Eleições ou Engodo?



Eduardo Dalla Costa Rodrigues

Estamos mais uma vez às vésperas de uma eleição, onde ilustríssimos candidatos, colocam seus nomes à apreciação da população e juntamente com os seus projetos. Começam os tapinhas nas costas, a luta "incansável" pela saúde pública, segurança, Educação, ou seja, os pilares da sociedade são colocados em pauta por todos, uns adotam um, outros não, mas enfim todos hasteiam suas bandeiras.
O interessante é que, os candidatos que hoje são governo, pautados em pesquisas, indicam índices crescentes de emprego, saúde, segurança, só que a população, me parece não saber dessas melhorias, onde será que são feitas tais pesquisas, em outro Brasil?
As manobras políticas são traçadas milimetricamente com o auxílio de marqueteiros e empresas conceituadas em marketing político; gastam-se milhões para eleger e para não eleger um candidato e quem pagará essa conta, quem?
Todas as promessas são muito belas e pertinentes, porém, nunca saem do papel, depois do pleito nossos queridos e amicíssimos políticos, somem, desaparecem, não nos atendem e ainda existe casos extremos, que além de não nos atender, como ocorreu em Pontes e Lacerda-MT, o vereador respondeu a uma pergunta elaborada por uma jornalista, com um tapa no rosto, esse é o indivíduo que se diz digno de receber nossos votos e o pior é que essa jornalista não foi a primeira a receber tapa como resposta a uma pergunta, desse mesmo vereador.
É esse tipo de candidato que norteia nosso meio político e a política está tão suja, que, quando uma pessoa digna e que realmente queira trabalhar é impedida pelos corruptos, pois estes são tantos que fazem com que os planos, projetos do que não aderiu à corrupção apodreçam em uma gaveta, em um gabinete desses tantos existentes nas casas legislativas e executivas.
Atentemos a uma questão: existem muitos termos que a sociedade usa, como por exemplo: "ele rouba, mas faz", "ninguém prova nada contra ele", "se é verdade que rouba, por que não vai preso?" e diante destas indagações e pensamentos, vamos votando e acreditando, mas acreditando em quê e em quem?
Vejamos a nova lei implementada para determinar quem pode ou não se candidatar neste pleito, esta lei é tida por especialistas como Inconstitucional, levando-se em conta que ninguém pode ser tido como culpado sem o processo ter transitado em julgado e com isso essa é mais uma lei, em que debruçaram-se sobre ela dias e dias, dispensaram verbas públicas para a sua aprovação e ela, literalmente, talvez não servirá para o que fora criada.
Não podemos mais aceitar que os corruptos sejam eleitos, nem aqueles que compram votos, os que não cumprem o que prometem em campanha, vamos fazer tudo para que isso aconteça.
Não vamos aceitar festas, reuniões com o intuito único de arrecadar votos e não de mostrar propostas ou de colher informações para que possam ser usadas em prol da sociedade, numa possível aprovação da sociedade deste candidato.
Hoje vemos brigas intermináveis entre partidários, quando pensávamos que poderíamos ver políticos do mesmo partido brigando entre si, como podemos acreditar em partidos que permitem e apóiam um em detrimento de outro, membro do mesmo partido? Até o ponto que eu sei partido é um "grupo organizado", ou seja uma associação voluntária para influenciar ou ocupar o poder político de um País.
Pois bem, se partido político é uma associação organizada, onde está a organização na divisão dentro do próprio partido, como pode haver um associação voluntária, em discórdia, para assumirem juntos o poder político de um país?
Não esqueçam que a corrupção há em duplo sentido, pois há de um lado o político que é corrupto e do outro o cidadão que contribui para essa corrupção.

"Nada é tão admirável em política quanto uma memória curta."
(John Kenneth Galbraith)

Autor: Eduardo Dalla Costa Rodrigues


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