O Conhecimento



Segundo a enciclopédia de pesquisa fase, a palavra conhecimento designa o ato de conhecer ou a coisa conhecida. Pode aplicar-se, também à simples representação de um objeto ou o ato de pensamento que define o objeto. O problema de do conhecimento já foi amplamente debatido pelos filósofos gregos, sobre tudo através da pesquisa cosmológica. Assim procederam os filósofos pré-socráticos como Tales, Anaximandro, Anaxímenes (que consideram o universo como um todo estático), Heráclito, Empédocles, Anaxágoras (como um todo dinâmico). No entanto, o problema de conhecimento racional foi apresentado com mais objetividade por Parmênides e Heráclito. O conhecimento para Platão fundamenta-se na ideia, como a forma e o princípio da realidade; Aristóteles sustenta a dependência do conhecimento intelectual em relação às representações sensitivas, levando sobre Platão a vantagem de situar o objeto do conhecimento humano no mundo concreto colocando-se entre o inatismo espiritualista de Platão e o sensismo dos pré-socráticos . O estoicismo e o epicurismo consideravam o problema do conhecimento como um jogo de palavras. Plotino Estabelecia a identidade entre sujeito e objeto do conhecimento . S. Tomas de Aquino representante máximo da filosofia medieval, estabelece distinção entre conhecimento sensitivo e intelectual, mas admite que todos os conhecimentos procedem direta ou indiretamente das sensações. Na filosofia moderna o problema do conhecimento ganhou grande importância com Descartes, Loke e Kant. Descarte pretende reconstruir a filosofia aplicando-lhe o método dedutivo e, depois de pôr em dúvida as afirmações do senso comum e os argumentos de autoridade, chega a conclusão de que a única verdade indiscutível, porque evidente, é a existência do próprio ser pensante. Loke afirma que não conhecemos o problema, imediatamente, mas como apenas conhecemos as nossas ideias e a conformidade de muitas delas (ideias reais) com aquele, afigura-se-nos possível investigas a realidade. O materialismo dialético de Marx fornece uma interpretação do conhecimento em função do fato social.
Em Kinouchi (2010), o conhecimento é uma relação do objeto com o sujeito, onde na teoria da copia mental o objeto imprime suas características superficiais no sujeito determinando o conhecimento do sujeito sobre o objeto. Na relação topológica entre sujeito e objeto Russel defende que o sujeito se define como um lugar onde várias percepções de objeto diferentes se encontram e o objeto é o lugar onde várias percepções de sujeitos se entrecruzam.
Para Kant (2006) todo conhecimento se principia da experiência, mas não significa que todo o conhecimento derive unicamente da experiência, alguns conhecimentos provenientes de vivencia experienciais, que deles somos capazes ou os possuímos a priori, porque não se derivam imediatamente da experiência, mas de uma regra geral, que toda via fomos buscar à experiência. Através de um método crítico a priorístico, Kant (2006) distingue o conhecimento puro do conhecimento empírico.
Imbuído das proposições apresentadas acima, percebe-se que: o conhecimento, apropriação única do ser cognoscitivo, é a assimilação, apreensão, obtenção da ideia do "objeto", a interiorização através da crítica ou da experiência que faz o sujeito ou de grupo do sujeitos inter-relacionados do objeto, porém o mesmo objeto pode ser interiorizado ou referenciado de forma diferente, fruto da subjetividade do ser cognoscitivo.

Referencias
KANT, Immanuel. Critica da Razão Pura, São Paulo: Martin Claret, 2006.

Autor: Frederico Fonseca Soares


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