Diásporas Africanas



INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ
PROFESSOR ERASMO PILTTO
CURSO DE FOMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
RUTH KELLEN CATÃO
GISELE RODRIGUES
VANESSA VILA ROSA
MICHELE FRANÇA
GESIANE
CARINA MARQUES
FRANCIELI FRANÇA

DIÁSPORAS AFRICANAS

CURITIBA
2008
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ
PROFESSOR ERASMO PILTTO
CURSO DE FOMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

RUTH KELLEN CATÃO
GISELE RODRIGUES
VANESSA VILA ROSA
MICHELE FRANÇA
GESIANE
CARINA MARQUES
FRANCIELI FRANÇA

DIÁSPORAS AFRICANAS

Projeto apresentado à disciplina de Laboratório de Estágio do Curso de Formação de Docentesda Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Série: 2° Turma: Dns
Professor (a): Gilvanni

CURITIBA
2008


1 .TEMA: EDUCAÇÃO QUILOMBOLA

1.1 SUBTEMA: Diásporas Africanas

2.PROBLEMATIZAÇÃO

Como ocorreu a dispersão dos negros no Brasil?

3.OBJETIVOS

3.1OBJETIVO GERAL

Mostrar a importância da cultura Afro-Brasileira para a construção do país,e sua significação para um ambiente escolar que combata a discriminação racial

3.2OBJETIVO ESPECIFICOS

Ø Identificar as principais nações africanas existentes no Brasil.
Ø Mostrar como surgiram os primeiros povos Quilombolas no Brasil.
Ø Analisar a importância da população negra na construção do país.

4 JUSTIFICATIVA

Este projeto é importante para a construção de uma base onde o leitor poderá não só ter informações novas como também ao final criar uma nova postura critica sobre a participação dos negros em nosso país para que ele possa perceber que a dispersão e mistura dos povos criou o Brasil de hoje, o povo brasileiro.
Em sua totalidade o projeto visa à reprodução da vida amarga dos povos que foram classificados com inferioridade. Também veremos mais especificamente, a privação do reconhecimento do grupo Banto, como detentor da matriz africana com maior contribuição cultural para a identidade nacional. Longe de pretender estabelecer algum tipo de rusga e, reconhecendo, antecipadamente, a incontestável importância do povo sudanês ou do grupo iorubano na historia brasileira, este projeto propõe uma reflexão á narrativa dos povos na historia do Brasil.
O alvo deste projeto é fazer com que as pessoas vejam como a sociedade foi e ainda é cruel com o povo negro e lembrar que durante vários anos esta crueldade permaneceu como sendo algo "correto" e de diversas formas estas pessoas sofreram e sofrem até hoje desde punições até a eliminação de suas culturas.

5 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

Ao longo dos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX, os africanos foram retirados a força de seu país, trazidos por holandeses, espanhóis, dinamarqueses, ingleses e portugueses, até o ano de 1600. Nesta época foram trazidos para o Brasil cinco milhões de africanos escravizados que desta forma perderam sua identidade, e que hoje torna o Brasil a segunda maior nação negra do mundo. A colonização no Brasil contribuiu para o processo de miscigenação do país. Misturam-se portugueses, índios e escravos africanos, mas o povo africano, a maior população desta mistura que foi escravizada chegando aqui em decorrência do trafico negreiro. A economia brasileira no período colonial (1500-1889) era escravista e foi a mais longa da historia, com a duração de quatro séculos.
Com isso milhões de africanos e seus descendentes influenciaram e caracterizaram a sociedade brasileira. No entanto, a grande população de africanos, após a abolição, ficou perdida, a margem da sociedade a quem, culturalmente, deu sua contribuição, deixando para nós sua influencias culturais.
A elite brasileira tentou importar a cultura européia e ignorar a cultura africana, Davis (2000). Entre tanto muitos afro-brasileiros resistiram e preservaram as tradições e costumes fora da estrutura de dominação. Como forma de resistência construíram quilombos, comunidades de escravizados fugitivos. Para obtenção de melhorias fizeram insurreições armadas e outros movimentos de resistência. Que tornaram e criaram o Brasil do Axé, do carnaval, do Samba, do Batuque, da Capoeira, entre muitas outra influencias como na língua e etc.

