INIMIGOS DO REI



INIMIGOS DO REI E OS PIRATAS

Marcelo Rissato

Ao entardecer do dia 07 de abril de 1770, do alto da cordilheira no distante Reino de Quiscalon, os guardas da coroa avistaram o mar apinhado de navios. O Rei Leroy III já esperava uma invasão, uma vez que havia recebido um aviso dos piratas e o espetáculo seria belíssimo, se não fosse trágico. O navio do Capitão Cloud Escaravelho chefiava a esquadra portando uma bandeira preta com o símbolo da pirataria. As naus seguiam em sua seqüência balançando-se no mar com suas velas escuras e bandeiras de piratas e a intenção era o ataque.
Entre ordens e contra-ordens, canhões estavam apostos e destacava-se a intenção que movia centenas de homens que estavam a bordo e que não vinham em paz. Era uma missão de guerra e nem os nobres e plebeus se davam conta da razão dessa invasão.
O chefe da guarda Quiscaleza, Gaston Barnard imediatamente enviou uma mensagem ao rei avisando sobre o ataque dos piratas que revidou com a ordem de contra-ataque. Todo exército quiscalez foi mobilizado e apostos próximos à praia a espera da chegada dos piratas.
Os recém chegados não vinham em missão de paz, o motivo ainda era desconhecido, no entanto sabiam que o que mais almejavam eram tesouros e talvez fosse essa a intenção dos piratas, porém todos tinham conhecimento que quando piratas decidiam invadir um reino, quase nada conseguia detê-los. A guerra estava declarada e o que antes poderia ser apenas uma ameaça agora se tornava fato real, contudo o pior ainda estava por vir.
O Capitão Cloud Escaravelho era um dos piratas mais temidos daquela região e jamais se separava de seu papagaio que o acompanhava em todos os combates. Escaravelho como era mais conhecido, era um homem de péssima aparência e baixa reputação. Possuía uma barba negra e comprida como se pudesse esconder baú dentro dela. Portava sempre uma capa azul e um chapéu que cobria toda a cabeça. O tapa-olho era indispensável, parecia uma identidade e naquele momento de combate o homem demonstrava fúria e as ordens eram de invadir a ilha a qualquer custo para resgatar Lafaiete, que era o maior de seus objetivos naquela invasão.
Lafaiete Edmond durante muito tempo foi um dos homens mais fiéis do Capitão Escaravelho. Para ser mais exato, foi seu braço direito durante muito tempo até que um dia simplesmente abandonou a pirataria para se tornar um homem de bem e ouviam-se rumores de que ele se encontrava refugiado no Reino de Quiscalon como um dos principais conselheiros da corte.
Cinco anos antes à invasão, em 1765, o papagaio era o braço esquerdo do Capitão e Lafaiete o direito, até que certo dia o capitão percebeu o desaparecimento de um importante documento e Lafaiete foi acusado de tê-lo furtado e como não assumiu a culpa, foi condenado a andar na prancha, porém salvo por alguém que o retirou do mar antes que se afogasse, deixando o capitão mais furioso ainda e jurando vingança.
Através de outro conselheiro, um espião na corte, o capitão descobriu que Lafaiete havia se tornado um dos principais conselheiros da corte quiscaleza e a partir daí tomou a decisão de invadir o reino em busca do documento que acreditava piamente estar em poder do ex-pirata.
Tendo em vista a idéia de que Lafaiete era o portador do mapa do tesouro do falecido Capitão Euclides Cata-Vento, a esquadra chefiada por Escaravelho havia invadido o reino naquele ano de 1770. Uma tremenda guerra se iniciava, enquanto uma parte dos piratas bombardeava o forte que protegia o porto, outra parte da frota seguia para o sul a procura de local para ancorarem. Canhões arremessavam balas dos navios e parecia que chovia do mar para a terra. Enquanto a guarda quiscaleza se preocupava com o bombardeio, os piratas adentraram pelo reino numa invasão que causou mortes e tristezas por onde iam passando e a invasão ao castelo foi inevitável.
O Rei Leroy III vivia no castelo com sua esposa a Rainha Verônica e sua filha Christine que acabara de nascer. O grande sonho do rei era ter um filho varão para assumir o trono em sua maioridade, no entanto com o nascimento de Christine seu sonho teve que ser adiado e ainda esperava que a rainha engravidasse e lhe desse o tão esperado filho.
Com a invasão dos piratas no castelo, a rainha mais que depressa abriu um cofre, tomou algo em seu poder e o escondeu em local seguro, que somente ela poderia revelar, depois se refugiou no quarto principal para proteger a pequena princesa. Os piratas embrenharam-se pelo castelo e uma tremenda luta de capa e espada se iniciou. Os homens em combate estavam por todo lado quando dois lutadores de lados opostos invadiram o quarto da rainha e numa ação violenta um lance de espada acertou o peito de Verônica que num golpe mortal acarretou na morte da rainha.
