LÍNGUA PORTUGUESA: ENIGMAS E DESCOBERTAS DO ENSINO-APRENDIZAGEM



LÍNGUA PORTUGUESA: ENIGMAS E DESCOBERTAS DO ENSINO-APRENDIZAGEM

Eliane Souza Santos

Luziene da Costa Santos

Maria José de Azevedo Araujo - Orientadora


RESUMO
Este artigo científico versa sobre o ensino da Língua Portuguesa, que passa por sérios problemas, devido ao uso dos métodos de ensino de conteúdos incompatíveis com a realidade lingüística do brasileiro. O ensino de língua materna tem sido pautado prioritariamente no uso da Gramática Normativa, o que gerou problemas do tipo: "Eu não sei falar português". É a língua materna do brasileiro. Entender os mecanismos naturais da aprendizagem lingüística e fazer uso de métodos que beneficiem a aprendizagem e o desenvolvimento do desempenho comunicativo e lingüístico dos discentes são tarefas de fundamental importância no sistema atual de educação. A reforma do idioma português, com as novas regras ortográficas deverá simplificar alguns usos e normas, proporcionando a difusão da Língua. O fundamento teórico para elaboração deste artigo científico foi colhido através de pesquisa qualitativa do tipo bibliográfica, embasando-se em autores renomados. Dentre eles destacam-se Bagno (2001), Perini (2005) e Travaglia (2003).

PALAVRAS-CHAVE:
Língua Portuguesa, Gramática Normativa e Ensino-Aprendizagem.

ABSTRACT
This scientific article ran upon the teaching of the Portuguese Language, which deals with serious problems, due to the teaching content methods that are incompatible with Brazilian?s linguistics reality. The teach of the mother tongue has been ruled at Prescriptive Grammar?s use, which produced problems like: "I don?t know how to speak Portuguese". It is the Brazilian?s mother tongue. To understand the natural mechanisms of linguistic learning and make use of methods that helps the learning and development of the linguistic and communicative performance of pupils are tasks of fundamental importance on the actual system of education. The wished and hoped reform on the Portuguese Language, with the new orthographic update will have to simplify some uses and standards, providing the diffusion of the Language. The information used for the preparation of this scientific article has been gathered through qualitative research of the biographic type, based upon renowned authors as source. Among then BAGNO (2001), PERINI (2005), and TRAVAGLIA (2003).

KEY-WORDS:
Portuguese Language, Prescriptive Grammar and Teaching-Learning.

INTRODUÇÃO

O ensino atual de Língua Portuguesa no Brasil tem enfrentado algumas dificuldades advindas da inadequação entre o método de ensino e o conteúdo, em relação à realidade lingüística da sociedade. Identificar essas dificuldades avaliá-las e revolvê-las á luz das novas Teorias lingüísticas é o desafio e a responsabilidade dos profissionais da área. Faz-se, portanto, necessário o estudo destas questões e a análise crítica sobre a funcionalidade do método empregado no ensino e, sobretudo, o conteúdo disciplinar que é passado para os estudantes do idioma.
A escola tem como função social, o dever de instrumentalizar os educandos ao domínio das estruturas básicas da linguagem. Isto se justifica no fato de ser o estudo da Língua Portuguesa o instrumento para a compreensão do desenvolvimento e uso da língua que é aceita na sociedade. O tema da pesquisa justifica-se pela curiosidade e vontade das pesquisadoras em conhecer o ensino de língua portuguesa através das gramáticas, sistematizando suas reflexões e propostas para o ensino do idioma.
Destacam-se como objetivos dessa pesquisa científica: Analisar as dificuldades do ensino da Língua portuguesa e sua aprendizagem, levando a uma reflexão acerca das metodologias utilizadas, e as questões preponderantes em torno destes processos; verificar a importância do conteúdo que analise a prática da Língua Portuguesa em sala de aula; destacar a importância de uma série de princípios capazes de fundamentar a ampla e complexa atividade do ensino da língua.
Deseja-se, com isso, tornar significativas as atividades de análise gramatical, vinculando-se a situação contextualizada e explorando as possibilidades criativas da língua materna. Deve-se levar em consideração que as idéias desenvolvidas neste trabalho estão baseadas na pesquisa qualitativa do tipo bibliográfica, a partir de consulta à material elaborado a respeito do tema, constituído principalmente por livros, visto que permitiram a cobertura ampla dos dados obtidos, tendo sido cada informação analisada cuidadosamente. Destina-se, portanto, a oferecer uma contribuição gramatical no estudo da Língua Portuguesa para os acadêmicos do curso de Letras, bem como a todos os indivíduos que buscam conhecimentos e aprofundamento do idioma.
Ensinar a gramática da Língua Portuguesa a um aluno brasileiro nato é assegurar-lhe o domínio de formas e expressões úteis (modalidade falada). A partir das reflexões desenvolvidas, ficam assentadas com base para o trabalho de proposições pedagógicas que possa ser operacionalizada na escola, indicações como: o falante de uma língua natural é competente para ativar esquemas cognitivos, produzir enunciados de sua língua, independentemente de qualquer estudo prévio de regras de gramática. O estudo da língua materna representa acima de tudo, a explicação reflexiva do uso da língua particular historicamente inserida, via pela qual se chega à explicação do próprio funcionamento da linguagem.
O objetivo da pesquisa é avaliar a capacidade de comunicação, expressão e integração pela linguagem, sem preconceitos. A escola, como qualquer outra instituição social, reflete condições gerais de vida da comunidade em que está inserida. É perfeitamente possível aprender uma língua sem conhecer os termos técnicos. O papel da escola é promover a formação necessária aos alunos, para que eles sejam usuários da língua no padrão exigida à ocupação de posições minimamente situadas na escala social.
À escola destina-se o peso da responsabilidade de utilizar mecanismos que demonstrem as competências pessoal, familiar, social ou política dos que estão interessados em recuperar a dignidade do ensino, dos que gerem melhores resultados nesta disciplina. Cumprir o seu papel social de ministrar aos usuários da língua padrão conteúdos com interpretação, compreensão, domínio e liberdade criativa no processo de interação lingüística da comunicação em todas as manifestações das camadas sociais é o esperado pela sociedade.


