DEUS ODEIA O DIVÓRCIO? - parte II



DEUS ODEIA O DIVÓRCIO?
Parte II ? (final).
Divórcio e novo casamento.

Alguns acreditam que o Apóstolo Paulo foi muito duro ao exortar os irmãos a não se casarem, pois dizia que era melhor viver como ele, solteiro e a disposição do Senhor, do que casar e ter tribulação. Mas também registrou que se quiserem casar, não tem problema, podem casar, mas depois, não vão querer separar.

Sabendo que alguns não agüentariam a responsabilidade do casamento, por não morrerem no seu "eu", Paulo então, da parte do Senhor, reforça a seriedade do compromisso de casamento, ordenando que se ocorrer a separação, que então não deve mais se casar, pois a separação ou rejeição, não anula a unidade do casal como um só corpo diante de Deus.

Se casarem novamente ou tiverem "um caso por ai", estarão cometendo adultério.

Adultério é pecado e o pecado consumado gera a morte.

Quanto aos assuntos sobre os quais vocês escreveram, é bom que o homem não toque em mulher, mas, por causa da imoralidade, cada um deve ter sua esposa, e cada mulher o seu próprio marido. (...)
Gostaria que todos os homens fossem como eu; mas cada um tem o seu próprio dom da parte de Deus; um de um modo, outro de outro. Digo, porém, aos solteiros e às viúvas: é bom que permaneçam como eu. Mas, se não conseguem controlar-se, devem casar-se, pois é melhor casar-se do que ficar ardendo de desejo.
Aos casados dou este mandamento, não eu, mas o Senhor: que a esposa não se separe do seu marido. Mas, se o fizer, que permaneça sem se casar ou, então, reconcilie-se com o seu marido. E o marido não se divorcie da sua mulher. (...)
Quanto às pessoas virgens, não tenho mandamento do Senhor, mas dou meu parecer como alguém que, pela misericórdia de Deus, é digno de confiança. Por causa dos problemas atuais, penso que é melhor o homem permanecer como está. Você está casado? Não procure separar-se. Está solteiro? Não procure esposa. Mas, se vier a casar-se, não comete pecado; e, se uma virgem se casar, também não comete pecado. Mas aqueles que se casarem enfrentarão muitas dificuldades na vida, e eu gostaria de poupá-los disso.
O que quero dizer é que o tempo é pouco. (...)
Gostaria de vê-los livres de preocupações. O homem que não é casado preocupa-se com as coisas do Senhor, em como agradar ao Senhor. Mas o homem casado preocupa-se com as coisas deste mundo, em como agradar sua mulher, e está dividido. Tanto a mulher não casada como a virgem preocupam-se com as coisas do Senhor, para serem santas no corpo e no espírito. Mas a casada preocupa-se com as coisas deste mundo, em como agradar seu marido.
Estou dizendo isso para o próprio bem de vocês; não para lhes impor restrições, mas para que vocês possam viver de maneira correta, em plena consagração ao Senhor. (...)
A mulher está ligada a seu marido enquanto ele viver. Mas, se o seu marido morrer, ela estará livre para se casar com quem quiser, contanto que ele pertença ao Senhor. Em meu parecer, ela será mais feliz se permanecer como está; e penso que também tenho o Espírito de Deus.
(1 Corintios 7)

Apesar das palavras dificeis de Paulo, ele não está condenando o casamento. Ele não é a favor do celibato e nem está dizendo que casamento é a pior coisa que existe, muito pelo contrário. Em suas cartas, Paulo nos fornece um verdadeiro manual de relacionamento conjugal, tratando desde autoridade, amor e até relacionamento sexual.

O que Paulo tem em mente nesse texto é a urgência do seu compromisso com a evangelização do mundo. Mesmo considerando a importância do casamento para Deus, estimula homens e mulheres a permanecerem solteiros com o fim de envolverem-se na obra do Senhor.

Paulo explica isso muito bem, ao mencionar que os solteiros cuidam das coisas do Senhor e os casados cuidam das coisas do mundo, em como agradar a esposa, ou seja, pagar a cabeleireira, manicure, conta de luz, agua, telefone, escola, celular, casa, carro, plano de saúde, dentista, remédios, supermercado, lazer, etc, etc, etc.

Mas a ênfase deste estudo, não é a evangelização do mundo, mas sim, a seriedade com que a Palavra de Deus trata a questão do casamento e o que ela diz sobre divórcio e novo casamento.

Jesus também fez questão de enfatizar a seriedade do casamento diante de Deus. Não apenas reforçando o valor do casamento, mas também restauando o projeto inicial de Deus.

Quando interrogado pelos farizeus, a respeito do divórcio, Ele simplesmente confirma o que foi dito no principio, acabando com a poligamia permitida até então, e com a opção do divórcio por qualquer motivo. Jesus é categórico ao afirmar que só pode casar novamente se o conjuge tiver tido "porneia" (relações sexuais ilícitas).

E para completar a discussão, encerra com uma ordem bem clara a respeito do divórcio:

"O que Deus uniu não o separe o homem".

Alguns fariseus aproximaram-se dele para pô-lo à prova. E perguntaram-lhe: "É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo? "
Ele respondeu: "Vocês não leram que, no princípio, o Criador ?os fez homem e mulher? e disse: ?Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne?? Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe".
Perguntaram eles: "Então, por que Moisés mandou dar uma certidão de divórcio à mulher e mandá-la embora? "
Jesus respondeu: "Moisés lhes permitiu divorciar-se de suas mulheres por causa da dureza de coração de vocês. Mas não foi assim desde o princípio.
Eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual ("porneia"), e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério".
Os discípulos lhe disseram: "Se esta é a situação entre o homem e sua mulher, é melhor não casar".
(Mateus 19.3-10:)

Essas afirmações foram tão surpreendentes para os discipulos que logo concluíram que se casamento é dessa forma, então é melhor nem casar.

Jesus acalma os discípulos dizendo que há eunucos que se fizeram assim pelo reino de Deus e quem pode receber isso receba (Mt 19.12).

Nesse caso específico Jesus já mostra que aqueles que não se casam, serão solteiros e não poderão ter relações sexuais. São eunucos em prol do reino.

-.-.-.-.-.-.-.-.-.-

Na época de Jesus havia dois costumes entre os judeus, que foram claramente anulados em Mt 19.3-10. Um era a poligamia e o outro era o divórcio por qualquer motivo.