Um alarme soou. Era o aviso que havia acontecido uma tragédia real e os piratas abandonaram o campo de guerra. Nesse momento, Capitão Escaravelho conseguiu localizar Lafaiete e o resgatou. Lafaiete usava uma perna de pau postiça e quando chegaram ao navio de Escaravelho se obrigou a abrir um compartimento que continha na prótese e dali tirou um documento em forma de cruz, era um mapa do tesouro, porém o capitão ficou irritado ao perceber que o mapa estava pela metade, faltava a parte que revelava onde estaria o tesouro e pelo que tudo indicava, o local era na ilha de Quiscalon.
Uma nuvem negra pairava sobre o reino. Uma tristeza tomava conta das pessoas e a corte quiscaleza decretava luto oficial pela morte da Rainha Verônica. O Rei Leroy III era um bom homem que vivia em prol do povo. Era amado e idolatrado por todos e naquele momento de angústia todos sofriam juntos perante o que aconteceu.
Após o funeral da rainha, o rei se entregou a uma tristeza profunda, parecia que não tinha mais vontade de viver, até que o Conselho Real foi reunido e juntos todos os conselheiros resolveram tomar uma providência para mudar a situação que se continuasse como estava poderia prejudicar todo o andamento do reino.
Os onze conselheiros da corte, Armand Morel, Oliver Marvel, Dimerland Donatie, Thierry Tissot, Wallace Talbot, René Senge, Renan Bernard, Roquete Remy, Pierre Nostrat, Odilon Fleur Marc e Louis Sovag se reuniram para decidir as decisões a serem tomadas para mudar a posição do rei perante o trono de Quiscalon. No plenário faltou o principal conselheiro Lafaiete Edmond que foi o grande pivô da tragédia que se abateu pelo reino e a primeira decisão tomada pelo conselho foi a vingança contra Lafaiete e qualquer pirata que se aproximasse da ilha.
Foi organizado um jantar real, onde reuniram marqueses, condes, barões e viscondes do reino de Quiscalon e reinos visinhos, numa forma de mudar o clima de angústia que pairava pelo ar. No jantar a visita de François Vignolli, o Barão de La Ponte Preta foi imprescindível, pois num acordo real, o filho do barão que acabara de completar três anos, foi prometido a se casar com a princesinha Christine assim que completassem dezoito anos.
Em alto mar, Lafaiete mais uma vez é condenado pelos piratas a andar na prancha, como se tivesse sido predestinado a isso e novamente acabou sendo salvo por um dos piratas que se rebelou com Escaravelho e após salvar Lafaiete juntos aos outros piratas do navio tomaram o poder da nau e acabaram com o velho capitão, nomeando Lafaiete o novo dirigente dos piratas.
Após assumir o posto principal no navio dos piratas, Lafaiete toma uma decisão, sair de retaguarda para esperar o clima no reino baixar e somente depois retornar com alguma estratégia para resgatar a outra parte do mapa do tesouro que se encontrava no cofre do castelo em Quiscalon aos cuidados da Rainha.
Sete anos depois da invasão no castelo de Quiscalon pelos piratas que ocasionou na morte da Rainha Verônica, Christine já era uma garotinha. O Rei Leroy III havia assumido o compromisso com François Vignoli, o Barão de La Ponte Preta dando a mão da princesa ao seu filho e através de um pergaminho que acabara de chegar ao reino, o rei recebe a notícia que o barão viria visitar o castelo com a presença da Baronesa Cecille e de seu filho Filipe que completaria dez anos.
A notícia correu mundos, pelo menos o mundo que rodeava o reino de Quiscalon e quando a carruagem do barão se aproximava do castelo, um grupo de supostos assaltantes interceptou e na simulação de um assalto, raptaram o pequeno garoto e o levaram para uma caverna. A intenção era acabar com a vida do pequeno garoto, que tentou fugir a na fuga sofreu um acidente que acarretou em escoriações na cabeça e quando voltou a si não se lembrava de mais nada. Como o garoto esqueceu seu nome e quem era, acabou sendo criado pelos bandidos se transformando futuramente no chefe de um bando que assaltavam nobres pelo reino a fora e conhecido como o "Bando do Vagabundo".
François revirou mundos em busca de seu filho desaparecido, mas nunca encontrou pista alguma do garoto nem vivo, nem morto e acabou desistindo, acreditando que Filipe estivesse realmente morto.
Muito tempo depois, uma linda jovem aparentando seus dezoito anos, caminhava pelo reino sozinha e se aproximava de um penhasco a beira mar. Christine havia se transformado na donzela mais bela e cobiçada do reino e naquele momento imaginava e chegada de seu prometido, o filho do Barão de La Ponte Preta que se encontrava desaparecido, mas ao mesmo instante recordava do rapto que houve anos atrás e que seu prometido poderia estar morto, quando de repente um jovem mancebo montado num belo cavalo branco apareceu, causando um tremendo susto na donzela.
