Implatação De Sistema De Gestão De Segurança E Saúde No Trabalho, Baseado Na Ohsas 18000



1 INTRODUÇÃO

A construção é um dos setores de atividades econômicos quemais absorve acidentes de trabalho e onde o risco de acidentes é maior. De acordo com as estimativas da OIT, dos aproximadamente 355 mil acidentes mortais que acontecem anualmente no mundo, pelo menos 60 mil ocorrem em obras de construção.

O tema da segurança e saúde na construção é relevante nãosó por se tratar de uma atividade perigosa, mas também, e sobretudo, porque a prevenção de acidentes de trabalho nas obras exige enfoque específico, tanto pela natureza particular dotrabalho de construção como de caráter temporário dos centros de trabalho (obras) dosetor.

A construção situou o setor de construção com uma das prioridades nas políticas e programas nacionais de SST no país e representou, aomesmotempo, avanço significativo em matéria de tripartismo e importante referência em nível internacional.

Porém, não se pode esquecer que em decorrência da construção de todas essas obras ocorreram a perda de milhares de vidas, provocadas por acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, causadas principalmente pela falta de controle do meio ambiente de trabalho, do processo produtivo e da orientação aos colaboradores.

Muitos desses acidentes poderiam ser evitados se as empresas tivessem desenvolvido e implementado programas de segurança e saúde no trabalho, além de dar uma atenção maior à educação e treinamento de seus colaboradores.

Na questão de acidentes de trabalho, o Brasil tem uma notícia muitoboa e outra muito má. A boa é que as ocorrências de acidentes reduziram-se em um terço em comparação aos registros da segunda metade da década de 80. A má notícia é que, apesar disso, onúmero de acidentes permanece muito elevado.

Com essa finalidade surgiram nas últimas décadas diversas ferramentas destinadas a auxiliar as organizações a suprirem suas necessidades de melhoria. Entre estas ferramentas encontram-se os Sistemas de Gestão.

Conforme o ocorrido com os Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental, o Sistema de Gestão de Segurança e Saúde doTrabalho também precisava ter uma norma de aceitação universal que regulamentasse e que osuportasse na interação com os outros dois sistemas do processo de gestão das organizações modernas.

Com este objetivo um grupo de organismos certificadores e renome internacional, juntamente com algumas entidades de normalização mundial, especialistas e responsável pela publicação de normas, reuniu-se na Inglaterra para criar a primeira "norma" para certificação de Sistemas de Gestão da Segurança doTrabalho e alcance global: a série de normas conhecida como OHSAS 18000, que, como as outras normas ISO, tem o objetivo de unificar as diversas publicações da área de saúde e segurança no trabalho.

As organizações têm hoje grande preocupação em se adequar e aos seus procedimentos a políticas de segurança e saúde ocupacional com a clara intenção de proteger e assegurar a integridade física e mental de seus colaboradores e terceiros que trabalham em suas dependências, assim como as comunidades circunvizinhas.

A implantação de um Sistema de Gestão da área de Saúde e Segurança do trabalho deve possuir políticas e princípios estruturados de forma a agir preventivamente, identificando, controlando e medindo as condições de trabalho, os riscos de acidentes e de doenças ocupacionais relativas às atividades desenvolvidas na organização.

As diretrizes apontadas pelas empresas se referem às exigências normativas e estão consoantes com o ciclo do PDCA (plan-do-chek-act), uma ferramenta que reflete o compromisso com a filosofia da melhoria contínua, facilita a integração aos outros sistemas de gestão e equalizar eventuais diferenças geográficas, sócio-culturais e porte da organização.

O sistema de Gestão deve ainda se preocupar com a mudança de cultura, base para o sucesso da sua implantação, adequar-se às legislações vigentes e avaliar o desempenho da organização perante o cliente ououtros co-participantes da cadeia de valores.

As organizações, quando se posicionam a favor da implantação de um Sistema de gestão para proteção da integridade dotrabalhador, também estãodemonstrando interesse em ser bem avaliadas pelos terceiros e ter confiabilidade de seus processos aumentada oucomprovada.

Neste contexto o sistema de gestão deve lhe garantir significativas melhorias nas condições e ambiente de trabalho, compromisso com a continuidade e sustentabilidade dosistema, redução de custos com indenizações, seguros, prejuízos de acidentes de trabalho, faltas de funcionários e benefícios econômicos demonstrativos ao acionista.