Em relação à poligamia, a lei de Moisés, não somente permitia como também ordenava a poligamia, pois, quando o irmão de um homem morria, sem deixar descendência, este tinha que acolher a esposa viúva para suscitar descendência ao falecido (Dt 25.5-10).

Quanto ao divórcio, a escola de Hillei permitia que um homem se divorciasse por qualquer motivo, onde, o simples fato de sua esposa queimar a comida ou mostrar um braço em público, já era interpretado como um motivo para o divórcio, pois era uma "coisa indecente" ou "coisa feia".

Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. (Dt 24.1)

Jesus colocou um fim a estas duas questões, sem cair no laço dos fariseus.

Em relação à poligamia, Ele lembra que no princípio, Deus estabeleceu que fossem dois em uma só carne, não eram três, quatro ou cinco, eram dois. E, para não deixar dúvidas, afirma que se um homem casar com outra mulher cometerá adultério, salvo se esta mulher, tiver tido relações sexuais ilícitas ("porneia").

Com isso, podemos perceber que na questão da poligamia, o divórcio por qualquer motivo ou "porneia" se tornam irrelevantes, pois, não seriam empecilhos para que um homem casasse com mais de uma mulher.

Na poligamia, um homem poderia ter quantas mulheres pudesse cuidar. Se uma delas fugisse, separasse ou mesmo adulterasse, este homem poderia continuar casando normalmente como já o fazia antes e não estaria em adultério.

Já na questão do divórcio, Jesus foi categórico ao afirmar que o divórcio e o novo casamento, só serão permitidos em caso de divórcio por "porneia".

É importante frisar que na analise histórico-cultural, a esposa era tida como uma propriedade do homem e, quando o homem mantinha relações sexuais com outra mulher estava apenas fornicando e não adulterando. Também nesse contexto, somente o homem podia dar a carta de divórcio e só a esposa adulterava.

Esta situação também foi claramente anulada por Jesus, quando interrogado novamente pelos seus discípulos em Mc 10.10-12, Ele iguala a condição do adultério para ambos os sexos, enfatizando que qualquer um dos dois cônjuges, que manter relações sexuais ilícitas comete adultério.

Em casa, voltaram os discípulos a interrogá-lo sobre este assunto. E ele lhes disse: Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. E, se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério. (Marcos 10.10-12)

Tanto o homem como a mulher que repudiarem o seu cônjuge e casar novamente estarão cometendo adultério.

Com isso, podemos entender que a unidade do casal em Deus é indissolúvel, exceto por "porneia" ou morte de um dos cônjuges.

-.-.-.-.-.-.-.-.-.-

Mas, existem atualmente, algumas interpretações conflitantes a respeito de Mateus 19.3-10, principalmente no tocante a licitude do novo casamento. Enquanto alguns são radicais em dizer que o crente não pode casar novamente, outros banalizam a instituição do casamento permitindo o divórcio por qualquer motivo.

O grupo mais radical interpreta que neste texto, Jesus está se referindo a noivos e com isso, todo segundo casamento, em qualquer condição, é pecado enquanto o primeiro cônjuge viver, pois, no costume judaico, os noivos tinham um compromisso equivalente ao de um casamento, e no caso de desistência, tinham inclusive que dar a carta de divórcio.

Reforçam essa tese pelo fato de Jesus ter utilizado o termo "porneia" que traduzido seria fornicação e não adultério ("moichatai"). Com isso, entendem que todo segundo casamento é pecado enquanto o primeiro cônjuge viver, independente de ter havido ou não o adultério.

Com isso, a pessoa que está envolvida no segundo casamento, que se converte a Cristo, deve divorciar-se do segundo casamento e retornar ao primeiro cônjuge e, se isso não for possível, deve viver sozinha para não permanecer em adultério continuado.

Outros, mesmo considerando que todo segundo casamento é pecado, optam em orientar a pessoa que se converte a Cristo, envolvida no segundo casamento, que esta deve buscar o perdão do pecado de adultério, mas deve permanecer no segundo casamento.

O segundo grupo é formado por aqueles que entendem que Jesus também está se referindo a pessoas casadas e que, o adultério, a prostituição e outras relações sexuais ilícitas, anulam o casamento, permitindo ao cônjuge traído, a opção de divorcio e novo casamento.

O terceiro grupo é formado por aqueles que ampliam o sentido da palavra "porneia", além da conotação sexual, entendendo que o repúdio continuado (a exemplo de 1 Cor 7.15) e/ou a violência conjugal, são motivos para o divórcio e também para um novo casamento.

Tem também a turma dos que não estão nem ai com a seriedade do casamento. Casou não deu certo, separa e tenta de novo. O bem estar humano, a auto-estima, o "eu-centrismo" está acima da Palavra e já tomou conta. E, como dita o relativismo moral do pós modernismo, ninguém tem nada com isso, cada um viva como quer e cada um cuide da sua própria vida.

E o pior é que nesse caminho ainda temos aqueles que consideram que Deus pode abençoar um casamento de duas pessoas do mesmo sexo, só porque se "amam". Mas não vamos perder tempo falando sobre isso.
Ao passarmos pelo crivo da hermenêutica, não encontramos base bíblica, para amparar o entendimento do terceiro grupo, que defende que a violência e o repudio continuado são motivos para o divórcio e novo casamento, como veremos neste estudo.

Mas ao iniciar um estudo sério sobre as interpretações e bases bíblicas dos dois primeiros grupos, percebemos a necessidade de entender melhor esse assunto e não fechar esta questão baseando-se, apenas numa simples leitura dos textos bíblicos, ou porque alguém disse que é assim.

Depois de vários dias estudando, orando e procurando analisar esse assunto dentro de uma hermenêutica adequada. Procurando analisar esta questão no seu Contexto, História, Cultura e entendimento Teológico da época, confesso que esbarrei na minha ignorância em relação ao grego.
Isso complicou significativamente o meu estudo, pois o ponto chave dessa questão seria a análise Léxico-sintática do texto original.

O novo testamento foi escrito em grego e ao compararmos as diversas traduções de Mt 19.9, a primeira vista, observamos certa coerência no entendimento dos diversos tradutores bíblicos, os quais optaram em traduzir "porneia" por "Fornicação".

E ai complicou, pois, "Fornicação" como define os dicionários, é a prática de relações sexuais fora do casamento ou entre pessoas que não são casadas.

Desta forma o primeiro grupo estaria correto em suas interpretações?
Jesus estaria mesmo se referindo à infidelidade de um judeu enquanto noivo?