Era o ano de 1789, Christine havia acabado de completar seus 19 anos e estava pronta para se casar, contudo a espera de um grande amor. Aquele jovem rapaz que apareceu montado num cavalo, a princípio iria assaltá-la, mas quando se aproximou e olhou em seus olhos, algo tocou seu coração, como se um cupido tivesse o flechado naquele momento e um sentimento grandioso iniciara ali. Os jovens não tiveram tempo de uma aproximação mais assídua, pois Lucie, a acompanhante de Christine que era uma jovem senhora e antes de ser empregada no castelo em Quiscalon, foi a camponesa e ama seca de Filipe até o momento de seu desaparecimento, se aproximou e com o susto o rapaz saiu em disparada sem dizer ao menos quem era e o que fazia ali.
A partir daquele encontro, a imagem daquele mancebo, não saia mais da cabeça da princesa que imaginava encontrá-lo novamente, no entanto sem saber como. Para o moço que se refugiou numa caverna cheia de moedas de ouro e ao se reencontrar com o restante de deu bando, o bando do Vagabundo, contou o que aconteceu e que sentiu seu coração palpitar quando olhou nos olhos daquela linda senhorita. Era o amor a primeira vista que nascia naquele encontro e que iria se tornar o amor mais lindo do mundo até que ouviram dizer que uma baronesa estava se aproximando do reino em visita real. O Vagabundo e seu bando resolveu interceptar a carruagem num assalto, pois imaginavam que a baronesa fosse portadora de muitas jóias.
Constance Charlotte Reymond era uma bela senhora aparentando seus 50 anos, que vivia no reino de Salmeh com seu filho Ferdinand Reymond que acabara de completar 20 anos. Numa ação em conjunto com o atual Conselheiro chefe do Parlamento Quiscalez Armand Morel, a Baronesa Constance conseguiu um convite para se apresentar ao reino como uma espécie de governanta real e cuidar da parte doméstica do reino, porém sua carruagem foi abordada pelo bando do Vagabundo e assaltada. Ferdinand, o filho da baronesa olhou bem nos olhos do Vagabundo e um tremendo ódio iniciara naquele instante como se o destino naquele momento traçasse seus planos e pelo brilho dos olhos daqueles rapazes, esses planos não eram nada bons.
Ao chegar ao castelo, Constance estava apavorada com o assalto que sofrera e foi acalmada pelo rei que naquele instante sentiu uma grande simpatia por aquela mulher até então desconhecida.
Constance em parceria com Armand num conluio traçou seus planos para tomar o poder no reino de Quiscalon e de imediato planejavam o casamento da baronesa com o rei. Não muito tempo da chegada daquela mulher que em frente ao rei demonstrava ser uma pessoa boa, carinhosa e do bem, mas na sua ausência, demonstrava ser uma criatura mesquinha, perversa, maquiavélica, dotada de um mimetismo sinistro que causava medo nas pessoas que a rodeava, estava casada com o Rei Leroy III e se tornava a Rainha em Quiscalon. Seu plano agora em conjunto com Armand era de casar Ferdinand com a princesa e mais que depressa fez a sugestão para o rei de organizar um baile e convidar todos os rapazes solteiros filhos dos barões, condes, duques, viscondes e marqueses dos reinos próximos na esperança de fazer com que Christine no decorrer do baile escolhesse seu esposo, aquele que se tornaria o futuro rei em Quiscalon. A idéia surgiu como uma esperança para que seu trono tivesse um sucessor e Constance começava com os preparativos para o baile.
A notícia sobre o baile real correu de boca em boca pelo reino e percorreu mundos, pelo menos todos os jovens do reino e reinos vizinhos se prepararam, uma vez que a princesa poderia escolher seu príncipe, já que perderam a esperança do filho do Barão de La Ponte Preta reaparecer. A notícia percorreu toda região através de uma comitiva real, alguns emissários saíram com um pergaminho em mãos visitando as famílias mais nobres das redondezas e mesmo tal pergaminho não chegando às mãos do Vagabundo, este ficou sabendo do baile e pretendia ir disfarçado como o filho do falso Barão de Taitinga.
Chegava o tão esperado dia do baile, onde Christine iria escolher aquele que poderia se tornar o futuro rei em Quiscalon. Uma recepção na entrada do castelo fazia a conferência dos convidados que só tinha sua entrada liberada mediante convite real. Ferdinand em conluio com sua mãe Constance e o comparsa Armand armaram esse baile como disfarce, uma vez que a intenção era fazer com que Ferdinand não desgrudasse de Christine e se tornasse o futuro rei.