O sistema de Gestão deve ter, conforme prerrogativas da norma OHSAS 18000, preocupação e comprimento expresso com a proteção dotrabalhador, com as leis e regulamentos vigentes e com o processo de melhorias continua.

Contudo essa especificação é aplicável a qualquer organização que deseja estabelecer um Sistema de Gestão em Segurança e Saúde Ocupacional para eliminar oureduzir os riscos aos empregos e outras interessada que possam estar expostos durante a execução de suas atividades.

O estudo deste artigocientifico baseia-se no modelo para implantação e/ou gerenciamento de Sistema de Gestão em Segurança e Saúde Ocupacional da OHSAS 18000 – Occoupational Health and Safety Assessment Series, aplicável a qualquer tipo de organização independente de seu porte, contudo ficando sempre as empresas de construçãocivil.


2 ESTRUTURA DA SEGURANÇA DOTRABALHO NAS ORGANIZAÇÕES



    Ao se tratar da segurança e saúde dotrabalho nas organizações, a primeira lembrança passa pelo setor responsável pelas atividades prevencionistas, chamado SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina doTrabalho, que segundo a NR 4 doMinistério doTrabalho, possui "a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho". A existência ou não deste setor é vinculada à graduação de risco da atividade principal da empresa e aonúmero total de empregados que trabalhem no estabelecimento, sendo este entendido como "cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes, tais como: fábrica, refinaria usina, escritório, oficina e depósito.

Este setor deve ser formado por profissionais com formação na área, devendo a empresa exigir no ato da contratação a qualificação necessária para a investidura no cargo. Os profissionais que formam este serviço são os seguintes: Engenheiro de Segurança doTrabalho, Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Técnico de Enfermagem doTrabalho, Auxiliar de Enfermagem doTrabalho e oTécnico de Segurança doTrabalho.

As competências do SESMT nas organizações, conforme a NR 4, estão baseadas nas aplicações e conhecimentos sobre prevenção de acidentes e doenças no ambiente de trabalho e todos seus componentes, de modo a eliminar os riscos existentes. Deve também determinar medidas de controle, indicar equipamentos de proteção individual e coletiva, colaborar nos projetos e implantação de novas tecnologias da empresa, promover atividades de conscientização, educação e orientação, esclarecer e conscientizar os empregados dosa riscos, analisar os acidentes e registrar os dados.

Outro apoio para a prevenção nas empresas é chamada CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que tem como tarefa a "prevenção de acidentes e doenças decorrentes dotrabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida dos empregados e doempregador, sendoos primeiros eleitos em escrutínio secreto e os outros indicados pela empresa. "A CIPA cabe apontar os atos inseguros dos trabalhadores e as condições de insegurança existentes na organização.

Apesardoapoio fornecido por este setor especializado, no caso doSESMT, e orientador, no caso da CIPA, verifica-se a necessidade da criação de uma cultura organizacional que seja voltada para a segurança e saúde. A idéia deve partir da alta gerência da empresa, integrando nos esforços da organização ações efetivas voltadas para segurança, saúde e bem estar e moral de seus funcionários, através de uma abordagem estruturada para a avaliação e ocontrole dos riscos no trabalho. A alta administração deve definir, documentar e ratificar sua política de segurança e saúde no trabalho, reconhecendo este tema como parte integrante do desempenho de seu negócio, fornecendo recursos adequados e responsabilizando os gerentesde linha, do mais alto executivo aoprimeiro nível de supervisão, pelo cumprimento desta política.

Os profissionais que compõem o serviço de segurança e medicina dotrabalho devem tero papel de assessores da empresa, contribuindo para oprocesso, a formação de idéias e a conscientização. Seu papel será o de, além de cumprir a legislação, orientar e contribuir com novas idéias.

3 IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NAS EMPRESAS CONSTRUTORA DE EDIFICAÇÕES VERTICAIS

3.1 Gerenciamento da Segurança doTrabalho nas Organizações


    Define sistema de gestão como um conjunto de instrumentos inter-relacionados, inter-atuantes e interdependentes que a organização utiliza para planejar, operar e controlar suas atividades para atingirem seus objetivos.

As empresas estão cada vez mais preocupadas em demonstrar sua preocupação com a segurança e saúde no trabalho, devido principalmente à legislação cada vez mais exigente e os fatores relacionados com o desempenho perante as ações prevencionistas. Desta maneira, cabe a organização buscargerenciar suas ações de segurança dotrabalho de uma maneira organizada, missão esta que pode ser facilitada através da implantação de um sistema de gestão da segurança dotrabalho.

