Psicopedagogia na Terceira Idade



PSICOPEDAGOGIA NA TERCEIRA IDADE

Maria Natal da Silva Santos
Pedagoga pela UNASP
Psicopedagoga Clinica e Institucional pelo UNASP ? Campus de Engenheiro Coelho.
Docente na Educação Infantil da rede municipal da Prefeitura da Fazenda Rio Grande.
[email protected]


Resumo: Este artigo vai configurar parâmetros entre o desenvolvimento cognitivo do idoso, e suas metodologias aplicadas. Resgatando sua identidade e fornecendo a sua inserção social, introduzindo a sua historia contextual e reintegrando a sociedade com autonomia. Trata-se de pesquisa bibliográfica e de campo que vai de encontro com a realidade, a qual o idoso é exposto, considerando seu contexto sócio cultural e econômico.

Palavra-chave: envelhecimento, construção da aprendizagem, fatores históricos.

Abstract: This article will configure parameters between the cognitive development of the elderly, and their methodologies applied. Rescuing your identity and delivering their social integration, introducing its contextual history and reintegrating the society with autonomy. This bibliographic research and field that meets reality, which the elderly person is exposed, considering its socio cultural and economical.

Key-words: aging, construction of learning, historical factors.

Introdução

O processo de aprendizagem com o idoso visa reintegrá-lo a sociedade, dando autonomia a sua vida e criando historicamente um novo contexto, mediante procedimentos clínicos e metodológicos, cujos, pressupostos abordem um contexto subjetivo a sua realidade.
Construindo sua identidade histórica, pessoal e social e capacitando sua restauração aos nexos cognitivos e inserindo a uma realidade sócia cultural.
Desvencilhando dos processos de estigma e marginalização que atingem o meio social do idoso, através de atitudes universais que a sociedade reproduz, e de condições humanas precárias para a sobrevivência.
Além de preconceitos relacionados à etnia, modo de vida e expressão cultural, dentre outros atributos, das precárias condições de recursos intimamente ligados ao poder publico, que comprometem a escolarização, levando ao trabalho precoce e a margem da sociedade.
Nessa trajetória, o envelhecimento gerou pesquisas, que vem ganhando a atenção da sociedade, criando discussões técnicas ? cientificas que vem a legitimar essa transição demográfica, sociológica e econômica junto à maturidade.
Com essa transição epidemiológica e a escassez de recursos disponíveis na saúde publica e na economia, constrói-se a exclusão dos mesmos, a competitividade no mercado do trabalho e as mudanças estruturais de famílias.
Vem a fomentar o envelhecimento, concomitante a problemas sociais, como também, desenvolver metodologias de ensino que visem o atendimento clinica, e a inserção do idoso a sociedade.
Integram procedimentos que tem o propósito de atender a essa camada social, bem como envolver movimentos escolares e projetos, juntamente com os profissionais da área, voluntários e docentes com formações direcionadas a nova realidade do envelhecimento e sua expansão demográfica.
Esses profissionais servem de mediadores do processo de maturidade, cuja visão sócio-historico da humanidade tem variáveis em relação à transição histórica social, a essa epistemologia e seus mecanismos abordarão com amplitude metodológica.
Segundo GRINBERG, p.33, 2003 essas mediações da qual o homem se submete,vem a explicar o contexto bio-psico-socio cultural e suas relações, durante o processo maturativo, direcionando um novo olhar com diversas dimensões.
Dentre elas a capacitação de construir uma transição do processo maturativo ao cognitivo, que ao fim de sua árdua trajetória tornara o individuo consciente de seu papel na sociedade.

A transição entre a manhã da vida e o depois do meio dia da vida dá-se por uma transmutação de valores. Sem nenhuma preparação, os homens chegam a segunda metade da vida, de modo quase que imprevisto, pior ainda, atingimos o após meio da vida cheios de preconceitos, de idéias, verdades que eram ate agora nosso arsenal.