O ENSINO-APRENDIZAGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA: O papel da escola

A disciplina escolar gramatical não pode reduzir-se a uma atividade de encaixamento em moldes que dispensem as ocorrências naturais e ignorem zonas de imprecisão ou de oscilação, inerentes à natureza viva da língua. O ato de ensinar é contextualizado em um espaço e tempo, mediado pelas conveniências do aluno e do professor e pressupõe, portanto, uma interação constante entre ambos e objetos de estudo. A figura do professor transmitirá a tal gramática com todo o seu fundamento refletindo na estrutura lingüística, relevando a tradição da língua no que ela tem de verdadeiro universal e eterno.
A escola não pode criar no aluno a falsa e estéril noção de que falar e ler ou escrever não têm nada a ver com a gramática. O que se pretende é que a aula pare nas classificações e que os exercícios de gramáticas não sejam, apenas exercícios de reconhecimento das diferentes unidades e estruturas gramática tornando cada aula é uma aventura, onde cada um toma o seu braço e segue o seu rumo.
Espera-se da escola que ela se esforce para garantir aos alunos a apropriação de vivências e de conhecimentos que lhe assegure um domínio lingüístico capaz de garantir a produção de textos adequados às situações, de modo que eles possam ocupar posições na sociedade. Por outro lado, também se espera da escola que ela não crie um cotejo entre registros que constituam estigmatização e banimento para o lado do aluno. Esse é um ponto em que já se obtiveram grandes avanços. Tanto teorias como práticas atuais têm comprovado, e têm mostrado que nenhum registro lingüístico é melhor ou pior do que outro, embora haja registros pouco prestigiados, e que só são adequados e eficientes em tipos reduzidos de situações e não pode ficar no dogmatismo de uma gramática intransigente onde tudo aceita.
O objetivo da escola é ensinar a gramática, pois então, o racional, o sensato, e o inteligente, é propiciar isso mediante a exposição do aluno ao funcionamento da língua culta: falas, textos orais e escritos, gravações etc. Depois, a prática continuada desse nível de língua, falando e escrevendo, sedimentará e firmará o domínio gramatical assim intuitivamente, implicitamente assimilado.
O tratamento funcional da gramática que trata a língua na situação de produção, no contexto comunicativo, se expressa numa língua que não domina o modo de estruturação de frases, mas é saber combinar unidades sintáticos em peças comunicativas eficientes, o que envolve à capacidade de adequar os enunciados as situações , aos objetivos da comunicação e as condições de interlocução. E tudo isso se integra na gramática.
A gramática é a parte da língua que todos os falantes dominam de maneira muito uniforme assim, não à comum encontrar construções sintáticas, nem da língua, que sejam conhecidas apenas de alguns falantes. (PERINI, 2005, p.91)

É claro que precisamos de melhores gramáticas como relata Perini: mas de acordo com a linguagem atual, preocupadas com a descrição da língua e não com receitas de acordo como as pessoas deveriam falar e escrever. E acima de tudo, precisamos de gramáticas que façam sentido, isto é, que tenha lógica. Que as definições sejam compreensíveis e que sejam respeitadas em todo o trabalho.
Precisamos desenvolver nos alunos o espírito crítico tão temido por ensino repressor, mas imprescindível para que possam discernir entre linguagem boa e má, falada ou escrita. Urge acabar com a figura do professor como "aquele que sabe", e do aluno como "aquele que não sabe", partindo para um trabalho de crescimento em conjunto, de pesquisas e descobertas de ambos os lados. "O importante é comunicar e quando possível surpreender, iluminar, divertir, comover". (LUFT, 2001, p.18)

