mais episódios maníacos e depressivos que ocorrem dos 20 a 30 anos de vida, ocorrendo mudança de atitudes, desde atitudes normais até a depressão, durante período de meses. Incluir-se com problemas de neurotransmissão central ou á falta da mesma, ou muita sensibilidade de seus portadores na fase em que se alterou a depressão e fase maníaca. A decorrência de doenças secundárias e típicas de depresão secundária tais exemplos são sífilis terciária, parkinsonismo, esclerose múltipla, AVC, tumores, Alzheimer, hipo ou hipertireoidismo, inulinoma, pelagra, e outra mais. A depressão também pode ser causada por efeito colateral de medicamentos seus principais exemplos são levedopa, proponolol, metildopa (ALMEIDA; DRATCU; LARANJEIRA, 1996).
Blay e Peluso (2008) apresentam em artigo algumas causas de depressão, entre estas: isolamento, desemprego, problemas familiares ou amorosos, excesso de trabalho, má alimentação, uso de drogas, acontecimento recente estressante, problemas na infância, fraqueza de caráter, pessoa com facilidade de se irritar, vírus e infecção e vírus. Em pesquisa realizada pelos mesmos, foram encontradas causas de naturezas diversas como psicossociais, espirituais, morais e biológicas, tendo como fator relevante estresse psicossocial.
Depressão pode ainda ser proveniente de causas endógenas. Tudo leva a tristeza, o sujeito encontra-se deprimido, na maioria das vezes é desencadeado por estresse agudo, morte de ente querido e doença grave. O mesmo autor define depressão como resultado de ação neurotransmissora no cérebro. Percebendo-se sintomas bem específicos e podendo ser caracterizada como transtorno do humor, isso quando perdura por no mínimo duas semanas (FÉLIX, et.al, 2009).
Acompanhado tal relato, foi elaborado fator essências de um contrato terapêutico enfermeiro-cliente, onde os dois precisam saber um o nome do outro, de modo que o cliente compreenda o papel do enfermeiro; define-se responsabilidade de ambos; são esclarecidas metas de reação, que inclui estabelecimento de locais e horários de encontro; são delineadas condições para término e onde é discutida e assegurada a confidencialidade (FÉLIX, et.al, 2009).
Quanto ao quadro etiológico depressivo nos idosos percebe-se diminuir a importância da hereditariedade. Em contrapartida, reduz-se a serotonina e outras monoaminas e neuropeptídeos cerebrais, associam-se também lesões da substância branca cerebral e dilatação ventricular. Personalidade depende e fóbica. Outros quadros que podem desenvolver depressão são perdas de cônjuge, presenças de doença na família ou pessoais, problemas financeiros graves e mudança de domícilio ? asilamento (ALMEIDA; DRATCU; LARANJEIRA, 1996).
É feito o diagnóstico de depressão através da anamnese, onde o profissional irá questionar sobre a história de vida do paciente, queixas mais freqüentes e observar o comportamento do mesmo em relação aos sinais e sintomas que podem ser característicos da patologia. Os critérios de diagnostico para a depressão, e realizado quando uma pessoa apresenta pelo menos 5 ou 9 sinais e sintomas característicos da patologia na maior parte do tempo em um longo período (SMELTZER; BARE, 2005).

Critérios diagnósticos para depressão: humor deprimido; perda do prazer ou interesse; ganho ou perda de peso; dificuldades para dormir; retardo ou agitação psicomotora; fadiga; sensação de inutilidade; incapacidade de se concentrar; pensamentos de morte ou suicídio (SMELTZER; BARE, 2005, P.111).