O sistema de gestão da segurança do trabalho e saúde no trabalho como parte integrante de um sistema de gestão de toda e qualquer organização, o qual proporciona um conjunto de ferramentas que potencializam a melhoria da eficiência de gestão dos riscos da SST. Citam também que esta ferramenta deve ser desenvolvida após definição da política de segurança, devendo englobar os seguintes itens: estrutura operacional, disponibilidade de recursos, planejamento, definição de responsabilidade, práticas, procedimentos e processos.

Os principais benefícios da implantação de um Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho:

·Assegurar aos clientes o comprometimento com uma gestão da SST demonstrável;

·Manter boas relações com os sindicatos dos trabalhadores;

·Fortalecer a imagem da organização e sua participação no mercado;

·Aprimorar o controle dos custos de acidentes;

·Reduzir os acidentes que impliquem em responsabilidade civil;

·Estimular o desenvolvimento e compartilhar soluções de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais;

Para os empregados, a implantação deste sistema acarreta em melhorias em suas atividades e ambiente de trabalho. Ao estabelecer procedimentos para ogerenciamento da segurança, a empresa estará auxiliando na melhoria da qualidade de vida dos empregados.

3.2 Modelo de Sistemas de Gestão em Segurança no Trabalho

Os sistemas de gestão alteram a forma tradicional de ver a segurança, baseada principalmente na correção dos riscos e atendimento dos requisitos legais, com direcionamento corretivo. Como exemplo desta forma analisar as ações prevencionistas nas organizações, tema a norma britânica OHSAS 18000.

A OHSAS 18000, cuja sigla significa Ocupacional Health and Safety Assessment Series, entrouem vigor em abril de 1999. "É uma especificação que tem por objetivo prover às organizações os elementos de um Sistema de Gestão da Segurança no Trabalho eficaz, passível de integração com outros requisitos de gestão". Trata-se de uma norma passível de certificação por órgãos competentes, seguindo os mesmos passos das normas ISO 9000 e ISO 14000.

A OHSAS 18000 é passível de utilização por qualquer organização, independente de seu tamanho e setor de atividade, e que tem como principais objetivos de minimizar os riscos em suas atividades, através de um processo contínuo e com avaliação permanente, além da demonstração desta preocupação à cliente e comunidade através da certificação por uma organização externa. A OHSAS 18000 baseia-se na premissa de que a organização irá, periodicamente, analisar criticamente e avaliar o seu Sistema de Gestão da SST, de forma a identificar oportunidade de melhoria e a implementação das ações necessárias.

3.3 Características dos Sistemas de Gestão em Segurança no Trabalho

Aoanalisar os sistemas de gestão baseadas nas normas BS 8000 e OHSAS 18000, pode-se notar algumas características em comum, e que acabam delinear as etapas de cada um deste processos.

3.3.1 Política de Segurança e Saúde no Trabalho

Quando de fala da implantação, seja de um sistema de gestão ou então de uma cultura voltada à segurança do trabalho, o primeiro passo está relacionado aoestabelecimento de uma política de segurança e saúde no trabalho, onde esta pode ser definida comoa linha deconduta adotada pela empresa para o desenvolvimento, o desempenho e os objetivos das suas atividades preventivas de infortúnios trabalho.

Trata-se de uma orientação geral que ao ser desenvolvida deve levar em conta fatores como as características da organização, seus riscos, legislação e cultura. O principal aspecto que norteia este processo é ofato de que a política de segurança e saúde no trabalho deve ser desenvolvida e ratificada pela alta administração da empresa.

Essa política deve atender no mínimo a alguns requisitos, tais como:

a)Ser apropriada à natureza e escala dos riscos de saúde e segurança da organização;

b)Incluir o comprometimento para melhoria contínua;

c)Comprometer-se em cumprir com a legislação e regulamentos em vigor referentes à saúde e segurança, e com outros requisitos com os quais a organização se subscreva;

d)Ser comunicada a todos os empregados para que se conscientizem de suas obrigações pessoais com relação à saúde e segurança;

e)Estar disponível às partes interessadas;

f)Ser revisadas periodicamente para assegurar que permaneça relevante e apropriada para organização.

g)Colocação da gestão da SST como uma primeira responsabilidade dos gerentes de linha, do mais alto executivo aoprimeiro nível de supervisão;

h)Garantia de treinamento de todos empregados;

i)Análises críticas periódicas das políticas e auditórias;

j)Garantia de seu entendimento, implementação e manutenção de todos os níveis da organização.