O ENSINO DA LÍNGUA X GRAMÁTICA

Nas atividades de linguagem, tanto oral como escrita, o grande objetivo é a clareza, a precisão e a adequação. Se aquilo que o aluno disser, ler ou escrever não estiver claro, preciso e adequado, o professor deve fazer ou sugerir devida correção, retificando o que estiver manifestado errado, cortando o que estiver a mais, substituindo o que estiver trocado. Para isso não há um programa pré-determinado. Nas atividades de linguagem o ensino aprendizagem de gramática é, pois, ocasional conforme as ocorrências reais de recepção e produção oral e escrita.
Um ensino de gramática pertinente para a vida é capaz de ter influência na qualidade de vida das pessoas, será sem dúvida um ensino que desenvolva a competência comunicativa do falante, isto é, capacidade de usar cada vez recurso da língua e de forma adequada a cada situação de interação comunicativa.
A gramática não é um jogo que se importa de cima para baixo, o que fala é enriquecer a modalidade falada com variantes úteis, e acrescentar delimitando o conceito a essa gramática do oral a gramática da língua escrita. (MAROTE, 1998, p.93)


A forma tradicional de ensino da língua no Brasil tem se baseado em duas operações fundamentais: repetir e reproduzir. Ensinar português, no Brasil, sempre foi repetir a velha doutrina gramatical conservadora, e junto com ela, reproduzir todos os mitos e preconceitos nas concepções de língua e de "erro" que fazem parte do senso comum. Ensinar português significa, na prática pedagógica tradicional, incultar um conjunto quase interminável de prescrições sintáticas consideradas "corretas", impor uma série de pronuncias artificiais que não correspondem a nenhuma nomenclatura falha e incoerente junto com definições incompletas e contraditórias.
Há espaço para o ensino de gramática em sala de aula, desde que seja um ensino junto com análise da funcionalidade de cada uma e da apreciação crítica dos valores sociais atribuídos. Para que o aluno saiba a sua língua, a escola tem de expô-lo a diferentes registros, levando-os a compreender as funções que apropria existência de subcódigos que tem na sociedade.
O livro didático tem sido desde muito tempo o vilão da história. O professor acreditava que nada dava certo no ensino da gramática por que não havia bons livros didáticos. Ainda sim, não é verdade que possa transferir com tanta facilidade para o livro didático a responsabilidade do fracasso do ensino da língua.
Ensinar a gramática, e as teorias mais recentes é ensinar na sala de aula o desenvolvimento da prática da leitura escrita, da releitura e da re-escrita sem a necessidade de decorar nomenclaturas, nem de empreender exercícios mal formulados e incongruentes de análise e descrição mecânica dos fatos gramaticais, exercícios baseados em definições imprecisas e em métodos mais do que questionáveis (para não falar dos "truques" e "macetes" que não têm fundamentação metodológica disponíveis no mercado editorial- transmitindo sem análise crítica as palavras que possam parecer ou no mínimo ter ingenuidade teórica igualmente imperdoável para quem tem a responsabilidade de educar.
É importante que as pessoas não confundam essa rejeição da gramática na sala de aula e na prática pedagógica dos ensinos: fundamental e médio, com uma recusa do estudo da tradição. O estudo da gramática é indispensável para dominar a língua? Não, indispensável é aprender a língua, que contém a gramática. "Imprescindível é aprender a dominar o meio de comunicação". (LUFT, 2001, p.18).
Uma das questões fundamentais no estudo do desenvolvimento das lições gramaticais que caracteriza obviamente as gramáticas de língua portuguesa. De fato não existe texto sem gramática. Praticar o uso dos textos, como estudar o texto, é, inevitavelmente. Praticar e estudar a gramática, ou melhor, "as gramáticas".
Uma vez que, na verdade, muitas pessoas são as variedades de língua que usamos, todas com suas normas. Só que esse estudo deve ser feito numa perspectiva eminentemente interacional, o que significa dizer na dimensão de se perceber como as categorias e regras gramaticais, na verdade, funcionam na construção dos textos escritos, curtos ou longos. (BAGNO, 2004, p.96).


Uma gramática descontextualizada, amorfa a língua como potencialidade, gramática que é muito mais "sobre a língua", portanto dos usos reais da língua escrita ou falada na comunicação do dia-a-dia, com primazia em questão sem importância para a competência comunicativa dos falantes, apóiam apenas em regras e casos particulares que, apesar de estarem compêndios de gramática estão fora dos contextos mais previsíveis de uso da língua.
A disciplina Língua Portuguesa deve conter uma boa quantidade de atividades de pesquisa, que possibilitem ao aluno a produção de seu próprio conhecimento como arma eficaz contra a reprodução irrefletida e a crítica da doutrina gramatical normativa. Para cada assunto a ser abordado, seria necessário aprender as diferentes variedades de língua, a distribuição dos usos de acordo com a modalidade, com o registro, com o gênero de texto etc.
Por causa dessa distância imensa entre o que se fala e o que se tem de escrever, é que escreve no Brasil para a maioria que sabe, querem e podem escrever é algo que beira a suplício.
Aulas de Português
A linguagem. Na ponta da língua, tão fácil de falar e de entender.
A linguagem na superfície estrelada de letras sabe lá o que ela quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando, a Amazonas de minha ignorância, figuras de gramática, esquipóticas, atropelam-me, aturdem-me, seqüestram. Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé. A língua, breve língua entrecortada do namoro com prima. O português é dois: o outro mistério. (ANDRADE in TRAVAGLIA, 2003, p.05).