Mas vamos analisar algumas traduções:

Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério [e o que casar com a repudiada comete adultério]. (Versão: Português: João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada)
Portanto, eu afirmo a vocês o seguinte: o homem que mandar a sua esposa embora, a não ser em caso de adultério, se tornará adúltero se casar com outra mulher. (Versão: Português: Nova Tradução na Linguagem de Hoje)
Eu vos digo porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, e casar com outra, comete adultério; [e o que casar com a repudiada também comete adultério.] (Versão: Português: João Ferreira de Almeida Atualizada)
Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério. (Português: João Ferreira de Almeida Corrigida e Revisada, Fiel)
Y yo os digo que cualquiera que repudiare á su mujer, si no fuere por causa de fornicación, y se casare con otra, adultera: y el que se casare con la repudiada, adultera. (Versão: Español: Reina Valera (1909))
And I say unto you, Whosoever shall put away his wife, except it be for fornication, and shall marry another, committeth adultery: and whoso marrieth her which is put away doth commit adultery. (Versão: English: King James Version)
legô de umin oti os an apolusê tên gunaika autou ts=ei mê epi porneia kai gamêsê allên moichatai tsb=kai tsb=o tsb=apolelumenên tsb=gamêsas tsb=moichatai (Versão: ÞçÕèÙ: Hebraico (OT) e Grego (NT) ? Transliterado)
Or io vi dico che chiunque manda via la sua moglie, salvochè per cagion di fornicazione, e ne sposa un´altra, commette adulterio; ed altresì chi sposa colei che è mandata via commette adulterio. (Versão: Italiano: Giovanni Diodati Bible (1649))
Mais je vous dis que celui qui répudie sa femme, sauf pour infidélité, et qui en épouse une autre, commet un adultère. (Versão: Français: Louis Segond (1910))
Eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério. (Versão: Português: Nova Versão Internacional)
And I say to you, Whoever shall put away his wife, except for lewdness, and shall marry another, committeth adultery: and whoever marrieth her who is put away, committeth adultery. (Versão: English: Webster's Bible)
Y os digo que cualquiera que se divorcia de su mujer, a no ser por causa de fornicación, y se casa con otra, comete adulterio. (Versão: Español: Español Moderno)
And I say unto you, Whosoever shall put away his wife, except for fornication, and shall marry another, committeth adultery: and he that marrieth her when she is put away committeth adultery. (Versão: English: American Standard Version (1901))
"I tell you that whoever divorces his wife, except for sexual immorality, and marries another, commits adultery; and he who marries her when she is divorced commits adultery." (Versão: English: World English Bible)
Ahora bien, os digo que quien repudie a su mujer - no por fornicación - y se case con otra, comete adulterio.» (Versão: Español: Biblia de Jerusalén (1976))

Propositadamente, para economizar espaço, omitimos outras traduções semelhantes, que na sua maioria mencionavam "porneia" como fornicação.

Outra circunstância registrada por João, que daria crédito a esse entendimento é o fato dos fariseus terem acusado Jesus, de ter nascido por meio de "porneia" (João 8.41), pois, Maria, como todo mundo ficou sabendo, ficou grávida enquanto ainda estava "noiva" de José.

(Interessante que o fato de Jesus ter sido gerado antes de José desposar Maria, se tornou notório aos judeus, pois ao confrontarem Jesus, já tinham ciência deste fato. Com isso, eles estavam num grande dilema, pois, ou eles creriam no nascimento virginal de Jesus ou teriam mesmo que dizer que Jesus havia sido concebido em uma relação sexual ilícita de Maria com outro homem, pois José que era justo intentou deixá-la por isso.)

Portanto, a principal dúvida era sobre o que "porneia" realmente significava.

Teriam os tradutores bíblicos, traduzido o termo de forma inadequada?

Teriam eles desconsiderado o contexto histórico e cultural da época?

A solução para dirimir essa grande dúvida veio como um milagre de Deus.

Enquanto escrevia este texto, viajei a negócios e nas horas vagas, aproveitei para estudar e meditar sobre esta questão. Foi quando um irmão me disse que naquele dia estaria começando naquela cidade, o Seminário de Ciências Bíblicas, promovido pela SBB.

Achei que seria interessante participar, mas as inscrições já haviam encerrado e não havia mais vagas. Tava tudo lotado. Deus fez mais um milagre, pois, ao insistirmos com a secretária do evento, conseguimos mais um lugar.

Neste evento, em um dos intervalos das palestras, eu pude ter o privilégio de conversar com o Rev. Vilson Sholz, que além de ser professor de grego na Universidade Luterana do Brasil, ocupa o cargo de Consultor de Traduções da Sociedade Bíblica do Brasil, sendo ele o principal responsável em aprovar todas as questões relacionadas às traduções das bíblias que são impressas pela SBB.

Em nossa conversa, ele me informou que "porneia" é um termo amplo e que pode ser aplicado até para relações sexuais entre parentes (incesto), além de adultério, fornicação, prostituição, homossexualismo, bestialidades e outras relações sexuais ilícitas. Tudo isso poderia ser traduzido de "porneia".

Sobre o contexto do texto, o Rev. Sholz me disse que entendia claramente que Mateus 19.9 se aplicava também para pessoas casadas.

Ou seja, "porneia", de acordo com quem entende muito do assunto, não é apenas fornicação como afirmam alguns, e o texto também se aplica para as pessoas casadas.

Acrescentamos a isso, o fato de que a palavra em grego "gunaika" foi traduzida por todos os tradutores como sendo esposa, mulher, "wife" e outras expressões semelhantes, e, que nenhum tradutor utilizou o termo "noiva" ou algo parecido, como seria mais apropriado caso o texto em grego assim o dissesse.

Desta forma, podemos concluir com tranqüilidade de consciência, que o homem só pode se casar com outra mulher, quando se divorciar de sua "gunaika" por ela ter caído em "porneia".

Se um homem casar com outra mulher, sem que a sua primeira esposa tenha caído em "porneia" ou falecido, ele estará em adultério.
Mas esse direito é exclusivo dos homens?

Em Mc 10.10-12 Jesus esclarece esta questão aos seus discípulos, onde podemos entender que os direitos de divórcio por "porneia" são tanto para o homem quanto para a mulher.

Em casa, voltaram os discípulos a interrogá-lo sobre este assunto. E ele lhes disse: Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. E, se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério. (Marcos 10.10-12)

-.-.-.-.-.-.-.-.-.-

Só que temos ainda uma segunda questão, mais difícil de resolver do que a primeira.