Carl Gustav Jung (1993, p.5) nos diz que "ora é impossível viver o crepúsculo da vida com a mesma programação da manha, pois aquilo que era tão importante, provavelmente será de pouca significação e a verdade da manhã será erro do crepúsculo."

Processos históricos relacionado ao envelhecimento

Segundo a sociedade moderna, o idoso é desprovido de responsabilidades, muitas vezes, tido como um ser inerte a realidade do mundo, sendo esquecido em casas de repouso, clinicas psiquiátricas, hospitais a margem da sociedade.
Vamos abordar um tema com abordagem múltipla, diante de uma sociedade moderna cheia de preceitos e preconceitos, a esse contexto social intrínseco na realidade humana, evidenciaremos em nosso trajeto a dificuldade do idoso e as barreiras que precisam ser vencidas.
A longevidade nem sempre foi tida como incapacidade, mas ao longo da historia obteve diversidade em seu relato, em Deuterônimo (cap.5, vers.16) in Bíblia Sagrada (1997) fica impresso que entre os 10 mandamentos se deve "Honrar o seu pai e mãe, de acordo com os mandamentos de Deus."
Assim evidenciando o poder de Deus e sua sabedoria, os gregos acreditavam que envelhecer os relacionava ao poder, como nos mitos gregos aonde o ser mitológico é poderoso, faz e desfaze de tudo e de todos.
Já na Grécia antiga, na cosmologia foi marcada por uma visão mística e folclórica, havendo uma dialetização do ser mitológico, concomitante a oposição da juventude junto à velhice.
Contudo, a sociedade grega teve transformações sócio-políticas, que romperam com a visão cíclica do viver e, conseqüentemente passaram a hierarquizar o poder com teorias do calor intrínseco, que principia a essência da vida, cuja velhice tende a lenta extinção.
Não diferenciando a era atual que define o idoso, como um ser desprovido de vontade, inerte a realidade humana, mas a ciência e suas novas tecnologias tendem a mudar esse conceito, concomitante as novas áreas que vem a mudar o contexto do idoso.
Secco (1999, p.220) nos fala sobre os vários estereótipos da maturidade e sua relação junto à era moderna e seus diferentes contexto, ele aborda uma organização sócio cultural, gerontocrática que vem a elevar a auto-estima do idoso transportando a uma inserção social.
A esse processo sócio-historico e que suas transições voluntarias, devem focar a identidade do idoso, remetendo a objetivos que visam empreender uma nova historia, Cora Coralina nos relata o seguinte "Estamos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo." (CORA CORALINA, s.p. 1965).
Com isso, ela nos evidencia que o maior aprendizado acontece, não somente dentro da sala de aula, mas durante a plenitude da vida e de seu aprendizado, onde o tempo é o nosso maior aliado e pior inimigo, é dele que temos relações e inter-relações.
Precisamos ver o sujeito e sua singularidade, evitando estereótipos e padronização, que servem somente para aumentar as diferenças sociais, e nesse contexto de aprendizado e mediação do conhecimento que a adaptação e seu processo de maturação, se transformam.
Para Secco (1999, p.220) "O ensino deve levar em conta as possibilidade e capacidades dos alunos sem responsabilizá-los pelo próprio fracasso".
Reconhecer o idoso como um ser social, e construir fatores que contribuam para sua cognição de conhecimento, mediante a sua capacidade lógica e inserindo a sua realidade.

