E o que eu ganho com isso?



Vamos pegar um exemplo bem comum que acontece conosco todos os dias: 11 horas da manhã e bate aquela fome. O estomago avisa ao cérebro:
- "To com fome"
O cérebro passa então a usar um filtro, uma idéia que não sai da cabeça de jeito nenhum em todas as suas atividades: "preciso arranjar comida".
Mas o cérebro tem outras coisas para fazer, então ele deve, por exemplo, ir para uma reunião na sala ao lado, mas o filtro continua (preciso arranjar comida), quando passa pela bandeja do café o cérebro já processou todas as informações e já pegou um café que agora está aplacando a bendita fome!!!

Entendido o processo básico vamos avançar em nossa jornada.
Imagine que está caminhando e quando vira a cabeça para o lado vê um bolo de chocolate com cobertura (pode ser um cervejinha com fritas!), do jeitinho que você gosta. Seu olho envia a imagem para o cérebro e em frações de segundo essa imagem se associa a milhares de pequenos problemas que o cérebro processa e envia para diferentes áreas para chegar a uma conclusão se come ou não o bolo (ou as fitas!).
Vamos destrinchar o processo:
O olho vê o bolo e imediatamente chega com a imagem, o cheiro e o gosto do bolo para uma parte específica do cérebro encarregada pelo sistema de recompensa: o córtex orbito-frontal.É é ele que registra as informações positivas que estão ligadas às coisas que você gosta, que o fazem sentir-se bem)
1. Tenho dinheiro? Resposta: sim
2. O produto está fresco? O cérebro manda perguntar à atendente e você faz isso! Resposta: é de hoje
3. O cérebro pondera: e as calorias a mais? E vem a resposta: amanhã eu perco na academia - problema resolvido
4. O cérebro manda você pedir um pedaço, você obedece!

Honestamente, você não deve estar nem um pouco preocupado com a maneira pela qual o seu cérebro decide se come ou não um pedaço de bolo, não é?

Mas e se eu lhe falar que é dessa maneira que você acaba comprando um novo celular ou um novo computador, ou um carro caríssimo?
O sistema de recompensa do córtex orbito-frontal não é lá muito inteligente, ele processa apenas a recompensa e não "o preço" emocional, social ou monetário, por exemplo. Ou seja, ele não se preocupa se você tem ou não dinheiro para pagar a conta. Ele não quer nem saber se uma atitude sua magoaria ou não alguém, ele busca apenas a recompensa, a sensação momentânea de saciedade física, ou emocional. Nada além disso.

Mas o que acontece quando todas as outras informações são encobertas por um desejo de satisfação imediata?

Imagine uma pessoa que insulta outra pessoa via sites de relacionamento na Internet busca a recompensa de sentir-se bem, ou superior, ou vingada

Imagine um chefe de família que compra um carro muito caro e desnecessário buscando poder, aprovação social, etc.

Imagine um adolescente que quer porque quer o último modelo de celular não porque o dele não funcione, mas para impressionar os amigos.

Imagine uma mãe que grita com os filhos, pois o gritar lhe acalma...


Sabendo como funciona podemos tentar controlar estes desejos e este sistema de recompensas, pelo menos pensaremos duas vezes antes de cometer um desatino qualquer. Nosso cérebro funciona quanticamente, ou seja, muitas informações são processadas em diversas áreas simultaneamente e como se diz na Neurolinguística , quando há confusão ou indecisão estamos progredindo, pois já temos todas as informações, agora basta organizá-las.

(Para corrigir este monte de desejos que não tem fim,e não nos levam a nenhum lugar, só há um meio: visite: www.kabbalah.info)

Autor: Andie Sheppard


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