3.3.4 Programa de Segurança

Visando auxiliar na implantação da política e objetivo, devem ser criados programas de segurança direcionados a diversas atividades da empresa, sendo gerenciados conforme as atividades, produtos, serviços e condições operacionais a organização. Definem as principais ações relacionadas a este programa:

-      Ações formadas e seu cumprimento;

-      Definição de responsabilidades;

-      Prazos Fixados;

-      Recursos necessários;

3.3.5 Estrutura e Responsabilidade

A principal responsabilidade sobre a segurança e saúde dotrabalho é da alta administração da empresa, que deve garantir os recursos necessários para sua implementação. Esta deve também nomear um membro responsável pela perfeita implantação e manutenção dosistema de gestão de SST, e que repasse para cada empregado o seu papel perante esta atividade. Definem que estar atividade devem ser definidas, documentadase comunicadas, a fim de facilitar a gestão da Segurança e Saúde doTrabalho.

3.3.6 Treinamento, conscientização e competência

Ao estabelecer uma política educacional na área da prevenção, a empresa estará garantindo pessoas mais capacitadas para o desenvolvimento de seu trabalho, utilizando-se de procedimento mais seguros. Descreve que as pessoas compreenderem o que se espera delas na realização de suas tarefase de como estas atividades contribuem para os resultados da organização, certamente terão um desempenho satisfatório na realização de seus serviços.

Ao mesmo tempo, estes procedimentos servem de apoio para que os empregados tenham mais condições de participar no processo prevencionista, além de tirar lições doseudia a dia para empregado ougrupo frente à segurança dotrabalho.

Desta forma, verifica-se a necessidade constante de treinamento e conscientização dos empregados, de forma a tornar a segurança dotrabalho um processo continuo no dia a dia do trabalho. Prevenir é um processo e não um produto, um objeto acabado e palpável. É um processo à medida que é composto por cadeias de comportamento dos profissionais que ao final produzem como resultado, que é no caso da segurança no trabalho, a baixa probabilidade que ao final de ocorrer acidentes após a execução de uma atividade.

Os profissionais que atuam com segurança dotrabalho e os empregados devem desenvolver competências adequadas,com o objetivo de capacitar este para agir em relação aos determinantes dos acidentes. Isto significa que a empresa deve relacionar os diversos cargos e atividades existentes em seus processos, visando detectar em cada um quais as variáveis relacionadas à segurança dotrabalho, para com isso definir as competências necessárias para cada empregados em sua atividade.

Definem esta etapa como aquela relacionada com as competências necessárias para desempenhar tarefas que possuam teralgum impacto sobre a segurança e saúde dotrabalho. Isto significa criar nos empregados uma consciência de garantir a concreta implementação e continuidade doprograma, e qual sua importância para a melhoria da produtividade na empresa. Deve também ser garantida a formação específica sobre os riscos de sua atividade.

3.3.7 Consulta e Comunicação

Devem ser considerados os seguintes aspectos quanto às consulta e comunicação aos empregados:

Envolvimento no desenvolvimento e análise das políticas e procedimentos para a gestão dos riscos;

-      Consulta quando existir qualquer mudança que afete sua segurança e saúde no local de trabalho;

-      Representação nos assuntos de Segurança e Saúde;

-      Informação quanto a quem são seus representantes nos assuntos SST e orepresentante nomeado pela alta administração.

3.3.8 Documentação

A documentação relativa aosistema de gestão deve ser criada e mantida, seja em papel oumeioeletrônico, objetivando a descrição dos principais elementos dosistema e sua interação, além de fornecer orientação sobre a documentação relacionada. A organização deve documentar e manter atualizada toda a documentação necessária para assegurar que o seu sistema de gestão SSTseja adequadamente compreendido e eficazmente implementado. Todos os documentos relativos aosistema de gestão devem ser controlados de maneira a estar disponível, sempre que necessário, tanto para procedimentos internos quanto de possível fiscalização dosórgãos competentes.

