MEU AMOR EM OUTRO PLANO




Firmina, o meu abraço companheira, amiga e irmã de tantos anos de convivência em comum. Não foram dias, nem meses, mas um desenrolar de anos em que juntos, em momentos ora alegres e tristes aprendemos juntos a amar a nossa família, a desenvolver um pelo outro e aos filhos e demais familiares uma atitude de respeito e muita fraternidade recíproca.
Voltei á pátria espiritual no prazo estabelecido e devo dizer-lhe e a todos os nossos que não é fácil realmente no primeiro momento, há muita desorientação e confusão em nossa mente e o medo de não ver os familiares que ficaram para trás, talvez seja o pior para quando aqui chegar mesmo conhecendo um pouco da doutrina, aí de mim se não tivesse meus poucos conhecimentos do que nos ocorre ao desencarnar, eu me abalei bastante.
Agradeço a presença de outros familiares que aqui veio receber-me em meu transe tão difícil ao qual eu relutava em aceitar o fato que já a evidente para mim. Vendo o desespero de quantos me cercavam o corpo que não respondia aos apelos do coração, senti-me morrer de novo. Parecia que o coração, agora ameaçava destrambelhar-se todo. E eu me agarrei em desespero as nossas preces conhecidas desde a infância e feitas em nosso lar.
Vi-me aliviado, tranqüilo e sonolento sendo amparado por aqueles a quem eu aprendi a respeitar e a valorizar as opiniões; o seu pai Gervásio e a querida sogra Claudimira, ambos ao meu lado, juntos outros familiares, e alguns espíritos desconhecidos, solicitaram-me que eu entrega-se ao sono que me refaria as forças e me ajudaria a clarear as ideais.
Hoje aqui estou e estou muito bem, dentro das minhas limitações de aprendiz. Estou estudando e aprendendo a ter mais paciência, a ser mais prudente comigo mesmo procurando policiar-me o máximo, pois aprendi que, na verdade somos nós, somente nós, que preparamos o nosso lugar aqui, dependendo dos méritos ou não que já conseguimos alcançar. Soube e estive por perto no momento da partida, ou melhor, dizendo do retorno da nossa Natalia há que está aqui irradiando alegria por não se encontrar mais tão enfermo, mas ainda em recuperação em um leito de hospital. Já estive com ela e conversamos por certo tempo onde colocamos parte de nossos anseios e dúvidas para fora. O nosso Célio também está se recuperando e ainda não pude visitá-lo, mas disseram que em breve ali poderei comparecer e aguardo tal oportunidade com ansiedade para que eu possa se for preciso, ajudá-lo a se equilibrar mais rápido.
Querida Firmina e o nosso lar? Sei de suas lutas, dores, preocupações, enfim das imensas dificuldades que você tem passado. Espero sempre que Deus o permita ajudá-la e aos nossos filhos e familiares. Não sei muita coisa, tenho pouco a oferecer á vocês, aliás, há muito que só tenho recebido, mas assim que Deus me permitir eu no nosso lar estarei tentando, se me for permitido ajudá-los. Em quanto tal não acontece, eu me dedico a algum trabalho em prol do socorro aos que aqui chegam enquanto me preparo para desempenhar outras funções que ainda não foram definidas.
Só posso rogar ao pai que derrame suas bênçãos, sua benção e proteção sobre todos vocês a quem amo tanto e aquém devo tantas manifestações de carrinho e amor. Sinto falta de você, ao meu lado, pois com você aprendi muito e recebi tanto; só posso dizer-lhe que sou eternamente agradecido por tudo que de você recebi e pelas experiências de vida que juntos vivemos e que se nada posso fazer mais ostensivamente para retribui-lhe meu amor e agradecimento. Rogo em minhas orações por todos vocês e a você em particular.
Do seu esposo que não a esquece Balduino.





Autor: Dhiogo José Caetano


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