HIGIENE: REALIDADE E DESAFIOS PARA UMA VIDA SAUDÁVEL



UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

PROJETO DE PESQUISA

HIGIENE: REALIDADE E DESAFIOS
PARA UMA VIDA SAUDÁVEL

GARANHUNS
2008

KARLA GISELY MACIEL DA SILVA GUEDES

PROJETO DE PESQUISA

HIGIENE: REALIDADE E DESAFIOS
PARA UMA VIDA SAUDÁVEL

Projeto de Pesquisa para desenvolvimento de Trabalho de Conclusão de Curso, elaborado como requisito avaliativo da disciplina de Prática Educacional, Pesquisa e Extensão.

GARANHUNS
2008

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 03
II. JUSTIFICATIVA 03
III. OBJETIVOS
3.1. Geral 04
3.2 Específicos 04
IV. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 05
V. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 07
VI. ASPECTOS ÉTICOS 07
VII. CRONOGRAMA 08
VIII. REFERÊNCIAS 08
APÊNDICES 10

INTRODUÇÃO

Este estudo está voltado para o bem-estar humano, destacando a importância que devemos ter com a nossa saúde, tendo como base a higiene voltada para conscientização de que a adoção de hábitos saudáveis trará melhor qualidade de vida para o bem-estar pessoal e coletivo do indivíduo.
Proponho aqui um trabalho onde a escola estabelece poderá levar informações visando criar condições e alternativas que estimulem os alunos e seu meio social a terem concepções e posturas cidadãs de suas responsabilidades para com a própria higiene e a dos demais. Pretendo então refletir sobre a importância da higiene na vida do ser humano, destacando a utilização de medidas práticas de promoção, proteção e recuperação da saúde para que subsequentemente sirvam como aportes para inserção de práticas de higiene, voltada para um novo cidadão social, calçado em valores éticos que sobremaneira possam melhorar a qualidade de vida, não apenas pessoal, mas coletiva.
Com base nessas considerações faço a seguinte pergunta: É possível obter resultados satisfatórios, mesmo que a contribuição dos pais não seja favorável devido à falta de informação sobre a importância da higiene na vida do ser humano?

II. JUSTIFICATIVA

A questão da higiene vem sendo considerada cada vez mais importante para a sociedade, pois para se ter uma vida saudável, todos dependem da relação estabelecida entre sua própria higiene e a dos outros.
É na perspectiva de contribuir para a melhoria de uma vida saudável que proponho este projeto, que visa o desenvolvimento de uma construção de formação de hábitos saudáveis, interagindo com os alunos e com seu meio social, para que os mesmos comecem a pensar, agir e aderir hábitos higiênicos, promovendo assim, ações que venham a intervir em soluções viáveis para os problemas que estão relacionados à falta de higiene
A concretização desse objetivo, através também da conscientização, poderá ser gerador de um grau considerável de bem-estar no
cotidiano desses alunos e da comunidade, com reflexos imediatos na educação, na saúde, na preservação do meio ambiente, na economia e na qualidade de vida de cada cidadão. Vê-se então, a importância e o alcance deste estudo que estou propondo.
Além disso, uma pesquisa sobre a situação atual dos hábitos de higiene em uma escola previamente selecionada servirá de parâmetro para se obter dados sobre esta realidade e propor políticas públicas que possam beneficiar e melhorar a qualidade de vida do ser humano.
Considero também de fundamental importância que os alunos do curso de pedagogia estudem este tema e venham a realizar ações que possam ser empreendidas em comunidades carentes desse conhecimento, pois poderão se deparar com contextos desta natureza, ou seja, em comunidades cujos hábitos de higiene não estão sendo praticados conforme devem ser, para se ter uma vida saudável.
Então é com base nesses argumentos que justifico a importância deste estudo.

III. Objetivos

3.1. Geral:
3.1.1. Aprofundar o conhecimento dos alunos do Ensino Fundamental I e de sua comunidade, sobre a importância da higiene na vida do ser humano.

