DIÁRIO REFLEXIVO ESTÁGIO CURRICULAR III




UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS
CURSO DE PEDAGOGIA








KARLA GISELY MACIEL GUEDES
MARIA APARECIDA VIEIRA DE MELO









DIÁRIO REFLEXIVO
ESTÁGIO CURRICULAR III








GARANUNS-PE
2010
KARLA GISELY MACIEL GUEDES
MARIA APARECIDA VIEIRIA DE MELO











DIÁRIO REFLEXIVO
ESTÁGIO CURRICULAR III

















GARANHUNS-PE
2010
Sumário

1. Caracterização da Unidade Escolar 3
1.1 Nível e modalidade de ensino / números de turmas e de alunos 3
1.2 Condições infra-estruturais 3
2. Caracterização da turma 4
2.1. Faixa etária, nível de aprendizagem e nível socioeconômico 4
3. Registro e análise das aulas 4
3.1 os momentos das aulas: atividades realizadas no inicio, meio e fim. 5
3.2 os momentos das aulas: atividades realizadas no inicio, meio e fim. 7
3.3 os momentos das aulas: atividades realizadas no inicio, meio e fim. 9
3.4 os momentos das aulas: atividades realizadas no inicio, meio e fim. 12
4. CONSIDERAÇOES FINAIS 15
4.1. Aprendizagem junto à escola, o grupo de alunos e as aulas. 15

















1.Caracterização da Unidade Escolar

A unidade escolar Maria Augusta Henrique Lira é uma escola situada no Sítio Luz município de Canhotinho- PE, mantida pela Prefeitura Municipal deste município, situada no Sítio luz, foi construída em um terreno doado pelo Sr. Antônio Vieira de Melo.
Seu corpo docente é composto por profissionais concursados, formado por 3 professores, um coordenador pedagógico e 2 zeladoras, estas que também atuam como merendeiras.
A escola oferece o ensino nas modalidades de Educação Infantil e Fundamental I nos turnos da manhã e tarde. A mesma funciona nos períodos da manhã e tarde, com o público representado por 21 crianças no nível infantil e 36 no fundamental.
A unidade dispõe de apenas 2 salas de aula, 1 cantina, 2 banheiros.


1.1 Nível e modalidade de ensino / números de turmas e de alunos

O nível é do infantil ao fundamental, sendo este trabalhado em salas multisseriadas. A modalidade do ensino ainda é focada na concepção de ensino tradicional, as atividades não estimulam a aprendizagem dos alunos, desta forma tornando o ensino muito mecânico, pois os professores moldam seus alunos de acordo com seus princípios, deixando os mesmos impedidos de tornarem-se seres críticos e autônomos, pois os mesmos sempre estão retraídos e tampouco estimulados a participarem das aulas e das atividades.
No horário referente ao estágio, funciona uma sala de alfabetização com 21 crianças e outra do 3º e 2º ano numa sala com 11crianças (sala multisseriada, sendo 9 crianças no 3ºano e 2 crianças no 2º ano).

1.2 Condições infra-estruturais
As condições são precárias, falta material didático, brinquedos pedagógicos e apoio por parte dos representantes da unidade, as salas são pequenas, não são arejadas, as paredes e a iluminação precisam de reparos, bem como suas instalações sanitárias (banheiros); além de bebedouros sem higienização adequada. Não possui refeitório e a cantina é pequena com uma janela por onde é distribuída a merenda, as crianças realizam suas refeições nas salas ou sob um pequeno espaço de fronte a escola, o espaço para as brincadeiras não é muito grande.
A mesma localiza-se próximo a uma residência, onde segundo relato da professora as crianças não são bem aceitas. Por esta razão o acesso a escola foi modificado para evitar transtornos para a família residente no lugar posteriormente descrito.

2. Caracterização da turma

A turma do 3º e 2º ano é composta por alunos de classe social baixa, que residem em sítios adjacentes à escola que está localizada na zona rural. A turma é bastante tranqüila, porém, tímidos de poucas conversas, esta sala é composta por 11 alunos, Seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino.