3.3.9 Monitoração doDesempenho

Entende-se por controle operacional as ações visando monitorar o desempenho garantindo o cumprimento doprograma e oatendimento dos objetivos propostos. O controle operacional está estritamente relacionado com os riscos(mais críticos) e com a política, os objetivos e oprograma de gestão SST. Serão identificadas as operações e atividades associadas aos riscos, e onde serão necessárias as medidas de controle. Sãocolocadas as específicas ligadas a esta ação:

- Estabelecimento e manutenção de procedimentos documentados;

-     Estipulação e manutenção de procedimentos relativos aos riscos de locais de trabalho, processo, instalações, equipamentos, procedimentos operacionais e organização de trabalho, incluindo suas adaptações às capacidades humanas, de forma a eliminar oureduzir os riscos de SST na sua fonte.

3.4 Redução dos Acidentes e Suas conseqüências

A etapa doplanejamento que está ligada à identificação de perigos, avaliação e controle dos riscos, trata diretamente das melhorias a serem implementadas nos locais de trabalho, prevenindo assim acidentes e suas possíveis conseqüências. Uma empresa que não conhece seus riscos não está preparada para gerenciar a prevenção. Através deste processo, certamente terão influências frente a diversos aspectos. Esta atividade deve contar com a participação de todos os empregados envolvidos no processo, desde as gerências até os operacionais. Istogarante que todos estarão consciente tanto da sua participação para a redução dos riscos, seucontrole e a importância de reduzir os acidentes tanto para a manutenção doseutrabalho como para o desempenho da empresa.

Isto porque é ilusão pensar que qualquer empresa está livre dos danos causados por acidentes, pois a ocorrências destes deixa seqüelas que influenciam ouafetam os aspectos econômico, social e humano das empresas, do trabalhador e sua família, doEstado e da Sociedade. Os acidentes e as doenças do trabalhado forçam as empresas a elevar o preço dos bens e serviços que produzem, podendo gerar inflação ou prejudicar sua capacidade de competir – o que compromete a sua saúde econômica, a receita tributária e odesempenho da economia como um todo.

3.5 Definição de Responsabilidade em Relação à Segurança doTrabalho

O novo pensamento prevencionista parte doprincípio de que todos são responsável pela segurança e saúde, aocontrário da cultura predominante nas organizações que transfere a atuação frente a este tema unicamente para o SESMT e a CIPA, com os gerentes surgindo muitas vezes somente quando da ocorrência de eventos indesejados. Em uma empresa a administração e os empregados devem estar envolvidos no desenvolvimento de um plano de saúde e segurança, e que todas as pessoas da organização devem compreender o benefício desta política para todos.

Alta direção da empresa a participação frente ás questões de segurança e saúde no trabalho, salvo em caso de ocorrências graves que atingem diretamente a imagem da organização. Este tipo de atitude acaba por influenciar no pensamento dos gerentes dos mais diversos escalões, que por não terem sido designados pela alta administração com responsável pela promoção da segurança e saúde, acabam por se esquivar desta atribuição se distanciado doseu papel de multiplicar da prevenção de acidentes e doenças. A segurança dotrabalho é uma das responsabilidade da gerência de cada setor, no que concerne à manutenção de condições apropriadas para o trabalho seguro e ao desempenho do pessoal na prática de prevenção de acidentes.

Algumas conclusões relativas à participação dos gerentes perante a Segurança e Saúde no Trabalho:

-   Os gerentes que trabalham algumas conclusões com os riscos potencialmente capazes de gerar danos a saúde dos trabalhadores não impõem doconhecimento necessário para com eles lidar de modo adequado;

Os gerentes que convivem riscos, mesmo sabendo de sua existência, não assumem o compromisso de corrigi-lo pelo fato de ser essa uma tarefa de competência doSESMT;

-   Os gerentes que lidam com os riscos podem saber de sua existência, mas não se esforçam para corrigi-lo porque suas chefias superiores não lhe dão apoio para as ações necessárias.

3.6 Verificação e Ação Corretiva

Esse elemento propícia a empresa construtora uma visão global de todo oprocesso de implantação e gerenciamento de seu sistema, através domonitoramento e medição de seudesempenho, análise detalhada das ocorrências de acidentes e/ou incidentes, bem como as auditorias internase/ou externas, conforme ilustradas na figura 4

Nesse momento os registros de todas as ações de monitoramento e mediçãode desempenho, análise detalhada das ocorrências de acidentese/ou incidentes, bem como as auditorias internase/ou externas devem ser realizadas.

3.6.1 Monitoramento e medição doDesempenho

O monitoramento e a medição dodesempenho são recursos que objetivam verificar a política, e se os objetivos estão sendoatendidos.

