Não passe dos limites!



NÃO PASSE DOS LIMITES


Não removas os limites antigos que teus pais fixaram. (Pv 22.28)

Segundo o dicionário, limite "é uma linha que marca o fim de uma extensão". Podemos dizer também que é o ponto onde algo começa ou termina.
Onde há um limite fixado, não deve haver uma opção de escolha de mudança, do contrário, tudo se torna relativo, e nada do que tem sido estabelecido, se tornaria concreto.
Podemos levar Pv 22.28 para além do campo físico e principalmente para os limites impostos pelos conceitos morais e espirituais dados ao povo de Deus, desde o inicio da história bíblica até os dias de hoje.
São princípios e valores de Deus para o homem, altamente saudáveis, e que geram vida aos seus possuidores.
O livro de Provérbios foi escrito pelo sábio rei Salomão com o objetivo de levar os filhos ao conhecimento da sabedoria e da instrução, para entenderem as palavras da prudência, para receberem a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a eqüidade; para dar aos simples, prudência e, aos moços, conhecimento e bom siso. (Pv 1.1-4)
Embora as escrituras apresentam homens e mulheres que serviram a Deus de forma intensa, notamos também que muitos dos filhos de Israel incluindo os próprios filhos do sábio rei Salomão, não permaneceram dentro dos limites morais e espirituais, estabelecidos por Deus através das leis, dos profetas e dos Patriarcas da nação.
As gerações dos Israelitas que saíram do Egito com grande demonstração do poder de Deus, rapidamente, deixaram os limites dado a seus pais (Jz 2.7-12), levando as gerações seguintes, por diversas vezes, de volta a escravidão, sendo também, removidos da terra herdada para servirem de escravos a outras nações, tornando Jerusalém província de Babilônia (Ne 1.2-4) e com isso perdendo os privilégios das bênçãos prometidas ao patriarca Abraão por falta de crer nos limites estabelecidos por Deus.
Sansão que por causa dos prazeres carnais deste mundo, desprezou as instruções de seus pais, desprezou a sua condição de nazireu e se entregou voluntariamente ao pecado, perdendo com isso a sua grande força (que era a presença de Deus sobre a sua vida), sendo entregue para ser desprezado pelos inimigos, tendo seus olhos furados e se tornando um palhaço de circo de seus inimigos.
São os loucos que desprezam a sabedoria e a instrução. (Pv 22.7)
Poderíamos citar ainda inúmeros casos registrados nas escrituras sobre isso, mas temos que reconhecer também, que a atual geração de crentes, em plena dispensação da graça, debaixo do poder e ministério do Espírito Santo e que esta as portas da volta de Jesus, também, de forma irresponsável, tem removido e desconsiderado muitos dos limites, princípios e valores ensinados e emanados da Palavra de Deus.
O individualismo e a independência moral e espiritual, pertencentes a este mundo, têm invadido nossos lares e nossas igrejas de forma muito sorrateira. É a falsa moralidade, a hipocrisia dos bons costumes, a religiosidade da aparência, a conivência com o pecado, as vantagens da aproximação com o governo e a política, a falta de tempo, a falta de interesse na resolução de problemas e uma série de outros fatores que afastam a igreja do centro da vontade de Deus e a expõe aos perigos das teologias neoliberais da facilidade e do comodismo do presente século.
É o cumprimento profético de Mateus 24.12 que diz que nos últimos dias, por causa do aumento da iniqüidade, o amor de muitos se esfriaria.
A incorporação e conservação de valores e princípios, alicerçados na palavra de Deus, é um dos maiores desafios para a atual geração de salvos, pois esta, tem diante de si, um exagero de informação, opções e facilidades, que confundem o entendimento, exploram os desejos do coração enganoso, tentando submete-lo aos prazeres momentâneos deste mundo.
A não observância dos preceitos divinos relacionados à conduta do crente em relação a Deus, a família, a igreja, ao trabalho, a sociedade e ao governo, geram problemas terríveis para todos os que o cercam. É a rebeldia a Deus que sempre foi e sempre será pecado a luz da bíblia, se igualando em termos de relevância ao pecado da feitiçaria. (1 Sm 15.22,23)
A rejeição aos princípios e valores divinos, não é algo brutal que ocorre de repente. É um processo gradativo e voluntário, o qual pelas misericórdias do Senhor pode ser interrompido antes que chegue a um ponto de difícil retorno.
