A BUSCA PELA EXCELÊNCIA NO ENSINO ATRAVÉS DA PEDAGOGIA DA AUTONOMIA



As práticas pedagógicas utilizadas pelo educador em relação ao bloqueio e imobilização da autonomia do aluno prejudicam o processo educacional. Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua construção. É importante respeitar o conhecimento do aluno, pois ele também é um participante fundamental no processo de ensino-aprendizagem. Educar é como viver, bloquear a autonomia é impossibilitar a vida, permitindo apenas a sobrevivência do educando. Os conhecimentos teóricos devem ser alinhados com a aplicação prática, não separando a prática da teoria, a autoridade da liberdade, a ignorância do saber, o respeito ao professor do respeito aos alunos e o ensinar do aprender. A metodologia educacional adotada na pedagogia da autonomia tem seu alicerce construído pela ética, pelo respeito à dignidade e à autonomia do educando, tornando a ética essencial para o trabalho do docente, sendo uma ferramenta indispensável para a atividade educacional. Ensinar não é atividade exclusiva do professor e aprender não é algo apenas do aluno, não existe ensinar sem aprender, quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender, pois ensinando se aprende e aprendendo se ensina. Esta conjetura coloca o professor harmonizado horizontalmente com o aluno, possibilitando sua participação no processo de construção do conhecimento, promovendo a criação de um clima de respeito recíproco e de disciplina saudável entre a autoridade do professor e a liberdade de autonomia do educando. São competências necessárias para educador, a capacidade de desenvolver-se através de pesquisas, críticas, curiosidades e questionamentos, orientando seus alunos a seguirem a mesma linha metodológica, relacionando o conhecimento adquirido com a realidade do meio em que vivem. Para pesquisar é necessário saber pensar, saber pensar é duvidar de suas próprias certezas, questionar suas verdades, uma das condições essenciais para se pensar certo é não estar excessivamente certo de suas certezas. O processo de ensino, aprendizagem e pesquisa possuem dois períodos, um em que se aprende o conhecimento existente e outro em que se produz o conhecimento ainda não existente. Para ensinar antes é preciso aprender a respeitar a autonomia do educando em relação as suas curiosidades, seu gosto, suas criticas e sua linguagem, proporcionando liberdade para os debates e se dispondo a ouvir e dialogar com os alunos. O docente deve dedicar-se, gostando de aprender e incentivar a aprendizagem, querendo o bem do educando que está em desenvolvimento, descobrindo e construindo o conhecimento. A função de professor é muito mais que uma profissão, é uma missão que necessita de fundamentos pedagógicos que promovam a autonomia, incentivando o professor e o aluno a juntos buscarem a excelência através da melhoria contínua do processo humano de construção do conhecimento.
É digna de nota a capacidade que tem a experiência pedagógica para despertar, estimular e desenvolver em nós o gosto de querer bem e o gosto da alegria sem a qual a prática educativa perde o sentido. É esta força misteriosa, às vezes chamada vocação, que explica a quase devoção com que a grande maioria do magistério nele permanece, apesar da imoralidade dos salários. E não apenas permanece, mas cumpre, como pode, seu dever (FREIRE, 1996).

Referências:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia - Saberes Necessários à Prática Educativa. Editora Paz e Terra. Coleção Saberes. 36ª Edição, 1996.
Autor: Edvander Prudente De Almeida


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