Planejando as Finanças Pessoais



Planejando as finanças pessoais

Apreender a gerir as finanças particulares tem se tornado cada dia mais importante para que possa se aproveitar de forma correta e produtiva a renda que recebemos pelo nosso trabalho.

É importante lembrar que os recursos monetários (dinheiro) que recebemos, é fruto de nosso trabalho, ou de recursos recebidos de nossos antepassados, por isso saber utilizar estes recursos é uma questão de respeito ao esforço por nós empreendido ou por aqueles a quem respeitamos, a quem amamos, ou até mesmo à nossa sorte, para os felizardos que têm o prazer de ganhar dinheiro em algum tipo de aposta.

Lembre-se, o dinheiro deve ser utilizado de forma sábia para que possa gerar bem estar e segurança, para você e sua família e desta forma cumprir sua função.

A primeira e essencial medida, é conhecer qual sua renda e qual é o seu gasto mensal. Para estabelecer estes dois valores utilizaremos uma planilha de cálculo (clique aqui para fazer o download do arquivo em excel).

É importante que sejam lançados na planilha todos os gastos e todas receitas realizadas durante o mês.

Para o perfeito entendimento é preciso conhecer o que são despesas e o que é renda, com foco especificamente na economia pessoal.

Despesa: todo o dispêndio financeiro para a obtenção de produtos ou serviços. Gastos são todos os sacrifícios para aquisição de um bem ou serviço, com pagamento no ato (desembolso) ou no futuro (dívida). Um exemplo seria o pagamento da conta de energia elétrica, de água ou de gás.

Renda: são todas as entradas de recursos financeiros provenientes de salários, aposentadoria, aplicações financeiras, alugueis, doações recebidas, ou outras fontes de recursos. Entendidos estes conceitos vamos passar para o levantamento de toda a renda e de todos os gastos. Para que o levantamento dos gastos seja completo é imprescindível elaborarmos um plano de contas, que permita classificar e lançar todos os dispêndios. Apesar de parecer complexo, adotar esta classificação é imprescindível, para que possamos ter uma visão clara de como gastamos nossos recursos. Em nosso sistema utilizaremos 8 classificações (grupos de contas):

Plano de contas: 1 - Gastos com bens e produtos: Alimentos, roupas, livros, matérias de higiene, combustível, presentes (flores, livros, cd´s, etc) e outros. 2 - Gastos com serviços: Água, luz, telefone fixo, telefone celular, gás, consertos (encanadores, eletricistas, pedreiros), provedores de internet, etc. 3 - Gastos com saúde: Plano de saúde, médicos/consultas incluindo psicólogos, fisioterapeutas e outros, remédios, exames, massagens, etc... 4 ? Gastos com transporte Ônibus, táxi, combustível, revisão do carro, pneus, etc... 5 ? Gastos com educação: Escola/cursos (inglês/pós-graduação, etc), livros, xérox de materiais, jornais, revistas e outros. 6 ? Gastos com lazer Cinema, teatro, clubes, academia, entradas para o futebol, passeios, viagens/hotel, almoços e jantares em passeios, festas de aniversário ou comemorativas, Cd´s, DVD´s, locação de DVD´s, assinatura TV a cabo, etc... 7 ? Gastos financeiros: Prestações de empréstimos, da casa própria, prestações de financiamento de automóveis, cartão de crédito, cheque especial, planos de aposentadoria, etc... 8 ? Gastos com o Governo: IPVA, IPPTU, Imposto de Renda e outros.

É importante lembrar que você poderá encontrar diversas variações no plano de contas proposto. Lembramos que o importante é classificar as despesas de uma forma lógica, de forma a permiir que seja respondido, como, onde e quando gastamos nossos recursos.

Neste aspecto, é importante que você tenha por hábito de guardar e lançar na planilha o valor de todos os tíquetes dos gastos que você realiza.

Ao preencher a planilha de gastos não esqueça:

1. Preencher o campo classificação com a letra inicial que identifica o nome de um dos grupos acima apresentados ( P =produtos, S=serviços, A= saúde, L= lazer, E= educação, F= financeiros e G= governo);

2. Lançar todas as despesas, incluindo aquelas contas que vencem no mês e que eventualmente não serão pagas. Para todos os gastos preencha: a. O nome da despesa; b. O valor exato do gasto/pagamento; c. A data do pagamento; d. Identifique se a despesa foi paga (P) ou não paga (N);

3. Para cada mês utilize uma das planilhas especificadas.

Identificar se a despesa foi paga ou não é de extrema importância para que você possa mensurar o valor de suas dívidas e o quanto em percentual isto representa no valor total de seu gasto mensal.

Um bom indicador é acompanhar a evolução deste percentual (índice), o qual indica uma melhora da condição financeira sempre que o percentual de contas não pagas reduz ou é igual a zero e uma situação preocupante ou que necessita de uma ação sempre que este percentual é maior do que zero ou se apresenta um aumento em relação ao mês anterior.

