Eu voto na Educação



Eu voto na Educação

O caminho da sociedade rumo ao que se entende por civilização, com todos os seus bons e quase que impraticáveis sentimentos e predicados traduzidos na limpeza do caráter, hombridade, dignidade, ética, respeito, moral (sem moralismo), doação, altruísmo, paixão, compaixão e etc..., etc..., e etc..., é a educação. Os pais abrem esse caminho aos filhos que é completado pela escola. Deveria ser assim. A boa educação permite o cidadão portar censo crítico, andar sem medo de pisar na própria decência. É fundamental que ele a tenha como bússola norteadora para todas as suas ações. É o escudo dos fortes e a força dos fracos, independendo de riqueza ou pobreza, credo e cor. É algo que vem do berço. Não se faz por decreto, plano, nomeação, eleição ou qualquer outra medida que se aproxime de indicação ou sorteio. Não dá para inventar o que vem de berço.
No entanto e na contrapartida, é ótimo partilhar a ideia de que ganhando uma boa lapidação nos assentos escolares, mesclando-a ao ensino bom e de boa qualidade, o que nasce confortável numa cama pode se transformar, teórica e praticamente, num exercício contínuo e inesgotável de ações benéficas à sociedade. É a educação em seu movimento social. O que é um pavor aos que acreditam que é perigoso educar o povo. Por esse medo temos isso aí.
Uma boa educação. É o que pais e mães esperam dos filhos quando lhes dão sinal livre para entrar pelas portas abertas do mundo, tendo na escola uma fresta para o começo do que pode ser uma grande aventura, cujos capítulos iniciais principiam nas horas diárias de aulas. Incansáveis a quem quer aprender, prazeroso para quem quer ensinar. O que dificilmente acontece.
Estabelecido o comum acordo do saber entre professores e alunos, o sucesso do pacto tem que contar com a aliança dos que tem interesse na positividade da relação de boa parceria de mestres e aprendizes. Os interessados são os da pilastra do poder, que preenchem os cargos de comando. Mas, não os atuais, que ao invés de governar, desgovernam. Deles o que se pode esperar apenas é o fim de seus mandatos, juntamente com a morte tardia da aprovação continuada, que automaticamente paralisou todo o conceito de ensino em movimento. Foi, e é a política educacional de "abrir a porteira pra boiada passar, soltar o gado na rua, sem destino, sem ideias, sem noção de nada". Foi a instituição do fim do pensamento questionador. Todos passam, em branco!
É necessária a movimentação enorme da política em torno da educação para melhorar o nível das áreas de saúde, segurança, habitação, do bom emprego, do lazer e das relações humanas. Todos filhos da célula mãe que melhorada vai possibilitar o aumento do beneficio coletivo. Aqui debaixo não é possível perceber a amplitude dos horizontes que se abrem ao brilhantismo da mente fomentada a pensar, aguçada e ágil quando acostumada ao exercício contínuo do questionamento.
Isto é apenas um pouco do que se pode buscar e pretender ao ensino público (Educação). Vozes que a "priorizam" nos palanques em centenas de discursos, se calam no fim do momento eleitoral. Sufocada pelo silêncio da derrota e esmagada pelos gritos eufóricos dos vitoriosos, vira conversa inatingível ao ouvido de ambos. Com a simbiose, ganhadores e perdedores se transformam em aliados, e os dois viram adversários da política educacional decente.
Educação sem qualidade é o grande entrave à sociedade que busca ser justa. É a fonte onde bebem os incompetentes. Sabe-se do interesse político "oculto" em ter um povo inculto, e que a Educação é aos governantes o mesmo que a cruz ao demônio: uma imagem pavorosa, assustadora. Razão pela qual é trabalhada de forma temerosa. Se não fosse, seus resultados trariam mentes de raciocínio limpo e objetivo.
O povo que se contenta com a má educação sepulta nas urnas eleitorais grandes perdas. Nega o futuro às gerações. Recluso, se esconde, sobrevivendo à sombra do pensamento messiânico "em que chegará o dia que tudo vai melhorar". Não vai melhorar nunca, enquanto não haver ousadia, inteligência mínima que seja para refletir que no golpe de um só dedo é feita muita barbaria. A mesma força bruta, grotesca, quase bestial tem que acontecer, porém, no efeito contrário, para que as boas coisas acabem com as más. Ousadia! Sem anestesia, vamos meter o dedo na ferida e arrancá-la no voto, que tem que ser dado à Educação.

Autor: Valmir Barros


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