2.1. Faixa etária, nível de aprendizagem e nível socioeconômico

As faixas etárias são bem próximas entre os alunos, em torno de 8 a 10, os mesmos moram nos arredores da escola, mas sempre vão e voltam acompanhadas por os pais ou pelos vizinhos.
As atividades seguem o fluxo da rede de educação do município, isso significa que o processo de educação esta limitado ao cronograma imposto pela secretaria de educação, com ênfase para a disciplina de português e matemática.
O nível socioeconômico das crianças mostra- se aparentemente razoável, mesmo pertencendo à classe baixa, não é percebível nenhum tipo de discriminação por parte das crianças no contexto escolar.


3. Registro e análise das aulas
3.1 os momentos das aulas: atividades realizadas no inicio, meio e fim. (1° encontro) 18/ 05/10


Relatório da aula desenvolvida

Município: Canhotinho - Sítio Luz
Escola Maria Augusta Henrique Lira
Série: 2º e 3º Ano
Turno: Manhã
Horário: 7:30 às 11:30
Nº de alunos: 11
Data: 18/ 05/10

O início do estágio na modalidade da Educação do Campo aconteceu no dia 18 de maio do ano corrente, este que foi o primeiro dos quatro estágios que perfazem os estágios na modalidade da Educação do Campo e fazem parte da disciplina de Estágio Curricular III, do curso de Licenciatura em Pedagogia da UFRPE/UAG, que tem como orientadora a Professora Kátia Araujo, estes estágios tem em vista a necessidade de uma experiência prática ,onde se deve aplicar grande parte dos fundamentos aprendidos ao longo dos períodos anteriores do curso, no sentido de aliar a teoria à prática para o processo da formação acadêmica.
Este estágio foi realizado na Escola Maria Augusta Henrique Lira, numa sala multisseriada, composta por alunos do 2º e 3º ano do ensino fundamental I.
Nós discentes do 7º período do curso de Pedagogia Karla Maciel e Mª Aparecida Vieira, realizamos neste primeiro dia as seguintes observações, antes do processo da regência, estas que seriam realizadas nos demais estágios na escola referida.
A aula iniciou-se às 07h30min, todas as crianças chegaram acompanhadas por um responsável, que as deixava na escola. Logo a professora chegou e todos se encaminharam para sala, dessa forma registramos que nesta escola não se fazia fila antes do início da aula. Ao entrarem na sala a professora pediu para os alunos rezarem o pai nosso e em seguida cantaram uma música, aparentemente não muito agradável, pois as mesmas não expressaram entusiasmo. Logo após esse momento ela nos apresentou para turma e nos explicou que a escola não possuía recursos pedagógicos que auxiliasse as aulas, apenas o quadro de giz, falou também que o plano de aula segue o fluxograma estabelecido pela Secretaria de Educação do Município e que neste dia a aula seria de português e matemática.
Após as explicações, iniciou a aula com a atividade no quadro negro, escreveu um pequeno texto, que serviria de cópia como a primeira atividade do dia. Diante do que estávamos presenciando, percebemos que o ensino era bastante mecanizado nesta sala, ela tentou explicar sua metodologia, pois trabalha numa turma multisseriada, onde nove alunos são do 3º ano e apenas dois do 2º ano, desta forma ela justificou que priorizava o 3º ano, por haver maior quantidade de alunos presentes na sala e que os demais conseguiam acompanhar o conteúdo do terceiro ano.
Depois que todos copiaram o texto no quadro, a professora tentou fazer uma interpretação, porém os alunos não tiveram oportunidade para disseminar suas idéias, pois a mesma incrivelmente dava apenas sua opinião, fazendo apenas sua interpretação.
Prosseguindo com suas atividades, escreveu no quadro, exercícios que abordavam questões sobre os sinônimos das palavras. Logo após todos terminarem a escrita da atividade, colocou a resposta no quadro. Isso nos chamou atenção, pois os alunos não pensavam para responder, apenas copiavam o exercício e a resposta.
A atividade subseqüente foi um ditado, este que era soletrado, para que assim não existisse erro ortográfico, esse momento retiniu na ocasião e até hoje, pois não era respeitada a potencialidade de cada uma daquelas crianças, essas eram moldadas de acordo com as regras estabelecidas pela professora.
As 09h 30min os alunos foram liberados para o intervalo e só retornariam a sala às 10h00min, todos lancharam na sala. A merenda neste dia estava em falta, por esta razão todos haviam levado seu próprio lanche.
Às 10h00min a escola serviria como o ponto de vacinação das pessoas residentes nesse sítio, nessa hora a mesma estava com uma grande aglomeração de pessoas, destacamos esse momento como imprevisto, pois alguns pais invadiram a sala, enquanto aguardava a vacinação, isso tumultuou bastante a concentração tanto da professora, quanto dos alunos.
Dando prosseguimento a nossa observação, a atividade dessa vez era de matemática, que abordava problemas que envolvia sistema monetário, e problemas com questões de adição e subtração, esta atividade não foi diferente da primeira, se tratando do método de transcrição- resposta- correção, e as 11h30min os alunos foram liberados e assim deu-se o término da aula.
Salientamos que, essa observação nos fez refletir sobre esse tipo de ensino, não apenas na educação do campo, como nas demais, na qual o professor dita regras e os alunos são impossibilitados de expressarem suas opiniões, por esta razão acreditamos que nós temos a obrigação de contribuir para mudanças e conseqüentemente para melhoria dessa educação. Embasadas nisso, ficamos cientes da nossa responsabilidade em desempenhar o verdadeiro papel de educadoras, com princípios e metas voltados para a valorização da criança, respeitando seu direito e valorizando o potencial individual e coletivo.