Nutrição desequilibrada: menos que as necessidades corporais relacionado a fatores psicológicos, evidenciados por peso abaixo dos parâmetros normais (NANDA, 2007).
Os pacientes com nutrição desequilibrada para maior ou menor que os requisitos corporais, devem ser incentivados a hábitos alimentares saudáveis; orientado a seguir uma agenda alimentar; observar o peso diário, aceitação da dieta e diurese a fim de detectar os resultados das intervenções nutricionais; ser estimulado a prática de exercícios físicos (NETTINA, 2003).
Disfunção sexual relacionado a alteração biopsicossocial da sexualidade, evidenciado por déficit percebido de desejo sexual (NANDA, 2007).
O enfermeiro deve estimular o cliente a manter um relacionamento físico - íntimo com o parceiro, mesmo sem nenhuma relação sexual; incentivar o mesmo a discutir sobre seus atuais padrões de comportamento sexual e tentar compreendê-los (CRAVEM; HIRNLE, 2006).
Padrão de sono prejudicado relacionado a depressão, evidenciado por queixas verbais de dificuldade para adormecer ( NANDA, 2003).
O paciente com sono prejudicado deve ser orientado a ter um quarto só para o descanso sem objetos associado a trabalho conflito, insônia ou algo que o incomode, o ambiente deve ser tranqüilo, realizar necessidades como diurese antes de dormir, ter um horário para dormir, não pensar em problemas ao deitar, fazer atividades ativa durante o dia, monitorar a duração dos cochilos (CRAVEM; HIRNLE, 2006).
Segundo Smeltzer e Bare (2005), os pacientes que forem diagnosticados depressão devem ser estimulados a perceber e diminuir a autodepressão, orientar quanto pensamentos negativos que contribuem para evolução da doença, os enfermeiros devem monitorar os pacientes para descoberta de novos problemas, e os que passam por tratamento farmacológico se estão beneficiando-se com a terapia, deve-se incentivar o paciente a participar de programas psicoeducacionais e em situações de crise, deve encaminhar o paciente a um psiquiatra, enfermeiro psiquiatra ou centro de crise.
O tratamento da depressão é complexo e flexível, pois deve considerar o ser humano individualmente e seu estado biológico, psicológico e social no sentido de adequar para cada paciente a melhor abordagem terapêutica. As condutas utilizadas são feitas conforme a necessidade seja psicoterapia, mudanças no estilo de vida e terapia farmacológica (SOUZA, 1999).
As intervenções psicoterápicas podem ser: comportamentais na qual acredita que todo comportamento pode ser mudado, pois é aprendido; cognitiva baseia-se em compreender a forma de incorreta de pensar e corrigi-las utilizando a aprendizagem; terapia de grupo na qual promove a interação do paciente avaliando suas reações e na terapia familiar busca incentivar a participação dos membros durante o tratamento (MORRIS E MAISTO, 2004).
As mudanças no estilo de vida deverão ser estabelecidas juntamente com o paciente para que não haja recusa ao realizar, objetivando uma melhor qualidade de vida (SOUZA, 1999).
O tratamento com fármacos não é ideal ou exato, por se tratar de uma ampla variedade de drogas que atuam em mecanismos diferentes, portanto a escolha do antidepressivo deve ser baseada nas características da depressão (SOUZA, 1999).
Segundo RANG, DALE, e RITTER (2001, p. 463):

Os fármacos antidepressivos são classificados nas seguintes classes: antidepressivos tricíclicos (TCA) são inibidores não seletivos (ou, em alguns casos, seletivos para noradrenalina) da captação de monoaminas, por exemplo, imipramina, amitriptilina, clomipramina; Inibidores seletivos da captação de serotonina (5-HT) incluem a fluoxetina, a fluvoxamina, paroxetina e a sertralina, são tão eficazes quanto os TCA e os inibidores da monoamina oxidase (MAOI) no tratamento da depressão de grau moderado, porem são menos eficazes do que o TCA na depressão grave; Inibidores da monoamina oxidase (MAOI) tem ação prolongada em virtude da inibição irreversível da MAO, as principais drogas incluem a fenelzina, tranilcipromida, iproniazida e moclobemida; Antidepressivos atípicos são maprotilina, trazodona e bupropriona não possui mecanismo de ação comum. Alguns são bloqueadores fracos da captação de monoamina, ao passo que outros atuam por mecanismos desconhecidos

Os antidepressivos são substancias químicas que agem se ligando nos neurotransmissores, podendo ter ação lenta ou imediata a depender da sua classe (KATZUNG, 2003).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante desta pesquisa percebemos que a depressão é uma doença bastante freqüente, acometendo 3 a 6% na população geral e seu diagnóstico e tratamento adequado tem grande impacto na saúde e qualidade de vida do paciente.
Em virtude do que foi pesquisado, este artigo veio nos subsidiar com informações de alta relevância no cenário de saúde mental. A partir do momento que o profissional da área de saúde se disponibiliza a investigar e se abastecer de informações provenientes na assistência a população, ele passa a ser um instrumento de controle na saúde. Acreditamos que o conteúdo absorvido por cada um integrante do grupo que confeccionou este artigo, será de fundamental importância no exercício profissional de enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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KATZUNG, B, G. Farmacologia Básica e Clinica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A, 2003.

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PEDROSO, P.R.E.; OLIVEIRA, G.R. Blackbook Cínica Médica, 1ª ed, Belo Horizonte, Blackbook, 2007.

RANG, H. P; DALE, M. M; RITTER, J.M. Farmacologia. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Brunner & Suddarth, Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

SOUZA, F. G.M. Tratamento da Depressão. v. 21, Fortaleza, Ceará: Revista Brasileira de Psiquiatria. 1999. Disponível em : http://www.scielo.br/pdf/rbp/v21s1/v21s1a05.pdf Acessado em 18 de março, 2010.

XIMENEZ NETO, F.R.; FELIX, R.M.S.; OLIVEIRA, E.M.; JORGE, M.S.B. Concepções, conhecimentos e práticas dos enfermeiros ao cuidar de sujeitos com diagnóstico de depressão: um olhar para o território da atenção primária à saúde. Enferm.Glob.n.16, 2009.















Autor: Arlindina Mendes Guimarães Neta


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