O Vagabundo apareceu com o convite em nome do Barão de Taitinga e conseguiu adentrar juntos aos convidados e no momento do início do baile, Ferdinand se aproximou da princesa com o intuito de não se separar mais dela, acabou perdendo a vez para o Vagabundo que sem dizer uma só palavra se aproximou da princesa, os olhos se cruzaram e a fisionomia de Christine se alterou a deixando com um ar mais ameno e feliz, pois se lembrou da imagem daquele rapaz que encontrou no penhasco e que desapareceu como que por encanto. O mesmo aconteceu com o jovem mancebo, era como se uma única flecha do cupido tivesse atravessado seus corações ao mesmo tempo naquele primeiro encontro na floresta, traçando seus destinos naquele momento e uma força muito poderosa os atraiam um ao outro e quando menos perceberam estavam dançando e continuaram por quase toda a noite até que estava para dar as doze badaladas do grande relógio que em alguns minutos iria marcar a meia noite. Constance furiosa com aquele rapaz até então estranho para todos que não havia desgrudado da princesa desde o inicio do baile, ordenou que Ferdinand tomasse uma providência e o rapaz se aproximou dos jovens que dançavam felizes como se nada mais existisse, somente os dois e aquela música. Ferdinand ao se aproximar, olhou bem nos olhos do Vagabundo e um sentimento de ódio tomava conta naquele instante como se sobre seus olhos pairasse uma nuvem negra e um sentimento de morte, ao lembrar-se da fisionomia do rapaz quando sua carruagem foi assaltada. Ferdinand gritou aos quatro cantos que aquele homem era um impostor e ladrão, que era o Vagabundo e o rapaz não teve alternativa senão sair dali o mais rápido possível. Em meio à multidão o Vagabundo saiu em disparada e conseguiu desaparecer sem que fosse pego pelos guardas do castelo, mas antes de desaparecer por completo, deixou cair no chão algo que foi pego por Lucie. Christine não se sentiu mais em paz após começar a dança com Ferdinand e pediu para se ausentar, dizendo que não estava bem, foi para seus aposentos e naquele instante o baile para ela havia acabado, mas um sentimento bom ficava em seu interior, o amor por aquele que agora sabia ser o Príncipe dos Ladrões.
No outro dia o comentário que corria pelas dependências do castelo era sobre aquele rapaz estranho que havia encantado a princesa, mas que ninguém sabia se realmente era o Vagabundo, até que Lucie apareceu na alcova de Christine e entregou algo, era um medalhão com a descrição "paz e justiça" e abaixo escrito "Bando do Vagabundo ? Príncipe dos Ladrões". Naquele momento ela sabia que aquele que havia aparecido no penhasco e que em seu baile a tomou nos braços por quase toda a noite, era o chefe do bando do Vagabundo e que estava totalmente apaixonada por ele. O comentário sobre a princesa estar apaixonada pelo Vagabundo corria pelas dependências do castelo e chegava aos ouvidos de Constance que mais que depressa fez a cabeça do rei para casar seu filho com Christine antes que o pior pudesse acontecer e o Vagabundo aparecesse para levar a princesa embora.
Não muito tempo depois chegava o dia do casamento de Christine a Ferdinand e a essa altura o Vagabundo sabia do amor que a princesa nutria por ele e a recíproca era verdadeira, pois nunca antes havia sentindo algo por mulher alguma como sentiu por Christine, mas como agora todos o conheciam, o Vagabundo não conseguiu passar pela guarda real e o casamento se deu sem a sua interferência.
Como presente de casamento, Christine recebeu cinco tonéis de óleo comestível do Marquês de Bertioga e tais tonéis foram guardados na dispensa do castelo e para a grande surpresa de dentro de um dos tonéis saiu o pirata Lafaiete que se encontrou as escondidas com Armand e explicou sobre a busca do mapa do tesouro, que ele sabia que a outra parte esteve em poder da rainha Verônica e que precisava juntar com a sua outra metade para encontrar o tão procurado tesouro do Capitão Euclides Cata-Vento e o ameaçou, dizendo que se não o ajudasse, iria entregá-lo ao rei dizendo que sabia do conchavo entre ele e Constance, uma vez que conhecia muito bem a suposta baronesa de araque e seus planos de tomar o poder em Quiscalon, desde a época que era o principal conselheiro da corte quiscaleza. Armand prometeu que iria ajudá-lo e o tirou do castelo em surdina sem que ninguém percebesse, já que mesmo que achasse a metade do mapa que estaria no castelo não teria como ir em busca do tesouro só com a metade e o entregaria em troca de seu silêncio e o pacto ficou selado.
Após o casamento de Christine com Ferdinand, a princesa se recusou a dormir no mesmo quarto com o esposo e uma antipatia se iniciou naquele momento de discussão. Ferdinand ficou furioso, mas depois de uma longa reunião com Constance e Armand decidiu que mesmo o casamento não sendo consumado, estavam casados e seus planos agora eram outros, acabar com a vida do rei e depois da princesa.
Constance começou colocando veneno na comida do rei que cada dia foi definhando e acabou vegetando numa cama, quase morto. Christine percebeu que sua vida mudou da água para o vinho depois de seu casamento e desconfiou que algo errado estava acontecendo no reino e tentou tomar satisfação com Constance que ordenou aos guardas que a prendesse no calabouço do castelo.