Cartografando práticas e saberes

Ao fenômeno do analfabetismo no país, se consta dados alarmantes, no seu contexto vamos relatar, durante o processo e juntamente com o desenvolvimento de projetos, pesquisas e tecnologias que visam inserir o idoso a reconhecer sua capacidade cognitiva.
Historicamente, esses processos construtivos, se fizeram necessário, partindo da premissa de que o homem seja adulto ou criança deva conhecer sua língua materna, compreendendo seu contexto histórico.
Leme (1999) e Secco (1999) através de vários procedimentos distintos em diferentes períodos históricos abordam parâmetros relativos às rupturas do pensamento ocidental, que enfatiza as chamadas pré-medicinas e medicinas.
A elas cabe o papel de que o jovem deve cuidar do idoso, na Roma antiga, dois autores do campo médico: Ceulus Cornelius Celsus (10-37 d.C.) e Galeano (129-200 d. C.) salientam o auto-cuidado e a auto responsabilidade pela saúde do idoso.
O século XX se faz um dos principais vetores relativos a pesquisas e textos sobre o envelhecimento, com simetria existencial e teorias de resocialização, que intricam ao cientificismo positivista e suas transformações sociais, que objetivam a qualidade de vida, durante o processo de maturação e ao discurso da senescência, onde criam conceitos biológicos e fisiológicos que vem a discutir assuntos relativos ao aumento progressivo de idosos na sociedade.
Onde, há alguns séculos a sobrevida não passaria dos 30 ou40 e poucos anos, e na contemporaneidade essa idade avançou pra 70 ou 80 e poucos anos, com alguns chegando a um século de vida.
Mas, junto a esse aumento demográfico vão surgir outras abordagens e temáticas, com diferentes diagnostico, da epistemologia do envelhecimento.
A esse marco surge a geriatria e a gerontologia, onde a publicação do medico Ignatz Leo Nascher: The diseases of old age and theer treatments (1909) faz referencia sobre o envelhecimento e seu processo degenerativo celular.
Em seu trabalho descreve pormenores a diferenciação dos velhos, a partir da restrição do corpo, propondo a combinação entre o declínio celular interno e declínio físico externo, assim sua ação é caracterizada como comportamento mental fora do padrão.
Segundo Foucault (1988 p.20):

Lá onde a alma pretende se unificar, lá onde o Eu inventa para si uma identidade ou uma coerência, o genealogista parte em busca do começo ? dos começos inumeráveis que deixam esta suspeita de cor, esta marca quase apagada que não permite dissociar o Eu e fazer popular nos lugares e recantos de sua síntese vazia, mil acontecimentos agora perdidos.

Michael Focault (1988) nos apresenta o indivíduo como indispensável ao conhecimento, onde se estabelece critérios que julgam a cognição desse conhecimento, como necessária a sua coexistência.
Para que sua coexistência faça sentido, o idoso deve apropria-se do conhecimento, diante do pensamento e dos fatores de desenvolvimento, através de sua historia e sua identidade, evidenciando suas experiências.
Ao serviço publico e suas políticas econômicas consistem adotar competências e conhecimentos que lhes permitam explorar plenamente a capacidade do idoso, integrando-o ativamente a sociedade.
A essa contribuição e sua equidade se fazem necessário abordar praticas curriculares, bem como uma legislação que vá alem do saber e da saúde do idoso, propiciando uma comunicação de autonomia do desenvolvimento da inteligência.

Sociedade atual

Uma sociedade midiática que luta contra preconceitos, estabelecidos por ela mesma e que serve de referencia de uma sociedade cheia de ideologias, ética e morais que condicionam o envelhecimento a condição de inutilidade.
Partem de um principio, ultrapassado e de praticas teóricas que refletem tão somente uma sociedade estagnada, e que somente instrumenta a abordar os fatores problemáticos do envelhecimento.
Não procurando constituir uma política que integre o idoso a sociedade segundo o ministro inglês da Saúde, Ian Mac Leod, o aumento do envelhecimento é o Monte Everest da atualidade, com problemas sociais que devem ser discutidos a nível governamental, com uma integração, se, formulações e pré-conceitos, ampliando o cuidado com o idoso e compreendendo sua singularidade de existência dando a dimensão necessária, a explosão demográfica da maturação do idoso, bem como de suas necessidades.
A essa realidade social e cultural, a sociedade e suas tecnologias vem viabilizando a formação de novos profissionais, na área educacional e medica, as quais têm o envelhecimento como foco. Buscando interagir com as múltiplas adaptações do novo contexto do idoso, que visa qualidade de vida, enriquecer seu conhecimento cognitivo e compreender as novas tecnologias da vida moderna.
Portanto, a Gerontologia, Geriatria, Psicopedagogia, Terapia Ocupacional e outras tantas, vêm desenvolvendo pesquisas, projetos e texto que servem de embasamento para a expansão demográfica criada pelos idosos.
Uma das áreas mais promissoras do futuro, levando em consideração que a media de vida vem aumentando cada vez mais, e logo seremos um país de velhos, pois com a ciência e a medicina cada dia descobrindo novas tecnologias.
E elevando a longevidade com pesquisas nas diversas áreas distintas da medicina, descobrindo fatores fisiológicos e biológicos do desenvolvimento humano, que suscitam a mecanismos que possam elevar ainda mais a vida do idoso.
Ambos com interesse do estudo com acuidade, diante dos vários fios condutores da gênese humana e de seus processos psíquicos, com variação de mecanismos para a construção do corpo e mente saudável.
Na obra Elogios de Helena in Górgias (484-590 a.C) pode evidenciar bem os efeitos do corpo, quanto ao logos por menores que sejam o medo e a persuasão diante da onipotência do ser, cujo entrega do corpo marcado pelo tempo, como o grande tirano das duvidas do ser no processo de maturação.

