RESPOSTA A VIRGÍNIA DE PAULA



Cara Virgínia de Paula:

(Respondendo ao seu e-mail).

Vou ver se assisto a esse filme, "O Julgamento de Deus". Já li algumas coisas sobre essa temática, mas como sou dispersivo e relaxado, nada anoto e perco a oportunidade e o fio da meada, deixando de fixar e informar dados importantes e preciosidades bastante esclarecedoras. Esse posicionamento diante de dores atrozes, em se contestar a Deus é compreensível e chega a ser responsivo natural. Alguém já disse que não há filósofo que resista a uma boa dor de dente...
As religiões, verdadeiros bichos papão e vilões, sempre esconderam os ensinamentos e as verdades iniciáticas, pois, divulgados, inexistiriam crentes a dar dízimos para encher o bolso de autênticos malandros da verdade e vendedores da palavra sagrada. Apegam-se à pura teologia quadrada e a métodos de guerra psicológica, para fazerem lavagem cerebral e produzir vítimas inconseqüentes.
Culpa-se Deus pela dor demasiada, notadamente quando se expressa de forma coletiva, retificadora! Platão na República diz: "Deus é inocente!"
Tudo que acontece às almas, em termo de experiência é escolhido pelas mesmas, como aprendizado instrumental. A alma "planifica" em "atualidades", as "realidades" inocentes do Criador.
Sem a mísera alma plástica, a Criação não se manifesta!
O Espírito sem a alma para instrumentar, seria um mero expediente cósmico, uma defasagem. Desprovido de aprendizado, isso ocorre sempre e necessariamente pela via do coração! O coração é, na verdade, o forno alquímico, o crisol do Espírito!
As emoções devem ser vistas metafisicamente. Todo ser muito emocional (você é profundamente emocional, epidérmica, querida!) é um crisol, um cadinho alquímico! Uma unidade planificadora!
O Criador no seu oráculo, (O Nicho de Nodin), chamado também de Deus-Pai é masculino ou feminino? Se for masculino, o feminino, ou "a Mãe" é o Imanifesto, o Incriado. A contraparte feminina, então, seria o lado negro, a banda oculta. Daí, o poder da mulher quando exerce a sua sensualidade, revelando o lado negro da força como instrumento de poder persuasivo.
Jesus recomenda em seus ensinamentos: "Abandonai Pai e Mãe!" O que existe é tão somente O Grande Momento! O "futuro", nada mais é se não "a muleta psicológica" criada pelos nossos anseios, seletivos sempre.
Há mesmo um Deus masculino e um Deus feminino! Tudo é bipolar.
O processo de criação é uno em essência, bipolar em constituição e trino em manifestação, revelando-se aos nossos sentidos em formas fractais!
Uma segura indicação de que o Espírito que habita a alma e constrói a sua "individualidade" em múltiplas jornadas, com múltiplas roupagens e deve tomar, ou construir o seu próprio caminho, tornando-se um "Criador novo".
Haverá uma hora, "em frente ao Criador" (quando ocorrer o retorno do Espírito-centelha à sua origem) que ele deverá romper com Pai e Mãe.
O apóstolo Paulo sugere, enquanto formos almas e vivermos no caminho a viver pela fé!
O melhor Deus continua sendo "o Deus do nosso coração".
Enquanto estivermos construindo a roupagem para atualizar as realidades vindas do Divino, a dúvida e as incertezas são necessárias para nos impulsionar. Nada melhor para a alma do que um desafio.
Pura adrenalina! Comparando rusticamente, a experiência cósmica de se viver os perigos da vida conduzindo, como tônica, dúvidas e incertezas, emocionalmente, assemelham-se às emoções que sente uma mulher casada quando tem conjunção carnal com outro parceiro pela primeira vez! (Esta, uma comparação tão somente sensorial).
Ela sua, treme toda, bate as pernas, sente cólica, dor de barriga, muda a fala, gagueja, esfria os lábios, fica hipotensa, pergunta se não irá para o Inferno, fala que é pecadora, clama por perdão antecipado e, nessa primeira vez, quase sempre, não consegue (ou não sente) o tão sonhado apogeu.
O apogeu pleno só ocorre com a repetição da experiência (dita de amor bandido) e a superação!
O que vale é a instrumentalidade da experiência. Ela é puro poder criativo!
Vive-se pela experiência de viver e pelo que se expressa por emoções, embora possa parecer o contrário!
Afinal, somos mesmos uns alegres e felizes instrumentos do Criador!
Aquele abraço do,

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Autor: Rafael Freitas Reis


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