Crack: Uma epidemia sem controle



CRACK: UMA EPIDEMIA SEM CONTROLE

Desde que se iniciou o período eleitoral, vários candidatos trouxeram à tona, principalmente os aspirantes a Presidente da República, dando notoriedade ao consumo desenfreado do crack.
Vários estão prometendo políticas severas de combate a esta droga, que nos últimos cinco anos já viciou mais de 600 mil pessoas. Pesquisas do governo federal mostram que 50% dos dependentes químicos que resolvem procurar tratamento, são dependentes de crack.
Segundo a ONU, o Brasil é o terceiro maior consumidor de crack do mundo. A dependência caracteriza-se não só pela incapacidade de se interromper o seu uso na hora que quiser, mas também pela facilidade de se adquirir a droga e a vulnerabilidade social do usuário.
A dependência tem cura, mas o importante não é ter apenas olhos para o uso, mas principalmente para a vida de quem usa ou é afetado pelo uso. Primeiramente pensavam que o crack era uma questão de segurança, pois, quem é usuário precisa de dinheiro para bancar o seu vicio. Chega-se ao cúmulo de pais darem mesadas para que seus filhos comprem crack e outras drogas. Quem não tem pai rico tem que furtar ou roubar para garantir o "crack nosso de cada dia".
Hoje já se pensa o crack como uma questão de saúde pública, pois está afetando todos os setores responsáveis pela saúde no Brasil. O que diferencia o crack das outras drogas é a força com que ele agarra o usuário, consumo intenso que torna a pessoa mais passível de dependência, atingindo principalmente as pessoas menos favorecidas.
O crack por ser o resto do preparo da cocaína, traz consigo impurezas que penetram no organismo, gerando um misto de prazer e alegria, pois ao ser usado chega ao cérebro com um velocidade impressionante. Junto com o mal que a própria droga traz, o instrumento usado para o uso também pode fazer mal. No casa do uso da lata de refrigerante, junto com a fumaça da droga vai também o alumínio que é liberado quando a lata é aquecida, que cai na corrente sanguínea trazendo danos irreversíveis ao corpo.
Ao se torna dependente os órgãos, como o fígado, coração, pulmão, além dos ossos e músculos, passam a deteriorar, levando o usuário a uma degeneração, que fatalmente o levará à morte.
Diante de tudo isso podemos nos perguntar: o que leva uma pessoa a usar drogas? Os motivos mais comuns são a influência dos amigos, desejo de fuga, necessidade de estimulo para tomar decisão, dificuldade em enfrentar situações difíceis, servir de estimulante.
Não adianta os presidenciáveis prometerem combater a venda e o uso de crack, se não apresentarem algo concreto que seja exeqüível. Temos uma lei educativa e punitiva, mas que não é aplicável. Combater o crack é o mesmo que lutar uma guerra, se vence com soldados preparados. Para controlar o uso do crack e até mesmo acabar com ele, será necessário uma política anti-drogas embasada em dados reais e não em "achômetro". Jogar a responsabilidade de um governo para o outro só vai agravar o problema.

Autor: Paulo Pereira Chagas


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