Na primeira estrofe como afirma o poeta, é muito fácil, em nossas relações cotidianas falar e entender o que os outros falam. Isso porque além de conhecemos palavras da língua, conhecemos as regras que nos permitem combinar essas palavras para formar unidades de sentido. Na verdade, esse conjunto de regras permite criar não somente palavras e frases, mas também textos complexos uma vez que as frases se combinam por meio de elementos como a argumentação, a coesão, a coerência e etc.
È importante ressaltar que o conhecimento que o falante tem dessas regras é completo, ou seja, embora de modo não explícito, ele conhece todas as normas e não apenas parte delas. Esse conhecimento completo refere-se à língua da sua época, pois internalizamos tais regras a partir do registro de fala da comunidade em que vivemos. É em decorrência dessas regras, internalizadas desde tenra idade, que aceitamos certas combinações de palavras e rejeitamos outras e que conseguimos entender frases que nunca ouvimos.
Certamente, é preciso deixar em reflexão que está específico não é a simples transformação de um falante.
Não acreditamos que se deva impor a todos os brasileiros os usos lingüísticos dos "melhores", que só são os melhores porque eles mesmos assim se consideram e, por estar no domínio dos bens da sociedade, acreditam que sua língua, e sua visão do mundo servem para todos os cidadãos.(BAGNO, 2000, p.179)


A gramática está em cada coisa que falamos em qualquer língua, e é uma das condições para que uma língua seja uma língua. Não existe a possibilidade de alguém falar ou escrever sem usar as regras da gramática de sua língua. Explorando os sentidos do texto, e recursos da gramática da língua.
O estabelecimento de um padrão real para descrição nas escolas, como se tem verificado passa teoricamente por várias opções como as seguintes:
O parâmetro é a linguagem do aluno, mas o problema dessa escolha é que, no mínimo haverá inoperância e qualquer linguagem pode estar em vista. Mas o problema dessa escolha, e que no mínimo haverá demagogia. Não há, pois, razão para que se conceda primazia aos estudos das classes gramaticais isoladas de suas nomenclaturas e classificações. Contextualizar a gramática ou mesmo pronunciar o português de forma correta é um privilegio de raras pessoas, que conseguem utilizar o uso das normas gramaticais. Uma vez que falamos "de qualquer jeito" sem regras definidas. Dois fatores principais contribuem para essa convicção tão generalizada: primeira, o fato de que falamos com uma facilidade muito grande, de certo modo sem pensar e estamos acostumados a associar conhecimento e uma reflexão consciente, laboriosa e por vezes dolorosa. Segundo, o ensino escolar nos incultos longos anos de idéias de que não conhecemos a nossa língua, repetidos fracassos em redações, exercícios e provas não fizeram nada para diminuir esse complexo.
O conhecimento da língua é altamente complexo, incrivelmente exato e extremamente seguro. Isso se aplica não apenas àquelas que sempre brilharam nas provas de português, mas também como língua materna. (PERINI, 2005, p.11)

