Saudades de Iaçá



Entre chuvas e lágrimas,
a mãe espera, aguarda,
o fim da saudade,
que escraviza a mente,
faz perder a noção do tempo,
senta-se à beira do portão,
imaginando os passos firmes,
o tropeçar da aprendiz
que ainda se põe a caminhar,
passos de quem não sabe aonde chegar.
Saudade latejante,
cordão que não se rompe,
carrega junto um pedaço
que se arrasta no coração,
consciente de inconsciência,
chorar é o que sobra,
esperar pelo que não vem,
é o que consola.
Lágrimas de mãe,
sofrer por uma filha ausente,
o doer de um coração latente,
que só resta olhar os céus
e ver a planta que reflete
o rosto tão amado,
choro que vai noite adentro.
Finalmente coração acalentado,
choro de Iaçá,
planta que solta suas lágrimas
de um roxo chorar,
alimenta sonhos e desejos
de uma saudade que se esvai,
lágrimas de Açaí,
saudades de Iaçá.
Autor: Thiago Azevedo


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