Ensino de Química para Alunos Surdos



Elaine Sueli da silva Pinto (IC).
Departamento de Química, Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
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Palavras-Chave: ensino de química, aluno, surdo.

Resumo: Ensinar alunos surdos é uma atividade que ainda necessita romper diversas barreiras Visto que uma das maiores dificuldades encontradas, é o despreparo dos professores dificultando assim a inserção dos surdos no meio escolar. Este trabalho tem como principal objetivo tomar conhecimento a respeito das dificuldades encontradas pelos professores de química no exercício da docência para alunos surdos.
Introdução
A educação de alunos surdos é algo que merece destaque. Com o avanço da ciência e da tecnologia, a sociedade atual está cercada de produtos químicos domésticos, questões ambientais vêm sendo constantemente abordadas, o uso de metais e outros elementos químicos; tornou-se comum em nosso dia a dia. Mediante a essa situação, torna-se fundamental a preocupação com a educação dos surdos.
Levando em conta que um dos princípios do ensino e da educação é igualdade de condições para o acesso e permanência na escola (BRASIL, 1996), entende-se que o aluno surdo deve ter as mesmas condições de aprendizagem que os demais alunos.
Atualmente, muitas são as dificuldades encontradas pelos alunos que possuem linguagem própria ? LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais, uma linguagem visual e gestual) e pelos professores que quase sempre estão inaptos para ensinar para esses alunos.
Principais dificuldades
Segundo o artigo 59 das Leis de Diretrizes e Bases da Educação:
Os sistemas de ensino assegurarão aos portadores de necessidades especiais: professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns (BRASIL, 1996).
A falta de preparo dos professores tem sido uma das maiores dificuldades encontradas no ensino de química para os surdos, uma vez que em sua formação acadêmica, geralmente não se é explorado o tema em questão. A situação torna-se mais precária ainda, pois de acordo com Vygotsky o surdo, assim como os demais alunos, necessita de uma linguagem que possa ser adquirida apenas por meio de um convívio social para seu desenvolvimento (VYGOTSKY, L. S. 1991); mediante a essa reflexão, o uso de LIBRAS, torna-se peça fundamental no aprendizado e no ensino de química para tais alunos, porém, a grande maioria dos professores de química não sabe ou não conhece LIBRAS.
É válido ressaltar que essa não é a única dificuldade encontrada; ainda é alto o índice de escassez de material didático e de apoio pedagógico baseado nessa situação, o que torna ainda mais difícil a prática da docência para os surdos.
Considerações Finais
O ensino de química para os surdos é dificultado principalmente no que se referem a, certos conceitos químicos, fórmulas e nome de elementos visto que na linguagem de sinais não consta simbologia específica para tais conceitos.
Portanto, buscar alternativas que solucionem ou que visem minimizar as dificuldades dessa realidade, é fundamental não só para o desenvolvimento cognitivo do aluno surdo mas também para inserí-lo em um contexto social.
Referências:
BRASIL, Lei nº 9.394 de 20/12/1996, Lei das Diretrizes e Bases da Educação.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
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