A partir da prisão da princesa e o rei debilitado numa cama sem poder opinar mais nada, Ferdinand por ser casado com Christine acaba sendo nomeado o novo rei em Quiscalon e Constance a rainha mãe. Para o conselho e para os súditos, foi informado que o rei e a princesa foram tomados por uma moléstia contagiosa que acarretou na morte de Christine e para não dar muito a vista, informaram que o rei também estava nas últimas.
Lucie sabia que Christine não estava morta e que havia uma grande conspiração no reino onde os inimigos do rei já haviam conseguido tomar o poder e antes que o pior acontecesse, sabendo que o Vagabundo era apaixonado pela princesa, resolveu sair do castelo na surdina para tentar pedir ajuda ao ladrão, contando tudo o que estava acontecendo. Fora do castelo na taberna de Lola, contou tudo o que sabia sobre a prisão de Christine para a proprietária da taberna e pediu para que quando encontrasse o Vagabundo, solicitasse sua ajuda para que salvasse a vida do rei e da princesa e salvasse o reino do poder de seus inimigos.
Ao retornar ao castelo, alguém denunciou que Lucie estava na taberna conspirando contra a coroa atual e a jovem senhora, acabou sendo condenada a guilhotina em praça pública por conspiração e tal condenação se deu pelo novo rei Ferdinand I para que se houvesse mais alguém que fosse contra a coroa, que tivesse o mesmo fim.
Lucie foi colocada no calabouço ao lado da cela de Christine e revelou que foi condenada à guilhotina porque tentou avisar o Vagabundo sobre sua prisão. A princesa agradeceu a ajuda, entretanto em virtude aos rumos que a situação tomou acreditava que nada mais poderia ser feito.
No dia da condenação de Lucie, lá estava ela em plena praça pública com seu algoz prestes a cumprir sua missão acionando a guilhotina e finando com sua vida, a vida daquela que tinha em seus planos apenas colaborar com a paz e a ordem, porém no momento que o homem se preparava para acionar o aparelho, o público que observava ficou com o olhar atônito e apavorado com a cena que estava preste a acontecer, até que um tiro certeiro acertou o peito do algoz que se transformou na vitima. Nesse momento uma tremenda confusão se iniciava e no meio do conflito apareceu o Vagabundo que salvou a mulher a tomando pelos braços e a levando em seu cavalo para sua gruta.
Na gruta do Vagabundo a grande revelação se dá quando Lucie que era a ama seca de Filipe, o filho do Barão de La Ponte Preta até o momento de seu desaparecimento, o reconheceu pelo sinal de nascença que o rapaz possuía no braço direito e a partir dessa manifestação, o então Vagabundo com a ajuda de Lucie começou a se lembrar de pontos de sua vida e do mais importante, que antes mesmo de ter se apaixonado por Christine, já era o prometido a princesa e ficou feliz, pois mesmo com os desencontros da vida, o destino cumpria sua parte fazendo com que se encontrassem e que o amor falasse mais alto.
Algum tempo depois, Lucie ficava refugiada na taberna de Lola e o Vagabundo Filipe decidiu ir ao encontro de seus pais e esclarecer tudo, depois tomou a decisão de invadir o castelo e acabar com a conspiração que rodeava o reino e Quiscalon.
Havia passado algum tempo após a confusão na praça sobre o resgate de Lucie e Constance resolveu dar um sumiço em Christine antes que o Vagabundo tentasse salvá-la. Ordenou que um de seus soldados de confiança fosse ao calabouço e simulasse uma tentativa de fuga para a princesa. O rapaz fez exatamente como lhe foi ordenado e numa noite escura e fria, quando a enorme lua cheia clareava a mata, o guarda desceu à masmorra e disse à princesa que havia conseguido as chaves de sua cela e que iria soltá-la e assim foi feito. Christine conseguiu fugir do castelo com a ajuda do guarda Jean Maure e na floresta quando Jean se preparava para dar um golpe fatal nas costas da moça, ela se virou e percebendo a emboscada, pediu clemência e num momento de arrependimento, Jean com pena a mandou embora, pois se Constance soubesse que ele não cumpriu sua missão, sua vida que estaria em perigo. Em seu retorno ao castelo disse que matou a princesa na floresta e que enterrou seu corpo num local distante.
Naquela noite fria em que a única luz era da lua cheia, os raios adentravam por entre as árvores iluminando a floresta. Christine corria muito a procura de um local para se refugiar, até que muito cansada caiu no chão desmaiada de cansaço e adormeceu ali mesmo sem mais forças para continuar seu caminho. Passados algum tempo, naquela mesma noite alguém com um andar vagaroso o fixo no chão, se aproximou da moça e colocou sua mão direita sobre o rosto de Christine, verificando se ela estaria viva e tal constatação foi confirmada, estava viva, mas muito debilitada. O velho homem a tomou nos braços e a levou para uma pequena e simplória cabana na floresta a colocando na cama e cuidando dela como se cuida de uma peça valiosa. Aquele homem era Léon, um antigo pirata que durante muito tempo foi fiel ao seu Capitão Euclides Cata-Vento, mas após sua morte e o desaparecimento do mapa do tesouro, resolveu se aposentar e ficou morando na floresta naquela cabana sozinho.