3. Registro e análise das aulas
3.2 os momentos das aulas: atividades realizadas no inicio, meio e fim. (2º encontro)

Plano de aula

Disciplina: Português

Conteúdo: Encontro consonantal
Texto A moda da menina trombuda de Cecília Meireles

Objetivo Geral:
Explorar o sentido do texto, identificando os encontros consonantais existentes no mesmo.

Objetivo Específico:

? Analisar as características da palavra trombuda;
? Identificar os encontros consonantais existentes do texto;
? Estimular a produção do trabalho coletivo.

Estratégia:

? Contextualizar o texto com o nosso cotidiano
? Buscar o significado da palavra trombuda.


Recurso Pedagógico:

? Quadro negro
? Giz
? Papel ofício
? Lápis de cor
? Lápis de cera
? Cartolina

Avaliação:

Acontecerá mediante a análise da interpretação e da construção do texto coletivo e durante todo o percurso da aula.


Relatório da atividade desenvolvida

Município: Canhotinho - Sítio Luz
Escola Maria Augusta Henrique Lira
Série: 2º e 3º Ano
Turno: Manhã
Horário: 07h30min às 11h30min
Nº de alunos: 11
Data: 01/06/10


Dia primeiro de junho do ano corrente, realizamos o segundo estágio na Escola Maria Augusta Henrique Lira, este que desta vez seria nossa primeira regência. Iniciamos a aula com uma breve apresentação para conhecermos os nomes dos alunos, para que a comunicação acontecesse com melhor interação.
Depois das apresentações realizamos a dinâmica do alfabeto, procuramos realizar essa dinâmica, pois esta trabalha com movimentos corporais, sentidos e noções de direção, todos participaram, porém, inibidos com nossa presença. Em seguida utilizamos o recurso do quadro negro e do giz, para não fugir da rotina dos alunos, copiamos no quadro o texto de Cecília Meireles "À Moda da Menina Trombuda", este que deu subsídio a aula do dia.
Logo que todos transcreveram, organizamos a sala em círculo e realizamos a leitura do pequeno texto de forma individual e coletiva, em seguida prosseguimos com a interpretação do texto, o momento mais esperado por nós, já que tentaríamos instigar o máximo das idéias que os alunos obtiveram e conceituaram sobre o texto. Dessa forma realizamos vários questionamentos e em seguida iniciamos a construção do texto e à medida que iam recriando o texto, íamos escrevendo no quadro. Fizemos uma pausa nessa atividade, pois já se aproximava a das 09h30min e todos sairiam para a merenda e depois para o recreio.
Regressamos a sala apenas as 10h00min, prosseguimos então com a atividade, neste momento, nos deparamos com uma situação imprevista, nossa atividade necessitava de papel ofício para sua conclusão, a professora providenciou a quantidade para realizar a tarefa com a professora da sala vizinha, pois a mesma alegou ter esse material, porém, se encontrava em casa.
Logo que terminaram a produção do texto, reescrito pela sala, transcreveram para o papel e complementaram com desenhos que representava o texto. Ao término da atividade fomos realizar a construção de um mural, que ficou exposto na sala, com o objetivo de valorizar a produção individual e coletiva dos alunos que compõe esta turma.
Terminamos esse estágio regência confiante, pois acreditamos que nossos objetivos foram alcançados, pois víamos nos relatos o prazer de cada um, em ver seu trabalho exposto e admirado por todos que cooperaram para a realização deste mural.