O resultado será um levantamento completo e detalhado de todos os seus gastos, o que certamente possibilitará que você verifique: - Qual o tamanho do rombo em seu orçamento, ou traduzindo as contas que você não consegue pagar. - Que gasta muito mais do que imagina com uma série de atividades que certamente você não contabilizava em seus controles financeiros. - No que você gasta e quanto você destina para cada grupo de gastos como, lazer, saúde, etc... - Se existem gastos realizados em duplicidade e quais gastos você pode reduzir ou eliminar.

Este conhecimento é essencial para que você possa elaborar um plano de ações relativo a suas finanças e definir medidas de como reduzir seus gastos e eliminar dispêndios desnecessários.

Concluído o levantamento de todos os gastos, passaremos para a segunda etapa consiste em incluir o valor das receitas, analisar os resultados obtidos e tomar as medidas necessárias, tema que passaremos a analisar a partir deste ponto.

Relembrando o conceito de Renda: são todas as entradas de recursos financeiros provenientes de salários, aposentadoria, aplicações financeiras, aluguéis, doações recebidas ou outras fontes de recursos.

Desta forma, faça um levantamento realista de todas as suas fontes de receita, que podem incluir: - Salário; - Aposentadoria; - Rendimentos de aplicações financeiras (venda de ações, rendimento da poupança ou outras aplicações); - Aluguéis; - Venda de bens ou renda recebida pela realização de um trabalho extra; - Doações recebidas no mês, incluindo quantias recebidas.

Para possibilitar o uso de todas as funcionalidades deste painel você deverá classificar suas receitas de acordo com a classificação abaixo, a qual foi estabelecida de forma bastante simples e direta:

Plano de contas:

Receitas de Salário: Este grupo inclui as rendas auferidas do trabalho assalariado, aposentadoria ou de pagamentos recebidos por projetos ou trabalhos executados, bem como rendas auferidas de férias e décimo terceiro.

Receitas financeiras: Inclui o recebimento de parcelas de empréstimos, juros ou demais valores de aplicações ou poupança, renda proveniente de bens (carros, móveis, etc), bem como restituição de imposto de renda ou ainda doações ou heranças recebidas.

Receitas de endividamento: Valores inclusos na receita por meio de empréstimos ou financiamentos em valore real (dinheiro) utilizados no pagamento das contas mensais;

Adotar esta classificação permite que se estabeleça a representatividade de cada fonte de recursos, bem como se visualize quanto está se complementando por meio de endividamento para geração de recursos para o pagamento de contas.

Ao preencher a planilha de receitas não esqueça: 1. Preencher o campo classificação com a letra inicial que identifica o nome de um dos grupos acima apresentados ( RS = receita de salários, RF= receitas financeiras, RE= receita de endividamento); 2.Lançar todas as receitas: Para todas as receitas preencha: a. O nome da receita; b. O valor exato; c. A data do recebimento. 3. Identifique se a receita foi recebida ( R ) ou está prevista (P). A planilha contabilizará somente as receitas realizadas ( R ) para que não seja apresentado um resultado que distorça sua análise e crie um dado incorreto. Por isso quando uma receita prevista transformar-se em real, não se esqueça de alterar seu status; 4. Para cada mês utilize uma das planilhas especificadas.

O resultado final:

O quadro final do painel apresenta um resumo de suas receitas e despesas e calcula o saldo final, sendo que quanto mais positivo ele for melhor está sua situação e claro, quando mais negativo for, pior é sua situação.

Você observará que este quadro apresenta um campo denominado saldo do mês anterior, o qual representa o resultado do período imediatamente anterior.

Após concluir o mapeamento de suas finanças analise sua situação e averigue que decisões você deve tomar.

Algumas recomendações:

Se você está endividado a melhor solução além de mapear suas finanças para tomar pé da situação é cortar despesas supérfluas, planejar como pagar suas dívidas e eliminar os empréstimos;

Lembre-se quando você usa o cheque especial, empresta dinheiro, você está destinando no mês seguinte uma parcela de sua renda (salário, etc) para pagar juros, este é um dinheiro que não retornará para você, não te trará mais conforto, nem qualidade de vida, procure reduzir gastos com empréstimos, cheque especial, etc. Planeje como você fará isso ao longo os meses;

Procure fazer suas compras, das menores até maiores, a vista, desta forma você não estará pagando juros e algumas vezes poderá até obter desconto, ou seja economizará para comprar o bem.

Programe-se com antecedência, monte suas planilhas mensais com 1, 2 3, 6 meses de antecedência e vá atualizando os valores mês a mês de forma a poder projetar sua situação financeira de forma antecipada para assumir um novo compromisso (despesa, aplicação, etc).

Tenha uma meta, poupar 10% do salário, 5% do salário, quanto mais você puder melhor, mas o que realmente importa é ter dinheiro sobrando seja 1% ou 50% e fazer uma reserva para os momentos difíceis.

Mãos a obra: Para que o dinheiro cumpra sua função ele deve se caracterizar como uma ferramenta para que se conquiste a independência, tranquilidade e qualidade de vida, de forma contínua.

Para obter mais informações sobre economia acesse: http://bloginbiente.blogspot.com/
Autor: Marcos Todeschi


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