LÍDERES E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO



Ivanilda Mota Cardoso
[email protected]

INTRODUÇÃO

Consideramos que o bem- estar precisa está em primeiro lugar na vida do profissional, e que este deveria priorizar melhor o seu tempo para que pudesse ter qualidade de vida no trabalho. Hoje, o grande desafio para as corporações vem sendo em adaptar-se as exigências cada vez mais competitivas de profissionais que visam qualidade de vida e buscam também benefícios que asseguram o bem-estar físico, intelectual e espiritual no seu ambiente de trabalho.
Quando as empresas começam a olhar as pessoas pelo ângulo forte que elas têm, sabendo que são os colaboradores os principais agentes do sucesso ou do fracasso, e ainda que possam se manter competitivas no mercado, é que elas vêm investindo cada vez mais na qualidade de vida de seus funcionários.
Este artigo trás a unção de duas disciplinas Coaching e Ergonomia e Qualidade de Vida no Trabalho pela sua importância no processo de desenvolvimento e capacitação de seus funcionários, além de adaptar o ambiente aos mesmos para que possa haver qualidade de vida
Na maioria das vezes o ambiente faz o funcionário, sabedora disso, as empresas estão proporcionando um ambiente mais agradável e aconchegante e ainda conhecendo a realidade de seus parceiros/colaboradores para que este se sinta feliz em fazer parte da corporação e desperte toda a sua potencialidade e criatividade dentro da função que exerce dentro da empresa, produzindo mais e melhor com qualidade de vida.




QUAL A MELHOR ESTRATÉGIA PARA ALCANÇAR A FELICIDADE?

Na vida, por vezes somos compelidos a forçadas mudanças, provocadas por fatores alheios à nossa vontade. Um problema de saúde, a demissão repentina, questões de ordem familiar, tudo isso pode desencadear a necessidade de buscar alternativas de vida, pondo a vida pessoal e profissional num grande desafio sentindo uma enorme necessidade de mudança. Dessa inquietude surgem os questionamentos pondo em xeque tudo o que acreditava até então. Segundo Thaís Aiello:

" Os processos de coaching têm trazido à tona histórias do gênero, as experiências bem-sucedidas vão servindo de parâmetro e de estímulo àqueles que, determinados a mudar, querem fazer a travessia de forma estruturada e com maiores chances de sucesso" ( Você S/A: 2009, p. 93).

Diante desse contexto pode-se entender que a missão de um coaching está em ajudar as pessoas a ser mais felizes no trabalho e na vida. Existem pessoas que não gostam de mudar, mas quando decidem pela transformação, elas passam a apreciar essas mudanças, e isso pode ocorrer mesmo quando tudo está aparentemente bem. A insegurança quanto ao desconhecido é natural podendo levar até a certa resistência.
O desafio das grandes empresas está na política de saúde e qualidade de vida que disponibiliza em seu ambiente de trabalho oferecendo conforto e adaptabilidade do ambiente para o funcionário, aparentemente, pode-se dizer que as empresas vão gastar fortunas para deixar esse ambiente mais propício para se trabalhar de forma adequada.
Nos últimos anos a saúde do trabalhador está muito mais vulnerável em virtude do excesso de trabalho, repetição de movimentos, excesso de informação e, algumas empresas acabaram entendendo que organizar esse ambiente para receber este profissional, vem ser um investimento muito baixo, ao contrário se o mesmo ficar doente a perda é bem maior. Pois, maior parte do tempo o indivíduo permanece em seu local de trabalho produzindo de forma braçal e/ou intelectual. França enfatiza:

o adoecimento apresenta teorias multicausais que englobam desde a desnutrição, pobreza, más condições de higiene e habitação decorrentes das desigualdades socioeconômicas até a exposição a agentes físicos, químicos ou biológicos advindos da insalubridade, periculosidade e penosidade. França (1999).

