A justiça com os próprios dedos



A justiça com os próprios dedos

Muito oportuno a visão de alguns dos entrevistados pela Folha News, em matéria abordando o projeto "Ficha Limpa". Pelo instrumento é esperado que, já para essas eleições, seja reduzido o número de políticos de caráter duvidoso transitando impunes pelos corredores da democracia, na busca dos votos do eleitor "desavisado". O olhar bandido também vai mirar àquele eleitor que se deixando corromper apresenta conduta igual a do político ficha-suja, tornando visível que o caráter dessa espécie de eleitor não é menos duvidoso que os de seus escolhidos.
Oxalá não permita vitória nem a um nem a outro, e punição aos dois. Porque de ambos se faz e se dá continuidade a toda bandalheira nacional, triste e trágico histórico que é perpetrado nessa Nação. Do eleitor, são o direito e o poder decisivo de condenar ao limbo político as assombrações públicas malfazejas, que dão tanto prejuízo à vida do País. Suas aparições nefastas na mídia desenham o que elas colaboraram e produziram para moldar o quadro de podridão e imoralidade ao meio em que vivem.
Transformam em pocilgas cargos e posições que deveriam ser mantidas com orgulho e respeito. Postura dos idos tempos quando honestidade era virtude, sendo passível de severa punição os agentes públicos cujas testas e currículos trouxessem a marca denunciadora da falta de caráter, acrescida de um histórico de banditismo com a coisa pública. Tudo o que hoje é traduzido na frase "malufesca" do ?rouba, mas faz?. Tudo muito nojento.
O projeto "Ficha Limpa" é um dos muitos artifícios para proteger o eleitor justo e integro do político que faz oposição a esses dois bons princípios, e outros da mesma ordem. Porém, e sabendo que a lei ? falha como o homem que a faz ? não está descartada a possibilidade de ocorrer de ? por conta de um furo maior na peneira ? vir a cair sujeira no processo eleitoral, com políticos de conduta inidônea "escorregando" para o pleito eleitoral, próximo.
É verdade ? juristas e causídicos podem e devem replicar ? que o Brasil dispõe de bom sistema de leis. Mas, se contrapondo aos muitos benefícios do aparato jurídico, destinado a defender o cidadão de bem de presenças maléficas e malignas à sociedade, o mesmo tabernáculo da jurisprudência também apresenta brechas, possibilitando que corpos estranhos a tudo o que é moral, limpo e puro, passem o vírus da imundícia no ético, transparente e benigno: um ataque que apodrece todo o sistema.
No dia 3 de Outubro ? que já bate à porta ? que se faça e se cumpra a lei com todos os seus predicados, peso e vigor, sobre os que andam à sua margem. Porque do voto errôneo acarreta-se à sociedade todos os fardos negativos, vindo ao chão todas as oportunidades e anseios pelas sonhadas melhorias e mudanças benéficas.
O eleitor deve pensar nisso. Ter a exata noção que na hora de votar é dele, e está com ele, o poder de fazer justiça com os próprios dedos. Fazendo isso de forma errada, vai continuar a esperar a Justiça aos brados e aos prantos, ação feita comumente em todos os cantos desse País.




Autor: Valmir Barros


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