Quando Christine acordou percebeu que havia sido resgatada por Leon e ambos contaram suas histórias e um prometeu ajuda ao outro, já que a princesa se sentia grata pelo velho homem tê-la ajudado, contou que uma parte do mapa estava em poder de sua mãe e a outra parte com o principal conselheiro da corte, mas o conselheiro portador da metade do mapa do tesouro havia se tornado o chefe dos piratas e sua mãe havia morrido, porém revirando as coisas da rainha encontrou algo que poderia ser uma indicação do mapa ou até mesmo a metade do mapa que faltava, mas só ela sabia onde estava e poderia entregar quando retornasse para sua vida normal.
Filipe resolveu invadir o castelo para tentar salvar Christine e numa tremenda luta de capa e espada, o jovem com seu bando se obrigaram a recuar quando descobriu que a princesa não estava mais no castelo e acreditou que os conspiradores acabaram com a vida dela. Após recuarem, se reuniram todos na taberna de Lola e juntos estavam organizando novas estratégias, só que agora com mais profundidade, era uma espécie de revolução quiscaleza que o rapaz, seu bando e o povo estavam delineando.
Algum tempo havia passado após a tomada do poder em Quiscalon pelos inimigos do rei e a partir dessa resolução, muita coisa mudou e todo regime político foi alterado, com novos planos de governo e o mais importante a mudança da moeda corrente de Plutão para Platão. Essas decisões alteraram muito a economia do país e uma tremenda inflação iniciou com altos picos estatísticos e o povo sofria muito, pois muitos foram os impostos criados pelo novo governo e a todo instante surgia novos planos e a moeda era a que mais sofria com a inflação e de Platão passou a se chamar Platão Novo, de Platão Novo, numa decisão de ultimato voltou com seu nome de origem, Plutão. Mas nada que fizessem mudava a situação do reino que piorava a cada dia e novos planos surgiam, a moeda que se chamava Plutão teve a última mudança e passava a se chamar Plutão Real.
A situação do reino piorava a cada dia e o povo se rebelava contra a coroa que cobrava altos impostos principalmente das pessoas mais humildes e essa situação precária deixou Filipe muito revoltado com o rei e decidiu invadir o castelo e acabar com aquela condição que estava maltratando muito o povo, porém quando estava para invadir o castelo com seus comparsas e em conluio com o povo, alguém chegou na surdina e lhe contou algo em seus ouvidos e após ouvir o que o moço lhe contou, decidiu esperar mais um pouco, deixando o povo sem saber o que estava acontecendo.
Ninguém entendeu a razão do recuo de Filipe, no entanto ele sabia o que estava fazendo. O Capitão Lafaiete havia pensado o mesmo e se organizava para invadir a ilha e tomar o castelo para ir em busca do mapa do tesouro que acreditava estar escondido nos aposentos da antiga rainha e em virtude a isso, Filipe resolveu deixar os piratas armarem a confusão primeiro e posteriormente aproveitar o ensejo da confusão e tomar proveito.
À noite as naus se aproximavam da costa quiscaleza e novamente uma esquadra agora chefiada por Lafaiete tentava uma invasão. Era a guerra declarada ao reino e Gaston o chefe da guarda mandou um aviso ao rei sobre a chegada dos piratas e sabiam que eles não vinham em paz. Enquanto os guardas cuidavam da chegada dos navios pela praia, Lafaiete ancorava do outro lado da ilha num local onde ele sabia que não havia guardas e enquanto todos estavam preocupados com a esquadra e entre tiros e canhões, Lafaiete entrava sem nenhum problema no reino e ainda era ajudado por Armand. Dento do castelo o pirata revirou todo o quarto da rainha e acabou encontrando a outra parte do mapa e após o achado, mais que depressa saiu de retaguarda, já que havia encontrado o tão sonhado mapa do tesouro.
Após o recuo dos piratas no reino, Filipe se organizou com os rebeldes e aproveitando que ao guardas reais estavam debilitados em virtude ao último combate, decidiram iniciar a revolução quiscaleza.
Na floresta, Leon fazia tudo para proteger a princesa, já que enquanto os conspiradores estivessem no poder ela teria que ficar escondida em sua cabana e para todos os efeitos estava morta, mas enquanto nada mudava, Leon freqüentava a taberna de Lola para ficar por dentro das novidades do reino e em sua última saída, descobriu que os rebeldes haviam arquitetado uma revolução e decidiram tomar o poder, chefiados pelo Vagabundo, o líder dos ladrões.