Entre aqueles que saíram do nosso meio, que abandonaram o barco da salvação, podemos observar alguns pequenos mas perigosos fatores que os levaram a isso. São eles:
A conveniência própria: que consiste em proteger a si mesmo de qualquer tipo de desgaste. A pessoa que age desta forma, busca proteção para si em detrimento da verdade, chegando a omissão da verdade e por fim, o levando a mentira;
A influência dos amigos: a escolha de amigos tem que ser alvo de muita atenção, pois certas conversas não edificam, induz ao pecado e influenciam a opção de escolha com conceitos deste mundo.
A absorção dos costumes do mundo: é a aceitação gradativa do estilo de vida baseado no materialismo e aparência deste mundo. É a socialização "educada" com aqueles que dominam a sociedade com seus enganos, é a desculpa de que é "apenas" um copo de cerveja, é uma roupa mais decotada que não tem "nada de indecente", é uma graçinha para "agradar" a secretária, é um "presente" significativo para o comprador do seu produto, e outras práticas como essas que seduzem com a história de que não tem nada a ver.
A opção pelo caminho mais fácil e largo: é a escolha nas diversas circunstâncias da vida da opção pelo mais fácil. Há caminhos que ao homem parece direito mas o fim deles são caminhos de morte (Pv 14.12). O profeta novo de 1 Rs 13 se deixou enganar pelo profeta velho, logo após ter sido usado tremendamente por Deus, e com isso foi morto por um leão.
O discipulado ordenado por Cristo (Mt 28.19) consiste em suma, no ensino de princípios e valores que apresentem limites aos filhos de Deus, que apontem para a porta estreita, que os mantenham no centro da vontade de Deus e que os conduzam à salvação.
A liberdade que Cristo nos dá é para sermos livres do domínio do pecado e sermos santos em toda a nossa maneira de viver. A santidade não é um título, mas sim, uma conseqüência da opção de escolha contínua na vida do crente. É uma maneira de viver debaixo da graça. É a opção pela submissão a Cristo. É a liberdade para depender de Deus em tudo.
A carne pecaminosa herdada de Adão, representada pela vontade humana, rejeita a instrução e deseja alimentos agradáveis à vista e bons de se comer, seja a que preço for. È a facilidade da opção de escolha sem o respaldo da responsabilidade e do investimento de tempo. Não podemos nos esquecer que o homem é insaciável em seus desejos.
O homem segundo a natureza de Adão, descarta tudo aquilo que não lhe agrada, levando uma vida baseada no gosto ou não gosto (o que há luz da psicologia humana é uma característica própria de criança, pois aquele que é adulto considera em suas escolhas o que pode ou o que deve de ser feito e não o que gostaria de fazer)
Uma pessoa sem princípios, é infantil em suas decisões e atitudes, sendo também irresponsável e alheia às conseqüências de seus atos e decisões, principalmente com aqueles que a ama.
A incorporação de princípios e valores na vida de qualquer pessoa (crente ou não), é um processo que dura a vida toda. Desde os primeiros momentos de vida, onde o bebê aprende com certo sofrimento que tem hora de comer e hora de dormir, até a sua velhice que o ensina sobre os limites de todo ser humano.
O diferencial entre o crente e o descrente é que o segundo, cresce fugindo da dor e buscando apenas aquilo que simplesmente lhe causa prazer não se importando muito com as conseqüências de suas escolhas e não tendo como os filhos de Deus, a ajuda do Espírito Santo nas duras escolhas que fazemos diariamente, de negarmos a nós mesmos e carregarmos a nossa cruz.
O enfoque deste mundo é para o sucesso individual, é a busca de uma auto-estima elevada, é o poder atraindo a todos, é a fama e a fortuna que todos almejam, é a busca da excelência e do reconhecimento que na verdade, só causam muitas dores e sofrimentos. (1Tm6.10)
Mas o foco do salvo é a vida eterna que está em Cristo, em permanecer nEle, em vencer, em resistir às tentações, em descansar em Deus, em negar-se a si mesmo, em perder para ganhar, em morrer para viver, e tudo isso, é loucura para o homem natural.
