INOVAÇÃO: Como ela é.



Introdução

No mundo dos negócios contemporâneo em que a inovação tem se apresentado como o fator decisivo para as empresas vencedoras no mercado, tem-se visto varias tentativas de explicação da inovação, algumas por meio de trabalhos científicos sérios e outros pela forma de sensacionalismo. A abordagem deste estudo pode ser considerada uma abordagem alternativa ao que se tem visto, pois ela enfatiza a familiaridade das organizações com as pessoas de uma forma mais geral, em que as aplicações decorrentes da inovação se repetem só que em escalas diferentes.

1- Como o que acontece com as empresas pode ser visto em menor escala nas pessoas

Pode-se perceber duas coisas com relação à inovação. Primeiro que algumas pessoas são inovadoras, e segundo que as outras são apenas seguidoras, sendo que as empresas tendem a se comportar da mesma maneira.
Efetivamente homem em seu processo de evolução como espécie se deparou com momentos em que as circunstancias o levou a tomar medidas que por definição objetivavam quebrar o paradigma existente, quero dizer, utilizar-se de objetos e processos novos que culminariam preferencialmente na substituição do modelo anterior, como por exemplo a criação da roda, invenção da energia elétrica, do computador etc. Este novo modelo de objeto ou serviço ou processo - a inovação - tenderia a substituição gradual do modelo existente até então.
Assim este fato é comum as pessoas - socialmente - nas empresas o mesmo pode ser visto. Aceitando que o homem vive com e para a empresa, pode-se aceitar que o comportamento geral de uma empresa e parece com o comportamento individual de uma pessoa. Isto pode ser confirmado pelo conceito de geometria factral que significa a repetição de padrões geométricos em escalas diferentes revelando versões menores de si mesmas (ver Taleb 2009, pp. 321).
Estas unidades produtivas desempenham papel de propulsoras da inovação - evidentemente no caso de empresas inovadoras. A inovação quando gerada e percebida no mercado toma uma forma singular na questão de expansão e utilização pelas massas de consumidores de determinados segmentos da economia, podendo ela ser considerada a parte maior, e logicamente e as pessoas que trabalham na empresa podem ser a repetição em menor escala desta mesma empresa inovadora como ocorre no conceito de geometria factral.

2- A inovação, a empresa e o papel do inovador

No entanto este artigo pretere a observação das inovações geradas a partir do "marco zero", quero dizer, iniciadas por meio da inexistência de regras pré-estabelecidas ou de forma categórica, baseada em padrões aceitos amplamente no mercado. Isto reflete que o portador da capacidade de inovação, e somente se for assim, deverá ele mesmo seja por meio da formação de equipes ou por meio do desenvolvimento de habilidades próprias que lhe permitam transpor a barreira do "existir" e do "ser aceito" pela massa de compradores em potencial, caso contrario esta empresa não poderá ser considerada uma empresa inovadora e todo o conceito explicado acima não pode ser aplicado.
Não se trata só de custo de oportunidade, pois o inovador sabendo que sua descoberta transformará para sempre o que existia este deve saber lidar com a defesa do estatuos quo por parte das pessoas e empresas avessas a mudanças. De forma geral a possibilidade de ocorrência de uma mudança derivada ou baseada em uma inovação causa certa renitência nas pessoas.
Porém o papel do inovador individual ou da empresa inovadora é garantir seu lucro de monopólio de curtíssimo prazo, este efeito pode ser representado pelo nível de utilização da inovação, que inicialmente será utilizada por poucos, mas que no decorrer da expansão do seu uso atrairá mais e mais consumidores até o momento em que este numero de usuários começará a cair até o ponto de não utilização, ou por uma parcela insignificante de usuários.
Por vezes, considerando o senso comum, a tendência após uma inovação se consolidar no mercado é a de que varias outras empresas venham a copiar a empresa inovadora participando dos lucros do setor. Por isso acredita-se que o individuo ou empresa que inovam são importantes no inicio do processo. Porém tal afirmativa ignora que uma inovação pode acontecer em outras esferas além do produto.



Conclusão

Portanto, levando em o exposto, pode-se concluir que a inovação é um reflexo ou extensão nas empresas do que ocorre com as pessoas e que os benefícios derivados de tal situação são inegáveis.

Bibliografia

Andrew, James P.; Sirkin, Harold L. (2008). "Payback: Como conquistar o retorno financeiro da inovação". Harvard Business. Actual: Lisboa.
Kim, W. Chan; Mauborgne, Renée A. (2005). "O Valor da Inovação". Campus: Rio de Janeiro.
Mandelbrot, Benoit; Taleb, Nassim Nicholas (2006). "A Focus on the Exceptions That Prove Rule". Mastering Uncertainty:Financial Times Series.
Mcafee, Andrew; Brynjolfsson, Erik (2008). "Diferença Competitiva". Harvard Business Review. Segmento: São Paulo.
Mcdonough III, Edward F.; Zach, Michael H. ; Lin, Hsing-Er; Berdrow, Iris (2009). "Integrando a Inovação e o Conhecimento na Estratégia". Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão. FGV/ISCTE: Lisboa.


Autor: José Chavaglia Neto


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