3.4 os momentos das aulas: atividades realizadas no inicio, meio e fim. (3º encontro) 08/06/10

Plano de Aula do dia 08/06/10

Disciplinas envolvidas: Ciências Naturais, Matemática

Conteúdo: Meio Ambiente, Cores e Medo

Objetivo Geral:
Estimular a capacidade de reflexão sobre os valores da sociedade, através da exibição do programa piloto UAGUINHO, produzido pela UFRPE/UAG.

Objetivos Específicos:
? Compreender os valores sociais necessários para afirmação da cidadania;
? Identificar as cores na história do pássaro encantado;
? Estimular a percepção imaginária e auditiva da criança;
? Observar como está o nosso espaço rural, através das modificações ocorridas no nosso meio.

Metodologia
? Apresentação do programa
? Exposição do mural confeccionado pelos alunos;
? Contextualização do programa;
? Identificação dos principais temas do programa;
? Relação do programa como nosso cotidiano.

Atividade
? Criação de desenhos, relacionando-os ao programa UAGUINHO, de acordo com própria imaginação.
? Avaliar o que mais gostaram no programa.

Musicalidade
As músicas do programa serão exploradas com intuito de refletir sobre os valores da sociedade.
As letras das músicas abordadas são designadas aos seguintes temas: natureza, motivação, animais e moradia.

Recursos Didáticos
? Quadro de giz;
? Som;
? CDs;
? Papel ofício.

Avaliação
Fazer artístico, participação, auto-realização sobre a experiência, retomada sobre o processo, avaliação oral e em desenho.


Relatório da atividade desenvolvida - 01/06/10

Município: Canhotinho - Sítio Luz
Escola Maria Augusta Henrique Lira
Série: 2º e 3º Ano
Turno: Manhã
Horário: 7:30 às 11:30
Nº de alunos: 11
Data: 01/06/10

