Já não ouço mais meu coração
Já não vivo mais.
Sinto repugnância de mim mesmo.
De meus feitos, tenho aversão.
Sou ninguém, sou nada.
Já não sinto mais necessidade de falar.
Apenas escrevo para não padecer,
Pois o pior já não posso mais evitar.
A tragédia do poeta morto!
Inerte, já não produzo aparência.
O teatro minguou-se...
Escorrego e caio em minha vasta irreverência.
Tomo nota de que já não sou mais eu.
Apenas não sou eu...
Já não ouço mais meu coração.
Já posso ver que de nada essa vida me valeu.
Autor:
Artigos Relacionados
Silêncio
O Que Restou De Mim
Escrevo
Minha Flor
Canção De Amor
O Coração Na Caneta
Num Martelar De Solidão