O logos é um grande tirano, que por meio dos mais finos e invisíveis efeitos corporais efectua o mais divino dos efeitos: tem o poder de parar o medo e aliviar a do, e pode criar o gozo e alimentar a piedade (...). O efeito do logos sobre as almas é comparável ao poder das drogas sobre os corpos. Pois assim como diferentes drogas expulsam diferentes humores do corpo, e algumas põem fim à doença, outras a vida; assim também no caso dos discursos, alguns perturbam, outros causam deleite, outros medo, alguns tornam os seus ouvintes audazes, e outros têm o poder de drogar a alma e enfeitiçá-la com uma persuasão maligna. (GÓRGIAS, 484-590 a.C)

Controverso, e delicado tema, abordar a linguagem da vida do ser humano, a incontornável maturação do ser estabelecendo questões profundas entre a vida, infância, envelhecimento e morte do corpo.
A sociedade condicionada a aspectos fulcrais desta temática que envolve transformações sociais e culturais, perante conceitos que protagonizam uma visão comprometida, materialista e mecanicista.
A esse caráter de transformação continua e sua seqüência de noções epistemológicas do processo de desenvolvimento no ser humano, que se condensam as transformações notórias da aprendizagem do idoso.
Com contextualização metodológica e investigação do meio social, das dificuldades encontradas e da dissociação do pensamento e seus elementos, concomitantes as novas tecnologias de linguagem.
"Um animal que confia nos instintos não confia na aprendizagem e vice-versa". (RIDLEY, 2004, p.131), a essa transformação clara e simples da desmistificação do processo de maturação e seus conceitos biológicos e simplistas. Um de ordem funcional e o outro do processo de transformação do jovem á o envelhecimento natural do corpo, seu paradoxo que implica a diálogos que caminham para a saturação, que não sustenta por si só.
Segundo Sheakspare, o homem possui sonhos e todos são feitos da mesma matéria de nossos sonhos. E o sonho de respeito aos idosos deve se transformar em ações reais, que buscam uma trajetória pragmática, que valorize a memória do mesmo.
Perante a um quadro estagnado e cheio de reservas, onde são generalizados dilemas sórdidos, bolsas vidas ou sem vidas, que atingem a camada social, dinamizando e enfocando paralelos que permeiam a problemática do envelhecimento.
Diante desses meios contemporâneos a propagação demográfica existente, vem crescendo abruptamente, derivada de arquétipos que exprimem a necessidade de projetos e metodologias governamentais.
Portanto, a sociedade tem a percepção que os meios sociais, tecnológicos e de comunicação devem se envolver com a temática do envelhecimento, considerando o contexto sócio-historico.
E viabilizando uma concepção reflexiva, acerca da realidade em que o idoso vive,superando as expectativas a qual a sociedade o condiciona. Contando com o incentivo da família e de profissionais que fornecem um envolvimento articulado, nos diversos campos da área da longevidade.
Disponibilizando segmentos contínuos que socializam o idoso, com uma visão democrática de sua própria cidadania e de seu papel dentro da sociedade, comunidade e família.
Processo de maturação

