Vivaldo Coaracy



por Marcelo A. L. Cardoso

Vivaldo Coaracy( V. Cy ) – Foi autor de várias obras históricas, artigos e crônicas, das quaistrês diretamente relacionadas com a Ilha de Paquetá:

1 – Couves da Minha Horta (crônicas),2 – Pôr-do-Sol na Ilha (crônicas), e 3 – Paquetá Imagens de Ontem e de Hoje (Histórico). Da segunda edição deste último livro (1965) transcrevemos os seguintes dados biográficos do seu autor:

"Vivaldo Coaracy nasceu no Rio de Janeiro, aos 23 de novembro de 1882, filho de José Alves Visconti Coaracy e de Corina Alberta de Vivaldi Coaracy, e mudou-se para a Ilha de Paquetá em 1945, onde faleceuaos 13 de junho de 1967, tendo sido sepultado no cemitério local.

Aos 10 anos de idade perdeu os seus pais com os quais fizera, em casa, os seus estudos primários e, depois, foi matriculado como interno no Seminário de São José do qual, dois anos depois, passou para o Internato do Ginásio Nacional, antigo nome do Colégio Pedro II, onde fez o curso secundário completo e se formou em 1900.

Pouco depois iniciou a sua carreira na imprensa, ingressando para a redação da Cidade do Rio, de José do Patrocínio. Durante dois anos cursou a Escola Militar do Rio de Janeiro, de onde foi excluído por ocasião da revolta da Praia Vermelha promovida por Lauro Sodré. Mudando-se depois para o Rio Grande do Sul, voltou a exercer atividade na imprensa trabalhando nos jornais de Porto Alegre onde, depois, cursou a Escola de Engenharia, concluindo em 1911 o curso de engenheiro mecânico eletricista e seguindo para os E.E.U.U. onde passou cerca de dois anos em estudos de aperfeiçoamento e especialização.De regresso ao Rio Grande do Sul, foi chamado para lecionar como Professor na Escola de Engenharia em que se diplomara e, mais tarde, foi designado para dirigir o Instituto de Eletro-Técnica da referida escola e no exercício dessas funções conservou-se até 1920, quando se transferiu para S. Paulo a fim de desempenhar o cargo de engenheiro chefe de empresas de eletricidade no interior daquele Estado. Em 1926 deixou a profissão de engenheiro e voltou ao jornalismo, ingressando na redação de O Estado de São Paulo.Tomou parte ativa na Revolução Constitucionalista de 1932 e foi um dos exilados para Portugal nessa ocasião, onde escreveu o livro A Sala da Capela e de regresso do exílio assumiu as funções de Diretor da sucursal de O Estado de S. Paulo no R. J., com as atribuições de correspondente político. Em 1941 esse jornal foi confiscado e o referido cargo ocupado pelo então Interventor em S. Paulo. Durante esse período de disponibilidade, colaborou no Jornal do Commercio do R.J. e na Folha da Manhã de S. Paulo e em 1945 recolheu-se à uma velha chácara na Ilha de Paquetá onde morou até o fim da vida. É longa a sua relação de livros:A Rampa (romance), Frida Meyer (romance), Problemas Nacionais (ensaios sociais e econômicos), O Caso de S. Paulo (análise de uma situação política), A Sala da Capela (depoimento do exílio), O Rio de Janeiro no Século XVIIeMemórias da Cidade do R. J. (estudos históricos), Zacarias; Couves da Minha Horta; O Contador de Histórias; Pôr-do-Sol na Ilha; Cata-Vento; e Crônicas Escolhidas (coletâneas de crônicas), Todos Contam sua Vida (infância e juventude), Encontros com a Vida (mocidade e maturidade). Em 1964, aos 82 anos de idade,escreveu Paquetá(Imagens de Ontem e de Hoje), lançado pela Editora José Olympio".

Vivaldo Coaracy é o Patrono da Cadeira nº 3, da Academia de Artes, Ciências e Letras da Ilha de Paquetá.


Autor: Marcelo Cardoso


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