Dia oito de julho do ano corrente, realizamos o 3º estágio na escola Maria Augusta Henrique Lira, neste dia o conteúdo da aula foi escolhido por nós, com autorização da professora. Resolvemos trabalhar com um programa de rádio, destinado ao programa infantil. Fizemos o uso da interdisciplinaridade, na qual trabalhamos as disciplinas de português, matemática e o tema transversal Meio Ambiente, pois o programa abordava aspectos relacionados com o nosso meio social.
Iniciamos a aula às 07h30min, conversando sobre a programação do dia que era sobre o rádio, já que trabalharíamos com este recurso e daríamos ênfase para apresentação do programa "UAGUINHO". Percebemos que os alunos já estavam menos tímidos do que nos dias dos estágios anteriores. Em seguida fizemos o acolhimento com o poema de autoria e recitado por Marcos Brasil "O que Jesus criou", que falava sobre o meio ambiente, meio social, cultural e sobre a vida. Fizemos o uso de perguntas, para que os alunos pudessem participar, já que ainda estavam inibidos, pouco a pouco algumas respostas começaram a surgir, essas que faziam parte dos objetivos esperados com este momento de acolhimento.
Na programação do programa havia diversos momentos, entre esses, músicas, dicas, histórias infantis e participações das crianças que fariam a introdução da programação, que começou com a música da tartaruga, nesse momento todos observavam atentamente e vimos as expressões que demonstravam interesse e atenção, era claro que a aula era diferente das que até então os mesmos já haviam vivenciado, porém não houve dispersão, apenas curiosidade com o novo, em seguida as crianças protagonistas davam dicas para o bem estar da criança, de acordo com o ECA, logo depois a programação abordava a história infantil "O pássaro encantado que falava da saudade". Nesse momento a atenção ficou maior, pois a história foi contada e bem interpretada pela narradora da história, esta foi complementada pelo poema "a perda" e para encerrar a música de Adriana Calcanhoto "Eu fico assim sem você", neste momento a descontração era evidente, pois os menores levantaram e dançaram alegremente, ressaltamos que o programa teve duração de trinta minutos, e era uma produção da URFPE/UAG.
Depois da execução do programa fizemos um debate acerca das questões abordadas no programa, iniciamos o debate com o primeiro tema que era a música da tartaruga, falamos um pouco sobre como vivem as tartarugas, como se reproduzem, e como atualmente se encontra esta espécie, eles comentaram que sempre viam nos terrenos de suas casas, esse tipo de animal.
O segundo tema era sobre a opinião de criança e sua importância, nesse momento alguns relataram que não poderia falar, pois seus pais mandavam-os sempre permanecer de boca fechada, a partir dessa resposta iniciamos o debate sobre o respeito que devemos ter para com as pessoas, para que sejamos respeitados, dissemos que toda criança tem o direito de brincar, falar, enfim... Direito a livre expressão. Por esta razão hoje cada um deles poderia dar opiniões na aula, para que assim construíssemos uma aprendizagem significativa, então todos que quiseram se pronunciar, e daí esta questão foi trabalhada amplamente, coletivamente, pois a conversa entre todos fluíam respeitosamente. Em seguida, exploramos a história do pássaro encantado, que abordava as cores, o bem estar, a amizade e a perda, alguns começaram a dar opiniões, relatavam o que para eles que representava o sentimento da saudade. No diálogo seguinte falamos sobre a importância das aves para a biodiversidade do planeta e dos cuidados que devemos ter com essas espécies. Perguntamos se os alunos possuíam algum tipo de animal de estimação e se achava certo criá-los em cativeiro e questionamos sobre a possibilidade de vivermos esta situação. Entre tantas discussões, à hora do intervalo já se aproximava e notavelmente inquietações começavam a surgir.
Após o intervalo retornamos com a aula, que iniciou com o momento da nossa atividade, agrupamos os alunos em trios e pedimos que cada grupo, representasse um dos temas do programa, distribuímos os materiais necessários para esta produção, estes que foram lápis colorido, tinta guache, palito de picolé, percebemos que eles adoraram as atividades, pois permitia o contato direto do objeto imaginando com a representação através de desenho livre. Logo que todos terminaram, explicaram a importância da sua atividade, ou seja, do seu tema escolhido. Em seguida anexamos à parede da sala.
Este estágio realizou-se calmamente e foi bastante significativo tanto para os alunos como para nós. Nesse contexto escolar existe a necessidade de informações, de conversas informais que contribuem para o processo de assimilação para a construção de novos significativos, estes que são de suma importância para o processo da aprendizagem.
Dessa forma, concluímos nosso terceiro estágio, conscientes e satisfeitas com os resultados obtidos, em mais um dia de estágio/regência, cientes do nosso papel para a construção de uma sociedade crítica e autônoma.



3.4 os momentos das aulas: atividades realizadas no inicio, meio e fim. (4º encontro) 15/06/10
Plano de aula

Disciplina envolvida: Geografia
Conteúdo: paisagem rural e urbana

Objetivo Geral:
Compreender as diferenças das paisagens rurais e urbanas.

Objetivos Específicos:
? Identificar as paisagens naturais e modificadas;
? Desenvolver os conceitos da paisagem rural da paisagem urbana;
? Analisar as diferenças das paisagens de acordo com seus aspectos sociais e culturais.

Estratégias:

? O desenvolvimento se dará primeiramente com a dinâmica, onde em círculo e subsidiados pela música "Asa Branca" de Luiz Gonzaga, as crianças fazem a trocas dos desenhos, com o objetivo socializar os desenhos elaborados pelos alunos.
? Leitura da carta do matuto de Luiz Laurentino, com finalidade de contextualizá-la com a vida cotidiana das crianças, bem como com o gênero textual carta que é muito utilizada no sítio.
? Apresentação de imagens no Power Point, com auxílio do recurso do Notebook, para mostrar e diferenciar as paisagens rurais e urbanas.
? Desenvolvimento da atividade em cartaz das paisagens rurais e urbanas.

Atividade:
Confecção de cartazes com paisagem urbana e rural.

Avaliação:
Dar-se-á através da participação das crianças ao confeccionarem os cartazes com as paisagens rurais e urbanas.