O essencial era demonstrar que o ensino de português, o ensino da língua materna deve ser renovado, o único meio de salvar o ensino de português, pelo qual os alunos aprenderão a Língua Portuguesa. Será preciso, primeiro distinguir dois tipos de conhecimentos aos quais se dão as designações de implícito e explícito. A maneira de falar atende as finalidades práticas às quais aplicamos essa atividade e não se distingue notavelmente da maneira de falar da maioria das pessoas. No entanto, explicar os processos que ocorrem quando pomos em prática essa habilidade tão corriqueira é completo mistério.
Entretanto, o conhecimento implícito é adequado para habilidade de falar e o conhecimento explícito é deficiente e o que dessa habilidade que nos interessa é o seguinte: somos detentores de um conhecimento implícito altamente complexo e eficiente, e nesse sentido pode-se dizer que temos muito pouco a aprender no que se refere a fala: não conseguiria dar uma aula ou colocar tudo no papel. È importante observar que ninguém diria que eu "falo de qualquer jeito", só porque não tem conhecimento explícito dessa atividade. As pessoas que não estudaram gramáticas chegam a um conhecimento implícito perfeitamente adequado da língua.
A partir desse núcleo é que as atividades deveriam ser criadas propostas e avaliadas. Tais coisas são somente uma parte da gramática, aquela que corresponde ao que ela tem de mais estável, pois apenas constitui a designação de suas unidades. No processo de ensino-aprendizagem escolar, a instrução e a avaliação se interdependem. Não teria sentido avaliar o que não foi objeto de ensino como não teria sentido também avaliar sem que os resultados dessa avaliação refletissem nas atuações de ensino. Assim, um alimenta o outro, tudo é claro em função das rotinas das atividades escolares.
Com essa finalidade a avaliação passou a ter grandes prejuízos para o ensino: a aula é ministrada para preparar a prova, enquanto o livro é lido para obter nota. A literatura é refletida na prova do vestibular e assim por diante. Estuda-se para uma preparação de contas, que pode ser mensal, trimestral, anual, no final do século etc. Entretanto, cobrar uma expressão bem corrente no discurso da escola, o que bem claramente denuncia esse lado mercadológico do ensino. É mais do que oportuno, pois, pergunta-se sobre os descaminhos da avaliação é decidir por uma mudança de rumo, mudança que tem suas origens na revisão de nossas concepções.
O ensino da língua portuguesa merece uma reorientação, não é diferente quando se trata da avaliação dos resultados desse mesmo ensino. Por muitas razões disciplinares inclusive, o processo de avaliação escolar converteu-se num instrumento de seleção dos alunos conforme os graus de seus desempenhos. Com matéria e data marcada, "as provas", acontecem exatamente para isso: para que se avalie e prove normalmente. Com honrosas exceções, para que se prove o que na hora da aula ministrada, passa-se uma informação que é devolvida no dia da avaliação, por vezes, literalmente devolvida.
Restringindo-se às atividades de produção de textos, avaliação atual das produções do aluno tem se afastado muito das práticas tradicionais, destacando-se (quase sempre em vermelho), os erros cometidos, com o acréscimo da alternativa correta ao lado. O aluno sem ser levado, a pensar a inadequação de sua escolha ou o porquê da substituição apontada, recebe passivamente esta interferência do professor e parte para a próxima experiência, sem ter ampliado sua própria capacidades de avaliar o que lê, o que diz ou que escreve.
O professor avalia o aluno para também, de certa forma, examinar seu trabalho e projetar as formas de continuar. Então, a avaliação não é apenas um evento isolado, previsto no calendário da escola, após que tudo é retomado como estava pensando, sem que os resultados alcançados sirvam de algum suporte para futuras decisões.
O professor deve valorizar estimular cada tentativa, conquista do aluno, favorecendo em todo momento. A formação de uma auto-estima elevando agora e sempre, pela disposição de tentar falar e escrever, mesmo sob o risco da incompletude e da imperfeição. Em geral, o que se deve pretender com uma programação de estudo do português, não importa o período em que acontece e sim ampliar a competência do aluno para o exercício cada vez mais plena, fluente e interessante da fala e da escrita, incluindo evidentemente a escrita e a leitura, em função desse objetivo que vai definir o conteúdo programático em torno do qual o professor e aluno realizam suas atividades de ensino e aprendizagem.
Em termos muito gerais, as aulas de português seriam aulas de falar, ouvir ler e escrever textos em língua portuguesa. O que constitui a meta, a finalidade, o objetivo do ensino de português e a ampliação da competência comunicativa do discente para discorrer, escutar, decodificar e registrar textos fluentes, adequados e socialmente relevantes. Em vista de tal prioridade deixa de ter prioritário o estudo de frases soltas, descontextualizadas e artificiais, criados com a terminação exclusivamente de fazer o discente reconhecer as unidades gramaticais, suas nomenclaturas e classificações. O princípio em qualquer altura do estudo de português qualquer , noção proposta só se justifica pelo papel que ela desempenha na construção e na compreensão de textos. O docente deverá ter cuidado de explicar para o discente os termos, mostrando-lhe em cada atividade para que a aquisição daquela noção ou daquela habilidade lhe convém.
Acreditamos que a explicação melhor para tal atitude é a de que ninguém realiza por mais propriedade a síntese do que o professor de Língua Portuguesa também precisa de uma disciplina atuante de vida, força, detentor do código capaz de decifrar enigmas, desvelando segredos, trazendo o novo, ao mesmo tempo que resgata o passado, administrando semelhanças e diferenças. A Língua Portuguesa está presente em tudo, interna e externa da instituição escolar. Ela é código maior de comunicação o mais fácil, o mais é mão. Há de ser enriquecida diretamente e todos sabem que a língua do Brasil é o português. Além de equivaler a uma língua de civilização, conectados a jornal, TV.
O português é a língua do Brasil, concentrando-se na língua oficial e materna, amplamente majoritária do Brasil. Podendo afirmar que, se designa de ensino materna, recobre uma imprecisão teórica e real, não se ensina a língua materna, adquire naturalmente no processo de aquisição na primeira infância, assim como, no caso de português no Brasil é conhecimento geral, algumas pessoas sabem o português sem nunca terem a possibilidade de aprender através do sistema educativo ou sem ter participado.
A Língua Portuguesa será encarada como o instrumento por excelência de comunicação no duplo sentido de transmissão e compreensão de idéias, fatos e sentimentos e sob a dupla forma oral e gráfica, proferindo comunicação oral e comunicação escrita. Essa dicotomia do português s torna-se difícil quando tentamos regrá-lo modificando sua forma natural e usual. A aprendizagem da gramática em conseqüência do português tem propiciado a conduzir a reflexão sobre o funcionamento da linguagem. A finalidade dos docentes de língua portuguesa é estabelecer a comunicação entre os alunos, somando ao que sabem. E quando menos sabem difícil fica a comunicação.
O ato de compreender o que nos dizem não se resume de longe ao uso correto e eficiente da língua, logo a comunicação é preciso que os discentes tenham em comum conhecimento do mundo na totalidade. Internalizar a gramática faz-se necessária ensinar eficientemente a língua, propiciando e transportando a concentração sobre o funcionamento da linguagem, de maneira óbvia, que as pessoas exerçam a faculdade da linguagem, usando a língua e estudando a gramática sob o exame do discurso. Falar e escrever bem são bens sucedidos na interação. Isto ocorre de forma diferente, com as situações de comunicação e as funções privilegiadamente ativadas.
A meditação a respeito da gramática liga aos propósitos do ensino educativo de Língua Portuguesa, assim como ter a concepção de um estudo aprofundado da gramática normativa. Os entornos que manifestam o uso e a norma padrão, constituem a oralidade e a escrita, emergindo a própria essências das línguas naturais , e são ingredientes obrigatórios da estima do tratamento escolar, adentre certo e errado simplesmente erguida em foco de preocupação absolutamente espúria.
Há duas línguas no Brasil, uma escrita recebendo o nome de português e a outra que falada que não tem nome específico ou determinado. Esta última é a língua materna dos brasileiros, e o português é aprendido na extensão da parte da população chegando a dominá-la adequadamente.
A língua falada no Brasil chama-se vernáculo brasileiro, no Brasil escreve em português funcionando como língua de civilização em Português e em alguns países da África. Mas a língua falada no Brasil vernáculo brasileiro, não se usa nem o Portugal nem na África.
O português e o vernáculo são línguas parecidas, mas não são idênticas. As duas línguas do Brasil têm cada uma seu domínio próprio e na prática não interfere uma na outra. O vernáculo se une em geral na fala informal e em certos textos escritos como em peças de teatro, onde o realismo é importante. O português é usado na escrita informal, e só fala mesmo em situações engravatados como os discursos de formatura ou de posse em cargos públicos.
A língua portuguesa no Brasil está no embate entre a norma padrão idealizada de tradição lusitanizante as normas cultas e as normas vernáculas, também designadas de português padrão, português brasileiro culto e português brasileiro popular nas salas de aula e nas atuações profissionais de ensinar e escrever e a ler, elaborar falar e ouvir.
Os alunos chegam ao vestibular e até conseguem participar de cursos superiores, mas queixa é generalizada à prova de português é um desastre. Mesmo os classificados com poucas exceções, não sabem ler, não sabem escrever, escutar e falar, e acima de tudo detestam leitura, tem ódio de redação, não tem coragem e capacidade de expor um assunto aos colegas em sala de aula. Nas aulas de língua portuguesa atividades interativas em torno de projetos propiciam a troca de informações entre os alunos e professor. Essas trocas desenvolvem não só as competências e habilidades lingüísticas como também, o diálogo intercultural e o espírito de cidadania.
As exposições de língua portuguesa focalizam a leitura, escrita e a linguagem como desígnios de estudo para que o discente aprenda a observar descrever e categorizar os fatos lingüísticos que aparecem nos textos, o ponto de partida é o discurso com o qual o aluno convive socialmente. As atividades não se restringem aos conceitos e exercícios, pois mobilizando o conhecimento que o aluno depressa apresenta sobre a língua procuram desenvolver novas habilidades.