Se "porneia" é um termo amplo, Jesus estaria autorizando o divórcio e novo casamento:

? Simplesmente quando um cônjuge adulterasse uma única vez? Ou,
? Somente quando um cônjuge optasse por uma vida devassa, se suicidando espiritualmente com uma vida entregue a fornicação, prostituição e toda sorte de relações sexuais ilícitas?

Será que Jesus, em Mateus 19.9, sugere um ato singular ou uma prática continuada (pluralidade)?

Por exemplo, se um cônjuge crente, cometer um adultério, se arrepender genuinamente e confessar o seu pecado, pedir perdão a Deus, ao seu cônjuge e a sua família. O outro cônjuge poderia não perdoá-lo?

Ou até poderia "perdoá-lo", mas mesmo assim, optar pelo divórcio, devido às frustrações e magoas, e posteriormente casar novamente?

Partindo de uma análise contextual e Teológica, podemos entender que a resposta é mais para um "não" do que para um "sim".

Pois o crente que comete o adultério, se arrepende e pede perdão, ele está livre da condenação. Seus pecados foram perdoados, sua condição anterior foi restabelecida, com isso, porque não restabelecer o casamento novamente?

Só porque o cônjuge magoado não quer perdoar?

É claro que não estamos analisando os motivos para o adultério, sentimentos que envolvem esta situação, história do passado, magoas, frustrações, as trocas de acusações e diversos outros aspectos que envolvem um momento terrível como esse.

Mas, o que temos que entender é que, dentro do contexto teológico, o perdão não é uma opção para o crente que almeja ir para o céu se encontrar com Jesus. O perdão é uma obrigação.

Jesus foi muito claro ao expor a condição de perdoar para ser perdoado.

Pai nosso que estas no céu (...)
Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. (...)
Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas.
(Mateus 6:12, 14, 15 )
Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?
Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos.
E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga.
Então, o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei.
E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida.
Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves.
Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei.
Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida.
Vendo os seus companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram relatar ao seu senhor tudo que acontecera.
Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?
E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida.
Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.
(Mateus 18.21-35)

É muito difícil dizer isso, sinto muito em dizer isso, mas não podemos analisar esta questão de um ponto de vista sentimental. Por isso, podemos entender que a condição para um divórcio e novo casamento, dentro de uma hermenêutica correta, sem os vícios, pré-conceitos e sentimentalismos que envolvem esta questão, é somente para o cônjuge fiel, no caso do cônjuge infiel, consciente das conseqüências espirituais, escolhe permanecer em suas relações sexuais ilícitas, sem qualquer arrependimento e desistindo assim voluntariamente da sua fé. Ou seja, um suicídio espiritual. O crente morre espiritualmente por "porneia" e o seu cônjuge está livre para divorciar e partir para um novo casamento.

Como essa questão não é tão visível a olho nu, o tempo e o devido acompanhamento pastoral irão definir se o cônjuge fiel está livre para divorciar e casar com outra pessoa ou não.

Não vamos definir quanto tempo é esse, ou quantas vezes o infiel tem que adulterar para morrer espiritualmente e libertar o cônjuge traído de seu vinculo matrimonial. São muitos os fatores que envolvem esta questão e temos que contar com o apoio de pastores e conselheiros levantados por Deus, para dirimir esta questão.

E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus. (Mateus 16:19)
Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos. (João 20:23)

Já o "crente" que adulterou e não se arrependeu está em pecado e se casar outra vez não faz diferença, pois já está morto mesmo! Um pecado a mais ou a menos não muda o quadro nem o lugar que lhe aguarda.

Esse é um ponto muito delicado, mas temos que entender que a porta para a salvação do perdido está muito ligada à porta da restauração da família.

Pois o arrependimento com perdão gera a vida, ressuscita o morto, mas o não arrependimento do pecado gera a morte e o cônjuge fiel, que está vivo para Deus, pode casar novamente.

Com isso, podemos definir que Jesus em Mt 19.9, está permitindo o divórcio e novo casamento ao cônjuge fiel, cujo cônjuge optou conscientemente por morrer espiritualmente através do pecado de "porneia".

Se um cônjuge morre, o outro pode casar novamente.

Por isso, o tempo é um fator que deve ser muito bem aproveitado e considerado, pois ele ajuda a restaurar as emoções, curar as feridas e entender os fatores que ocasionaram o adultério, permitindo assim, uma boa reflexão sobre as conseqüências das decisões que poderão ser tomadas.

Não esquecendo que o tempo é fundamental para dar a oportunidade de Deus fazer um milagre.

A precipitação em fechar a porta da restauração, pode fechar a porta da salvação e impedir o milagre de acontecer.

Com isso, mandamos o cônjuge adúltero para o inferno, pois a não restauração, provavelmente fará com que ele adultere novamente.

Não podemos perder a chance de ver uma família restaurada.
Ouvi recentemente o testemunho de uma criança que orou para que seus pais separados se unissem novamente. Tanto a mãe como o pai já estavam em outros relacionamentos, inclusive a mãe "amando" outro homem. Mas essa menina não desistiu da sua oração, ao ponto disso se tornar notório para a igreja. Quando ela fez quinze anos, o presente dela foi o milagre de Deus de ver seu pai e sua mãe juntos novamente.
Nosso Deus é um Deus que faz milagres!

Existem vários exemplos de cônjuges que perdoaram o adultério e tiveram sua família e seu casamento plenamente restaurado.

Só Jesus pode fazer um milagre desses, e se Deus fez isso na vida de tantas pessoas, que passaram pelo vale do adultério, também pode fazer na vida de outros, que estejam ou venham a passar pela mesma situação.
Não desista da restauração! Espere em Deus, de um bom tempo para sarar do susto, das mágoas e das emoções. Exercite o perdão e opte pela restauração do seu casamento.

-.-.-.-.-.-.-.-.-.-

E quando o crente adultera, separa de seu cônjuge, ajunta com outra pessoa, casa, tem filhos com ela e depois diz que se arrependeu e quer voltar para a igreja?

É uma resposta difícil, mas, temos que crer que Jesus também ressuscita os mortos. Milagre é com Jesus.

Em primeiro lugar, temos que entender que o arrependimento é uma ação do Espírito Santo e uma das características do arrependimento é deixar a pratica do pecado.

Em segundo lugar, precisamos deixar nossos sentimentos de fora e ouvir a seriedade com que a Palavra de Deus trata e fala sobre aqueles que deliberadamente optaram em andar e permanecer no pecado.

Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários.
Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas.
De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?
Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.
Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.
(Hebreus 10.26-31)
Não haja nenhum imoral ou profano, como Esaú, que por uma única refeição vendeu os seus direitos de herança como filho mais velho.
Como vocês sabem, posteriormente, quando quis herdar a bênção, foi rejeitado; e não teve como alterar a sua decisão, embora buscasse a bênção com lágrimas. (...)
Cuidado! Não rejeitem aquele que fala. Se os que se recusaram a ouvir aquele que os advertia na terra não escaparam, quanto mais nós, se nos desviarmos daquele que nos adverte dos céus?
Portanto, já que estamos recebendo um Reino inabalável, sejamos agradecidos e, assim, adoremos a Deus de modo aceitável, com reverência e temor, pois o nosso "Deus é fogo consumidor! "
(Hebreus 12,16-29)

Que textos terríveis para a nossa meditação..

Muitos acham que o antigo testamento era duro demais com as pessoas. Quem fala isso é porque não lê e não entende nada de bíblia. Veja só que a advertência da lei é considerada da terra e de menor efeito que a graça, que é do céu. A desobediência hoje é muito mais terrível do que no antigo testamento. E o que ocorria com aquele que desobedecia a lei? Morria sem misericórdia.

Antes o adultério ocorria na prática, hoje é só de olhar e desejar (Mt 5.28).
Outro texto que serve de alerta para aqueles que acham que podem pular a cerca, satisfazer seus desejos carnais e depois voltar para a comunhão dos santos, sentado na janela do trenzinho do "pequei, perdão, pequei, perdão, pequei, perdão", está em Gálatas 6.7,8:

Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. (Gálatas 6.7,8)

Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. (1 Cor 6.9,10)

O Crente que deliberadamente caminha no pecado extingue a ação do Espírito Santo (1 Ts 5.19). E como é o Espírito Santo que nos convence do Pecado, da Justiça e do Juízo (Jo 16.8), podemos inferir, que o risco desta pessoa perder a condição de se arrepender dos seus pecados e reconciliar com Cristo, é muito grande.

Isso é tão sério que Jesus não economizou palavras para expressar e advertir o quão terrível é o adultério, suas conseqüências e a urgência em cortar o mal pela raiz:

Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.
Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno.
E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que todo o teu corpo seja lançado no inferno.
(Mateus 5.27-30)

É claro que Jesus está de "certa forma", usando uma figura de linguagem, mas se alguém está sendo atraído para essa área, fuja e peça ajuda urgente.

Se for o caso, peça demissão. Dê seu computador. Pare de assistir televisão, pare de conversar com determinada pessoa, fuja enquanto é tempo.

Não clique em sites ou links que você não tem certeza de que seu conteúdo será adequado para você.

Hoje, basta ligar a televisão ou acessar a internet para entrar no mundo da "porneia+grafia", onde a oferta é farta, fácil e simples.

No mundo dos negócios as relações pessoais muitas vezes ultrapassam o bom costume. São festas com bebidas e mulheres sensuais para atrair clientes, são as "propinas", é a exposição e marketing pesado que usam todo tipo de imagem, suborno e coisas semelhantes.

Em tudo isso o mundo está presente dando de presente seus pratos de lentilhas para quem está com vontade de comer. Basta experimentar um pouquinho para perder tudo aquilo que Deus tem para a sua vida.
Examinem tudo, fiquem com o que é bom e evitem todo tipo de mal. (1 Tessalonicensses 5.21,22)

Paulo não está induzindo o crente a experimentar o pecado, mas sim, para andar com sabedoria e a tomar cuidado com as circunstâncias desconhecidas. Se o negócio não parece ser bom, a ordem é: Fuja! É o famoso "Fique esperto!"

Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. 1 Coríntios 6:18

Não vamos brincar com "porneia", não vamos dar lugar ao diabo, não vamos expor nossos conjuges ao perigo. O nosso alvo é Cristo.

Se teu emprego te faz pecar, peça demissão! Se tua escola te faz pecar, mude de escola, pare de estudar se for o caso!

"O sucesso no mundo não compensa o fracasso no lar!" (autor desconhecido)

-.-.-.-.-.-.-.-.-.-

E o que podemos responder para aqueles que entendem que Repudio continuado é motivo para o divórcio e novo casamento?

Dita a boa hermenêutica que: "texto fora do contexto é pretexto". A Palavra de Deus não se contradiz. A Bíblia é completa em si mesma. Um texto complementa, acrescenta, explica ou melhora o entendimento do assunto de outro texto. Não há contradição na mensagem. A bíblia é auto-explicativa. A resposta que precisamos está na própria bíblia.

Por isso, temos que analisar um texto dentro do seu contexto histórico-cultural, época, autor, significado da mensagem para o autor, destinatário da mensagem, etc.

A não observância destes princípios gera interpretações erradas e isoladas dos textos bíblicos.

Se analisarmos 1 Cor 7.15, desprovidos desta proteção, podemos entender que o crente repudiado pelo descrente está livre para casar novamente, pois como o texto diz "não estaria sujeito a servidão", ou seja, estaria livre:

Mas, aos outros, digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe. E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe.
Porque o marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é santificada pelo marido. Doutra sorte, os vossos filhos seriam imundos; mas, agora, são santos.
Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz.
(1 Cor 7.12-15)

Isso só ocorre se analisarmos este texto de forma isolada, sem colocá-lo ao lado de 1 Cor 7.10-11 e Mt 19.9, por exemplo, pois em 1 Cor 7.10-11, Paulo diz que o Senhor ordena que a mulher não se aparte do marido, mas se apartar, que fique sem casar. Da mesma forma o Senhor ordena que o marido não deixe a mulher.

1 Cor 7.15 também só fala da separação, não acrescenta que essa liberdade dá direito a novo casamento. Está apenas livre das obrigações de esposo ou esposa.

Também mostramos, na primeira parte deste estudo, que o casamento ajuntado por Deus, independe de ato religioso ou crença do casal. Muito embora um casal de descrentes esteja em pecado, a sua condição de casados diante de Deus permanece.

Desta forma, em 1 Cor 7.39, Paulo mostra que o entendimento de que 1 Cor 7.15 permite ao crente casar novamente está errado. Para não deixar esta dúvida, no versículo 39, ele diz e repete em Romanos, que a mulher só está livre para casar novamente, se o marido falecer.