Diante do exposto pelo autor, a empresa deve estar preocupada com o bem-estar do trabalhador, seja dentro ou fora de seu local de trabalho. Para isso, o profissional de Ergonomia pode contribuir para a qualidade de vida no ambiente de trabalho A forma de realizar isto na prática é para Chiavenato (1999) Mudar a ótica do trabalhador de simples recurso ou mão-de-obra barata, como era na Revolução Industrial, para uma visão mais otimista e participativa. Ver o trabalhador como pessoa, com sentimentos, problemas e limitações, respeitando seu potencial, otimizando suas habilidades, proporcionando um crescimento pessoal e profissional. Tornando o dia-a-dia deste profissional mais feliz.
Mas para que as empresas acompanhem o nixo de mudanças devem desenvolver ou contratar pessoas que possam liderar ou conduzir outras pessoas se adaptarem a evolução das mudanças, ou seja, o coaching. Segundo José Luiz Tejon (2006) "A liderança é uma palavra abrangente e não é muito fácil de ser definida, pois liderar não é mandar. É segundo ele, conduzir, envolver e principalmente criar ambientes que por si só promovam novos líderes". Para isso envolve aprendizado e vontade de mudar.
Antes era muito fácil ser líder, pois as pessoas apenas obedeciam às palavras de ordem. O mundo mudava lentidamente e a repetição era a mãe do aprendizado. Hoje, a velocidade das informações é tão grande que não dá para seguir esse padrão do passado. O profissional dos tempos modernos necessita trazer resultados a curto, médio e longo prazo e também mantê-los, o que pode ser conflitante. O líder se destaca por ter ousadia e gostar de desafios, pois a liderança exige que se façam coisas que normalmente não gosta, mas as faz com a ciência de que são necessárias.
Assim o coaching possui uma visão muito ampla de estratégias além da prática, precisa ser uma pessoa que domine muito bem o seu oficio. Esse profissional que desenvolve dentro de si a vontade de sempre crescer e não parar é motivado pela busca do novo. Então, quando ele consegue fazer com que a organização ande sem ele, seu desejo é canalizado para outro fim e um dos desafios maiores do coaching é o relacionamento interpessoal dentro de uma organização e este irá trabalhar não com pessoas, mas com mentes humanas. Kilburg (2000) afirma que os coaches são indicados normalmente pelo profissional da área de recursos humanos das organizações, pelo superior ou por um amigo e lista os três principais critérios de escolha: confiança, reputação sólida e empatia.
Portanto será necessário que haja uma pré-seleção das pessoas que estão mais propicias a se adaptarem as mudanças, ou seja, aquelas que estão mais empenhadas a mudar, pois não se deve forçá-la, mas sim motivá-la para que esta perceba a necessidade de mudar para melhorar sua qualidade de vida. Pois um profissional que está bem psicologicamente, emocionalmente e profissionalmente é possível que ele alcance o ápice da felicidade.



CONSIDERAÇÕES FINAIS

Gestão em Recursos Humanos deu-me uma visão ampla sobre como atuação nas empresas através das disciplinas de Coaching e Ergonomia. Visto de sua importância para qualidade de vida do trabalhador e que ambas inceridas no ambiente de trabalho trazem retorno imediato não somente para a empresa, mas para o trabalhador que se sente valorizado.
A Ergonomia age de forma preventiva trazendo Qualidade de vida no trabalho preocupando-se com o bem-estar do funcionário, visto que ainda encontramos empresas que atuam como se estivessem na era industrial. Mas que mais cedo ou mais tarde irão sentir necessidade de implantar em suas corporações QVT para que possam crescer e se manter no mundo competitivo.
O coaching age no processo educativo, sendo um grande desafio que muitas vezes lida com egos indisciplinados, como auto-estima baixa, mas que olha a oportunidade podendo transformá-la em algo abundante. Sendo um líder doador, ele se coloca sempre no lugar do outro antes de tomar qualquer decisão e que os ambientes organizacionais experimentem a significativa melhora nos resultados em suas empresas e nos relacionamentos interpessoais de seus colaboradores através dos resultados positivos que ambos alcançarão.
Assim faz-se necessário a presença destes profissionais dentro das empresas, capacitando e desenvolvendo outros profissionais para uma melhor contribuição, seja ela profissional, intelectual, pessoal e espiritual, humanizando as organizações para que o processo " Ganha Ganha" aconteça de verdade.

REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

FRANÇA, A. C. L.; RODRIGUES, A. L. Stress e trabalho: uma abordagem psicossomática. São Paulo: Atlas, 1999.

KILBURG, R. R. Executive coaching as an emerging competency in the practice of consultation. Consulting Psychology Journal: Practice and Research, 1996.

REVISTA EXECUTIVA. Líderes em extinção. Editora Símbolo. Agosto, 2006.

VOCÊ S/A.O bem-estar em primeiro lugar: Edição especial. Editora Abril. Janeiro, 2009.
Autor: Ivanilda Cardoso


Artigos Relacionados


Relacionamento Interpessoal Proposto Pelo Rh

Coaching Pessoal E Coaching Profissional

Coaching Uma Das Carreiras Promissoras No Brasil

Como Funciona O Método Coaching

Coaching Não é Mentoring

Papo De Coaching Com Thiago Cury

Papo De Coaching Com Thiago Cury