Relatório da atividade desenvolvida 01/06/10

Município: Canhotinho - Sítio Luz
Escola Maria Augusta Henrique Lira
Série: 2º e 3º Ano
Turno: Manhã
Horário: 7:30 às 11:30
Nº de alunos: 11
Data: 01/06/10


Dia quinze de junho do ano corrente, nós graduandas do curso de pedagogia da UFRPE/ UAG, Maria Aparecida Vieira e Karla Maciel, estavam na escola municipal Maria Augusta Henrique Lira, Canhotinho ? PE, para finalizarmos as regências necessárias para a nossa formação e atuação na Escola do Campo.
Iniciamos a aula regência, com o acolhimento no qual realizamos a dinâmica do desenho livre, que teve o auxílio da música de Luiz Gonzaga Asa Branca, que subsidiava a imaginação das crianças, já que falava sobre o conteúdo da nossa aula, à medida que a música parava, as crianças trocavam o desenho, até chegar a quem teria começado-o, quando o desenho chegou às mãos dos seus referidos donos, socializamo-los, com o intuito de perpetrar os conhecimentos prévios de cada criança.
Após a acolhida fizemos a declamação da Carta do Matuto de Luiz Laurentino, onde contextualizamos a vida cotidiana das crianças, bem como com o gênero textual carta que é o meio de comunicação mais utilizado pelos pais das crianças.
Conforme acontecia nosso diálogo, apresentávamos com auxilio do Notebook, imagens das paisagens rurais bem conhecidas por eles e das paisagens urbanas, nesse momento houve uma interação significativa, o que nos possibilitou uma prática pedagógica interacionista, pois estávamos representando os espaços geográficos do cotidiano deles, de acordo com a explanação e explicação sobre as paisagens, os meios de transportes, a diversidade cultural que há em ambas.
Realizamos a atividade de forma coletiva, dividimos a turma em dois grupos, para que esses confeccionassem dois cartazes, um que retratasse a paisagem rural e o outro a urbana. Ao término da atividade, percebemos que o cartaz com a paisagem urbana continha árvores, prédios, igreja, escolas e carros que provavelmente retratava a poluição do ambiente. Já o grupo responsável pela paisagem rural desenhou casas, rios e lagos com peixes, colaram objetos feitos com massa de modelar, tais como: cenoura, mamão, tomate, laranja, panelas de barro, flores, enfim... Tudo o que eles conceituaram que representava a agricultura (a produção) e a oligarquia (o barro no qual se constrói formas representando objetos e a vida).
Ao terminar a atividade os grupos apresentaram e socializaram sua produção com os demais e assim deu-se o término da aula.


4. CONSIDERAÇOES FINAIS

4.1. Aprendizagem junto à escola, o grupo de alunos e as aulas.

Os estágios que realizamos na modalidade da Educação do Campo, mais precisamente na Escola Maria Augusta Henrique Lira, foram de suma importância para a relevância do nosso trabalho pedagógico e conseqüentemente para nossa formação docente.
Estes estágios foram de grande valia, percebemos que essa modalidade não dispõe da assistência necessária, ficando e deixando as margens professores e alunos. Salientamos que toda modalidade têm suas especificidades, mas todas devem dispor de assistência pedagógica, essa que possa proporcionar aos alunos oportunidades para a aprendizagem eficaz, respeitando suas diferenças individuais e o seu ritmo de desenvolvimento, e infelizmente, não nos deparou com isso nessa sala. Por essa razão ressaltamos que os alunos não constroem seu próprio conhecimento a partir desse processo de educação no qual estão inseridos, a concepção tradicionalista é muito presente tornando o ensino totalmente mecanizado, ou seja, ditado de acordo com os princípios da professora em exercício, porém não os impede de aprender.
Destacamos que nossa atuação pedagógica nesta sala instigou-nos a preocupação com a importância e o respeito dos profissionais de educação para a contribuição no processo da educação básica, quanto ao nosso papel, procuramos disponibilizar, oportunizar e adequar nosso planejamento as atividades realizadas de acordo com o fluxo estabelecido pela secretaria de educação e imposto pela professora, entretanto atuamos com características diferentes da até então conhecidas pelas crianças, mesmo com dificuldades para realizar nossas atividades, procuramos buscar o que não víamos nesse contexto, que era a motivação, a valorização do potencial de cada aluno, olhando detalhes, comportamentos, pois todos se desenvolvem de maneiras diferentes, podendo estas serem até ser semelhantes, porém, nunca igual.
Ademais, ressalvamos que esses estágios foram bastante proveitosos, constatamos que as coisas variam sim de um lugar para outro e que nós somos responsáveis por mudanças, melhoria não apenas na Educação do Campo, como também nas demais modalidades de ensino.


























































































Autor: Maria Aparecida Vieira De Melo


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