A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor. (1 Coríntios 7.39)

Meus irmãos, falo a vocês como a pessoas que conhecem a lei. Acaso vocês não sabem que a lei tem autoridade sobre alguém apenas enquanto ele vive?

Por exemplo, pela lei a mulher casada está ligada a seu marido enquanto ele estiver vivo; mas, se o marido morrer, ela estará livre da lei do casamento.

Por isso, se ela se casar com outro homem enquanto seu marido ainda estiver vivo, será considerada adúltera. Mas se o marido morrer, ela estará livre daquela lei, e mesmo que venha a se casar com outro homem, não será adúltera
(Romanos 7.1-3)

Observem que Paulo não se contradiz em suas cartas, mesmo que escrita em épocas diferentes e para destinatários diferentes. Paulo cita que só a morte faz com que haja a condição para a liberdade. E que liberdade é essa senão um novo matrimônio?

Mas Jesus acrescenta algo interessante nesse assunto. Ele inverte o sentido da responsabilidade do adultério para o homem que repudia a sua esposa (seja ela crente ou não):

Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, que lhe dê carta de desquite.
Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.
(Mateus 5.31,32)

Vejam bem que na nova aliança, a mulher repudiada (divorciada) pelo marido, fica exposta ao adultério se casar novamente, ao contrário do que permitia Moises em Deuteronomio 24.1-3:

Se um homem casar-se com uma mulher e depois não a quiser mais por encontrar nela algo que ele reprova, dará certidão de divórcio à mulher e a mandará embora.

Se, depois de sair da casa, ela se tornar mulher de outro homem, e o seu segundo marido não gostar mais dela, lhe dará certidão de divórcio, e mandará embora a mulher. Ou também, se ele morrer, o primeiro marido, que se divorciou dela, não poderá casar-se com ela de novo, visto que ela foi contaminada. Seria detestável para o Senhor. Não tragam pecado sobre a terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá por herança.

Esse texto que pertence ao antigo testamento, considera o segundo casamento da mulher como válido, pois não classifica a esposa como adúltera e chama o segundo homem de marido também.

No novo testamento esta opção, a poligamia e o divórcio por qualquer motivo, são totalmente rejeitados por Cristo.

Logo o repudio continuado não da direito ao conjuge repudiado de se casar novamente, exceto se o conjuge que repudiou, vier a morrer ou cometer "porneia", dentro do que já definimos.

-.-.-.-.-.-.-.-.-.-

A mulher divorciada ainda continua tendo marido diante de Deus?

Nesse ponto não podemos deixar a legislação ou a lingüística de nossa época modificar o sentido da Palavra. Não é porque a lei e a nossa geração consideram o divórcio como a extinção de um casamento que a palavra também assim o considere. Temos que tomar cuidado com isso.

A palavra de Deus não está sujeita aos costumes, tradições e leis humanas. Mesmo que as palavras originais (hebraico e grego) não encontrem termos adequado à língua dos leitores, a sua mensagem não muda.

Mesmo que a linguagem e o modo de transmitir a Palavra de Deus possam e devem ser adaptados para uma melhor compreensão dos leitores, a mensagem em si não pode ser mudada. Logo, a Palavra de Deus se aplica a todos os povos, línguas e nações em todas as épocas da humanidade. E se aplica da forma como está!

Nesse ponto, podemos entender que o novo testamento deixa duas situações para o crente:

? São casados, mesmo vivendo separados: quando apenas deixam de viver juntos por violência ou repudio, mesmo que estejam divorciados, segundo a lei, mas diante de Deus continuam casados.
? Divorciado diante de Deus: quando um dos cônjuges morre espiritualmente cometendo "porneia", sem arrependimento, com isso, o crente fiel pode divorciar legalmente e se Deus permitir, casar novamente, desde que seja no Senhor.

-.-.-.-.-.-.-.-.-.-

No Brasil, mais de 20% da população se diz convertida a Cristo. Isso também quer dizer que há muito joio no meio do trigo.

Num universo tão grande de pessoas, o divórcio surge como uma realidade maligna e como solução para muitos "crentes carnais".

Todos nós conhecemos diversas pessoas que se divorciaram e já estão no segundo casamento, mas, o problema se torna maior, quando o divórcio e o novo casamento acontecem entre "crentes" dentro da igreja, onde o perdão e o amor são elementos básicos da convivência entre cristãos.

Esta situação tem gerado aceitação, comodismo, conversas e muita informação que acaba entrando na mente dos irmãos, ao ponto de se tornar algo "normal" na igreja. Ficou comum saber que fulano separou da fulana. O interessante agora é saber com quem vai casar e depois de quanto tempo.

Com toda essa informação e naturalidade, quando ocorre qualquer desentendimento entre um casal, esta opção surge estimulada ou pelo "eu carnal" ou pelo próprio diabo, e ai o divórcio entra na contenda e passa a ser considerado como uma opção para o fim do conflito.

Interessante que alguns, nesse delírio carnal, caminham em seus pensamentos, gerando esperança até sobre um novo casamento, o quanto seria lindo e maravilhoso casar novamente, com uma princesa novinha e sarada, ou com um príncipe encantado, romântico e assim viver feliz para sempre, sem nunca mais ter problemas, sem conta de luz para pagar, sem filhos para levar para a escola, sem roupa suja na lavanderia, sem supermercado, sem patrão, etc.

Isso é ridículo! É irreal. Contraria tudo o que a palavra de Deus diz sobre a realidade da vida neste mundo.

Mas são muitos os que são tentados e caem nesse laço terrível.

A opção do divórcio em uma controvérsia do casal, só agrava a discussão e neutraliza a opção do conserto. O divórcio, quando entra na conversa, impede o casal de crescer no Senhor e de resolverem seus problemas e diferenças em Cristo.

A palavra divórcio deveria de ser riscada do vocabulário e pensamento dos casais que estão no Senhor. Deus nos chamou para a paz e para vivermos em família.

Casamento é uma benção e tudo o que Deus fez, faz e vai fazer é muito bom!

-.-.-.-.-.-.-.-.-.-

Só que estamos vivendo os últimos dias da Igreja sobre a terra, e a característica principal da igreja dos últimos dias é justamente o esfriamento do amor. E por que o amor iria esfriar? Por causa do aumento da iniqüidade (Mt 24.12).

Junto ao aumento da iniqüidade temos a apostasia. Apostasia não é a pessoa que desvia e sai da igreja. A apostasia dos últimos dias é o abandono da fé através de heresias (1 Tm 4.1).