Não é a toa que o Apóstolo Paulo nos instrui a desenvolvermos a nossa salvação (Fp 2.12-16), pois o crescimento de um indivíduo em Deus não é instantâneo e nem esta livre de problemas, como querem afirmar alguns teólogos da prosperidade.
Desde o seu nascimento em Cristo até a sua partida (seja pela morte ou arrebatamento) terá sempre a participação ativa:
? Da Palavra (Jo 15.3);
? Do Espírito Santo (Jo 15.26, Rm 8.26);
? Dos Pastores e obreiros que o Senhor tem colocado com autoridade e os capacitado para o aperfeiçoamento da Igreja (Ef 4.11-14, Tt 2);
? Dos irmãos em Cristo (Pv 27.17;1 Jo 5.16; Mt 18.15-18, Tt 2.3-5);
? Da família (Ef 5,6); e,
? Das circunstâncias boas e até mesmo das circunstâncias mais difíceis (Rm 8.28).
A não subordinação a estes instrumentos de Deus é a causa da existência de vários problemas dentro da igreja e a razão da permanência de muitos crentes na mediocridade de uma vida cristã de aparência, de maus testemunhos e que não produzem bons frutos.
A ausência de líderes e irmãos em Cristo, maduros, experimentados em Deus e com amor sincero pelas ovelhas, também é um fator que tem deixado muitos frutos apodrecerem. Não são raros os casos de adultérios envolvendo pastores com esposas de membros que vieram lhe pedir ajuda.
Cabe então ao Cristão, obedecer e estar sempre atento a estes fatores, para que suas escolhas sejam baseadas em princípios e valores que não estejam à mercê da sua própria vontade, pois, a obediência e a submissão a Cristo e às autoridades constituídas por Deus, mesmo que não sejam agradáveis no momento, produzem maturidade cristã.
Os que não estão sujeitos a isso, correm o risco de serem bastardos, pois o ensino e a correção fazem parte da vida de todos os filhos de Deus, que nos corrige porque nos ama. (Hb 12.5-11)
O Ensino nos aponta o caminho e a correção, nos trás de volta ao centro do caminho.
"A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe." (Pv 29.15)
Quando nascemos em Cristo, somos comparados a uma criança adotada já grandinha, que vem cheia de costumes incompatíveis a nova família, embora salvos (Rm 6.14), mas sem muita noção dos novos princípios e valores que teremos de absorver.
Estamos num mundo caído e dominado pelo pecado. Não somos deste mundo. Não podemos nos conformar com este mundo (Rm 12.2) nem nos tornar amigos de um mundo que não se submete ao Senhorio de Jesus Cristo (Tg 4.4). Nosso papel neste mundo é o de embaixadores de Cristo a fim de anunciarmos o Reino de Deus ao qual de fato pertencemos (2 Cor 5.20).
E como faremos isso se nossas atitudes e valores negarem nossa identidade com Cristo?
A igreja tem perdido muito dos limites de seus pais, dando lugar a costumes, doutrinas e tradições criadas por homens e por demônios. É a relatividade maligna, onde o que vale é a intenção e cada um por si e Deus por todos, doa a quem doer.
É claro que aqueles que fazem parte da Igreja do Nosso Senhor Jesus Cristo não cedem a estes conceitos, mas, infelizmente, temos visto muitos preciosos irmãos em Cristo, que em determinados momentos de suas vidas, sucumbem às tentações e fogem da autoridade de Cristo sobre suas vidas.
Vejamos alguns princípios que estão "saindo de moda".

Princípios e valores relacionados à Família:
O que Deus ajuntou não o separe o homem? Depende... Hoje não é mais assim... Se for isso ou aquilo.... Depende...
Infelizmente a analise do "depende" e do "se" tem interferido negativamente nas decisões relacionadas aos problemas que surgem em determinadas famílias. É o divórcio como válvula de escape para a alma que desceu da cruz.
A humanização dos conceitos relacionados à família, tem permitido um afastamento da sã doutrina.