5.1 DIÁSPORAS AFRICANAS

Diáspora é a dispersão de povos por motivos políticos ou religiosos, em virtude de perseguição de grupos denominadores intelectuais. A Diáspora Africana foi criada por movimentos e pela cultura africana e seus descendentes em todo o mundo.


5.1.1 Culturas Afro Existentes
Ø Culturas Sudanesas
Tribos existentes: Larubana, Dameanos, Jeje- mina
Ø Culturas da Guiana- sudanesa- islâmica
Tribos existentes: Fula, Mandinga, Haussa
Ø Culturas Bantos
Tribos existentes: Angola, Congales e Contra- costa

Além disso, os povos negros sofreram influencias por conta das intervenções isanicas na busca da conversão desses na própria África.
O Brasil foi influenciado por diversas formas em seus estados. Entre esses povos se encontravam os negros, negros sudaneses, bantos, jejes e outros.
Durante a travessia do Oceano Atlântico, no porão dos navios negreiros a mistura de povos continuava, os negros uniam-se pelo mdo do destino que os aguardavam. "Eram tratados como artigos do mesmo gênero, produto da mesma industria, retalho da mesma peça. Eram como objetos de importação e não seres humanos, sem de querer de sentir (...)." (MOURA, Prof. Fabio,1966 p. 1143) Eram considerados sem alma portanto não eram "pessoas".
Os africanos foram obrigados a conviver com suas diferenças culturais existentes entre eles na África. Isso por causa da situação a que foram submetidos, o cativeiro e a condição de escravizado favoreciam a miscigenação.

5.2 POVOS

A origem da cultura afro brasileira esta relacionada ao trafico negreiro no século XVI, até a segunda metade do século XIX.
Os povos trazidos para o Brasil são originários das regiões da África Ocidental, África Central e o sudeste da África Ocidental.
Estes povos trouxeram consigo seus costumes, crenças, danças, ritimos, instrumentos musicais, culinária e religião.
Mesmo dispersos em território brasileiro e por vezes misturados para não se revelarem, materam parte sua cultura original no intuito de conservar sua identidade de grupo dominado.
Um exemplo de quilombo que existiu no Brasil do quais o mais celebre foi o Quilombo dos Palmares comandado por Zumbi dos Palmares.

No Brasil o nome quilombo foi aplicado as habitações clandestinas de escravos que fugiam para o interior das matas em alguns lugares ermos e distantes das povoações. Não raro tais habitações formavam aglomerações numerosas, sobressaindo na História do Brasil os famigerados Quilombos. (MOURA, 1966, p. 2149)

Algumas formas de conservação conservaram uma certa identidade das raízes africanas. É o caso das religiões e algumas línguas denominadas afro-brasileiras como candomblé, Nagô, Angola- congo, Jeje- mina, ritos diversos que se convencionou chamar de "Nações", conforme suas origens étnicas na África, adotaram santos Católicos negros como São Benedito, Santa Efigenia e Nossa Senhora do Rosário para representação de sua crença.
Danças como Jongo, Afoxes, o Batuque; lutas como Capoeira, com seus ritimos musicais e corporais, seus instrumentos como o Berimbau, Agogô, Atabaque e Marimbas. Suas origens são aspectos de uma história cultural a ser preservada e conhecida pelo presente.

6 METODOLOGIA


Esta pesquisa iniciou- se em livros, dicionários, fontes da internet, através de pesquisa com pessoas, ONGs, pesquisas em revistas, uma visita a um terreiro para obter mais um formações sobre os povos vindos para o Brasil. Foi muito importante para a base do projeto.
Em seguida realizamos uma entrevista com um Angolano onde podemos observar a sua visão de histórica entre o Brasil e a África e até mesmo os desafios que os negros enfrentaram e que ainda enfrentam na África em pleno séc. XXI .
Com base na entrevista podemos observar que os dados das pesquisas não diferem em suas opiniões sobre as Diásporas Africanas.


7 AVALIAÇÃO


Em nossa entrevista observaremos as seguintes questões

Sobre o entrevistado :
Nome:
Idade:
Nacionalidade:
O que o trouxe para o Brasil?

Sobre as Diásporas Africanas:
O que é Diáspora Africana pra você?

O que você sabe sobre esses povos ou línguas?
( Jeje-mina, Haussas, Bantos)


Você acha que aqui no Brasil estes povos Africanos ou seus descendentes brasileiros ainda têm com eles sua identidade ou o que sobrou foram apenas algumas tradições e crenças?