Sobejando impedir a ?antropoemia genocida ou etnocida? que ilustra o preconceito junto ao idoso, relacionando-o ao ócio da longevidade, impedindo sua transmutação etimológica do conhecimento.
Devemos voltar ao resgate social do idoso, possibilitando o seu acesso ao processo de ensino-aprendizagem, e fornecendo condições que possam articular o enfrentamento as condições precarizadas, a qual vive essa camada social da população.
Assim, com iniciativas governamentais, não governamentais e da sociedade, pressupõe uma universalização, com serviços sociais, entre outros que venham a superar as adversidades de exclusão do idoso.
Para Foucault (1988, p.20) "O sujeito é indispensável ao conhecimento julga e estabelece critérios" ao individuo cabe o discernimento do processo natural de maturação do ser humano.
A longevidade vive a margem da sociedade e de seus processos de supervalorização estética, onde a trajetória e o objetivo se contradizem,dando espaço ao superego humano, e suas teorias ideológicas.
Que encontram, mediante ao egocentrismo e o individualismo um detrimento da realidade coletiva rica em valores humanísticos e num paradoxo estigmatizado, pela sociedade capitalista.
A esse paradigma, associado a processo de longevidade e as relações, cuja discriminação esta imposta nos diversos âmbitos da sociedade, e referida ao processo de maturação natural do homem.
Diante desse quadro de crise social e ética, a sociedade delineia dividida entre as limitações do corpo e a coerência da experiência, a figura do ?velho? conceituado como estagnada e revertida entre discriminatória, vem a dialogar com o modelo social, que caminha para a saturação não se sustentando por si só.
Coexistir aos fatores biológicos que envolvem o processo de maturação, e suas estruturas de sistemas orgânicos e fomentando a realidade do corpo, que leva o individuo e seu corpo ao declínio natural.
A esse processo da natureza e ao seu contexto evidenciamos propostas, conceitos e textualizações que visam qualificar a longevidade do idoso.
Considerando os pontos consensuais do texto, analisamos que o melhor processo de maturação é aquele que aponta o idoso, como um ser intelectual e capacidade de discernir sobre a realidade em que este inserido.

Fisiologia do envelhecimento

Desafiar a natureza do corpo, a passagem do tempo ou o acumulo de eventos biológicos, são fatores que a ciência e as novas tecnologias vêm desenvolvendo para promover uma realidade que objetive a qualidade de vida.
A essas habilidades as novas tecnologias e a áreas funcionais do organismo, o processo vem beneficiar o envelhecimento, proporcionando melhorias nos aspectos, cognitivo, psíquico e físico, favorecendo ainda mais a longevidade. Contribuindo para que o idoso se adapte a sua nova condição possibilitando melhorias no âmbito social e contemplando ao indivíduo ambicionar sua independência funcional, pois, no processo fisiológico do corpo a conseqüência mais freqüente é a perda de massa muscular ou sarcopenia, entre outros relatos como a miopatia e a neuropatia alterando o sistema fisiológico do corpo em decorrência da diminuição de atividades físicas.
Alem, desses distúrbios freqüentes o idoso pode se acometer de doenças como a depressão, cujo distúrbio se relaciona ao humor, a humanidade cada vez mais abrange perturbações que se transformam em distúrbios ou transtornos.
Resultantes do estresse cotidiano, e de dificuldades, a temática não envolve somente o idoso, mas outras faixas etárias, á pratica clinica vem a designar metodologias que agem como órgão facilitador, do diagnostico.
Ela engloba boa parte da população com quadros de diagnósticos diferenciados, a essas disfunções neuropsicológicas e psicomotoras os profissionais da área, vindo a realizar variáveis integrações biopsicossociais.
Fonseca (1995, p.182) vincula uma "autonomia emancipatória que se expande aos indivíduos sociais, apontando para uma trajetória que garanta que o individuo sua plena realização".
Substancialmente alterando processos padronizados e incluindo capacidades adquiridas, ao longo do tempo, assim não comprometendo sua acuidade social, nem diagnosticando erroneamente ao seu processo maturativo.