Em seu retorno à floresta revelou o que descobriu à Christine que na mesma hora resolveu procurar a taberna e aparecer para o Vagabundo antes da invasão e poder dizer pessoalmente que estava salva e que estava de seu lado nessa revolução, mas quando chegou na taberna já era tarde, Filipe unido aos rebeldes já haviam saído em diligência com destino ao castelo de Quiscalon sem saber que Christine estava a salva na taberna sendo protegida por Leon e por Lola.
Enquanto os rebeldes seguiam rumo ao castelo, um emissário do rei, chegou antes e o avisou sobre a invasão, mas a grande revelação foi que o homem contou que Christine não estava morta e sim refugiada na taberna de Lola. Tal revelação caiu como uma tábua de salvação, pois imediatamente ordenou que alguns de seus homens de maior confiança, fossem à taberna e raptassem a princesa a tendo como refém para ser usada como escudo à invasão dos rebeldes. Enquanto Filipe e os rebeldes se dirigiam ao castelo, os guardas seguiam rumo contrário, invadindo a taberna e numa luta tomaram em poder a princesa a levando para rumo desconhecido.
Quando os rebeldes chegaram ao castelo, imediatamente invadiram e uma tremenda luta se iniciou, mas não durou muito quando um alarme soou. Todos ficaram atônitos e o rei apareceu num mezanino e disse em alto e bom tom que se a invasão continuasse algo de muito pior poderia acontecer. Sem entender nada, Filipe ordenou que continuassem e Ferdinand completou dizendo que Christine estava em poder de seus homens e que se eles continuassem, ela seria morta. Filipe acreditou que ele estivesse blefando, porém alguém de seu lado chegou próximo ao Vagabundo e lhe contou que era verdade do rei, que a princesa havia aparecido e que estava em poder dos inimigos, sendo assim, o Vagabundo resolveu recuar e mudar as estratégias, pois o primeiro passo seria a liberdade da princesa e depois outras decisões sobre uma nova revolução.
Após o recuo dos invasores, Ferdinand ordenou aos seus guardas que trouxessem a princesa para o castelo e a colocou novamente numa masmorra do castelo trancada a sete chaves com guardas por todo lado, até que novos planos tivesse para ela.
Ferdinand acreditava que enquanto a princesa estivesse em seu poder, os rebeldes não iriam tomar nenhuma decisão precipitada e enquanto isso iria ganhando tempo para esquematizar algo contra os rebeldes e Filipe se sentia sem ação, uma vez que a princesa estando em poder dos homens do rei, tudo o que fosse feito teria que ser muito bem esquematizado para não colocar a vida dela em perigo.
Depois da fuga no castelo de Quiscalon, o Capitão Lafaiete estava em poder da outra parte do mapa do tesouro do Capitão Euclides Cata-Vento e já em alto mar com outros piratas analisou as duas partes do mapa e ao juntá-las, percebeu que o desenho formado no centro era uma cruz, ou seja, a ilha de Quiscalon tem o formato de cruz e o castelo do reino também e ao finalizar sua analise, conseguiu localizar o local exato onde se encontrava o tesouro, em alguma parte do castelo em Quiscalon e o próximo passo, seria armar a batalha final contra o reino e resgatar o tesouro, mas antes, timidamente o capitão adentrou à ilha com alguns de seus homens e se refugiou na taberna de Lola a fim de conseguir informações para arquitetar o plano final de invasão, mas ao se sentar num dos ambientes da taberna, percebeu uma aglomeração e descobriu que os rebeldes junto ao Vagabundo também estavam tentando uma invasão e a partir de tal descoberta, houve uma união entre os rebeldes e os piratas unindo forças para assim conseguir obter sucesso naquilo que seria a última tentativa de conseguir expulsar os inimigos do rei do poder em Quiscalon.
Os rebeldes que eram compostos pelo Vagabundo e seu bando, o povo de Quiscalon, Leon o antigo pirata e o grupo de piratas do Capitão Lafaiete, decidiram que o primeiro passo seria aos poucos ir trazendo todos os piratas para dentro do reino as escondidas e o refúgio ficou sendo a casa de Leon que ficava na floresta e a partir dali seria o inicio da Revolução Quiscaleza e o golpe fatal dos novos inimigos do atual rei em Quiscalon.
Alguns dias passaram e agora tudo organizado o grupo de rebeldes já estavam prontos para tomar o poder em Quiscalom, pois com a ajuda dos piratas, Filipe acreditava piamente que conseguiria êxito contra o despotismo do atual rei e o acordo com os piratas era de que após acertarem a situação do reino, os piratas seriam recompensados com o dinheiro do tesouro.
