NUNCA NA HISTÓRIA DO BRASIL SE VIU...
Eduardo Veronese da Silva
Basta acessar blogs na internet para verificar comparações entre os 8 anos do governo de FHC e do presidente Luis Inácio Lula da Silva. Entre as várias opções encontradas, observa-se que os vetores escolhidos para a apresentação das estatísticas são os mesmos: panorama econômico (PIB e balança comercial); taxas de emprego; juros; inflação; bolsa de valores; dívida externa; atendimento dos programas sociais (Bolsa Família), entre outros.
Nota-se de forma clara e transparente, superação da gestão do governante petista em relação à atuação do candidato do PSDB. Entretanto, as coisas não estão favoráveis para comemorações, tendo em vista que "Nunca se viu na história do Brasil...", o cometimento de tantos crimes e o aumento da violência na atualidade. De acordo com matéria divulgada pelo jornalismo televisivo, somente nos três primeiros meses de 2010, foram cometidos 380 (trezentos e oitenta) homicídios na grande São Paulo.
Pesquisa feita pelo Instituto Sangari, no ano de 2006, trouxe como resultado aproximadamente 50 mil homicídios cometidos no Brasil. Destes, 36 mil com emprego de arma de fogo.
Acompanhamos diariamente nos noticiários do País o novo modus operandi da marginalidade, ou seja, os roubos a joalherias, principalmente aquelas localizadas dentro de Shopping Center. De janeiro a julho desse ano, foram registradas 44 ocorrências. Em 2009, foram registradas apenas oito. No caso recente ocorrido em Vitória/ES, o alerta de um delegado de policia, ajudou os seguranças do Shopping e a Policia Militar, a recuperar boa parte das jóias roubadas e a prender um dos meliantes. Oriundo do Rio de Janeiro, ao ser questionado o motivo de tentar roubar em Vitória, disse: "algumas joalherias do Rio já tinham sido roubadas e os policiais estavam em alerta".
"Nunca se viu na história política do Brasil...", um grande número de candidatos considerando a carreira pública e parlamentar como uma "brincadeira" qualquer. Por isso, a cada período eleitoral nota-se o surgimento dos candidatos "Chupetinha", "Tiririca", "Zé das Tantas", entre outros. Por certo, não é de se assustar se um desses ilustres candidatos for eleito como representantes do povo. Basta assistir o programa eleitoral, para perceber que muitos deles se aventuram a carreira política, mas não sabem qual a função que irá exercer no caso de eleito: "Você sabe o que faz um Deputado? Eu também não. Vote em mim, depois te conto".
"Nunca se viu na história da sociedade brasileira...", tanto descaso com a condição subumana vivida por milhares de pessoas do povo, com sua moradia instalada nas calçadas e ruas das capitais dos estados brasileiros. Para agravar esse quadro desumano, grande parte delas são usuárias do crack. Substância psicotrópica (tem atração e atuação no cérebro) com rápido e grande poder de destruição, afetando o estado físico, mental e comportamental do indivíduo.
Estima-se que além da Cidade de São Paulo e de Vitória, outras capitais brasileiras possuam sua cracolândia, local de encontro e concentração a céu aberto de usuários da droga.
Na Itália, um conjunto habitacional abandonado e ocupado atualmente por 120 famílias, na cidade de Scampia, próximo a Nápoles, é o local onde impera o comércio de drogas ilícitas. A máfia denominada de Camorra administra o território. Há levantamentos de que por dia movimenta-se 500 mil euros com essa atividade ilegal. Lá, não diferente daqui, o governo não consegue resolver o problema local. Mesmo porque, não se trata de mera questão policial, mas principalmente de saúde pública.
Portanto, pode-se afirmar que há muita coisa para ser feita no Brasil pelos nossos novos candidatos aos cargos públicos, principalmente na área social, da segurança pública e da educação.
EDUARDO VERONESE DA SILVA
Licenciatura Plena em Educação Física - UFES
Bacharel em Direito ? FABAVI/ES
Especialista em Direito Militar ? UCB/RJ
Subtenente da PMES
email. [email protected]
Autor: Eduardo Veronese Da Silva
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