Canto da Sereia



Nossa, que calor!!! Andava, e a cada passo que eu dava o Sol ardia em minha pele. Minha cabeça formigava com se tudo por dentro estivesse em ebulição. Então, continuei andando... me sentia num verdadeiro deserto.
De longe vi algo que parecia montanhas, sua vegetação era bem rasteira como cílios, e de tão clara reduzia a sua existência. Imaginei... ali deve ter água! Continuei andando... cada passo a mais, aquelas curvas montanhosas ficavam mais nítidas. O solo existente naquelas montanhas tinha uma cor canelada, onde os raios de Sol refletiam deixando um brilho dourado.
A essas alturas já havia esquecido do calor e da sede. Aquela imagem que eu via era tão bela que me puxava para perto. Continuei a me aproximar... as sensações que sentira antes voltaram, porém de uma maneira prazerosa, quase como um gozo. Agora meu corpo entrava em ebulição não pelo Sol escaldante, mas pela beleza daquela paisagem. E finalmente, percebi... estava me deixando seduzir pelo canto da Sereia.

Autor: Débora Santos Vianna


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