CRISE DO ENSINO
Em seu dia-a-dia, o professor de Língua Portuguesa se defronta com três crises distintas, cuja discussão é de fundamental importância para a busca de soluções: a social, a crise cientifica e a crise do magistério.
Crise social ? Diz respeito às mudanças da sociedade brasileira, sobretudo no que toca ao seu rápido processo de urbanização e seus reflexos no ensino formal. È um fato inelutável que a incorporação de contingentes rurais alterou o perfil sócio-cultural do alunado do ensino fundamental e médio. Nossas escolas deixaram de abrigar exclusivamente os alunos da classe média urbana- para os quais sempre foram preparados os materiais didáticos- e passaram a incorporar filhos de pais iletrados, mal chegados às cidades e a elas mal adaptados.
Até que ponto o falar coloquial permeou o falar urbano? Qual é efetivamente o dinamismo do português urbano em faces rurais? Concluiu que os falantes rurais quando expostos às pressões do padrão urbano tendem a adquirir as terminações verbais mais diferenciadas e a expressar a concordância na forma redundante própria.
Crise científica - A linguagem é um "objeto escondido", assim como o objeto da Psicologia, da Sociologia, e de outras Ciências Humanas. Há três grandes modelos teóricos de interpretação da linguagem humana: a língua como atividade mental,a língua como uma estrutura e a língua como atividade social. De acordo com a primeira teoria, a língua é uma capacidade inata do homem, que lhe permite reconhecer as sentenças, atribuindo-lhes uma interpretação semântica, ou produzir um número infinito de sentenças, atribuindo-lhes uma representação fonológica. Em conseqüência, uma gramática que assim entenda a linguagem será uma interessada em explicar como as pessoas adquirem uma língua, e como elas percebem que o interlocutor fala e sua ou uma outra língua.
A teoria da língua como estrutura postula que as diferentes línguas naturais dispõem de um sistema composto por signos, distintos entre si por oposições, organizadas em níveis hierarquicamente dispostos. O nível fonológico, nível gramatical ( ou morfossintático). E em alguns modelos, também o nível discursivo. As gramáticas estruturais buscam identificar as regularidades constantes das cadeias da fala, são basicamente descritivas e operam através da contextualização da língua em si mesma.
A terceira teoria considera a língua como uma atividade social, por meio da qual veiculamos as informações, externamos nossos sentimentos e signos sobre o outro. Uma gramática que assim entenda a língua (como é o caso de gramática funcional) procura os pontos de contato entre as estruturas identificadas pelo modelo anterior e as situações sociais em que elas emergem, contextualizando a língua no meio social.
A crise do magistério - A terceira crise é a do magistério. As mudanças sociais do país e o atual momento de transição de um paradigma científico para outro colocaram os docentes de Língua Portuguesa numa situação muito desconfortável com respeito o que ensinar, como ensinar, e até mesmo, para quem ensinar.
"A isto se soma às deficiências de formação do magistério. Com isso os docentes receberam uma formação conservadora, e mais mulheres entraram para a carreira, pois o trabalho das mulheres continua em nossa sociedade e ser incorretamente considerado como um bico". (CASTILHO ATALIBAR, 2004, p, 13)
Finalmente, os materiais didáticos disponíveis são repetitivos, e pressupõem uma homogeneidade entre os alunos que não existe mais. A tarefa da atual geração de educadores é muito pesada: reciclar-se, reagir contra à volta do ensino brasileiro, e lutar pela valorização da carreira.
No caso particular da Língua Portuguesa, não se acredita mais que a função da escola deve concentrar-se apenas no ensino da língua escrita, a pretexto de que o aluno já aprendeu a língua falada em casa. Essa disciplina se aplica na reflexão sobre a língua que falamos, deixando de lado a reprodução de esquemas classificatórias, logo se descobriria a importância da língua escrita.Essas novas convicções apontam para o ensino da Língua Portuguesa como uma reflexão sobre a língua como atividade, não apenas como estrutura.


