Lei X Graça



Leon Tolstoi, disse: "A prova de nossa obediência aos ensinamentos de Cristo é a conscientização de nosso fracasso em alcançar um ideal perfeito. O grau em que nos aproximamos dessa perfeição não pode ser visto; tudo o que podemos ver é a extensão do nosso afastamento.".

E, acerca disso, Philip Yancey em seu livro "O Jesus que eu nunca conheci", tendo como ponto de partida o fato de Jesus haver dito que não veio para destruir a Lei, e sim, para cumpri-la e, tendo em mente o sermão do monte, diz: "Jesus tornou a lei impossível para qualquer um guardar e, depois nos desafia a guardá-la... Se o sermão do monte estabelece o padrão de santidade de Deus, concluí, então eu também teria de resignar-me desde o começo. O sermão do monte não me ajudava a melhorar; simplesmente revelava tudo o que eu não tinha...".

E, citando Fiodor Dostoievski e, a frustrada tentativa de Leon Tolstói em cumprir o sermão do monte, Philip Yancey prossegue, dizendo: "Com Tolstói aprendi a necessidade de olhar para dentro, para o reino de Deus que está em mim. Vi como falhava miseravelmente nos elevados ideais do Evangelho. Mas, com Dostoivski aprendi a total extensão da Graça. Não é apenas o reino de Deus que está em mim; o próprio Cristo habita ali. Mas, onde abundou o pecado, superabundou a Graça, como disse Paulo em Romanos.".

Tendo por base o fato de Jesus nunca rebaixou o ideal de Deus, Philip Yancey então conclui, dizendo: "...Nem Tolstói, , nem Francisco de Assis, nem Madre Teresa de Calcutá, nem ninguém cumpriu completamente esses mandamentos... Durante anos me sentia tão indigno diante dos ideais absolutos do sermão do monte que não percebi neles nenhuma noção da Graça. Entretanto, quando entendi a mensagem dual, voltei e descobri que a mensagem da Graça perpassa todo o sermão do monte. Durante anos pensei que o sermão do monte fosse um modelo para o comportamento humano que ninguém conseguiria seguir. Lendo-o de novo, descobri que Jesus pronunciou essas palavras não para nos sobrecarregar, mas, para nos mostrar como Deus é. O caráter de Deus é a matriz do sermão do monte... ". Jesus nos deu o sermão do monte "para nos transmitir o Ideal de Deus para o qual nunca devemos parar de avançar, mas também, para nos mostrar que nenhum de nós jamais atingirá esse ideal. O sermão do monte nos força a reconhecer a grande distância entre Deus e nós, e qualquer tentativa de reduzir essa distância de alguma forma moderando suas exigências nos faz errar o alvo completamente. A pior tragédia seria transformar o sermão do monte em outra forma de legalismo; ele deveria, antes, acabar com toda forma de legalismo. O legalismo, como os fariseus, vai sempre falhar, não porque seja severo demais, mas, por que não é suficientemente severo. Trovejando, o sermão do monte prova indiscutivelmente que diante de Deus todos estão no mesmo nível: assassinos e ?pavios-curtos?, adúlteros e concupiscentes, ladrões e cobiçosos. Todos estamos desesperados, e esse é de fato o único estado apropriado para um ser humano que deseja conhecer a Deus. Tendo se afastado do Ideal Absoluto, não temos onde aterrissar, a não ser na segurança da Graça absoluta.".

De minha parte, eu, Jeane Kátia, chamo a atenção para o fato de que Jesus enfatizou a importância de nele permanecermos. E, permanecer nele, nada mais é do que viver aqui na terra como Ele viveu, isto é, na dependência do Pai.

E, como disse Leon Tolstói: "Não julguem os santos ideais de Deus pela minha incapacidade de alcançá-los.".

Eu leio Philip Yancey e, recomendo a leitura!
Autor: Jeane Katia Dos Santos Silva


Artigos Relacionados


O Silêncio De Deus

Jesus Pregava Sentado

Fundamento Cristão

“cochilos” Dos Tradutores

“cochilos” Dos Tradutores Da BÍblia

O Monte Teimoso

Deus É Contigo