A empresa construtora deve estabelecer e manter procedimentos para monitorar e medir regularmente tais modificações, tais documentos devem conter:

üMedidas qualitativas e quantitativas adequadas às necessidades da organização;

üMonitoramento donível de atendimento dos objetivos de saúde e segurança da organização;

üMedidas reativas de desempenhos para monitorar acidentes, danos pessoais, incidentes(inclusive quase-acidentes) e outras evidências históricas dodesempenho deficiente em saúde e segurança;

üRegistro de dados e resultados de monitoramentos e medições suficientes para facilitar uma análise posterior das ações corretivas e preventivas implementadas.

Se for necessário o uso de equipamento de monitoração para medir e monitorar o desempenho, a organização deve estabelecer e manter procedimentos para a calibração e manutenção de tais equipamentos. Devem ser mantidas registros da calibração, bem como das atividades de manutenção e seus resultados.

4. ANALISE DOS RESULTADOS

Foi desenvolvido o presente estudo baseado em uma referencial teórico que busca melhoria contínua da qualidade e vida da população.

O estudo teve início com a proposta de se realizar um levantamento domaterial bibliográfico existente sobre segurança dotrabalho, buscando apresentar um estudo para implantação de um Sistema de Gestão em Segurança e Saúde Ocupacional, issocom o objetivo de contribuir para a melhoria das condições ambientais na industrias da construção civil, focando como público alvo seus trabalhadores.

Neste pensamento e com base nos resultados deste estudo, onde os empregados apresentaram várias percepções em relação aos processos prevencionistas, mas que precisam ser desenvolvidas pela empresa, verifica-se que os processos prevencionistas, mas que precisam ser desenvolvidos pela empresa, verifica-se que os processos de treinamento direcionados à segurança dotrabalho devem sofrer uma mudança em seu planejamento, com revisão de seu conteúdo baseado muitas vezes somente na aplicação de normas e procedimentos que otrabalhador deve executar, em um atendimento formal, devendo considerar também os aspectos relativos às mais diversas situações que possam estar expostos os trabalhadores no seu cotidiano, criando condições para que eles trabalhem com consciência, capacitando-os para analisar a realidade e tomar decisões, antecipando-se aos possíveis riscos e adversidades advinhas doseu trabalho.

Desta forma, cabe também uma reformulação nos treinamento visando a capacitação dos profissionais que ministram os treinamentos de segurança dotrabalho, seja nos cursos dosistema der ensino oficial ( técnico, tecnólogo e superior), ou nos treinamentos ministrados internamente nas organizações.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização deste trabalho teve seu direcionamento para um tema instigante, principalmente por estar ligado aoser humano nas organizações, suas atitudes e os riscos a que está exposto. Aolongo doestudo realizados, no campo teórico, foi verificada a possibilidade de novos trabalhos expandirem a pequena contribuição que foi dada por este trabalho de artigo científico.

Estas novas idéias podem estar baseadas em estudos mais aprofundados sobre os comportamentos dotrabalhador relacionados à segurança dotrabalho; a aplicação da gestão autônoma em outros temas organizacionais, avaliação da implantação de um modelo de gestão autônoma nas organizações e novas possibilidades de adoção no modelo de Gestão da SST.

Entretanto, temos certeza de que todos os trabalhos acadêmicos que de algumas forma venham a contribuir para a melhoria da qualidade de vida dotrabalhador, como foio casodeste estudo, possuem relevância do desenvolvimento dos campos teóricos e práticos, tanto no meio acadêmico como na organizacional.

REFERÊNCIAS

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação de documentação: elaboração: referências. Riode Janeiro. 2002. 24p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação.Rio de Janeiro. 2002. 6p.

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3.3.2 Planejamento

Como qualquer processo desenvolvido em uma organização, principalmente quando abrangem um grande número de pessoas recursos como é ocaso dos Sistemas de Gestão em SST. Existem as necessidades de que as seja realizado um processo de planejamento.

Antes doinício do processo de implantação doSistema de Gestão em Segurança e Saúde Ocupacional, a empresa construtora deverá elaborar um planejamento amplo considerando os seguintes aspectos:

·Mudança de pessoal;

·Propostas de novos produtos, instalações, processos ou serviços;

·Mudanças em procedimentos de trabalho;

·Modificações de processos;

·Modificações de Software.


Autor: Ricardo Alexandre


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