Na teoria, ainda temos um apelo à manutenção de diversos princípios, mas na prática o que temos visto é um número exagerado de divórcios no meio evangélico, motivados por uma série fatores como brigas, doença de um cônjuge, independência financeira, falta de amor e por fim, do interesse de um cônjuge por outra pessoa, partindo assim para o adultério.
São divórcios que tem como causa principal, o afastamento opcional e gradativo da vontade de Deus.
Isto é um processo que tem que ser identificado e corrigido logo nos primeiros sintomas. Isso faz parte da vida com Deus, faz parte do amadurecimento do casal, faz parte do crescimento espiritual.
O casamento não foi invenção humana, foi criado por Deus e instituído ao homem. Jesus foi muito claro nisso:
E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?
Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.
(Mt 19.5-6)
O homem que separar ou permitir a separação de um casal poderá estar indo contra a obra de Deus. Isso é muito sério. Infelizmente, temos visto líderes que por favoritismo pessoal, opinião influenciada por sentimentos e conveniência própria, tem consentido na separação de casais cristãos, onde, em muitos dos casos, o problema é de conversão e não de relacionamento conjugal.
Mas o que acontece quando alguém se separa e casa de novo sem que tenha ocorrido pelo menos o adultério? Deus não perdoa? Ele perde a salvação?
É uma pergunta muito difícil de responder, pois, segundo a bíblia, o único pecado que não será perdoado é o pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo, logo, todos os outros pecados serão perdoados.
Então, ficou fácil, podemos pecar quantas vezes quisermos, vivermos da forma com que queremos e depois que pecarmos é só pedir perdão e pronto? Estamos salvos novamente? Então é moleza!
Sim e não. Não podemos esquecer que para haver perdão tem que haver arrependimento, disposição para o concerto e responsabilidade com as conseqüências.
O perdão não é a "pílula do dia seguinte" para remediar a condição do crente que voluntariamente tenha saído dos eixos.
É muito importante considerar que a pratica pecaminosa e constante do crente, extingue gradativamente a ação do Espírito Santo, o qual é o responsável em convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo. E é o convencimento de pecado feito pelo Espírito Santo que gera o genuíno arrependimento que nos conduz de volta a salvação.
Por isso, não vale a pena correr este risco. A vida eterna é muito preciosa. O desejo de estar com Cristo tem de nos levar ao extremo na luta contra o pecado, por isso Paulo diz para nos afastarmos de tudo aquilo que aparenta ser mal (1 Ts 5.22).
A separação de um casal, por si só, já é uma derrota muito dolorida para todos os envolvidos. As conseqüências dessa opção é um desastre para os cônjuges e para os filhos. Muitos perdem a salvação nesse caminho e induzem seus filhos a praticas pecaminosas, causadas pela revolta a conduta infantil de seus pais.
A opção em se estabelecer os princípios Cristãos para uma família abençoada é sempre a melhor opção. Mesmo que haja lutas, problemas e circunstâncias difíceis por algum tempo, mas mesmo assim, a recompensa e a vitória em Cristo compensam todo o esforço e paciência.

Princípios relacionados ao Marido e a Esposa:
Hoje em função das necessidades financeiras da família, tanto o marido quanto a esposa, em muitos lares, estão trabalhando fora de casa.
Trabalhar fora não é o problema, o problema surge quando o principio da unidade do casal sucumbe com a competição financeira entre o casal e a independência financeira da esposa.
Começam por separar a conta bancária, o celular, o carro, o tempo e por fim o casamento.
Outro ponto que está destruindo os lares cristãos é a desconsideração e a falta de respeito com os princípios referente às autoridades.
A autoridade do homem sobre a sua casa nos dias de hoje, esta fora de moda. Tem sido facilmente questionada, como se essa autoridade fosse uma opção do homem ou delegada por qualquer um. Esposas e filhos têm a facilidade de esquecer que toda autoridade vem de Deus e que a autoridade do marido é um princípio divino (1 Tm 2.12, Cl 3.18-20).
Quem resiste à autoridade, resiste ao próprio Deus. (Rm 13.2)
A autoridade que o marido recebe sobre a sua casa é na verdade uma responsabilidade e uma capacidade para interferir e governar bem a sua casa com amor. A autoridade do marido não é para mandar e ser servido, mas sim, para governar, servir e sustentar o seu lar em seus ombros com a ajuda de Cristo (Gn 2.15; Ef 5.25).