Fatores etiológicos e biológicos referentes ao envelhecimento

Alguns de ordem social e outros de ordem socioeconômica ou privação cultural, entre eles devemos citar os de fatores etiológicos sociais, que se relacionam a carências afetivas, sub-condições humanas que vem a dificultar as relações.
A essas dificuldades aferidas, o homem escolhe formas de agir, com ética e estabelecendo critérios para embasar suas ações. Segundo Barreto (1981, p.42) "assim o espaço de liberdade do homem esta firmado na ética, pois o homem pode escolher as melhores formas de agir baseados nos valores que se estabelece para si mesmo".

Metodologia

Esta pesquisa está classificada nos critérios de pesquisa bibliográfica para o embasamento teórico. Partindo da pesquisa realizada, os dados foram analisados a partir de leitura crítica e redação dialógica dos autores apresentados e pesquisa de campo realizada no Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos na região do CIC, em Curitiba e no EJA - Educação de Jovens e Adultos na Fazenda Rio Grande na Instituição Escola Municipal 26 de Janeiro.

Caracterização da pesquisa de campo

Em ambas, instituições educacionais a motivação do adulto ao retorno a sala de aula é, a baixa instrução em conseqüência da exclusão social.
Na primeira instituição a metodologia do conhecimento que prevalecente, principia-se na cognição pré-existente do educando, enquanto que na segunda instituição trabalha-se com a metodologia Paulo Freire utilizando-se de temas geradores.
As dificuldades do cotidiano diário, juntamente com a evasão escolar encontrada nos estabelecimento de ensino são fatores que dificultam o retorno do adulto a escolarização.
Na rede educacional do CIC, não existe um trabalho voltado somente à alfabetização, porém, na região da Fazenda Rio Grande a escola possui o Projeto Luz das Letras e a Educação Inclusiva.
Que proporciona ao educando uma alfabetização, concomitante a realidade que vive e partindo da premissa de temas geradores.
Nesse sentido o educando vai de encontro com sua realidade, onde encontrara dificuldades, junto à memorização, pois ao final de sua jornada de trabalho, ainda encontra forças para sala de aula.
Por isso, os docentes da Escola Municipal 26 de Janeiro introduzem rodas de conversa, aonde os temas geradores vão de encontro com as praticas educativas do estabelecimento.
Construindo uma realidade diferenciada a alfabetização infantil, e explorando as experiências que cada educando possui.
Assim esse envolvimento interativo a educação, baseia-se em ação - reflexão e ação.
Com o intuito de inserir o educando a sociedade, e fomentando projetos que almejem a geração de renda do mesmo.
Portanto, principiando a sua inclusão social, democrática e intelectualmente com qualificação profissional e reconhecendo sua cidadania.

Considerações finais

A longevidade veio a fomentar novos conceitos, sobre o envelhecimento diagnosticando dificuldades cognitivas e afetivas, que na grande maioria dos eventos estão relacionadas a conceitos históricos constituídos, por uma sociedade obsoleta e midiática.
Com o crescimento maturativo do individuo constrói ações reflexivas, que começam a ir de encontro à identidade de uma nova sociedade, que priva por estabelecer sistemas políticos.
Que visam a suprir as carências do idoso, com metodologias de aprendizagem, condições de subsistência e relações afetivas.
Enquanto, que a ciência e suas novas tecnologias desenvolvem técnicas para que cada vez mais o adulto chegue à longevidade.

Referências bibliográficas

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GOLEMAN, Daniel. Inteligência social: o poder das relações humanas. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 2006.
GRINBERG, Luiz P. Jung: o homem criativo. São Paulo: Ed. FTD, 2003.
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Autor: Maria Natal Da Silva Santos


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