Uma Abordagem na Epistemologia Convergente, Segundo Jorge Visca



UMA ABORDAGEM NA EPISTEMOLOGIA CONVERGENTE, SEGUNDO JORGE VISCA.

ANA RUTH SILVA

Resumo:

Este artigo pretende descrever e comentar sobre a Epistemologia convergente um conhecimento independente que possui como objeto de estudo o processo de aprendizagem com recursos e diagnósticos corretores e preventivos próprios.

Palavras Chave: diagnóstico, dificuldades de aprendizagem

Abstract:

This article intends to describe and to comment on the Convergent Epistemologia, an independent knowledge that it possesss as study object the process of learning with resources and disgnostic proper correctors and preventives.

Introdução:
A Epistemologia Convergente foi criada por Pedro Luiz Visca (1935-2000), Nasceu em Beradeiro, província de Buenos Aires Argentina. Graduou-se em ciências da Educação foi psicólogo social, fundou os centros de estudo psicopedagógicos de Buenos Aires, Misiones, Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo e Salvador. Realizou inúmeras publicações em seu país e no exterior, trabalhou como consultor e assessor na formação de profissionais em diversos centros de estudos psicopedagógicos que trata das dificuldades de aprendizagem, publicou vários livros. A Epistemologia Convergente é uma linha que propõe um trabalho clínico com bases nas escolas: psicogenéticas de Piaget, Psicanalítica de Freud e a Psicologia social de Enrique.

Breve analises das Bases das escolas:
Jean Piaget dividiu os períodos do desenvolvimento humano de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento, o que por sua vez, interfere no desenvolvimento global.

1º Período: sensório- motor (0 a 2 anos)
2º Período: Pré-operatório (2 a 7 anos)
3º Período: Operações concretas (7 a 12 anos)
4º Período: Operações formais (12 anos em diante)
Segundo Piaget cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo consegue fazer nestas faixas etárias, todos os indivíduos passam por todas essas fases períodos, nessa seqüência, porém o inicio e o término de cada uma delas, dependem das características biológicas do indivíduo e de fatores educacionais sociais.

De acordo com Visca (1991)

No primeiro a inteligência sensório-motora, as ações da criança não representa para si mesma o ato do pensamento, há apenas uma mera ação motriz;
No segundo nível que corresponde ao da inteligência pré-operatória já existe uma representação ou simbolização. Há distinção entre o significante (conduta de imitação, desenho, imagem mental, jogo, palavra) e o significado (situação evocada, objeto representado). Porém o pensamento deste nível não pode se organizar os objetos e acontecimentos em categorias lógicas gerais.
No terceiro nível que corresponde a inteligência operatória concreta, o pensamento da criança torna-se reversível podendo realizar a operação inversa no pensamento.
No quarto nível que corresponde à inteligência formal ou hipotética- dedutiva, o pensamento torna-se independente do concreto, é um pensamento abstrato.

A psicanálise de Sigmund Freud enquanto método de investigação caracteriza-se pelo método interpretativo, que busca o significado oculto daquilo que é manifesto, é um instrumento importante para análise e compreensão de fenômenos sociais relevante: as novas formas de sofrimento psíquico, o excesso de individualismo no mundo contemporâneo, a exacerbação da violência etc.

A escola da Psicologia Social é definida como um aprendiz centralizador, é baseada em conceituais, operacionais, são transmitidas com base no método dialético, que é o espiral do conhecimento, permite a produção de conhecimentos das leis que regem a relação entre o sujeito, natureza e sociedade.

Os fatores afetivos e sociais possuem uma grande influência no desenvolvimento da aprendizagem do ser humano. Por isso a ligação de Visca com Freud, Piaget e a Psicologia social de Enrique.

Compreendendo os fatores de modo interdinâmico:
Visca, conseguiu organizar um modelo de análise efetivamente dinâmico, permitindo compreender a interação dos aspectos cognitivos e afetivos no processo de aprendizagem, todo o processo diagnóstico é estruturado de modo a observar a dinâmica de interação entre o cognitivo e o afetivo, de onde resulta o "funcionamento do sujeito" . na prática a psicanálise trabalha com o conceito de transferência, contra-transferência e resistência. A genética de Piaget o exame clinico, raciocínio clinico, com etapas cronológicas para compreensão do erro; Psicologia social centrada nas tarefas de grupos operativos onde propõe uma dimensão clínica com diagnósticos, tratamento corretor e prevenção,
A técnica de investigação diagnóstica inicia com a Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem E.O.C.A, de onde se extrai um sistema de hipóteses e se define a linha de pesquisa, são selecionadas as provas piagetianas para o diagnóstico operatório, as provas projetivas psicopedagógicas e outros instrumentos de pesquisas complementares. A partir da análise dos dados elabora-se o sistema de hipóteses, e se define a linha de pesquisa para a anamnese, (entrevistas com os pais, escola, professores etc...) por fim o pscopedagogo conclui seu sistema de hipótese, levantando as causas das dificuldades e, posteriormente fazendo a devolutiva aos pais e ao sujeito, indicando-se os agentes corretores idéias e possíveis. Importante destacar que este trabalho exige uma metodologia multidisciplinar com a participação de outros profissionais como: médico Neurologista, Psicólogo, Fonoaudiólogo e Terapeuta Educacional.



Considerações Finais:

Diante das teorias e concepções aqui abordadas vimos que a Psicopedagogia em Visca, nos possibilita a compreender as problemáticas de aprendizagem que está bem explicita associada as estruturas cognitivas afetivas e social. A inteligência se constrói no sujeito de acordo com sua interação social com o meio, que para o desenvolvimento da inteligência é importante observar os níveis de acordo com cada faixa etária e a estrutura do sujeito. Esta breve visão de antecedentes de maneira alguma pode ser considerada exaustiva a polissemia de conceitos e os livros que são veiculadores das mensagens trás tantas informações interessantes o que gera um extenso material estruturado. Ao iniciar este estudo nos surpreendemos pois o tema desenvolve um desejo de compreensão desafiante, prazerosa e reflexiva uma estruturação de idéias gerando um aprendizado na concepção qualitativa.


Referencias Bibliográficas:

BOCK, Ana Maria Mercês Bahia -et al, (1991), Psicologias uma introdução ao estudo de Psicologias, (5º ed), Editora Saraiva.

VISCA, Jorge. Clinica Psicopedagógica Espistemologia Convergente, Porto Alegre, Artes Médicas, 1987.

VISCA, Jorge. Psicopedagogia- Novas Contribuições, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1991.

Rosa, Merval- Psicologia Evolutivam Vol 2, Petrópolis: Vozes, 1982.
































Autor: Ana Ruth Silva


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