REDAÇÃO ESCOLAR

Para muitos professores de português, não há exercício escolar menos gratificante que a redação. Trata-se de uma atividade pedagógica aparentemente fundamental no processo de formação dos educandos, no qual se gastam um esforço e um tempo considerável, sem que os principais interessados demonstrem, em compensação e em contrapartida, um progresso efetivo.
A importância da leitura, da observação e da motivação são coisas evidentes para qualquer educador interessado em problemas de redação ou outros, e postos que seu peso relativo pudesse ser discutido em função do grau de escolaridade, da idade dos alunos, das condições psicológicas em que se encontra a classe ao redigir, trata-se de ingredientes virtualmente presentes em qualquer exercício de redação bem-sucedido.
Parece difícil imaginar que um aluno seja capaz de preencher por si lacuna entre as "aulas de redação" e as "aulas de gramática", mais provável e que ele seja definitivamente marcado pelas distorções de uma prática pedagógica que consiste em assimilar os objetivos do ensino da gramática com a aquisição do ensino da gramatical, em que a automatização de procedimentos pedagógicos e gramaticais não é uma habilidade para articular frases, congrega de maneira assistemática e imprevisível para o aluno, mediante a redação.
"A redação se torna em nossas escolas um ajuste de contas entre o aluno e o professor, ela é sobretudo uma oportunidade para verificar que as dificuldades do aluno persistem, a despeito de todas os esforços, para o professor que revê sua prática pedagógica, é sobretudo a tomada de consciência" (ILARI, 2000, p,75).
A proporção espantosa de "erros gramaticais" encontrados nas redações dos alunos deve-se levar antes de tudo a uma revisão do ensino da gramática.