O plano era uma nau se aproximaria do reino pela praia e atrairia a guarda real. Assim feito, quando o guarda avistou a embarcação com uma bandeira negra, imediatamente avisou o rei e a ordem era de todos os guardas seguirem para a praia para impedir a incursão. Enquanto todos se preocupavam com o barco de pirata na praia o reino ficou ao leu e os rebeldes aproveitaram e deram andamento à batalha final e invadiram o castelo, tomando o Rei Ferdinand numa luta. Enquanto uma tremenda luta de capa e espada acontecia, Filipe enfrentava Ferdinand e quando já estavam quase todos dominados, mandaram lacrar as entradas do castelo para ninguém mais entrar e a luta se resumiu entre Filipe e Ferdinand pelos corredores frios e escuros do castelo de Quiscalon e quando num golpe que poderia ser o fatal, Filipe, aponta sua espada para a garganta do rei impostor e ordenou que dissesse onde estava Christine ou seria morto. Sem alternativa, Ferdinand pediu clemência e concordou em levá-lo onde a princesa estava presa. Ferdinand se levantou e guiou Filipe à masmorra do castelo e quando abriu a porta para soltar Christine, deu um golpe e a agarrou pelo pescoço apontando uma arma para sua cabeça e com ela como refém, se retirou do castelo a levando junto com ele como um escudo.
Os rebeldes haviam dominado todos e expulsados os inimigos para fora do castelo, porém Ferdinand conseguiu subir numa carruagem com a princesa como refém e também se ausentou do castelo.
Filipe tentou por ordem no castelo de Quiscalon e num comunicado geral disse que iriam resgatar a princesa e a partir daí tudo iria voltar ao normal no reino. Novos planos eram organizados, agora com o conselho real ajudando e o povo colaborando.
Ferdinand foi até a floresta e deixou a princesa presa em poder de Constance num velho casebre que encontrou abandonado, enquanto isso voltou ao reino e na taberna deixou um aviso para Filipe que a princesa estava em poder dele e que estava disposto a fazer uma troca da princesa por Filipe. O que Ferdinand não sabia era que a cabana na floresta era de poder de Leon que rapidamente descobriu o cativeiro quando retornou para pegar umas roupas e imediatamente avisou Filipe que ao seguir para a floresta encontrou Ferdinand pelo caminho e numa luta desenfreada, com um golpe fatal acabou dando cabo da vida daquele que tanto mal fez para o povo daquela região. Após a luta com Ferdinand na floresta, Filipe montado em seu cavalo branco, seguiu rumo ao casebre de Leon e quando entrou na casa, revelou a Constance que seu filho estava morto e ao enxergar Christine seus olhos brilharam e um sorriso tomou conta de sua face, a tomou nos braços, colocou em sua garupa e juntos e felizes seguiram para o castelo e a primeira providência foi recuperar o velho rei que estava numa alcova muito debilitado e algum tempo após a retomada ao castelo, o Rei Leroy III com a saúde quase retomada, assumiu o reino e anunciou para todos o casamento de Christine e Filipe.
Posteriormente ao casamento, o Rei Leroy III passou a coroa para as mãos de Filipe que se tornou o novo Rei Filipe I e a primeira providência que tomou foi pegar todas as jóias reais e passar para as mãos dos piratas que tanto ajudaram na retomada do poder em Quiscalon, uma vez que mesmo com o mapa nas mãos, não conseguiram localizar o local do tesouro. Os piratas se deram por satisfeitos e tomaram de retirada, seguindo pelo mar rumo desconhecido e desaparecendo para sempre.
Como o novo rei de Quiscalon e sem um Plutão Real furado nos cofres, Filipe estava em maus lençóis e decretava estado de calamidade, já que não tinha como tirar o reino de sua situação péssima em que se encontrava, até que Leon com sua experiência de ex-pirata pediu para analisar o mapa e ao perceber as cruzes, fez uma alusão ao numero três em francês escrito no mapa, ou seja, são três cruzes e no mapa localizaram apenas duas, uma no desenho da ilha e a outra no desenho do castelo, Leon chegou a conclusão de que o tesouro estaria na terceira cruz e ao revelar isso, Christine disse que o quarto da rainha foi feito em formato de cruz. Imediatamente todos seguiram para o quarto real e Filipe começou a descascar as paredes do quarto e descobriu que estava revestido com uma massa e por baixo dessa massa os tijolos eram de ouro maciço.
Após a descoberta, o ouro em poder do novo rei, últimas modificações foram feitas, um novo e apronto plano de governo mudando a moeda corrente de Plutão Real para "Cruzeiro" e o nome da ilha para Ilha de Vera Cruz, em homenagem à rainha Verônica e as cruzes do mapa que salvou o reino e o reino passou de Quiscalon para Reino de Santa Cruz, uma vez que a cruz foi a principal responsável por tirar o reino da situação que se encontrava e ao anunciar as novas mudanças ao povo, o Rei Filipe I hasteou a nova bandeira do reino em formato de três cruzes.
Filipe e Christine governavam o reino de Santa Cruz com muita paz e organização e para que sua felicidade ficasse completa, a princesa anunciou sua gravidez e a partir de tal revelação, novos tempos iriam começar a partir dali, o reino teria sua tão sonhada paz que tanto almejava com Filipe e Christine no poder e no futuro seu filho assumindo a coroa como o futuro rei no Reino de Santa Cruz.
INIMIGOS DO REI

Autor: Marcelo Rissato


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