Pregar sobre o pecado, céu e inferno já não faz parte da moda. O que todo mundo quer ouvir hoje é só solução. É o bem estar acima do amor ao próximo. É a auto estima elevada.

Se não for para pregar algo agradável, que estimule o ego do cristão, que mostre que ele vai ficar rico ou que melhore a sua auto-estima, ninguém quer ouvir. É o EU entronizado no lugar de Cristo. E Jesus passa a ser um acessório.

É como aquele desenho das quatro leis espirituais. O "Eu" sentado no trono e tomando o lugar de Jesus no nosso coração. Quem manda é eu e o que eu penso é o que importa. Cada um que cuide da sua vida, porque da minha cuido eu.

Isso está errado. JESUS É O CENTRO, não é o homem. Estamos na igreja por Ele e para Ele. A igreja não existe por nossa causa nem para nós, a igreja existe para Jesus. Jesus tem que ser o alvo de toda a nossa atenção e adoração.

O evangelho da solução não convive com textos como Mateus 24; João 16.33; Romanos 5.3,4; Romanos 12.12; 2 Coríntios 1.4; 2 Coríntios 6.4; 2 Timóteo 2.3; 1 Pedro 4.13, Lucas 9.23 e tantos outros versículos que mostram que a vida do crente sobre a terra não é fácil.

E pra piorar, na tentativa de deixar o evangelho mais bonito e atraente, ainda alteram textos bíblicos, pregando mentiras para agradar o povo.

Um exemplo disso é Mateus 6.33, onde é muito comum ouvirmos: "buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, e "todas as outras" coisas vos serão acrescentadas." Quem não quer que todas as coisas lhe sejam acrescentadas?

Isso é um engano! Jesus não disse isso. Jesus em Mateus 6 estava falando de necessidades básicas (roupas e alimentos) e concluiu que se buscássemos o reino de Deus, que "ESTAS coisas" seriam acrescentadas. Se trocarmos o "estas" por "outras" mudamos totalmente o sentido do texto. Leia na sua bíblia e veja o que está escrito "estas coisas" e não" outras coisas". De onde tiraram isso?

Outro texto fora do contexto é "Tudo posso naquele que me fortalece!" (Fp 4.13). Paulo não estava dizendo que podemos fazer todas as coisas que queremos, basta observar os versículos anteriores (11 e 12) para entender que Paulo está dizendo que com Jesus ele pode passar dificuldades, sofrimentos, como também a ter fartura.

E nesse ambiente cheio de bem estar, totalmente voltado para o homem, com boas promessas e nada de dificuldade, esposas insatisfeitas com seus maridos, se cansam e se dão ao luxo de ir ao shopping para arrumar um mais novo.

Maridos cansados de suas esposas velhas, rabugentas e já não tão perfeitas fisicamente como antes, baseados na palavra de que "comerão o melhor desta terra", procuram trocar de esposa a cada cinco mil quilômetros, para não estragar o motor.

É comum nos casais desajustados, encerrarem conversas como: "Não dá mais certo", "Não nascemos um para o outro", "Nosso casamento foi um erro"; "Eu não agüento mais você"; "Não vem que não tem"; "Eu não nasci pra isso"; "Ta pensando que casou com quem?"; "Acha que eu sou sua mãe pra fazer isso?"; "Ta pensando que eu vou viver o resto da minha vida desse jeito?".

Eu, eu, eu, eu... É o "eu" no centro, ditando regras e impedindo a benção de Deus.

Quem diz isso precisa ir para a cruz. Precisa se converter. Precisa ler bíblia pra aprender a morrer. Se o grão de trigo cair na terra e não morrer, fica ele só, mas se morrer dá muito fruto (Jo 12.24).

E o que isso tem a ver com casamento? Tudo. Se os cônjuges não morrerem um para o outro, vão ficar só.

Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna. Gálatas 6:8

E o que é semear na carne dentro de um casamento? É o egoísmo, a ira, a maledicência, a palavra torpe, as pelejas, a pornografia, o adultério, e tudo mais que faz com que a casa seja um canteiro de maldições.

E o que se colhe com tudo isso? Divórcio, adultério e morte espiritual.

-.-.-.-.-.-.-.-.-.-

E essa é para os homens:

É importante mencionar que a biblia faz distinção de sexos. Ela não discrimina o sexo, mas imputa diferentes responsabilidades a cada um dos conjuges.

Foi para o homem que Deus deu a responsabilidade trazer o sustento da casa e foi para o homem que Deus deu a responsabilidade de guardar e proteger a sua família.

Para a mulher, cabe a responsabilidade do cuidado com a casa, com os filhos e a auxiliar o seu marido em sua missão, além de ser protegida por ele.

Por isso, OS HOMENS tem que prestar muita atenção ao que Jesus ensinou em Mateus 5.32, quanto a responsabiliade em não expor sua esposa ao adultério.

Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério. (Mateus 5.32)

É claro que neste texto, como já dissemos, Dt 24.1-3 está implicito, mas o princípio de autoridade é que estamos ressaltando.

Vale também o alerta para os homens, que o pecado entrou no mundo por intermédio do homem. Adão foi um "banana" e ao invés de dar ouvido a Deus foi dar ouvidos a voz da sua mulher:

E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela: maldita {é} a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Gênesis 3:17
O homem tem a responsabilidade, diante de Deus, de dizer "não" a sua mulher, quando esta lhe fala sobre divórcio ou outras questões que não estão de acordo com a Palavra e a vontade de Deus.

O homem tem a responsabilidade de dizer "não" ao pecado. De definir posição. De conduzir a sua esposa e filhos debaixo da proteção e direção de Deus.

O homem recebeu autoridade de Deus para governar "BEM" a sua casa. Se Deus deu autoridade Ele mesmo capacita. É importante que a esposa e os filhos entendam e creiam nisso. Isso é proteção para a família. Mesmo quando as esposas ou filhos não entendem, é bom respeitar porque Deus está nesse negócio.

O homem que não se posiciona, não luta pela sua familia, não lê a biblia, não ora, não jejua, não crê em milagres, é um "banana" e certamente estará colocando a sua casa em grande risco.

Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa.

Eis que assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR.
O SENHOR te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida. E verás os filhos de teus filhos, e a paz sobre Israel.
(Salmos 128)

Esse é o Salmo do homem macho que teme a Deus. Ele será feliz, sua esposa estará junto dele e seus filhos estarão sentados ao redor da sua mesa.

