De que forma a resolução de problemas pode ser trabalhada nos anos iniciais do Ensino Fundamental?



Luana Mizia Costa Gomes
Luana Talita Perciliano Bernardo
Mª de Fátima do Nascimento Vale
Francisca Maria Gomes Cabral Soares

RESUMO:

O presente artigo mostra o resultado de um estudo teórico da disciplina de Ensino de Matemática e um olhar reflexivo mediante a pratica docente do estagio II, tem como objetivo apresentar de que forma a resolução de problemas pode ser trabalhada nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A resolução de problemas ocupa a maior parte do ensino nesse período escolar, tornando-se fundamental para uma verdadeira aprendizagem em matemática e na pratica do cotidiano. Percebemos que em se tratando do ensino de problemas em matemática, a pratica mais comum é a exposição de conceitos seguidos de uma serie de problemas, no qual as crianças apenas aplicam técnicas de resolução, assim o processo de ensino-aprendizagem é destituído de significado e intenções. No entanto o raciocínio matemático pode ser desenvolvido de diversas formas pois as crianças são capazes não só de compreender, mas também de justificar e comprovar suas formas de conhecimentos. Cabe ao professor elaborar diferentes tipos de situações-problema para instigar nos alunos, não só o desejo de participar, mas também de elaborar diferentes possibilidades e estratégias para responderem e argumentar suas respostas, aprimorando dessa forma suas habilidades.

PALAVRAS CHAVE: Resolução de problemas, Anos iniciais,Matemática.

INTRODUÇÃO:
Este trabalho relaciona as experiências do estágio supervisionado II, componente curricular obrigatório do curso de Pedagogia da UERN, com os estudos e discussões da disciplina Ensino de Matemática. Objetivamos compreender e observar na prática conceitos apresentados por Terezinha Nunes (2005) sobre a origem e o desenvolvimento dos conceitos matemáticos.
Para tanto neste artigo consta algumas problemáticas vivenciadas no estágio e nas aulas de matemática. Trazemos, aqui, um breve histórico sobre o perfil dos alunos do 5º dos anos iniciais, apontando um percurso de desafios e possibilidades. Nosso campo empírico foi a Escola Estadual Dom Jaime Câmara situado na rua Aurora s/n Bairro Costa e Silva. A sala de aula campo de nossas ações pedagógicas foi uma turma de 5° nível dos anos iniciais do Ensino Fundamental I, com 21 alunos e todos estiveram presente durante o estágio.
A história da matemática mostra que ela foi construída como resposta a perguntas provenientes de diferentes origens e contextos, motivados por problemas de ordem prática. E a resolução de problemas é um caminho para o ensino de Matemática que vem sendo discutido ao longo dos últimos anos.
Os problemas não têm desempenhados seu verdadeiro papel no ensino, pois, na melhor das hipóteses, são utilizados apenas como forma de aplicação de conhecimento adquiridos pelos alunos.
A prática mais freqüente é ensinar conceitos, procedimentos ou temática e depois apresentar um problema para avaliar e os alunos são capazes de empregar o que lhes foi ensinado. Para a maioria dos alunos, resolver um problema significa fazer cálculos com números do enunciado ou aplicar algo que aprendeu nas aulas.
O raciocínio matemático pode ser desenvolvido de diversas formas de compreensão. Na psicologia por exemplo utiliza-se o termo esquema para explicar a organização do pensamento, conforme os esquemas de cada pessoa significados vão sendo construídos e isto esta articulando com a nossa vida cotidiana.
A resolução de um problema aditivos que também pode ser reconhecida como o esquema de juntar, deve ser apresentado as crianças em diversos tipos de situações, porque o que a criança considera a ação, e não os objetos que ela usou para resolver o problema.
O professor precisa compreender que o raciocínio das crianças é formado a partir da experiência cotidiana, por que esse conhecimento é a base sobre a qual o ensino de matemática deve ser construído. A criança demonstra claramente a sua capacidade de abstração e generalização, ou seja, o pensamento concreto da criança não significa que a criança seja incapaz de abstrações porque ela sabe que o resultado obtido com um símbolo é apenas a representação de algum objetivo concreto (NUNES, 2005).
Perfil dos alunos:
O perfil dos alunos é comum, pois na sala foi possível notar alguns alunos fora de faixa, vindos de famílias pobres, e que muitas vezes fogem do padrão tradicional de família nuclear, em que pai não convive com a mãe, ou os alunos moram com os avós. Alguns pais ou responsáveis por estas crianças tem pouca escolaridade, suas profissões geralmente são de empregadas domésticas, vigias, motoristas, outros vivem de rendas incertas, isto é, sem um salário fixo ou mensal. Alguns pais são bem freqüentes na escola, porém quando se trata de leitura alguns ajudam seus filhos ja outros não têm tempo ou hábito de ler, nem para eles próprios muito menos ler para a criança ou com a criança, dificultando assim que esta tenha o contato com a leitura e conseqüentemente com a escrita, ficando assim esta responsabilidade à escola de oferecer estas práticas sociais de acesso ao mundo leitor a esses alunos. E, desta forma, as crianças acabam passando a maior parte do seu tempo na frente da televisão assistindo programas que muitas vezes são inadequados à sua faixa etária, jogando vídeo game ou até mesmo na rua.
Entre muitas mudanças que ocorridas no sistema educacional, talvez a que melhor reflita essas modificações promovendo a discussão sobre a capacidade de aprender a prender. E um dos veículos mais acessíveis para levar os alunos a aprender a aprender é a solução de problemas.
Diante de um ensino baseado na transmissão de conhecimentos, a solução de problemas pode construir não somente um conteúdo educacional mais também, e principalmente, um enfoque ou uma forma de conceber as atividades educacionais. Um ensino baseado na solução de problemas promove nos alunos o domínio de procedimentos, assim como a utilização dos conhecimentos disponíveis, para dar respostas a situações variáveis e diferentes.
Nos estudos realizados na disciplina de Ensino de Matemática, percebemos que este campo de conhecimento foi delimitado acerca da resolução de problemas construído como resposta a perguntas provenientes de diferentes origens e contextos, motivados por questões que vem sendo discutido ao longo dos últimos anos. Os problemas não têm desempenhado seu verdadeiro papel no ensino, pois, na melhor das hipóteses, são utilizados apenas como forma de aplicação de conhecimentos adquiridos pelos alunos.
E o professor precisa compreender que o raciocínio das crianças é formado a partir da experiência cotidiana por que esse conhecimento é a base sobre a qual o ensino deve ser construído. E um dos principais objetivos explícito da educação básica, é fazer com que os alunos não somente se coloquem determinados problemas mas cheguem, inclusive, a adquirir os meios para resolvê-los.