3.2. Específicos:
3.2.1. Identificar o conceito de higiene, destacar sua importância e as conseqüências, de uma vida sem vivência da higiene diária.

3.2.2. Fazer um levantamento sobre a situação dos hábitos de higiene em uma escola previamente selecionada.

3.2.3. Analisar os dados coletados e confrontá-los com os parâmetros de normalidade relativos aos hábitos de higiene diária para o bem-estar humano.

IV. Revisão bibliográfica

A higiene é a parte da medicina que tem como objetivo a conservação e o melhoramento da saúde individual e coletiva. A saúde já não é concebida somente como um fato puramente físico, tendo seu conceito alargado para os domínios psicológicos e sociais, dado serem esses três fatores inseparáveis na vida dos seres humanos, uma vez que estão constantemente relacionados entre si.
Para Jiménez (1983, p.218): Não se poderá educar bem uma criança se não levar em consideração a sua higiene e não se consegue levar a cabo uma boa higiene sem uma boa educação.
Por isso, devemos aderir cultivar e trabalhar os bons hábitos em salas de aula seja ele ambiental ou corporal, e ensinar aos que desconhecem a importância de tê-los, assim estaremos valorizando a manutenção, não apenas do bem estar pessoal, mas do bem-estar coletivo,
Segundo os PCNs (1997, p.89): Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e ao apenas a ausência de doença.
Desse modo o conceito é expandido e a discussão sobre o tema poderá levar os alunos poderão agir com responsabilidade em relação a sua saúde e a da comunidade, respeitando assim seus limites com um autocuidado para com a higiene ambiental e corporal não apenas da escola, como da comunidade na qual residem.
Complementando essa linha conceitual acrescento ainda Craidy e Kaercher (2001, p.41) que afirmam:




Em relação a qualidade de vida, Gadotti (2000, p.62) destaca:

Em relação à qualidade de vida, Gadotti (2000, p. 62) destaca:
Qualidade de vida significa ter possibilidade de decidir automaticamente sobre seu próprio destino. Qualidade de vida é um conceito ambíguo, atribuído também ao padrão de vida, designando as necessidades econômicas.

Se o sujeito tiver consciência da sua importância para uma convivência agradável, poderá buscar essa qualidade de vida e decidir viver só ou junto, buscando o melhor para si e para o outro.
A escola não cumpre sozinha o papel de ensinar, e posteriormente, educar para a higiene, uma vez que o processo da higiene inicia-se em casa e ao educar para a saúde, de forma contextualizada e sistemática, o professor e a comunidade contribuem de maneira decisiva na formação de cidadãos capazes de atuar em favor da melhoria dos níveis de saúde pessoais e da coletividade.
O ensino da higiene tem sido um desafio para educação, no que se refere à possibilidade de garantir uma aprendizagem efetiva e transformadora de atitudes e hábitos que levam a uma vida saudável, porém é preciso educar levando em conta todos os aspectos envolvidos na formação de hábitos e atitudes que acontecem no dia-a-dia do aluno na escola e na sua comunidade. Sabemos que a escola sozinha não leva o aluno a adquirir todos os hábitos de higiene. Ela pode e deve, entretanto, fornecer elementos que capacitem para uma vida saudável.
França (2006: p.55) considera que:
Tomando como referência a escola e levando em consideração como ela trabalha, pode-se verificar que ela contribui para formação das representações que influenciam os hábitos de higiene corporal e ambiental dos seus alunos. No entanto, ela não é a única e pode não ser considerada a principal difusora para consolidar as representações de regras básicas de higiene no meio social, mas tem grande relevância neste sentido.

É necessário trabalharmos noções e ações de higiene em salas de aula para assim buscarmos soluções para o desenvolvimento consciente de atos de higiene para nossa saúde.
Esta pesquisa é voltada para as vertentes da conscientização da higiene corporal e ambiental na comunidade e na escola, com propostas de alterar de forma positiva as regras de higiene, que contribuirão para a construção de uma nova pedagogia de educação para saúde.

V. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Através deste projeto de pesquisa procurarei apresentar um maior entendimento sobre o processo de higiene na vida do ser humano e o que isso representa para todos. Para isso serão utilizados dois instrumentos de pesquisa: o primeiro será um questionário estruturado com 5 questões semi-abertas (apêndice 1), aplicado aos professores que atuam na escola que será selecionada no decorrer deste estudo; com este instrumento buscarei aferir informações como: nível de conhecimento sobre a higiene, envolvimento e grau de motivação dos professores com a higiene dos alunos e perspectivas de aportes para adoção de hábitos de higiene.
O segundo instrumento de pesquisa será uma entrevista de pesquisa será entrevista informal (apêndice 2). A entrevista será uma consulta a 20 alunos que se disponibilizarem a participar e será gravada em MP4. A opção da entrevista justifica-se pelo fato de oferecer, ao pesquisado, mais liberdade para expressar suas concepções e será feita em sala especifica, mas no ambiente escolar e individualmente.
Tanto a coleta de dados, como as analises das respostas terão como parâmetros os pressupostos que estão presentes e que fundamentarão a contextualização deste projeto.

VI. ASPECTOS ÉTICOS

Para alcançar os objetivos propostos neste projeto, houve uma reflexão sobre a maneira de expor o assunto "higiene", pois pretendo trabalhar com alunos que pertencem a uma comunidade rural/urbana, do município de Canhotinho, que abriga um grande numero de crianças carentes.
A introdução do tema e conteúdos serão feitas de forma abrangente para que todos reflitam, e conseqüentemente, pratiquem os hábitos de higiene sem que os mesmos se sintam descriminados e, desta maneira, poderão ter consciência dos bons hábitos de higiene que os tornarão mais saudáveis.
Diante dos resultados, quando se pensa em higiene dentro da educação, vem o cuidado com o momento de construção de hábitos, pois o trabalho de formação de hábitos de higiene, realizados com esses sujeitos terá um caráter totalmente pedagógico e não assistencial, pois através dos resultados obtidos, será possível tecer considerações sobre a temática higiene, considerando que este estudo advém de ações e representação social que permitirá que todos os sujeitos participantes desta pesquisa, busquem a construção para o desencadeamento de uma ação transformadora de realizações coletiva.
VII. CRONOGRAMA

2008.1 2008.2 2009.1 2009.2 2010.1 2010.2
Revisão de leituras X X X X
Elaboração do projeto X X X
Coleta de dados X
Analise de dados X
Redação de dados X X
Redação da 1ºversão da monografia X X
Entrega da monografia X

VIII. REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Meio ambiente Saúde/Secretaria de educação Fundamental-Brasília, 1997.

CRAIDY. Carmem. Karercher,G. Educação Infantil: Pra que te quero. Porto alegre: Artmed, 2001.

DAILARI. Sueli Gandofi. A saúde do brasileiro. São Paulo: Moderna, 1987.
FRANÇA, Maria Cristina. A educação ambiental na escola: Um estudo sobre as representações sociais dos professores do ensino fundamental do município de Pouso Redondo-SC. UOSC: Joaçoba, 2006. Disponível .em . Acesso em 21 set. 2008, 15:30: 30.

GADOTTI, Moacir. Pedagogia da terra. São Paulo: Fundamentação Petrópolis, 2000.

JIMENEZ. Carmem Butiñá. Puericultura: Guia de alimentação, crescimento e educação da criança. São Paulo: Edições Cetop, 1983.

GOWDAK. Demétrio. Aprendendo ciências.São Paulo: FTD, 1992.

Disponível em: Acesso em 12 set. 2008, 13:32:12.

Disponível em: . Acesso em 21 out. 2008, 18:43:32.

Disponível em: Acesso em 19 set. 2008, 13:32:23.

Disponível em: Acesso em 18 set. 2008, 18:42:43.

Disponível em: Acesso em 09 set. 2008, 14:45:32.
Autor: Karla Gisely Maciel Silva Guedes


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