SUPERANDO O PASSADO PARA ENCONTRAR UM CAMINHO PARA O FUTURO



Rita de Cássia de Souza

O objetivo desse trabalho é apresentar de que forma a infância, hoje, pode re-fazer seu vínculo com a sociedade mais ampla?", partindo do pressuposto de que "a reciprocidade antes presente no pacto geracional foi desarticulada". Um dos desafios colocados pela autora para esta questão é a "demanda de inclusão", articulada à noção de "reconhecimento".
Partindo da questão apresentada sobre a demanda de inclusão, articulada à noção de reconhecimento, num passado não muito distante as questões da infância no Brasil era completamente diferente da que temos hoje, sua trajetória era ir de casa para a escola, da escola para o trabalho, mundo público e privado (Castro, 2006) , hoje o contexto brasileiro tem dedicado atenção às questões sociais, um novo conceito superador do enfoque limitado de administração, se assenta sobre a mobilização dinâmica e coletiva do elemento humano, sua energia e competência, como condições básicas e fundamentais para a melhoria da qualidade de vida da criança vem transformando a própria identidade da gestão brasileira, antes desarticulada.
A gestão que temos constitui uma dimensão e um enfoque de atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos sócio-educacionais dos estabelecimentos de ensino orientadas para a promoção efetiva da aprendizagem que dessa forma possa incluí-lo de modo a torná-lo capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no conhecimento. Por efetiva, entende-se, pois, a realização de objetivos avançados, de acordo com as novas necessidades de transformação sócio-econômica e cultural, mediante a dinamização da competência humana e organizada.
Compete a essa gestão estabelecer o direcionamento e a mobilização capazes de sustentar e dinamizar a cultura de inclusão e de reconhecimento social, de modo que sejam orientadas para resultados, isto é, um modo de ser e de fazer caracterizado por ações conjuntas, associadas e articuladas.
Sem esse enfoque, os esforços e os gastos serão dispendiosos, e sem resultado, o que, no entanto, tem acontecido na gestão brasileira, uma vez que se tem adotado, até recentemente, a prática de buscar soluções tópicas, localizadas e restritas, quando, de fato, os problemas do gerenciamento são globais e estão inter-relacionados.
O gerenciamento democrático e articulando constitui uma dimensão importantíssima na vida de um país e na educação, uma vez que, por meio dela, observa-se os problemas globalmente.
Cabe ressaltar que se a cultura moderna se caracteriza pela auto-referencialidade, como propõe Fredric Jameson, as relações entre adultos e crianças também serão atingidas, de um modo ou de outro (Castro. 2006) .
Não podemos esquecer que o objetivo final de re-fazer seu vínculo com a sociedade está ligado à inclusão e a uma aprendizagem efetiva e significativa das crianças por meio da educação de vida para a vida e nos vivenciados bancos escolares, é lá que elas desenvolvem as competências que a sociedade exige, dentre as quais se evidenciam: pensar criativamente; analisar informações e proposições diversas, de forma contextualizada; expressar idéias com clareza, tanto oralmente, como por escrito; empregar a aritmética e a estatística para resolver problemas; ser capaz de tomar decisões fundamentadas e resolver conflitos, dentre outras competências necessárias para a prática da cidadania, e isso ela não absorve sozinha, ela precisa de um adulto para ajudá-la.
Portanto, o processo de inclusão social para as crianças que temos, deve estar voltado para garantir que elas aprendam sobre o seu mundo e sobre si, em relação a esse mundo e quem os acompanha, adquirindo conhecimentos úteis e a trabalhar com informações de complexidades gradativas e contraditórias da realidade social, econômica, política e científica, como condição para o exercício de uma cidadania responsável.
Autor: Rita De Cássia De Souza


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