DESENVOLVIMENTO:
Os Tipos de Problemáticas usados no estágio foram separados por fichas azul, amarela, vermelha e verde.
Nas fichas azul: (Ex)
? Num ginásio de esporte cabem 3850 pessoas nas arquibancadas e 1650 nas cadeiras numeradas some o total da lotação desse ginásio?
? Andressa tem 24 balas, 32 chocolates e 12 chicletes e dividiu tudo com a Irma com quantos cada uma ficou?
? Zeca tem uma banca de jornal, numa semana ele vendeu 143 e na outra vendeu 235 jornais. Quantos jornais ele vendeu?
? Carlos comprou uma dúzia de maçã, deu metade para Luisa, ganhou duas bananas de Jonas e mais sete morangos de Larissa. Quantas frutas Carlos comprou?
Fichas amarelas: (Ex)
? Contando suas bolinhas, Arthur formou 02 grupos de 50, 07 grupos de 10 e sobraram 03 bolinhas. Quantas bolinhas Arthur tem ao todo?
? No salão de festas 07 pares dançando. Quantos pessoas estão dançando?
? Um criador de coelhos tinha 82 coelhos e vendeu 57. Com quantos coelhos ele ficou?
? Neste mês, Lucas recebeu sua mesada gastou 23 reais comprando livros e ainda restou 12 reais. Quanto Lucas recebeu de mesada?
Fichas Vermelhas: (Ex)
? Minha amiga e eu temos 18 bonecas. Quantas bonecas eu tenho?
? Marcelo ganhou 07 pacotes de bolachas. Cada pacote tem 13 bolachas. Quantas bolachas tem ao todo?
? Paula comprou 30 folhas, ela precisa dividir as folhas com 05 amigas. Com quantas folhas cada amiga irá ficar?
? Luis espera 24 amigos para seu aniversario. Eles irão para a festa em 05 carros. Quantos amigos terão em cada carro?
Fichas Verdes: (Ex)
? Eu tenho 07 maçãs e minha irmã tem 17 laranjas. Quantas frutas temos juntas?
? Tenho duas caixas de chocolate: uma de chocolate branco, com 23 bombons e outra de chocolate preto, com 32. Quantos chocolate tenho nas duas caixas?
? Em um campeonato de futebol, o principal artilheiro marcou 13 gols. O segundo melhor artilheiro marcou 08 gols. Quantos gols o primeiro marcou a mais que o segundo?
? A professora tem 40 cadernos com 100 folhas. Quantas folhas tem no total?

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A partir das propostas realizadas dentro das salas de aulas no período do estágio, podemos concluir que os conteúdos foram bastantes claros. O professor deve olhar o currículo de modo global e integrado, tendo consciência do que quer os seus alunos sejam capazes de realizar, sabendo que existe conteúdos matemáticos é necessário dominarem, mas também processos e procedimentos a desenvolver de modo a irem construindo a sua competência matemática.
Este trabalho nos serviu para compreender que o planejamento não dá conta de todas as necessidades possíveis e não mostra tudo o que os professores pensam, mas é um importante instrumento para levar à prática aquilo que se pensa, dando direção ao trabalho pedagógico. O mais importante não é um planejamento fechado e completo, mas um plano com intencionalidades embasadas teoricamente para que o trabalho seja significativo e prazeroso, aprendendo alunos e professores a partir de suas interações.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
? NUNES, Terezinha et al. Educação Matemática: números e operações. São Paulo. Cortez, 2005. p. 46-81.
Autor: Luana Mizia Costa Gomes


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