Isso é promessa de Deus! Creia nisso!

-.-.-.-.-.-.-.-.-.-

Outro milagre que Jesus fez foi o de restaurar o valor da mulher no Novo Testamento.

A esposa, na época de Cristo, era tida como uma propriedade do homem, e com isso, de acordo com a escola de Hillei, podia ser despresada (repudiada) por qualquer motivo.

Mas a partir da nova aliança, Jesus eleva a mulher a sua condição original que é para ser uma auxiliadora idonea, que esteja "como diante dele", como era no inicio.

Isso fala da esposa estar ao lado e andando junto na direção que o Senhor passar para o marido.

Infelizmente a modernidade e o movimento feminista tem tanstornado o que Deus instituiu como padrão, tentando defenestrar a reponsabilidade e a capacidade que Deus deu a cada um dos sexos.

Uma mulher que ao preencher uma ficha cadastral, informe no campo profissão: que é "do lar", é imediatamente ridicularizada, e considerada de inferior espécie.

Muitas mulheres nobres diante de Deus, que cuidam com amor de seus maridos e filhos, se sentem envergonhadas com esse fato.
Quem definiu que é vergonha para uma esposa se dedicar exclusivamente ao seu marido, filhos e lar? Desde quando isso deixou de ser belo e passou a ser horrivel ou errado?

Mas tem também alguns maridos rídiculos nessa área, pois sentem vergonha de suas esposas que não tem "uma profissão" do mundo, além de outros gananciosos, que estimulam suas esposas a trabalhar fora, não por necessidade, mas para aumentar o padrão de vida.

Isso é uma completa inversão de valores e de origem maligna.

Nada contra uma mulher ter uma profissão, mas a Palavra de Deus define que a missão principal da mulher é ser uma auxiliadora do seu marido, gerar e criar filhos e manter sua casa em ordem.

Não queremos orientar as esposas a deixarem de trabalhar (infelizmente algumas o fazem por necessidade), mas uma reflexão é necessária sobre a necessidade desse trabalho, a forma de fazê-lo e a quantidade de horas a serem despendidas nessa tarefa.

Ja ouvi de lideres que não querem que suas filhas casem antes de se formarem, para não dependerem de maridos. Ou seja, o que que esperam criar com isso?

A palavra "submissão da mulher" está quase sendo proíbida no meio evangélico. Sempre que é mencionada, vem logo acompanhada com um monte de explicações, para não gerar constrangimentos para as mulheres autonomas e independentes.

Mas a Palavra de Deus, como já dissemos não está sujeita a modismos, leis, interpretações pessoais e/ou influencias mundanas. Ela é atual e, seus principios, são totalmente válidos para os nossos dias:

Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja: sendo ele próprio o salvador do corpo.
De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.
Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem {coisa} semelhante, mas santa e irrepreensível.
Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. (...)
Assim também vós cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.
(Efesios 5.22-33)
As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem; para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, a {serem} moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada. (Tito 2.3-5)
Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus, e estavam sujeitas aos seus próprios maridos; como Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor; da qual vós sois filhas, fazendo o bem, e não temendo nenhum espanto.
Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.
(1 Pedro 3.5-7)
É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, sóbrio, prudente, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro. Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. Pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus? (...)
As mulheres igualmente sejam dignas, não caluniadoras, mas sóbrias e confiáveis em tudo.
Escrevo-lhe estas coisas embora espere ir vê-lo em breve; mas, se eu demorar, saiba como as pessoas devem comportar-se na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e fundamento da verdade.
(1 Timóteo 3)

-.-.-.-.-.-.-.-.-.

O objetivo deste estudo não é fornecer orientações de "Como salvar seu casamento", "1001 formas de amar"; "Maneiras de fazer seu cônjuge feliz" ou coisas parecidas. Propositadamente não falamos sobre amor, diálogo, romance e coisas semelhantes a estas.

O objetivo principal deste estudo é o de levar o leitor a um temor diante de Deus a respeito de casamento, divórcio e novo casamento, pois como a bíblia diz: Deus odeia o divórcio.

O Divórcio entre casais crentes, praticamente significa a morte espiritual de um cônjuge, além de induzir ao adultério continuado e levar os filhos, na maioria das vezes, a se rebelarem e se revoltarem contra Deus, inclusive, saindo da igreja e mergulhando de cabeça no mundo.

O Divórcio é resultado do endurecimento dos corações, da rejeição ao perdão, da falta de submissão a vontade de Deus, por parte de um ou de ambos os cônjuges.

Os casais em grandes conflitos devem se submeter primeiramente a Palavra de Deus, morrendo em suas vontades, procurando crescer em sua relação com seu cônjuge em Cristo.

Em certos casos devem buscar a ajuda de Pastores, conselheiros e outros instrumentos que Deus tem colocado em Sua igreja para edificação do Corpo de Cristo.

Não deixem para pedir ajuda somente quando a situação chega ao extremo.

Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo, continueis progredindo cada vez mais; porque estais inteirados de quantas instruções vos demos da parte do Senhor Jesus.
Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.
Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo.

Que Deus abençoe a todos!


Estudo elaborado por José Luís Ribeiro ? 09/2010
MSN [email protected]
Skype joseluis_oazez
Email.: [email protected]
www.joseluisribeiro.blogspot.com

Esta é a segunda e ultima parte do estudo "DEUS ODEIA O DIVÓRCIO", qualquer crítica, dúvida ou sugestão favor encaminhar para o meu email.
Suas dúvidas e colocações serão muito bem vindas e respondidas.

Caso não tenha a primeira parte acesse:
http://www.webartigosos.com/articles/45571/1/DEUS-ODEIA-O-DIVORCIO/pagina1.html ou o solicite via email.

Este estudo reflete a minha posição pessoal em Cristo, diante do meu entendimento na Palavra e das experiências que Deus tem me permitido passar até o momento. Por isso, tem por objetivo, o de ser apenas um texto para reflexão e consideração dos leitores.

É permitida a reprodução total ou parcial deste texto sem qualquer autorização prévia do Autor, exceto com finalidade comercial. Mas lembre-se: De graça recebestes de graça daí (Mt 10.8).


Autor: José Luís Ribeiro


Artigos Relacionados


O Que Fazer Quando Ha Infidelidade Conjugal?

Passe A Confiar Em Deus E Não Mais Nos Homens.

O Caminho Do AdultÉrio

Divórcio E Novo Casamento

E Deus Criou A Família

Casamento!

A Cegueira Que Liberta