A submissão da esposa ao marido, ordenada por Cristo não pode ser considerada como algo ultrapassado, dependente da sua opção ou dessa ou daquela condição.
Hoje o chique é a igualdade dos sexos. E essa moda está tão presente no nosso meio que observamos poucas jovens solteiras com vocação para serem esposas, para serem mães, para serem auxiliadoras de seus maridos. Querem às vezes um parceiro, um esposo, mas não querem um marido dentro dos princípios cristãos.
O papel da mulher mundana, independente e com objetivos individuais, tem invadido os lares cristãos e jogado para fora os princípios e valores que deveriam ser o alicerce da conduta da família.
Isto tem levado os membros das famílias a se protegerem de sua própria família, a viver cada um da forma como bem entende, sem prestar conta de seus atos a ninguém, muito menos a esposa ao marido e por conseqüência, os filhos a seus pais.
O absurdo é notarmos que muitos pais cristãos, ao contrário de prepararem seus filhos para servirem ao Senhor, ensinam até suas filhas a serem independentes, auto-suficientes e a serem um sucesso profissional para que no futuro, não tenham de depender de seus maridos.
Os maridos não podem deixar de entender que são os responsáveis diante de Deus em manter a sua casa em ordem. Não podem desistir do seu papel como esposo e muito menos desconsiderar a autoridade delegada por Cristo para governarem com sabedoria e amor o seu lar.
Alguns maridos têm abdicado de sua posição e permitido que costumes deste mundo invadam a sua família, permitindo que satanás roube a atenção de seus filhos e de sua esposa levando-os a se desviarem ou sofrerem por culpa da sua negligência.
Cabe ao marido manter a paz e a harmonia no seu lar, estabelecendo os princípios e valores cristãos em sua casa, gastando e se deixando gastar nessa gloriosa tarefa, pois, como muito bem disse Jaime Kemp: "Uma família gostosa, descontraída, em que as pessoas se dão bem, se respeitam, não existe por acaso. É sempre fruto de trabalho, investimento de tempo, atenção e cuidado."
Que os maridos entendam suas responsabilidades e invistam o tempo que for necessário para que sua família seja uma família abençoada.

Princípios no relacionamento dos pais com os filhos:
Corrigir a criança com uma vara, como orienta a palavra, já não é bem visto nem nos meios evangélicos. Deve ser por que nossas crianças já nascem mais bem educadas que as crianças de dois mil anos atrás. Deve ser a teoria da evolução, a adaptação das espécies, por certo.
A psicologia ensina e alguns crentes tem aceitado, que corrigir a criança com vara é um absurdo e fruto da violência humana.
Infelizmente temos presenciado diversos relatos de violência infantil dentro do próprio lar (violência esta que rejeitamos totalmente), mas não podemos desistir de corrigir nossos filhos, e nem comparar esta violência desumana, com a atitude de amor e de atenção de um pai em corrigir o seu filho de forma adequada, com uma vara, com o objetivo de livrá-lo não da polícia, mas sim do inferno (Pv 23:13,14).
Os filhos por sua vez estão sendo empurrados para o mundo pelos próprios pais, onde na sede de verem seus filhos vencerem na vida natural, não medem esforços em estimulá-los a práticas pouco ortodoxas, levando-os a competirem no mercado, colocando neles o desejo de vencerem neste mundo ao contrário de vencerem este mundo como Cristo fez. (Jo 16.33).
Pais que se dizem crentes e que induzem seus filhos homens a relacionamentos sexuais com mulheres, por medo do homossexualismo ou para provar que seu filho é macho.
A internet, televisão, vídeo game, celular, mp3, mp4, mp5, msn, orkut, etc. tem tomado o tempo e ocupado a mente de nossos filhos com informações, conceitos e estilos oriundos deste mundo, deturpando e extinguindo muitos valores e princípios de Cristo de suas vidas.
O homossexualismo envolvendo adolescentes, dentro das próprias igrejas, tem aumentado assustadoramente. São muitos os casos de filhos de crente com tendências homossexuais por culpa da falta de princípios e da falta de atenção dos pais, principalmente do pai.
