Cartas vs. E-mail vs. Mensagens privadas
Vivemos na área informatizada e ligada globalmente atrvés da Internet. Esta é uma evidência que não podemos negar de forma alguma. O contacto entre pessoas que se encontram a grande distância nunca foi tão fácil, rápido e eficaz através do uso do e-mail. O e-mail no entanto tem vindo recentemente a ser ameaçado pelas mensagens pessoais,
tweets e outras formas de comunicação em rede. Apesar de se verificar uma verdadeira revolução na forma como nos comunicamos, ainda há muitas pessoas que se sentem uma ligação a uma carta ou bilhete postal. Afinal, qual destas soluções é a mais efectiva? E quais as vantagen e desvantagens associadas? Comecemos com uma análise sucinta, do mais antigo para o mais recente.
Cartas ou postais têm que ser considerados de acordo com duas formas de uso diferentes: uso privado e oficial. As desvantagens de uma carta ou postal são actualmente claras: ao serem feitos de papel reclamam que mais árvores sejam cortadas, contrubuíndo assim para a desflorestação; Além disso, acabam por tornar-se mais caras, pois é necessário ter um envelope (no caso das cartas) e um selo. Também, a demora em chegar ao destinatário faz-se sentir mais do que por outras vias. Mesmo assim, as cartas têm sempre um charme especial se falarmos na esfera privada. Um carta significa que alguém tirou tempo para compôr um texto especialmente para nós e isso tem um valor acrescido. Sendo que pode usar-se papel reciclado, a questão da desflorestação fica pelo menos parcialmente resolvida. E os selos acabam por tornar-se de todas as formas elementos de colecção de muito interesse histórico,
o que é ouro sobre azul para quem gosta de selos mas não pode alargar-se muito nos gastos. No caso de uma carta oficial, esta funciona como uma garantia escrita que algo foi transmitido: uma actualização de dados, uma factura, uma proposta de novo serviço, etc.
Se passarmos ao sucessor das cartas, os e-mails, encontramos ainda muitas similaridades entre ambos: alguém se dipôs a escrever um texto para nós, embora que através de um computador possa parecer um pouco menos pessoal. Desvantagens além disso são que nem todos tem acesso à Internet e ainda nem todos estão à vontade com as novas tecnologias, especialmente os que têm mais alguma idade. Além disso, um e-mail não é o melhor modo de resolver assuntos oficiais, como por exemplo reclamações ou contractos, já que na maioria das vezes este tipo de comunicação cai em saco roto. Muitas empresas não levam a sério as queixas, sugestões ou pedidos que recebem através de e-mail. No entanto, a implementação geral do e-mail foi como a
descoberta de uma mina de ouro: todos querem um pedaço. É uma forma muito mais cómoda para comunicar: não necessita de adereços extras, apenas de um computador e acesso à internet. É barato e é rápido, chegando ao destinatário em poucos segundos, ainda que ele se encontre do outro lado do mundo.
Por último, ao analisarmos as mensagens privadas ou públicas relacionadas com as redes socias, parece que descobrimos o tipo de mensagem é tendencialmente muito diferente e que se refere a um contexto mais descontraído de comunicação: frases curtas, abreviaturas e pequenos smileys chamados de emoticons compõem este tipo de mensagem. As camadas mais jovens aderiram em massa e mesmo as empresas não deixam de utilizar
este tipo de comunicação para marketing. No entanto, a personalidade da mensagem acaba por peder-se e torna-se quase estandardizada e pública mesmo aquilo que deveria ser privado.
A questão agora é: qual será a próxima forma de comunicação a ser desenvolvida? Chegaremos a um ponto em que haverá apenas mesagens completamente criadas e formatadas para determinda forma de comunicação? Será que a criatividade e sociabilidade humana será colocada em risco?
Autor: Sónia Ramos
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