ASPECTOS DO ENSINO DO VOCABULÁRIO

A maioria dos livros didáticos e, sobretudo do ensino fundamental, organizam suas lições em torno de textos curtos, que são tomados como pretexto para introduzir questões de várias ordens: lexicais, gramaticais, de história, teoria da literatura e etc. alguns elementos do vocabulário são incluídos na lição para assegurar uma compreensão pelo menos literal do texto, umas tantas palavras, supostamente aquelas que aluno desconhece, são reunidas num glossário que associa a cada uma, outras palavras, sinônimas naquele texto. "Essa tradição é perfeitamente legítima, mas não há nenhuma razão teórica ou prática para que seja a única no ensino do vocabulário". (ILARI, 2003, p, 146).
Quando se pensa no tratamento a ser dado ao léxico no ensino do português, deve-se ter em mente que o encontro de unidades lexicais desconhecidas. (à diferença do que ocorre com as estruturas gramaticais) é uma experiência corriqueira, que deverá repetir-se inúmeras vezes pela vida, além do aluno superar a experiência escolar. Por isso, é desejável no tocante ao vocabulário, que a escola se preocupe mais em formar atitudes e consolidar hábitos do que atingir metas quantitativas arbitrariamente fixadas.
Os desígnios consiste em acostumar o aluno a indagar o sentido das palavras desconhecidas com que se depara, e aceitar os seus interlocutores lhe exijam esclarecimentos da mesma natureza. Ao discorrer a respeito da língua em que nos expressamos é um comportamento normal e útil, que corresponde a uma das funções mais importantes e típicas das línguas naturais a função metalingüística. Entretanto, se cautela para o episódio de que a grande maioria das aulas dadas na nossa escola é expositiva, que as exposições são habitualmente vazadas numa linguagem pouco familiar para o aluno, e que as regras do jogo escolar valorizam a "disciplina" e a cavilosidade burocrática em detrimento da iniciativa pessoal, percebemos até que ponto a tarefa esboçada é urgente e difícil.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao aprender a língua portuguesa, certamente percebemos as variações na escrita e na pronúncia de muitas palavras classificadas como homógrafos e homófonos e com isso, alterações na estrutura dos enunciados. Isso ocorre, desde a origem da nossa língua.
Supomos que venha morar no Brasil, em uma casa perto da sua, uma família estrangeira, digamos alemã, vivendo no Brasil os membros desta família precisarão naturalmente entender-se, comunicar-se com muitos brasileiros. Assim, depois de algum tempo, eles aprenderão a falar a língua portuguesa.
Ao aprendê-la, certamente a família modificará a pronúncia de algumas palavras e também alterará a estrutura dos enunciados em português. Enfim, aos alemães falarão um português diferente, " um português modificado".
Assim, atualmente podemos encontrar mudanças significativas na gramática da língua portuguesa. As novas regras, que estão propostas para serem implementadas, são conseqüências da simplificação desta gramática, como também, a absorção da cultura popular e interesses político-econômicos.
A mudança do uso do hífen, do trema, dos acentos circunflexos, agudo e diferencial, assim como, a incorporação das letras K W e Y ao alfabeto, trarão choque e estranheza no primeiro momento a todos nós brasileiros letrados que já estamos habituados ao seu uso atual, contudo, a queda de regras simplificará e facilitará a vida de milhares de estudantes, que são obrigados a decorar regras e mais regras da norma culta.
Encontramos na "folha online-educação" na matéria do jornal de São Paulo, de autoria de André Soliano, a seguinte declaração de Carlos Alberto Xavier, assessor do Ministério da educação:
"A unificação da ortografia é importante para o futuro da língua portuguesa no mundo. O português é a terceira língua ocidental mais falada, atrás apenas do inglês e espanhol".

Nota divulgada pelo Itmaraty confirma ser a unificação ortográfica um veículo de divulgação do idioma e a sua adoção em fóruns internacionais. "A entrada em vigor do acordo é condição essencial para a definição de uma política de promoção e difusão da língua portuguesa."(idem)
Numa sociedade letrada como a nossa, é preciso que os alunos consigam inserção no mundo da escrita e que manifestem habilidades na interpretação e na produção dessa escrita. É necessário fazer com que os alunos possam ler escrever e interpretar de maneira que adquiram recursos técnicos e capacidade de distinguir os tipos discursivos, determinar o uso dos elementos articuladores dando ao texto a direção coesão e coerência necessárias.

" O mais importante é compreender que qualquer pessoa quando fala não faz sem "regras". Ela pode estar violando uma regra" da língua padrão , da língua de cultura, da gramática na linguagem formal, mas não viola a "regra" da sua linguagem, da sua própria gramática". (MURRIE, 2002, p,20)

As dificuldades na escrita de textos relacionados à pontuação, acentuação gráfica, estão interligadas a falta de leitura e para ampliação e aquisição do léxico (uma questão cultural). Essa aquisição lexical é acumulativa e cabe a escola, propiciar oportunidades para esse desenvolvimento.
SOBRE AS AUTORAS
Eliane Souza Santos e Luziene da Costa Santos são graduadas em Letras-português, Universidade Tiradentes de Aracaju/Sergipe. A pesquisa objetivou atender a exigência de construção de um artigo científico, como Trabalho de Conclusão de Curso. Para contato: [email protected]; [email protected] e [email protected]


REFERÊNCIAS

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola, 2003.

AZEREDO, José Carlos de. Língua portuguesa em debate: conhecimento e ensino. Rio de Janeiro:Vozes, 2002.

BACK, Eurico. Fracasso do ensino de português; proposta de solução. 2ª edição. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1987.

BAGNO, Marcos. Dramática da língua portuguesa: tradição gramatical, mídia & exclusão social. 2ª edição. São Paulo: editora Loyola, 2001.

CASTILHO, Ataliba Teixeira de. A língua falada no ensino de português. 6ª edição. São Paulo: Contexto, 2004.

__________________________.(org)Português culto falado no Brasil. São Paulo:Editora da Unicamp,1989.

ILARI, Rodolfo, A lingüística e o ensino da língua portuguesa. 4ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
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LUFT, Celso Pedro. Língua e liberdade. 8ª. Edição. São Paulo: Ática.

MAROTE, João Teodoro D olim; FERRO, Gláucia D oli Marote. Didática da língua portuguesa. 9ª edição. São Paulo: Ática, 1998.

NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática estudar na escola? Norma e uso na língua portuguesa. São Paulo: contexto, 2004.

PERINI, Márcio A. Sofrendo a gramática. 3ª edição. São Paulo: Ática, 2005.
POSSENTI, Sírio. Porque (não) ensinar gramática na escola. 7ª edição. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 2001.

RICHTER, Marcos augusto. Ensino do português e interatividade. Rio Grande do Sul: Editora da UFSM, 2000.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática. 9ª edição. São Paulo: Cortez, 2003.





Autor: Maria José De Azevedo Araujo


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