Os pais precisam estar atentos e saberem onde seus filhos estão fisicamente, emocionalmente e espiritualmente, não importa a idade, desde que sejam solteiros, pois se são casados, cabe aos pais respeitarem os limites desta nova família.
Os pais precisam conduzir seus filhos à Cristo. Filho de Crente não nasce crente, precisa se converter e aceitar a Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas.

Princípios para o namoro:
A posse antecipada da herança, no fim não será abençoada. (Pv 20.21)
A quantidade de casais de namorados crentes, que estão ultrapassando os limites, é tão expressiva que até pastores consideram isso quase que normal.
São namorados que metem a mão onde não deveriam tocar.
Não protegem nem respeitam seu futuro cônjuge. Não dão valor aos princípios que Deus estabeleceu.
Alguns, chegam até ao absurdo de manter relações sexuais, achando que isso é simplesmente uma fraqueza da carne, perdoável por Deus e comum à atualidade, já que outros também fazem o mesmo e saem "aparentemente" ilesos.
Não têm vergonha na cara e ainda contam vantagens a respeito dando até uma de moralista hipócrita nesta questão.
São jovens que renunciam as orientações de seus pais e líderes. Desprezam a confiança neles depositadas e enganam seus pais achando que os princípios bíblicos para um casamento feliz não se aplicam mais a esta geração.
Não percebem que serão pais um dia, e que se não houver um concerto adequado, poderão colher as sementes que plantaram. É a lei da semeadura ensinada por Paulo em Gl 6.7.
O objetivo do namoro dessa forma, deixa de ser o casamento e passa a ser apenas o namoro.
Casamento é apenas uma conseqüência. Se der certo, continua, senão, é só partir para outro namoro, quantas vezes quiserem, sem qualquer responsabilidade sobre isso.
Impressionante é a aceitação dos pais e a tolerância das lideranças das igrejas com relação à forma com que se inicia e se mantém um namoro e noivado dentro das igrejas.
O Ficar passa a ser aceito como inicio de namoro, pois é apenas um test-drive pra ver se é bom. Se fica ou não fica, se leva ou não leva. Leva pra onde? Pra cama?
O namoro precisa ser santo para gerar um casamento abençoado por Deus. Os namorados dependem da benção e da aceitação dos pais.
Namoro não é algo isolado. Necessita da atenção dos pais e líderes que Deus colocou sobre suas vidas. A ausência disso é um namoro sem princípios, conduzidos de qualquer forma, que resultarão em casamentos com grandes chances de fracasso.
Jovens com potencial incrível em Deus, que perdem o seu chamado devido a relacionamentos doentes e casamentos realizados sem os devidos cuidados.
Casam e em alguns casos, logo se separam, deixando filhos sem o referencial de família.
Os namorados precisam estar atentos aos limites estabelecidos por Deus, saberem que tudo tem o tempo certo e que vale a pena esperar.

Princípios nas relações comerciais:
Em alguns estabelecimentos comerciais, nos depararmos com pessoas que desconfiam mais daqueles que se apresentam como crentes, do que daqueles que visivelmente são deste mundo, pois, são vários os casos de crentes mal pagadores, mentirosos e enganadores.
Os negócios efetuados pelos salvos têm de ser honestos. A carreira do crente é traçada não pela politicagem corrupta que impera no mundo, mas sim, pelo merecimento abençoado por Deus de um trabalho que recebe a justa remuneração. (1 Tm 5.18)
Temos visto crentes entrando na política ou sendo admitidos em órgãos públicos por puro favoritismo, de forma imerecida, ganhando valores desproporcionais à qualidade do seu trabalho e conhecimentos exigidos.
Muitos ainda dão testemunho na igreja de terem sido abençoados e contam vantagens disso aos seus filhos, do quanto foram espertos ou do quanto foi bom ser amigo do fulano ou do sicrano.
Os filhos com isso, aprendem que o vantajoso é ser esperto, que a desonestidade não é algo tão terrível assim, pois seus pais, "crentes no Senhor" há tantos anos, "respeitados na igreja", praticam isso e saem sempre em vantagem, então, o exemplo de seus pais, deve de ser seguido. E os princípios? Deixa pra lá...
Os salvos precisam honrar seus compromissos, independente da existência de contrato ou não.
