Da exploração das águas ao desmatamento desordenado: a necessidade de preservação ambiental uma questão importante e fundamental para a vida.



GODINHO, Edna Maria Silva Oliveira.

Palavras-chave: Preservação ambiental, exploração das águas, meio ambiente.

Da exploração das águas ao desmatamento desordenado: a necessidade de preservação ambiental uma questão importante e fundamental para a vida.
Ao tentar aprender a origem do mundo e do ser humano, filósofos gregos propuseram um enunciado simples: a água como essência, literalmente a fonte de todas as coisas. Sendo essa afirmação algo plausível e tomadas as devidas referencias históricas, tal idéia pode metaforizar o papel simples, vital e cultural do elemento químico capaz de fazer brotar e florescer civilizações, ditar limites geográficos e protagonizar conflitos.
O ser humano se confunde com a água. Essa é uma analogia retrata mais que um aspecto físico, uma vez que o corpo humano é composto de três quartos de água. Não só por isso, mais pela própria concepção de pureza e poder, que induz esses dois elementos a desenvolverem histórias paralelas numa dependência unilateral por parte do homem. Porém é contraditório, o fato de um recurso natural primordial à vida ser degradado e desrespeitado durante décadas.
Exatamente por se tratar de um elemento fundamental à vida, a posse desse bem significa poder. Com a evolução humana a própria limpeza virou valor, passou a existir uma forte influência do físico a respeito do moral. A partir disso, surge uma questão de suma importância quando se fala de água, nos dias atuais, e que aparece normalmente como "ambiental" é, antes de mais nada uma questão social. A poluição dos mananciais, sua escassez são problemas socialmente construídos que requerem soluções imediatas.
Não fora desta questão, e também muito freqüente como a poluição das águas, vivemos o problema do desmatamento nas florestas brasileiras que teve inicio no momento em que os portugueses aqui chegaram ao ano de 1.500. Os portugueses iniciaram a exploração da Mata Atlântica interessados no lucro com a venda do pau-brasil.
Desde então, o desmatamento em nosso país tornou-se algo constante e predatório, tanto para fins econômicos quanto para aumentar áreas de pastagens e plantio. O crescimento populacional e o desenvolvimento industrial demandaram áreas amplas nas cidades e arredores, o que com certeza contribuiu de forma considerável a poluição das águas e o desmatamento sem controle em nosso país.
Outro problema sério que provoca a destruição do verde, são as queimadas e incêndios florestais que ocorreram em sua maioria por motivos fúteis de desrespeito a natureza e motivos econômicos.
Com grande sabedoria o chefe indígena Seattle afirmou: "a terra não pertence ao homem, o homem pertence à terra", em 1.852 em sua carta ao presidente dos Estados Unidos. Desde tempos imemoriais, deslizamos nesta questão importante: até quando o planeta vai suportar as atrocidades causadas pelo ser humano?
Embora todos esses problemas ambientais estejam ainda ocorrendo, nota-se uma diminuição significativa em comparação ao passado. A consciência ambiental das pessoas devem ser capazes de mudar o rumo de tal destruição e elevar a necessidade de preservação ambiental.
O desmatamento numa determinada região pode provocar o processo de desertificação, em alguns lugares no sertão nordestino e no cerrado do Tocantins, isso já vem ocorrendo nas últimas décadas. Já a poluição das águas está em vários lugares, há populações sem água potável, sem o mínimo necessário para viver dignamente, tendo o seu direito de limpeza prejudicado.
A Lei 9.433/97, conhecida como lei de recursos hídricos, contém princípios fundamentais de gestão: a gestão compartilhada dos recursos hídricos, a água como bem público patrimônio de todos e a água como recurso natural finito, portanto passível de ser atribuído valor. Essa legislação bem como a criação da ANA- Agencia Nacional das Águas, nasce em um momento em que se acirraram os conflitos por recursos hídricos no Brasil e no mundo, dados que se intensificaram com os incrementos populacionais da espécie humana, com conseqüente redução da disponibilidade per capta de água encontra-se abaixo de 1500 m3 habitante/ ano, a situação é considerada crítica.
Já a Lei 4.771/65 é a chamada lei do Código Florestal. Esta lei determina a proteção de florestas nativas e define como áreas de preservação permanente (onde a conservação de vegetação é obrigatória): uma faixa de 10 a 50 mt nas margens dos rios, a beira de lagos e de reservatórios de água, os topos de morros, encostas com declividade superior a 45 graus e locais acima de 1.800 metros de altitude. Também exige que propriedades rurais da região Sudeste do país preservem 20% da cobertura arbórea, ficando proibido ao desmatamento.
Estas leis apresentam um importante avanço na defesa do meio ambiente, abrindo espaço para a punição civil, administrativa e criminal, ainda que de forma tímida.
Tanto a poluição das águas quanto o desmatamento são considerados como degradação ambiental, sendo uma prática comum a partir do crescimento populacional sobre o meio físico, nos últimos anos o ser humano tem participado de forma ativa como um agente acelerador dos processos modificadores de desequilíbrios da paisagem. A ocupação desordenada dos solos em bacias hidrográficas, com rápidas mudanças advindas das políticas governamentais piora ainda mais seus desequilíbrios. Isso indica que a poluição aumenta, o descaso com a água e o desmatamento toma proporções assustadoras.
Dentre as atividades que causam degradação ambiental podem ser citadas as práticas agrícolas, o desmatamento, a urbanização... todos estes exemplos estão presentes em nosso dia-a-dia, são todos previstos em lei, porém o abuso e a impunidade facilitam para o descaso relacionados a problemas advindos do seu mau uso.
Assim sendo, a análise aqui feita deve apoiar-se em uma escala de conteúdos acima referenciados pelas leis que regem e regulamentam nosso meio ambiente, com a qualidade de vida que precisamos para viver.
Considerando essas premissas, cabe enfatizar que as citações aqui colocadas não são alienadas nem tão pouco utópicas, entretanto relata simplicidade de palavras que demonstram interesse e preocupação para co meio ambiente.
Segundo Leandro Konder, na lógica de um conflito o sujeito procura golpear o inimigo em seus pontos mais fracos. Quando ocorre, porém, de um esforço para compreender melhor, para conhecer mais profundamente a realidade, o sujeito precisa reconhecer os pontos fortes do interlocutor, para incorporá-los criticamente à ampliação de seus próprios horizontes.
Então cabe a todos nós, refletir sobre cada item acima citado, pensando no quanto necessitamos da água como fonte de vida e que é preciso evitar o desmatamento para que as futuras gerações possam desfrutar de um planeta rico em biodiversidade e beleza.


Autor: Edna Maria Silva Oliveira Godinho


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