Ensinar o Belo



Vou começar me preocupando com o conhecimento. Socrates valorizava isso, a unidade da sabedoria. E afirmava que a virtude é uma, o conhecimento.

Esta forma de unidade é questão de saber se um homem pode ser justo e não piedoso, ou corajoso mas não sábio. Mas assim seriam várias virtudes? Isso é confuso. Pois estas virtudes diferem e são implicativas. Percebo que possuindo uma delas, possuo todas. A unidade da diversidade?

Citando um trecho do Wagner Borges: "As pessoas ficam discutindo quem é o melhor, em vez de aplicar o ensinamento deles, ou fazer 1 milésimo do que pregavam e exemplificavam."

Normalmente, o simples uso da palavra MESTRE gera respeito excessivo, ou, não raro, críticas e excessos. O que embute uma exigência de perfeição inatingível.

Talvez sejamos todos mestres e discípulos, uns dos outros.

Sem preconceitos todos são mestres, preceptores de alguma coisa na vida. Não se "é" melhor por isso, mas não perdem o respeito pelo que "temos" de melhor para repassar.
Assim há mestre de culinária, de flauta, de inglês, de coisas simples e complexas, sem exigências de perfeição.

As pessoas nem sempre são conscientes de que têm algo a ensinar - e as demais, mais ainda, de que têm sempre algo a aprender com o outro. Um BELO ato de compartilhar. DEMOCRACIA?

Socrates defende o BELO. Aqueles que o aceitam se propõe a lutar cada vez mais por desenvolver a capacidade de governar, de QUERER o que há de melhor, o que ha de BELO.

Autor: Giovanni Cordeiro De Souza


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