Precisam cumprir o combinado, até mesmo quando a lei lhe permita obter certas vantagens e o possibilite a deixar de fazer ou entregar aquilo que foi prometido.
O crente no Senhor deverá optar sempre em não obter vantagens, que venham a ferir ou descaracterizar o compromisso assumido, mesmo com a permissão da lei dos homens ou das circunstâncias omitidas e/ou não combinadas na época do acordo. O salvo sofre o dano mas não se retrata. (Sl 15.4)

Causa da quebra de princípios:
A quebra de princípios e o abandono de valores não ocorrem por acaso, não é um acidente como muitos dizem, mas, como já dissemos, é um processo, que ocorre de forma gradativa e optativa.
É o individualismo patrocinado pela auto-suficiência. É o desejo de independência e de uma vida livre de compromissos, responsabilidades e prestação de contas.
Isto não é novo, pois satanás, mais antigo que a criação do homem, já almejava isso. Tentou mas nunca alcançou. Mesmo assim não desiste, pois desde o inicio da criação, continua a tentar induzir o homem a buscar o que não se pode obter. Não é a toa que ele é o pai da mentira.
Paulo em Gálatas 5.16-24, já apontava para a luta ferrenha que seria travada nesse campo de batalha. A incorporação de princípios e valores nada mais é do que a luta do Espírito contra a carne. É a vontade de Deus para o homem contra as inclinações da carne pecaminosa.
A quebra de princípios dados por Deus, nada mais é do que a vitória da carne sobre o Espírito, pois, satisfazer a carne, é anular toda a informação recebida, desconsiderando a intervenção do Espírito Santo e do escape que está em Cristo (1 Cor 10.13).
O desastroso é que as conseqüências para aqueles que sucumbem à carne, não se restringem ao individuo somente, mas incluem em sua desgraça, todos aqueles que o cercam, e principalmente os de sua própria família (marido, esposa e filhos).
Não há como isolar isso. Fomos criados para viver em sociedade.Um cônjuge com atitudes alheias aos princípios e valores de Cristo, entristece a todos os membros da família, prejudicando, destruindo ou retardando a obra de Cristo naquele lar.
Para que a vitória do Espírito sobre a carne seja certa, precisamos permitir e nos esforçar para que estes princípios e valores estejam incorporados em nossas vidas para que estes, quando estivermos em meio às lutas e as dificuldades desta vida, sejam devidamente considerados e nos protejam através da ajuda do Espírito Santo, de nossas próprias concupiscências e inclinações carnais.
Onde esta o Senhor Jesus nas escolhas que são feitas? Onde estão os princípios que deveriam ser o alicerce destas opções? Será que tudo isso é relativo e sinal dos tempos? A solução para isso é somente a volta de Cristo?
Apocalipse 21.7,8 afirma que a vitória é daquele que vencer. Os covardes não herdarão o reino de Deus. A timidez mencionada no versículo 8 não é a dificuldade psicológica que o individuo tem de se posicionar ou interagir em relação a um grupo de pessoas, mas sim a opção por conveniência própria de não absorver e por conseqüência de não manifestar os princípios e valores sob a autoridade de Cristo a um grupo de pessoas, sejam estas crentes ou não. É uma desistência ativa por medo das opiniões contrárias e da rejeição por parte do grupo.
A ausência de Princípios e Valores Cristãos em nossa vida, é fruto de uma rebeldia a Cristo e a sua Palavra, deixando-nos a mercê de nossa própria vontade, nos levando a uma interpretação individual e favorável de todos os conceitos, colocando-nos como juízes de nós mesmos, nos levando a reinar de novo sobre a nossa vida, extinguindo a ação do Espírito Santo, tirando de nossas vidas o trono de Cristo e por fim, nos levando a perder a vida eterna que está em Cristo Jesus.
Mas aquele que escuta as Palavras de Jesus e as pratica, é comparado ao homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha, e desceu a chuva, correram rios, e ventos assopraram e combateram aquela casa, mas ela não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. Glória a Deus por isso!
Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando (Jo 15.14).
Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. (Fp 4.8)

Elaborado por José Luís Ribeiro
[email protected]
(65) 9983-3722 3626-1771
15/02/2008


Autor: José Luís Ribeiro


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