A IMPRENSA E O PROCESSO ABOLICIONISTA NO BRASL



Emília Viotti em sua obra " Da Senzala á Colonia", nos leva a reflexão dos castigos os quais os negros sofriam. Tais castigos deixavam estigmas pelo corpo dos escravos, algo que atingiu a opinião pública.
Nas vésperas da abolição, notamos a campanha de libertação dos negros, sacudindo a opinião pública; denunciando os horrores da escravidão, práticas de torturas realizadas pelos senhores de escravos e os próprios padres que utilizavam destes artifícios para disciplinar os escravos.
No entanto os crimes que ocorriam no interior das senzalas nem sempre chegavam ao conhecimento público. A imprensa em 1886 tinha grande papel de levar os casos reais para chocar a opinião das pessoas da época.
A nova mentalidade que surgia se chocava com a antiga, pois nas lavouras tradicionais utilizava-se o sistema escravista e a nova geração urbana muita das vezes desligava dos interesses rurais, constituindo um movimento abolicionista.
Os abolicionistas tinham tomado a peito a defesa do escravo, a atividade abolicionista; a evolução da opinião pública dava aos cativos maior segurança para se apresentar a polícia; exibindo seus ferimentos e solicitando proteção. Surgia um processo revolucionário, que partia da revolta dos populares e se estendendo até a senzala.
Emília, utiliza-se de uma contextualização dos fatos para levar a uma maior compreensão dos acontecimentos ocorridos em meio ao movimento de abolição.
Podemos notar a impunidade do senhores e dos feitores nos abusos cometidos contra os escravos, pois a legislação fora durante muito tempo ineficaz na defesa do escravo, masa nova condição social e psicológica estabelecia maiores condições de segurança para o escravo, conferindo uma renovação na legislação; visando implantar uma autenticidade que durante tanto tempo li faltará.
Diante do pouco efeito de repressão legal; os senhores recorriam a outros métodos mais drásticos para reprimir as revoltas, mantendo normas que não possibilitava a fuga e a união de escravos.
Enquanto os fazendeiros se cercavam de todas as medidas para impedir a insurreição, as câmaras municipais legislavam, buscando implantar um controle sobre os escravos e os donos dos escravos; assim tais práticas sociais impedia a fuga de escravos, ou de agrupamentos de negros que futuramente resultaria em revoltas; tais medidas "eliminava" a agressão.
Na aurora da análise notamos que Emília Viotti, deixa claro em seu contexto que uma nova mentalidade surgia neste período, uma sociedade que nega os mal tratos dos negros, mas os mantem na condição de escravos.
Autor: Dhiogo José Caetano


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