Mas então você acha que o Brasil não tem nada da África?

Com estas questões esperamos poder criar um parâmetro entre o que aconteceu e o que ainda acontece no Brasil e na África quanto às explorações, ou melhor dizendo a violação dos Direitos Humanos, seja ela através de preconceitos ou de ações indevidas contra outras culturas.


8 CRONOGRAMA

ATIVIDADES dia/mês
Definição do tema 30/08
Elaboração do projeto 20/09 e 11/10
Pesquisa Bibliográfica no mês 09
Pesquisa de Campo 23/10
Elaboração do relatório
Socialização na semana cultural



9 ANÁLISE DOS DADOS OBTIDOS

Podemos observar nitidamente nesta entrevista, a relação que o entrevistado faz com o Brasil e a África onde percebemos que mesmo sendo considerado um país "fraco" por muitos, ainda há pessoas (estrangeiros) que consideram o Brasil um país de muitas oportunidades como disse o nosso entrevistado Klaus George de 20 anos, nascido em Angola ? África, que veio para o Brasil em busca que mais oportunidades.
Ao perguntarmos para o entrevistado o que para ele é Diáspora Africana, ele se mostrou triste e decepcionado com seu próprio país, ele nos diz que a Diáspora Africana é o que aconteceu e ainda acontece na África, onde até hoje alguns povos são destruídos, seja na forma de exploração, para testar remédios e até por seu próprio Governo.
Quando pedimos ao Klaus que falasse algo sobre os povos Jeje- mina, Alças e Bantos ele disse não saber de todos porem sabe que o s Bantos residem até hoje na África na região Nordeste e no sul a margem oriental do lago Vitória.
Perguntamos ao Klaus se achava que o Brasil de hoje ainda tem com ele a identidade negra ou o que sobrou foram apenas algumas tradições e crenças, então ele nos respondeu dizendo que não acha que tenha muita coisa daquela época no Brasil de hoje, o que tem muito mesmo são pessoas que não querem deixar que isso se apague que essa história passe batida, mais uma vez. Ai acabam por surgir os remanescentes da história do meu povo.Diante desta resposta perguntei ao nosso entrevistado se então ele acreditava que o Brasil não tinha mais nada da África e ele se justificou dizendo que, não, o Brasil tem tudo da África, o Brasil é africano bem dizer, mas o que acontece é que leis, trabalhos, com relação à áfrica , OGNs de ajuda e etc, só surgiram agora a pouco tempo, o que o Brasil sempre teve foram algumas coisas como a oralidade e a escrita inter- relacionadas, alguns tipos de musicas, crenças e todo o resto que foi deixado aqui por seu povo. E que em sua opinião o negro brasileiro não sabe nada sobre a sua história.

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A dispersão dos negros no Brasil aconteceu pela dificuldade de comunicação entre eles, já que eles eram separados de seus grupos para dificultar a propagação de sua cultura, costumes e crenças favorecendo a miscigenação.
Este projeto visa a observação da modalidade do espaço cultural e as socialização dos povos africanos no Brasil, visando a reprodução da vida amarga dos povos que foram classificados com inferioridade, também vimos mais especificadamente a provação do grupo banto, como detentor da matriz africana com maior contribuição cultural para a identidade nacional.





REFERÊNCIAS


PARAGUASSU, Leo DIC. ENC. ILUSTRADO 4. ed. São Paulo: Formar,1966

TOGNOLLI, Cláudio Julio Umbanda São Paulo: Globo,2007

VALENTE, 1977 p. 59-60, grifo nosso.

Grande Enciclopédia Larousse Cultural, vol. 3. p. 631-632

Pesquisa da internet realizada no site de:
Claudia Lima: Graduação em Comunicação Social, Especialização em História do Brasil,
Mestra em Gestão de Políticas Públicas pela Fundação Joaquim Nabuco, folclorista, etnógrafa,333pesquisadora e escritora.
Site: www.claudialima.com.br
E-mail: [email protected]

Júlio José CHIAVENATO. O negro no Brasil: da senzala à guerra do Paraguai. São Paulo: Brasiliense,1980 p.30-1

VERGER.Pierre Fluxo e refluxo. p. 30

Luiz VIANA FILHO. O negro na Bahia. p. 112-113.
Autor: Ruth Kellen Catão Chaves


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